RELATÓRIO DE ESTÁGIO SUPERVISIONADO: DOCÊNCIA NA EDUCAÇÃO BÁSICA

VINHEDO - SP 2017 SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO 3 2 ESCOLA MUNICIPAL FAZENDA CALIXTO EMEFEI 6 2. DESCRIÇÃO DA ETAPA 1 DE ESTÁGIO: EDUCAÇÃO INFANIL 8 2. CONCEPÇÃO PEDAGÓGICA DO CENTRO DE EDUCAÇÃO INFANTIL. DESCRIÇÃO E ANÁLISE REFLEXIVA DAS ATIVIDADES DO ESTÁGIO SUPERVISIONADO. PLANO DE AÇÃO ETAPA 1 – EDUCAÇÃO INFANTIL. Não é raro ouvir-se dos alunos que concluem seus cursos se referirem a estes como teóricos, que a profissão se aprende na prática, que certos professores e disciplinas são por demais teóricas. Que na prática a teoria é outra. PIMENTA; LIMA, 2004, p. Nesse sentido, o estágio supervisionado é um ato educativo visando à preparação para o trabalho produtivo e com qualidade na formação do futuro educador, também abrange a formação pedagógica no que tange à orientação, supervisão e avaliação, acrescentam Tardif e Lessard (2005, p.

que para além da experiência fecunda de caráter pessoal na formação dos profissionais de educação, o estágio supervisionado propicia uma vivência social: o estágio é uma experiência única e tem um valor de vivência incorporada aos aspectos pessoais e profissionais que poderiam ser exemplificados como sentimento de controle e descoberta de si no trabalho. Por fim, ressalta-se que a opção feita para a elaboração do relatório leva em consideração que não se vivência uma prática, mas sim, uma “aproximação” a ela a partir do quadro teórico desenvolvido no Curso de Pedagogia, de acordo com Pimenta (2006, p. não se deve: colocar o estágio como o polo prático do curso, mas como uma aproximação à prática, na medida em que será consequente a teoria estudada no curso, que por sua vez, deverá se constituir numa reflexão sobre e a partir da realidade da escola pública.

Assim, guiado por esses pressupostos o presente relatório apresenta por meio da observação in loco a aproximação da prática pedagógica vivenciada na referida escola com vistas à formação profissional crítica e de qualidade na Educação Infantil e anos iniciais do Ensino fundamental I. ESCOLA MUNICIPAL FAZENDA CALIXTO EMEFEI A Escola Municipal Fazenda Calixto Emefei localiza-se no município de Itupeva, interior do Estado de São Paulo, possui 87 alunos, sendo 20 da Educação Infantil – Pré-escola e 67 do Fundamental I, seu atendimento dá-se em dois períodos, manhã das 7h00 às 12h20 e tarde das 13h00 às 17h20, não há, portanto, o período integral. A escola conta com 18 funcionários em seu total, tendo em sua gestão escolar uma diretora e uma vice-diretora presentes nos dois períodos.

As comemorações do dia das mães e dos pais são realizadas todos os anos e reúnem grande número de mães e pais. Sendo uma escola municipal, esta é mantida pela Prefeitura do Município, e subordinada à Secretaria Municipal de Educação, que é responsável por solicitar e receber a documentação escolar, promover cursos, reuniões e orientar diretores, professores e funcionários, repassar informações e instruções. Os repasses de verbas são efetuados diretamente na conta da escola, e administrados pelo diretor, caracterizando-se em autonomia financeira. As despesas são aprovadas pelo Conselho Escolar que também assina a prestação de contas. São desenvolvidos na escola os seguintes projetos: Projetos de Leitura, Higiene e Saúde, Educação para o trânsito e Recreação que visam à participação da Educação infantil e do Ensino Fundamental.

As professoras reservam um momento na rodinha para as novidades que os alunos têm para contar, ou coloca o tema da atividade como novidade. Explicam as atividades com bastante clareza durante a rodinha, todos prestam muita atenção, na hora de fazer as atividades alguns são bem ágeis e terminam rápido enquanto outros necessitam da ajuda da professora. Depois das atividades é o momento da história, onde todos colaboram porque adoram ouvir. O lanche é servido na sala, em seguida o recreio. Ao voltar para a sala os alunos cantam um pouco e logo participam das atividades diversificadas sempre com um elogio ou carinho da professora que demonstrou ser muito atenciosa. As estratégias de ensino por parte das professoras são basicamente através de jogos e brincadeiras, destinando-se a orientar a criança no crescimento e desenvolvimento da sua personalidade, fornecendo o maior número possível de habilidades sociais e estratégias de ação para que possam se relacionar harmoniosamente, e assim ter progressos consideráveis no seu desenvolvimento intelectual, afetivo, psicomotor, habilidades motoras e sociais.

Em suma, contribuindo em todos os momentos para a personalidade completa de desenvolvimento dos alunos. CONCEPÇÃO PEDAGÓGICA DO CENTRO DE EDUCAÇÃO INFANTIL Pelo descrito acima e por meio da análise do Projeto Político Pedagógico, pode-se afirmar que a concepção pedagógica adotada pela Escola Municipal alinha-se aos preceitos da socialização e afetividade no Ensino Infantil. A socialização dos indivíduos estabelece um acordo social de convivência, respeito e afeto que se inicia no ambiente familiar, mas é na escola que se constrói as relações públicas de interação muito exploradas pelas professoras. A socialização é vista, conforme Vygotsky apud Davis e Oliveira (1993) como essencial ao desenvolvimento da criança: “o ser humano cresce num ambiente social e a interação com outras pessoas é essencial ao seu desenvolvimento” (p.

Por fim, observou-se que ambas as professoras da Educação Infantil assumem as mesmas atitudes, utilizam das mesmas estratégias de aprendizagem, não rompendo, dessa maneira, qualquer corte de ação pedagógica de um ano para o outro. Um dado muito importante para a gestão pedagógica escolar, pois se verifica na adoção dos mesmos procedimentos e objetivos das professoras uma afinidade de escolhas decorrentes do debate contínuo da equipe pedagógica. PLANO DE AÇÃO ETAPA 1 – EDUCAÇÃO INFANTIL PLANO DE AÇÃO 1) IDENTIFICAÇÃO Instituição: Escola Municipal Fazenda Calixto Emefei. Professor (a): ___________________ Educador (a): _____________________ Estagiário (a): ___________________________________________________ Turma: Pré- Escola, 5 anos, Número de Alunos: 12. Tempo de duração da aula: 1 hora para cada etapa do plano de ação. Preparação da atividade: rodinha de conversa para sondagem da produção agrícola das famílias dos alunos.

Solicitação para que os pais possam retificar ou ratificar o que seus filhos afirmaram sobre a produção agrícola familiar. Proposta para os pais sobre a viabilidade de realizar a feirinha. A professora expõe para os alunos os conceitos de alimentação saudável e nutrientes dos alimentos. A professora e os alunos produziram cartazes sobre cada produto a ser comercializado na feirinha. de. Desafios e perspectivas para a promoção da alimentação adequada e saudável no Brasil. Cad. Saúde Pública, Rio de Janeiro, 31 (1):7-9, jan, 2015. Disponível em: < http://www. As salas de aula destinadas ao Ensino Fundamental I são geridas em horários diferentes para que cada turma tenha a sua sala de aula. No período da manhã, têm-se as turmas do 3º, 4º e 5º anos; no período da tarde, os alunos do 1° e 2° anos.

Como se viu, são turmas pequenas que inevitavelmente promovem uma grande aproximação entre professores e alunos, bem como com toda a equipe de educação da escola, funcionários, diretores e orientadora pedagógica. No período de observação, pôde-se constatar a importância que se dá, em continuidade à Educação Infantil, com a socialização e a afetividade. Outro aspecto importante é como as professoras utilizam o lúdico no processo de aprendizagem, o que se subentende a consciência profissional que este elemento não se esgota na Educação Infantil. Por exemplo, para a explicação em Matemática de medidas, a professora do 4º ano mostrando em uma fita métrica quanto era um metro, depois 80 cm, que se dividir um metro vira duas peças de 50 cm e mediu vários equipamentos da sala de aula, carteira, cadeiras, lousa e os próprios alunos.

Outra atividade foi trabalhar com garrafas de água para mostrar quanto era 1 litro, ou 250 ml, mostrando quantas garrafas de 250 ml podem encher com 1litro. Outro elemento observado que se liga à realidade concreta dos alunos foram as aulas de Geografia e História no 5º ano. Em geografia foram mostradas imagens de vários objetos, para que eles percebessem o mesmo objeto pode ser representado de várias maneiras, dependendo do ponto de vista. Em História a professora pediu para que cada aluno contasse como era sua vizinhança, em uma tarefa era entrevistar o vizinho para saber como era a sua rua há alguns anos atrás. Não foi observada qualquer manifestação de leitura em voz alta dos alunos, o que manifesta a supervalorização da escrita em detrimento da oralidade.

Diante dessas observações, pode-se afirmar que de, maneira geral, o lúdico perpassa a prática pedagógica do Ensino Fundamental I, garantindo e respeitando as etapas do desenvolvimento da criança. No entanto, no que se refere à alfabetização, verificou-se o esforço de assimilação de conteúdo por meio da repetição de atividades, sem outro recurso que não fossem o quadro negro e o livro de apoio, o que corrobora para uma atividade escolar de pouca criatividade, sem a participação protagonista do aluno, são alunos passivos diante da matéria e não possuem autonomia na execução das atividades. PLANO DE AÇÃO ETAPA 2 – ENSINO FUNDAMENTAL I PLANO DE AÇÃO 1)IDENTIFICAÇÃO Instituição: Escola Municipal Fazenda Calixto Emefei Professor (a): ___________________ Educador (a): _____________________ Estagiário (a): ___________________________________________________ Turma: 2° ano EF I.

Número de Alunos: 15 Tempo de duração da aula: 1 hora para cada etapa do plano de ação. A oralidade não se restringe ao estudo da materialidade da fala, mas envolve, em contextos socioculturais específicos, a fala associada a seu ritmo, entonação, volume e entrelaçada a múltiplas linguagens, como a gestualidade, a mímica, a imagem e até à modalidade escrita da língua (por exemplo, na TV, numa exposição oral em que se usa algum apoio escrito). Mesmo quando um indivíduo não se manifesta verbalmente, suas reações corporais (de interesse, curiosidade, tédio, indiferença, cansaço, emoção, entre outras) podem influenciar nas decisões discursivas tomadas por seu(s) interlocutor(es) e, com isso, no andamento da interação.

MARCUSCHI, 1997, p. A cultura de tradição oral faz parte do contexto escolar e pode ser inserido em sala de aula como resgate da própria história social da comunidade na qual o aluno se relaciona. Nesse aspecto, o gênero oral da tradição cultural é parte do currículo e reforça a construção da estrutura narrativa que permeará toda a aprendizagem futura dos alunos: “ato de narrar, a mimesis da ação através da criação de intriga (DOLZ E SCHNEUWLY, 2004, p. NOVERRAZ, M. SCHNEUWLY, B. Seqüências didáticas para o oral e a escrita: apresentação de um procedimento. In: SCHNEUWLY, B. DOLZ, J. Os alunos têm entusiasmo para aprender e demonstram prazer nessa ação. Durante o período de observação na Escola, foi possível observar os professores empenhados para motivar os alunos.

Os conhecimentos teóricos e as práticas adquiridas nesse tempo proporcionaram uma nova reflexão, considerando ainda mais a importância de falar a linguagem das crianças, de ensinar com brinquedos, jogos, brincadeiras, materiais diversificados, pois assim é possível fazer-se entender e conseguir repassar o conhecimento de forma produtiva, alcançando os objetivos educacionais. Ao analisar a turma dos anos iniciais do Ensino Fundamental I da presente escola, é possível perceber na prática como realmente deve ser a atitude do professor nesta fase de ensino. As atividades desenvolvidas pelas professoras regentes são organizadas de modo que os alunos podem expandir com confiança sua capacidade e percepção das limitações, onde se destaca o desenvolvimento para hábitos de saúde e higiene, estimulados pela professora.

ª ed. São Paulo: Cortez, 1994 ESCOLA MUNICIPAL FAZENDA CALIXTO EMEFEI. Proposta pedagógica / Plano de aula. Itupeva, 2006. Regimento escolar do Ensino Fundamental de 9 anos. PIMENTA, S. G. O Estágio na Formação de Professores – Unidade Teoria e Prática? São Paulo: Cortez, 2006. PIMENTA, S. G.