Processo evolutivo da gestão organizacional

Tipo de documento:Artigo cientifíco

Área de estudo:Engenharias

Documento 1

O modelo proposto define as seguintes etapas: de identificação e planejamento, de ação, de adequação, de eficiência e de melhoria contínua. Palavras-chave: Cultura organizacional, conscientização, prevenção e melhoria contínua. ABSTRACT The study presented in this article aims to analyze the guidelines of an evolutionary process of installing a safety culture in companies that seek as a goal continuous improvement and effective safety and health management. The method of development of this work was based on a bibliographical review, where publications were selected that addressed the cultural and organizational concepts of a company. The result of this study is a model of guidelines of an evolutionary organizational process that will lead the managerial body of a company to fulfill the role of managers. que tratava da proteção do trabalho de menores, marcando o início da Inspeção do trabalho.

No entanto, somente no início do século XX é que o Brasil desenvolve sua evolução na parte de segurança do trabalho. Um alcance tardio, visto que na Inglaterra já havia, há mais de oitenta anos, regulamentado sobre o trabalho infantil, através da lei de saúde e moral dos aprendizes, a partir de 1802. BUSNARDI, 2007). No decorrer da história, médicos humanistas, reformadores sociais, lutas sindicais e movimento operário, contribuíram para a consolidação de legislações que modelaram as relações de trabalho em busca de melhores condições de segurança e saúde nos locais de trabalho. Buscando maneiras adequadas de exercício do trabalho, os estudos promovidos por Ferreira e Mendes (2003, apud LEITE; FERREIRA; MENDES, 2009, p. demonstraram a relação existente entre: [.

os indivíduos e o contexto de produção, com o objetivo de compreender os indicadores críticos presentes nesse contexto, para transformá-los com base em uma solução de compromisso que atenda às necessidades e aos objetivos dos trabalhadores, gestores, usuários e consumidores. No atual cenário empresarial, caracterizado pela globalização das economias, é possível evidenciar uma incessante busca por melhorias contínuas que objetivam destacar as empresas, diante de um mercado competitivo. Considera-se que o grande reforço, em favor desse aumento da capacidade competitiva, está atrelado à implantação da Gestão de Saúde e Segurança do Trabalho de forma eficiente, a qual vem proporcionar a melhoria contínua da corporação. Posteriormente, foram selecionados trabalhos acadêmicos (já publicados em revistas científicas, teses de mestrado e doutorado) unidos a referências bibliográficas que constam citadas dentro destes trabalhos, consideradas relevantes.

ANÁLISE DOS RESULTADOS 3. Legislação vigente Segundo dados da Organização Internacional do Trabalho (OIT), o Brasil é o quarto país com mais casos de acidentes de trabalho, no mundo. Como medida protetiva, o Ministério do Trabalho é responsável por fiscalizar, regulamentar e aplicar sanções relacionadas à Saúde e Segurança no Trabalho (SST). MPT-OIT, 2018). A consolidação das regras atuais para a concessão de aposentadoria especial veio na virada do século, com o Decreto 3. Em seu Anexo IV, este decreto traz a relação de agentes nocivos considerados para fins de concessão de aposentadoria especial (BRASIL, 1999). O Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) publicou, em 2014, a Lista sobre Agentes Cancerígenos para seres Humanos, a LINACH (BRASIL, 2017). Esta lista serve como referência para enquadramento de atividades especiais na realização do LTCAT, mas, especialmente, deve ser utilizada para orientar empresas e profissionais de saúde e segurança do trabalho na gestão de SST.

Cultura organizacional A existência de pensamentos inadequados e atitudes mal planejadas, somados a falta de sistematização, podem conduzir á erros metódicos que, consequentemente, poderão inviabilizar o alcance das metas esperadas e de padrões que poderiam ser implementados. Modelo de amadurecimento da cultura de segurança sugerido por Hudson. Fonte: Hudson (2001). Nela podem ser identificados cinco estágios de evolução, explicados por Hudson (2001, apud GONÇALVES FILHO; ANDRADE; MARINHO, 2011), como: • Estágio patológico (pathological stage) –é realizado apenas o atendimento à legislação, deixando as ações na área de segurança do trabalho na organização para o próximo estágio. • Estágio reativo (reative stage) – são realizadas ações que procuram remediar situações de ocorrência de acidentes do trabalho. • Estágio calculativo (calculative stage) – neste estágio já deve estar implantado na organização um sistema para gerenciar os riscos nos locais de trabalho, quantificando os riscos.

Divulgar informações, fiscalizar o cumprimento das normas e oferecer treinamentos são algumas maneiras de se conscientizar os envolvidos. SAURIN; CARIM JÚNIOR, 2011). A Segurança do trabalho só flui na empresa por meio da conscientização, sendo assim necessário que a empresa adote uma linguagem clara no tocante aos riscos e as medidas que deverão ser adotadas para que tudo ocorra com a mais perfeita harmonia num ambiente de trabalho mais organizado, evitando acidentes em todas as operações em qualquer atividade trabalhista. MELO, 2001). A empresa deve realizar programas de prevenção à saúde adotando medidas de segurança em máquinas e equipamentos e realizando treinamentos e diálogos de segurança constantes, de forma que o funcionário tome consciência dos riscos pertinentes ao seu posto de trabalho e dos meios de prevenção e/ou eliminação desses riscos valorizando a segurança do trabalho, da sua vida e de seus colegas.

MELO, 2001). Uma organização preocupada em conscientizar seus funcionários e comprometida em reconhecer seus riscos, auxilia na redução de muitos acidentes. Porém, é necessário que todos os envolvidos (empregadores, empregados) adotem essa cultura prevencionista, se comprometendo em respeitar as normas e padrões adotados pela empresa de forma rotineira e permanente, valorizando a segurança do trabalho e a integridade física e mental de todos. MELO, 2001). Priorizando a prevenção ao acidente e promovendo qualidade de vida, num ambiente empresarial mais organizado, seguro e agradável, faz com que os trabalhadores se sentem mais motivados e valorizados, aumentando seu rendimento e produtividade. as atitudes da gerência para a segurança; influência do comportamento seguro para promoção no trabalho; influência do comportamento seguro sobre o status social; status dos profissionais de segurança na organização; importância e efetividade dos treinamentos de segurança; nível de risco no ambiente de trabalho; efetividade do esforço vs.

a promoção da segurança. Além dos aspectos que envolvem a adoção de políticas formais de segurança; investigar acidentes e incidentes; priorizar a segurança junto de outros objetivos organizacionais; auditar o sistema de segurança periodicamente, em busca de melhoria, (COOPER, 1998, apud GONÇALVES FILHO; ANDRADE; MARINHO, 2011). Logo de início deverá ser observado e discutida a política de Saúde e Segurança do Trabalho a ser implantada ou já existente, assegurando o comprometimento de todos os envolvidos para o desempenho das funções. É necessário que a empresa se baseie em um planejamento que estabeleça os critérios de desempenho, definindo os responsáveis por cada atividade do processo, o prazo de execução e o resultado desejado, onde a abordagem abrangente enfatize a prevenção.

Nesta fase, se faz necessário a valorização da comunicação entre os envolvidos. Dessa forma, a empresa deve oferecer ao trabalhador a abertura para discutir, opinar, ponderar e propor medidas de melhorias, tanto no ambiente quanto na organização do trabalho, pois a informação coletada diretamente na fonte e de quem está dentro do processo produtivo definem a real necessidade a ser investigada e melhorada. Por outro lado, se faz necessário o engajamento voluntarioso dos trabalhadores e o comprometimento nos treinamentos e aperfeiçoamentos oferecidos pela empresa. MELO, 2001). É importante ressaltar que o corpo gerencial da empresa também deve agir com comprometimento em assumir o papel de gestores e responsáveis pelos programas de Saúde e Segurança do Trabalho. Seguindo as exigências do mercado promissor, a partir da década de 80, a responsabilidade social e ambiental passou a ser primordial para a sobrevivência das organizações destacando-as no ambiente diante de um mercado competitivo.

Desse modo, faz-se necessário o comprometimento da empresa com a questão da sustentabilidade, reduzindo os impactos de suas atividades produtivas ao meio através da implantação de instrumentos de Gestão Ambiental (BOSCHETTI; BACARJI, 2009) como o SGA da ISO 14001, que regulamenta a implantação do Sistema de Gestão Ambiental, estabelecendo os requisitos de implementação e operação. Assim como a ISO 45001 sobre o sistema de Gestão de Saúde e Segurança no Trabalho e a ISO 9001, a qual exige padronização e formalização de atividades gerenciais voltadas para um Sistema de gestão em Qualidade. BSI, 2018). DISCUSSÃO Mesmo com uma legislação rigorosa, fiscalização do Ministério do Trabalho, Normas Regulamentadoras e diversas iniciativas voltadas à Saúde e Segurança no Trabalho (SST), os incidentes trabalhistas continuam a acontecer.

Em suma, vale frisar que o acidente só irá ocorrer onde a conscientização e/ou prevenção falhou. É necessária uma gestão em grupo, participação e discussão das medidas de segurança com a CIPA, SESMT, empregados, líderes e empregadores, onde o uso de ferramentas de segurança para prevenção de acidentes se tornam indispensáveis para a promoção da cultura de segurança, a fim de evitar acidentes e reduzir as doenças ocupacionais. CONSIDERAÇÕES FINAIS É necessário persuadir as pessoas quanto a cultura organizacional, mostrando como ela é um fator que diferencia as organizações bem sucedidas. Sensibilizar o corpo gerencial de que a efetiva comunicação e a participação dos trabalhadores no processo de tomadas de decisões e no seu envolvimento das resoluções de problemas que afetam não apenas seu ambiente laboral, mas toda a organização são formas de alcançar uma melhoria mais eficiente.

Entre as contribuições deste estudo, podem ser elencadas: a aprendizagem coletiva em prol de uma gestão de segurança mais produtiva e eficiente; a boa reputação da empresa diante da sociedade em atender os aspectos se segurança e saúde dos trabalhadores, principalmente no que diz respeito à responsabilidade ambiental; a viabilidade em orientar o corpo gerencial a diagnosticar possíveis erros e falhas no decorrer do processo evolutivo, contribuindo para o sucesso e alcance das metas de desempenho e melhoria contínua aspirada pela empresa. joinpp. ufma. br/jornadas/joinpp2013/JornadaEixo2013/anais-eixo16-impassesedesafiosdaspoliticasdaseguridadesocial/previdenciasocialnobrasiltrajetoriaeatualidades. pdf>. Acesso em: 27 fev. Anais do XIX CONPEDI, Fortaleza/CE, 2010. Disponível em: <http://www. publicadireito. com. br/conpedi/manaus/arquivos/anais/fortaleza/3914. Acesso em: 12 fev. Decreto 3. de 06 de maio de 1999. Disponível em: < http://www.

planalto. BSI, British Standarts Institution (Instituição Britânica de Normalização). ISO/DIS 45001 – Compreendendo a nova norma internacional para a saúde e segurança no trabalho. Disponível em: <https://www. bsigroup. com/LocalFiles/pt-BR/Whitepapers/Guia%20DIS%20ISO%2045001. Acesso em: 27 fev. CHIRMICI, Anderson; OLIVEIRA, Eduardo Augusto de. Introdução à Segurança e Saúde no Trabalho. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2016. FERREIRA et al, R. Cultura e gestão da segurança no trabalho: uma proposta de modelo.  Revista Gestão e Produção, São Carlos, v. n. p. Disponível em: <http://submission. p. jul. Disponível em: <submission-pepsic. scielo. br/index. ufsc. br/bitstream/handle/123456789/79691/195368. pdf?sequence=1>. Acesso em: 11 fev. MPT-OIT. p. Fap UNIFESP. Disponível em: <http://www. scielo. br/scielo. pdf>. Acesso em: 12 fev. SANTOS, Simone Heberle Alves dos.

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