Qualidade de vida no trabalho - Bancários
Tipo de documento:TCC
Área de estudo:Gestão de pessoas
O assunto abordado é contemporâneo e amplamente abordado no interior das organizações, uma vez que já está provado o quanto um ambiente saudável causa impacto de forma positiva na realização das atividades por parte do colaborador, onde não somente o indivíduo ganha, mas também a empresa que se torna mais competitiva e reflete excelência aos seus clientes. Palavras-chave: Qualidade de vida; Bancários; Trabalho; 1 INTRODUÇÃO O trabalho, dito de forma geral, é uma das formas disponíveis ao homem no viés de se consolidar financeiramente e socialmente. Contemporaneamente, inclusive, a pessoa que não trabalha acaba sendo inferiorizada pela sociedade. O trabalho é visto de forma natural nas atividades humanas, uma condição necessária, onde todos dentro de uma sociedade desenvolvem uma atividade.
Assim como acontece com todos os elementos envolvidos na sociedade, o trabalho passou por constante evolução, sendo visto à princípio como um castigo, na época da escravidão, e agora como algo que dignifica o homem. O TRABALHO E SUA REPRESENTATIVIDADE NA VIDA DO HOMEM Haja visto que o título do capítulo, apesar de especificar o gênero homem, se refere ao trabalho das mulheres também. O título homem é forma de se referir a toda a humanidade, o ser que difere do animal por ser dotado de raciocínio. O trabalho, como diz o provérbio, dignifica o homem. O sentido desta afirmação é que por meio do trabalho o homem ganha seu sustento e se insere na sociedade, uma vez que através do trabalho o homem se relaciona consigo mesmo e com outros.
A relação do homem com o meio ambiente veio passando por mudanças no decorrer das épocas, desde os tempos primitivos até a contemporaneidade e o resultado direto desta ocorrência foi a necessidade de criar soluções para enfrentar as barreiras impostas pela natureza. O setor bancário procurou aderir a tais demandas de forma progressiva em grande parte devido ao perfil de cada região. Esta realidade é apontada no estudo de Paiva e Borges (2009, p. que informam: Nos bancos brasileiros, a exemplo de outros setores da economia, esse fenômeno constitui-se em um processo heterogêneo, no sentido de desenvolver-se em ritmos diferentes em cada região brasileira e em cada rede bancária. Atualmente, o sistema bancário atua de forma articulada. Basicamente, as mudanças vieram ocorrendo desde o ano de 1960 onde foram criados os centros de processamentos de dados (CPDs) que atendiam as necessidades de processamentos de grande quantidade de documentos geradas pelas diversas operações bancárias.
No conceito de Tiecher e Diehl (2017) o tipo de produto criado pelo trabalho bancário é imaterial. O que isto quer dizer? Que o produto final em resultado dos serviços prestados é conhecimento, informação e comunicação. Estes itens não são concretos, podendo ser mensurados, antes são abstratos, mas de grande valia e necessários para a construção de decisões financeiras. Ou seja, o segmento bancário tem grandes responsabilidades a cumprir e estas responsabilidades são, certamente, repassadas aos funcionários com a cobrança de realizar suas tarefas isentas de erros. O tópico seguinte trata das demandas que foram surgindo com o passar do tempo e como impactaram nas atividades dos bancários. SILVA, FERREIRA E COSTA, 2011, p. Ainda que ocorra um expressivo número de insatisfação por parte dos clientes, isso não significa que os serviços prestados pelos bancos diminuíram, nem tampouco que deixaram de lucrar.
O que aumentou foi o trabalho para os bancários visando diminuir tais ocorrências. Ainda citando os autores mencionados, os mesmos apontam a necessidade de profissionais arrojados para atender o mercado altamente competitivo e como consequência estes profissionais se deparam com situações estressantes e que lhes causam insegurança chegando a duvidar de suas capacidades para responder aos desafios do mercado. SILVA, FERREIRA E COSTA, 2011). De modo geral, o pensamento está em conformidade com a proposta das ações para qualidade de vida. No ambiente inserido de forma geral na vida das pessoas, a qualidade de vida, segundo Massolla e Calderari (2011, p. É o método usado para medir as condições de vida de um ser humano. Envolve o bem físico, mental, psicológico e emocional, além de relacionamentos sociais, como família e amigos e também a saúde, educação, poder de compra e outras circunstâncias da vida.
No entanto, a qualidade de vida e sua proposta não deve ser confundida com padrão de vida, uma vez que este último elemento quantifica a qualidade e a quantidade de bens e serviços disponíveis. A qualidade de vida no trabalho surgiu com a proposta de oferecer uma condição de trabalho adequada aos colaboradores da instituição, diminuindo a possível ocorrência de doenças. Paiva e Borges (2009, p. informam que “tal conceito levou à superação da noção de que a ausência de doença era critério suficiente de saúde e enfatizou a importância de medidas preventivas para mantê-la”. Justamente neste cenário a qualidade de vida no trabalho tem participação efetiva e essencial, uma vez que de acordo com suas propostas, a prevenção de problemas de saúde de qualquer forma que se apresente é fundamental para promover o bem-estar.
Dentre as diversas definições ou conceituações do que é a qualidade de vida no trabalho presente em grande parte da literatura, um conceito mais amplamente abordado e aceito, segundo Duarte, Borin e Almeida (2010, p. A preocupação era contar com mecanismos que tornasse a força física menos necessária para a execução das tarefas. O modelo da qualidade de vida no trabalho, como é conhecida hoje pode ter origens por volta da década de 1970. Conforme exposto na pesquisa de Tiecher e Diehl (2017, p. “a produção sobre QVT se intensifica no final dos anos 1970 e nos anos 80, sendo, neste período, desenvolvidas diversas pesquisas”. Os autores citados mencionam ainda a filosofia que envolve a qualidade de vida no trabalho, quando dizem que “a QVT inclui a compreensão das condições de vida no trabalho, através de diversos aspectos, tais como: bem-estar, bom uso da energia pessoal, garantia de saúde e segurança física, mental e social”.
Há inclusive uma discrepância entre os próprios atores inseridos neste ambiente, segundo informam Duarte, Borin e Almeida (2010): O setor bancário vive de uma grande incoerência, uma balança totalmente desequilibrada, onde temos de um lado os banqueiros, uma das classes que mais lucra no país atualmente, segundo a Confederação Nacional dos Bancários (2005), e do outro os bancários que são cada vez mais explorados e assediados para o atingimento de metas cada vez maiores, e que os levam a um ambiente de trabalho cheio de pressões e medos que além de desmotivarem, levam o bancário a uma vida estressante e nada saudável. DUARTE, BORIN E ALMEIDA, 2010, p. Uma ocorrência que impactou diretamente nos bancários foi a retirada do monopólio bancário no exercício das operações de crédito.
Para os profissionais isso significou a retirada da garantia de um emprego vitalício. Até então o conceito era de que uma vez inserido no mercado atuando como bancário, esse emprego era seguro por toda uma vida. É uma proposta que promove, conforme sua denominação indica, que sejam oferecidos aos trabalhadores boas condições de trabalho para que desta forma os impactos causados no dia-a-dia da profissão não sejam prejudiciais em demasia. Em conformidade com a afirmação que a qualidade de vida no trabalho é assunto atual e de preocupação em grande escala, os autores Duarte, Borin e Almeida (2010, p. informam que “a Qualidade de Vida no Trabalho – QVT é um assunto cada vez mais abordado atualmente nas organizações. Isso se explica facilmente, considerando que o tema é responsável pela satisfação e bem-estar dos funcionários”.
Formas de Intervenção – Realmente Funcionam? Um dos relatos apresentado na pesquisa realizada por Duarte, Borin e Almeida (2010) deixam claro o nível de sucesso das intervenções que promovem a qualidade de vida no trabalho. Segundo Massolla e Calderari (2011, p. “estes programas constituem uma das mais eficazes formas de obtenção do comprometimento das pessoas, uma vez que favorecem o envolvimento dos empregados nas decisões que influenciam suas áreas de trabalho dentro da empresa”. Tais programas envolvem: • Resolução participativa dos problemas; • Reestruturação do trabalho; • Inovações do sistema de recompensas; • Melhoria do meio ambiente do trabalho. Embora sejam intervenções promissoras tanto a curto como em longo prazo, inserir programas que visam promover a qualidade de vida no trabalho não é tarefa fácil. Além da demanda de recursos financeiros necessários para os honorários dos profissionais de saúde ou patrocínio de atividades secundárias, existe ainda o fator de que para que as investidas deem certo é preciso a colaboração e adesão dos próprios trabalhadores.
Outro benefício à disposição da empresa que promove a qualidade de vida no trabalho é menos gastos com tratamento de funcionários acometidos com doenças ocupacionais e a extinção do absenteísmo, relacionado ao afastamento de funcionários, o que sai muito mais caro para a empresa, do que investir em métodos de prevenção. Bem lembra o autor Chiavenato (2014) quando aponta o funcionário com bem valioso para as empresas, incluindo as empresas do setor bancário. O autor menciona de forma clara: Onde reside a vantagem competitiva das organizações modernas? Na tecnologia? Nos recursos financeiros? Nos recursos materiais? Não. Tecnologia, equipamentos e dinheiro são recursos estáticos e inertes; podem ser comprados ou alugados por qualquer organização. O segredo da vantagem competitiva está em saber utilizar a inteligência e a competência das pessoas que formam as organizações.
Especialmente no ambiente bancário a pressão é constante por se tratar de instituições financeiras. Estas instituições demandam muitas atividades com alto nível de responsabilidade por envolver tomada de decisões, créditos, financiamentos, capital, investimentos, entre outros. Muitas foram as mudanças na prestação de serviço dos bancos no decorrer das décadas e atualmente, devido a influência da tecnologia, estes serviços demandam mais agilidade e empenho por parte dos funcionários e estes, por sua vez, acabam mais suscetíveis de serem acometidos de males ou padecimentos de saúde. Entre as intervenções dos programas de qualidade de vida no trabalho estão o oferecimento de profissionais da área da saúde como médicos, fisioterapeutas e psicólogos para prestar atendimento de acordo com horários estabelecidos.
Existe também a possibilidade de disponibilizar atividades reconfortante após o horário de expediente ou antes, tais como atendimento por psicólogos, ginástica laboral, massoterapia, entre outras. br/eventos/seminariocetros/anais/trabalhos_completos/69-18036-08072013-173515. pdf> Acesso: 01/11/2018. CHIAVENATO, Idalberto. Comportamento Organizacional. ª Edição. php/polemica/article/view/2822/1949> Acesso: 01/11/2018. MASSOLLA, Milena Ferraz; CALDERARI, Patrícia. Qualidade de vida no trabalho. III Encontro Científico e Simpósio de Educação Unisalesiano. Lins, 2011. O ambiente de trabalho no setor bancário e o bem-estar. Revista Psicologia em Estudo, v. n. p. Disponível em: <http://www. TIECHER, Bruna; DIEHL, Liciane. Qualidade de vida no trabalho da percepção de bancários. Revista Pensamento e Realidade, v. n. Disponível em: <https://revistas.
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