Powerlifting

Tipo de documento:Redação

Área de estudo:Educação Física

Documento 1

Percebe-se, hoje, que seja pela evolução do nível sociocultural do país que ou pelo esforço de divulgação da indústria de fitness, o impacto da nutrição no desempenho físico vem despertando a atenção de atletas e de praticantes de atividades físicas regulares e frequentes em diversas modalidades, tanto coletivas quanto individuais, principalmente em academias e esportes relacionados à força. Segundo Gonçalves et al (2007), nas modalidades esportivas ligadas ao treinamento de força, especificamente a denominada de Powerlifting, a dieta alimentar adequada é vista como sendo capaz de desenvolver e manter sua massa muscular e sustentar o gasto energético dos treinos, melhorando seu rendimento inclusive durante as competições. A crença corrente entre estes atletas de força, intensificada pela propaganda de laboratórios, é que “massa corporal é igual à força”, o que os leva ao consumo de lipídios e de proteínas em um nível muito superior ao recomendado bem como que a ingestão de suplementos alimentícios pode aumentar consideravelmente a performance individual.

Isso demonstra que o combate ao senso comum e a pesquisa sobre a referida temática se faz imprescindível. Assim, o objetivo do presente estudo é analisar a importância dos micro e macro nutrientes em atletas de Powerlifting antes, durante e após as competições. Porém, foi somente treze anos mais tarde, o levantamento de peso feminino foi incluído nos jogos olímpicos de Sidney em 2000 e disputado em sete categorias. Figura 1 – Levantamento olímpico. Fonte: Federação Esportiva de Levantamento de Peso Olímpico do Rio Grande do Sul, 2012). • Fisiculturismo: é a modalidade esportiva relacionada ao desenvolvimento do tamanho e definição dos músculos, que também associa-se com os esportes de força, apesar de não ser o objetivo da referida modalidade o levantamento de peso.

Schwarzenegger (2001), afirma que o fisiculturismo é um esporte de forma, mas, em vez de movimento, a forma envolvida é a do próprio corpo e leva-se em consideração o tamanho, forma, proporção, definição e qualidade estética do físico. Figura 4 – Desafio Strongman Rio Grande do Norte, 2015. Fonte: G1. • Bracismo: ou luta de braço, é um esporte institucionalizado,e representado pela World Armwrestling Federation (WAF). Popularmente, no Brasil, é conhecida como queda de braço. A luta de braço consiste de uma competição entre dois participantes, divididos entre categorias sob as variáveis: braço, sexo, massa corporal, idade e deficiência física, conforme Gonçalves (2012). Contudo, o esporte vem crescendo no Brasil. Além disso, o nível técnico dos grandes atletas brasileiros se assemelha aos atletas internacionais e tem chamado a atenção de interessados pelo esporte em todo o mundo.

Figura 6 – Levantamentos básicos. Fonte: Elias Tattoo, 2012. BREVE HISTÓRICO DO POWERLIFTING Conforme as informações encontradas no site oficial da Federação Internacional de Powerlifting (IPF), o esporte originou-se nos Estados Unidos e no Reino Unido na década de 1950. Para Garhammer (1993), o Powerlifting se desenvolveu na América do Norte porque os levantamentos usados foram identificados pelos técnicos de futebol americano como levantamentos de força muscular, e os levantamentos competitivos foram assim aprovados para uso de programas de condicionamento. Isso levou a uma extensiva participação no PL de atletas que jogavam futebol americano do ensino médio e nas universidades. A partir da década de 1970 o PL começou a se popularizar pelo mundo inteiro inclusive no Brasil. Assim, surgiram as federações em outros países.

Antes disso, o esporte de força pioneiro era o levantamento de peso. REGRAS DO POWERLIFTING Segundo Moura et al (2005), a Federação Internacional de Powerlifting (IPF) reconhece os seguintes levantamentos como sendo compositores da referida modalidade: agachamento, supino e levantamento-terra. Esses exercícios, segundo Gonçalves (2012), devem ser realizados nessa sequência em todas as competições. De acordo com Moura et al (2005), a competição ocorre entre levantadores em categorias definidas por gênero, peso corporal e idade. Os campeonatos abertos para homens e mulheres permitem levantadores de qualquer idade acima de 14 anos. É permitido para cada competidor três tentativas em cada levantamento. Segundo Schwarzenegger (2001), acredita-se que as faixas aumentam a compressão articular e ajudam a prevenir lesão articular ou ligamentar. Contudo, a falta de estudos para comprovar essa hipótese faz com que este assunto ainda esteja no ramo da suposição.

Este material é muito usado por atletas de alto rendimento em competições profissionais de Powerlifting. Tornou-se muito popular também em indivíduos que queiram maior estabilidade em treinamentos com altas cargas (SCHWARZENEGGER, 2001, p. B) Supino O livro de regras da IPF afirma que a execução do supino competitivo deve acontecer de forma que, após receber o sinal, o levantador desça a barra até o peito e segure-a imóvel. Vale ainda ressaltar que a camisa de supino se mostra como recurso ergogênico de uso corriqueiro nesta prova. C) Levantamento-terra Conforme o livro de regras da IPF, a execução do levantamento-terra competitivo deve acontecer com o atleta voltado para frente da plataforma, com a barra apoiada no solo horizontalmente na frente dos pés. Segundo Gonçalves (2012), a barra deve ser segurada com uma pegada opcional com ambas as mãos e levantar até que o atleta fique ereto.

No final do levantamento os joelhos devem estar travados em uma posição estendida, em posição reta e os ombros para trás. NUTRIÇÃO E NUTRIÇÃO ESPORTIVA O crescimento do número de praticantes de atividade física, que ocorre vertiginosamente, acarretou, segundo Almeida et al (2009), no aumento do interesse sobre a importância da nutrição adequada como importante aliada para a manutenção da saúde e melhora do desempenho. O QUE É NUTRIÇÃO Nutrição, segundo Paschoal e Naves (2014), é um processo biológico em que os organismos, assimilam nutrientes para a realização de suas funções vitais a partir da ingestão de alimentos. No domínio da saúde e medicina (e também veterinária), a nutrição é o estudo das relações entre os alimentos ingeridos e doença ou o bem-estar do homem ou dos animais.

Paschoal e Naves (2014) afirmam que a nutrição pode ser feita por via oral, ou seja, pela maneira natural do processo de alimentação, ou por um modo especial. No modo especial observa-se a nutrição enteral e a nutrição parenteral. A enteral ocorre quando o alimento é colocado diretamente em uma área do tubo digestivo através de sondas que podem entrar pela narina ou boca ou por um orifício feito por cirurgia diretamente no abdômen do paciente, juntamente com outro orifício gastrointestinal usado no processo digestivo. MICRO E MACRO NUTRIENTES 2. Macronutrientes Os alimentos possuem, de um modo geral, micro e macronutrientes. Segundo Paschoal e Naves (2014), os macronutrientes são aqueles necessários em grandes quantidades diárias e são a base dos alimentos que o ser humano consome.

São eles: proteínas, carboidratos e lipídeos. De acordo com as autoras, é importante consumir quantidades equilibradas de carboidratos, proteínas e lipídeos, de modo que a dieta resulte em saúde para o organismo. As enzimas correspondem à outra função vital das proteínas: catalisam as mais diversas reações do metabolismo, diminuindo a energia de ativação das reações, de modo que sua velocidade seja compatível com a vida. Segundo Gonçalves et al (2007), devido a seu papel decisivo no metabolismo, as enzimas estão submetidas a um mecanismo de regalação fina, seja por alosteria ou por ação hormonal, desencadeando cascatas de modificação covalente ou interferindo na expressão gênica. As proteínas, podem ainda ser utilizadas, conforme Paschoal e Naves (2014), na produção de energia e podem derivar de macromoléculas, como carboidratos e lipídeos.

De acordo com os autores, durante o jejum, proteínas do músculo são quebradas e seus aminoácidos são submetidos a transaminações e desaminações, transferindo fontes de carbono para a gliconeogênese hepática. O produto final da degradação de aminoácidos é ureia, a qual é filtrada nos rins e excretada na urina. São classificadas, segundo Almeida et al (2009), em dois grandes grupos: hidrossolúveis e lipossolúveis. As vitaminas hidrossolúveis são as vitaminas do complexo B e vitamina C. São componentes de coenzimas, participando de diversas reações enzimáticas no organismo. O excesso dessas vitaminas não é danoso, pois elas podem ser eliminadas por meio da urina. De acordo com Gonçalves et al (2007), as vitaminas lipossolúveis incluem as vitaminas A, D, E e K.

De acordo com a autora, o bom planejamento dietético, o aprofundamento dos conhecimentos sobre nutrição esportiva e o esporte em questão são fundamentais para o nutricionista e para o próprio atleta. Ainda de acordo com braggion (2008), o que determina o direcionamento do tipo de dieta e/ou suplementação nutricional dos atletas é a demanda fisiológica decorrente do esporte praticado, devendo ser observadas as questões físicas predominantes nos diferentes períodos de treinamento e por ocasião da competição, uma vez que existem diferenças significativas no tipo de substrato energético utilizado em cada atividade. E ainda, de acordo com a mesma autora o profissional que irá orientar o atleta deve considerar cada uma das etapas do treinamento além de preocupar-se com o controle do peso corporal, a ingestão adequada de macro, micronutrientes e líquidos, a satisfação de aspectos sensoriais, cognitivos e psicológicos envolvidos com o estresse da modalidade, além da manutenção da saúde, que deve estar acima de qualquer outro objetivo de performance (IDEM, 2008, p.

Em um primeiro momento, o atleta deve ser conscientizado e estimulado pelo nutricionista à uma educação nutricional, ao hábito de ter uma alimentação balanceada e rica em nutrientes. A partir disto, o foco deve direcionar-se para a especificidade, trabalhando o aporte adequado de substratos energéticos e de micronutrientes requeridos, além de analisar fatores diretamente relacionados ao desempenho, como a composição corporal, a hidratação e até mesmo a suplementação que devem ser voltadas especificamente àquele atleta, daquela modalidade. Para evitar a perda de massa magra e também para manter adequados estoques de glicogênio muscular e hepático, o principal substrato energético utilizado durante atividades de alta intensidade deve ser o carboidrato (BRAGGION, 2008, p. Nos casos da dieta não suprir essa demanda, podem ser indicados suplementos, conforme já mencionado aqui e que serão descritos a seguir.

Vale ressaltar,ainda, que os suplementos são os macro e micronutrientes tão necessários para o ótimo desempenho do atleta. SUPLEMENTAÇÃO PARA ATLETAS 3. Aporte de carboidratos Segundo Fleck e Kraemer (2006), o exercício, dependendo da intensidade e duração, é capaz de utilizar rapidamente os estoques de glicogênio muscular, podendo levar à depleção e consequente fadiga. Nos casos de treino para ganho de massa muscular, que é o caso de atletas de Powerlifting, a necessidade chega até 2g/kg/dia de proteínas (BRAGGION, 2008, p. Lipídeos Segundo Braggion (2008), não existe uma recomendação específica de consumo desse macronutriente para atletas de acordo com a modalidade praticada. O papel fundamental dos lipídeos na dieta de um atleta é suprir as necessidades orgânicas normais desse nutriente, como transportar vitaminas lipossolúveis e fornecer substrato energético.

De acordo com Braggion (2008), pelas características da modalidade esportiva, não há necessidade de diferenciar o consumo de lipídeos entre atletas e a população em geral. Braggion (2008), recomenda que, do total de calorias ingeridas por dia, em torno de 25 a 30% sejam lipídeos, sendo que uma distribuição equilibrada entre a gordura saturada, monoinsaturada e polinsaturada se faz importante. Recursos ergogênicos De acordo com Braggion (2008), um ergogênico normalmente se refere a uma substância que produz ou intensifica o trabalho. O propósito da maioria dos ergogênicos é, segundo a autora, aumentar a performance através da intensificação da potência física, da força mental ou do limite mecânico. Os ergogênicos podem ser classificados em cinco categorias: nutricional, farmacológico, psicológico e biomecânico e mecânico.

Ainda conforme Braggion (2008), os ergogênicos nutricionais servem principalmente para aumentar o tecido muscular, a oferta de energia e a taxa de produção de energia no músculo, sendo imprescindível para o Powerlifting. A administração de ergogênicos nutricionais não é considerada doping pelo Comitê Olímpico Internacional (COI). Na década de 1950 o halterofilismo sofreu uma queda, enquanto outros esportes de força ganhavam novos adeptos. O primeiro campeonato de Powerlifting aconteceu em 1965, nos Estados Unidos. Esse esporte também se desenvolvia na Grã-Bretanha com seu primeiro campeonato em 1966. Mas o primeiro campeonato mundial somente ocorreu em 1971. A primeira federação que regula o esporte, a Federação Internacional de Powerlifting (IPF), surgiu em 1972, e já no ano seguinte foi a primeira vez que os levantamentos foram feitos como hoje é conhecido – supino, agachamento e o levantamento-terra.

Revista Brasileira de Nutrição Esportiva, São Paulo v. n. p. Maio/Junho, 2009. BRAGGION, G. Março/Abril, 2011. FLECK, S. J. KRAEMER, J. W. Avaliação da dieta nutricional de atletas de força: estudo de caso sobre equipe de Powerlifting. Revista Brasileira de Nutrição Esportiva, São Paulo v. n. p. Mar/Abril, 2007. TATTOO, E. Disponível em: http://www. eliastatto. com. br.

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