A importância da ergonomia na construção civil

Realizou-se uma pesquisa bibliográfica considerando as contribuições de autores como: BARBOZA FILHO (2019), BORGES (2013), FONTES (2012), OLIVEIRA, RODRIGUÊS E ALBERICO (2018), RODRIGUES (2014), SILVA (2011), entre outros, procurando enfatizar os mais relevantes benefícios que a implantação de ferramentas de gerenciamento pode promover, para as obras, empresas e, consequentemente, usuários. Conclui-se que as ferramentas de gerenciamento de projetos configuram um instrumento importante, capaz de reduzir, controlar e mitigar os riscos presentes nas obras civis e na execução de seus projetos. De modo que, podem favorecer ganhos econômicos, organizacionais e produtivos, assim como contribuir para a construção de estruturas com qualidade, segurança e desempenho adequado, dentro do custo e prazo previamente planejado. Palavras-chave: Gerenciamento de Projetos. Obras. Além disso, a crescente concorrência neste setor fortalece esta necessidade, uma vez que, é fundamental que as organizações consigam buscar estratégias para estabelecer práticas de gestão, que possibilitem acompanhar as mudanças ao ambiente, de modo a agregar valor aos negócios atuais e inovação aos novos.

Segundo Costa (2018) para que uma obra de engenharia seja considerada bem-sucedida é necessário que esta seja executada com base nas definições e pré-requisitos estabelecidos no planejamento e contrato, de forma que as etapas sejam realizadas com eficiência, evitando prejuízos ou até mesmo, desgastes na relação Cliente e Contratada. Neste contexto e diante da necessidade de aperfeiçoamento, de tornar este setor mais dinâmico e produtivo, com base no atendimento preciso dos critérios de qualidade, o gerenciamento de projetos surge como uma ferramenta adequada, capaz de reverter o quadro crítico encontrado nas empresas da construção civil e, consequentemente, promover melhorias organizacionais e tecnológicas, como aponta Barboza Filho (2009). Fontes (2012) complementa que as ferramentas de gerenciamento de projetos visam administrar as restrições de escopo, prazo e custo, e assim favorecer a qualidade do projeto.

O presente estudo tem como objetivo principal demonstrar a importância da implantação de ferramentas de gerenciamento de projetos em empresas da construção civil, para a correta execução de obras. Os autores Andrade Neto e Vavoski (2015), Carvalho e Notari (2017) e Oliveira (2003) relatam que este instrumento é capaz de atuar nas áreas de escopo, tempo, custos, qualidade, recursos humanos, comunicações, riscos, aquisições e stakeholders, e assim, garantir a implantação e a execução correta das atividades destas áreas, que são fundamentais para garantir eficiência ao processo e, consequentemente, a formulação de produtos e serviços pautados no tripé (qualidade, custo e prazo). Sendo assim, como aponta Rodrigues (2014), as ferramentas de gerenciamento são essenciais para o desenvolvimento do setor da construção civil, uma vez que, podem auxiliar no planejamento e controle das obras civis, de modo a oferecer suporte para tomadas de decisões e reduzir a ocorrência de erros, principalmente, provenientes de ações mal planejadas.

Tendem, portanto, a diminuir incertezas intrínsecas às obras e propor a melhoria do desempenho da organização, serviço e/ou produto. As ferramentas de gerenciamento podem promover inúmeros benefícios, que tendem a gerar impactos positivos a organização, em termos de economia, qualidade e prazo, visto que permitem identificar erros e assim, propor um melhor planejamento e execução de obras. As ferramentas de gerenciamento podem, portanto, melhorar a produtividade, reduzir atrasos, apresentar a melhor sequência de produção e coordenar múltiplas atividades interdependentes (MAGALHÃES; MELLO; BANDEIRA, 2018). Em que as organizações passam a rever os seus processos produtivos, suas atividades e produtos, buscando formas de tornar estes mais atrativos perante o mercado (PACHECO et al. Uma vez que, a qualidade passou a ser um requisito imprescindível, principalmente, devido à conscientização e o aumento do número de clientes que buscam pela aquisição de produtos mais seguros e confortáveis, que expressem maior qualidade funcional e estrutural.

Os clientes, ao longo dos anos, passaram a ser mais exigentes quanto à qualidade dos imóveis, preço e prazo de entrega dos mesmos, que são os principais índices de desempenho, como aponta Silva (2011). Esta revisão implica na construção de sistemas de produção mais eficientes e otimizados, que contam com o ideal uso de recursos (financeiros, materiais e humanos), em um determinado prazo, com base em requisitos específicos de qualidade e sob o controle de seus riscos e ameaças (OLIVEIRA; RODRIGUÊS; ALBERICO, 2018). Ou seja, implica no fornecimento de serviços e produtos mais atrativos, uma vez que, tais sistemas tendem a promover inovações no desenvolvimento de projetos e a tornar a empresa competitiva no atual ambiente globalizado, assim como promover impactos positivos na redução de custos e prazos, no aumento no tempo de vida dos produtos, de lucros, de número de clientes e chances de sucesso (SILVA, 2011).

São Paulo, v. n. BARBOZA FILHO, F. U. Gerenciamento de projetos: o impacto do uso dos indicadores de desempenho no resultado do projeto. CARVALHO, I. A. NOTARI, L. M. Gerenciamento de Projetos: Aplicação do planejamento no setor de óleo e gás. Florianópolis, 2011. CHIAVENATO, I. Gestão de Pessoas. Rio de Janeiro: Elsevier, 2005. COSTA, L. O. Gestão de projetos como estratégia organizacional. Revista Eletrônica E-Fatec, v. p. FONTES, M. C. B. BANDEIRA, R. A. M. ALBERICO, A. X. Gerenciamento de projetos na construção civil: Tempo, custo e qualidade. Revista Construindo, v. n. M. OLIVEIRA, D. M. PEREIRA, M. BRANCO, L. R. Impactos da aplicação de ferramentas de ferramentas de gerenciamento no desempenho de obras. f. Monografia (Graduação em Engenharia Civil). Universidade Federal do Rio de Janeiro.