Antropologia e seu duplo aspecto: antropologia física e antropologia cultural

Tipo de documento:Redação

Área de estudo:Antropologia

Documento 1

A necessidade de falar sobre esse tema tão relevante para o acadêmico está no fato de estarmos vivenciando um verdadeiro processo de globalização, desencadeado pelos meios modernos de comunicação, de modo que isso nos obriga tentar entender as várias culturas com as quais nos relacionamos diariamente. E, para o aluno que deseja sobressai-se no mercado de trabalho, a necessidade de entender essas diferenças culturais, o principal objeto do estudo da antropologia, é quesito obrigatório. A ênfase deste documento está posta na apresentação dos itens: 1) Introdução; 2) Conceitos; 3) Papel da Antropologia no quadro das Ciências Sociais; 4) Antropologia e aspectos duplos. Processos sócios históricos; 5) Antropologia cultural: características fundamentais. Conceito antropológico de cultura. Mas o autor conclui: Antropologia: o estudo do homem buscando um enfoque que integre os aspectos culturais e biológicos, no presente e no passado, focalizando as relações entre o homem e o meio, entre o homem e a cultura e entre o homem com o homem.

Ibidem, p. Esta definição é oportuna porque, deixa claro ao mesmo tempo o seu objeto de estudo, assim, vale dizer que a antropologia estuda o homem, mas não somente como um mero objeto, antes ela cuida das interações sociais entre os seres humanos, ou seja, ela estuda a cultura nos mais variados níveis. Importante lembrar que a antropologia é muito antiga, pois a reflexão sobre as sociedades, o homem e o seu comportamento social é conhecida desde a antiguidade clássica pelo pensamento de grandes filósofos, como o do grego Heródoto, considerado o pai da história e da antropologia. No entanto, foi somente com o movimento iluminista, no século XVIII, que a antropologia se desenvolveu como ciência social, através do aprimoramento de métodos e classificações humanas.

A matéria-prima da “ciência natural”, portanto, é todo o conjunto de fatos que se repetem e têm uma constância verdadeiramente sistêmica, já que podem ser vistos, isolados e, assim, reproduzidos dentro de condições de controle razoáveis, num laboratório. Enquanto as ciências sociais estudam fenômenos complexos, situados em planos de causalidade e determinação complicados, pois nos eventos que constituem a matéria-prima do antropólogo, do sociólogo, do historiador, do cientista político, do economista e do psicólogo, não é fácil isolar causas e motivações exclusivas. Assim, não podemos reconstruir um evento histórico, mesmo que juntemos todos os componentes não conseguiríamos reconstruir a atmosfera de local. Diferentemente de um experimento laboratorial no qual conseguimos controlar, por exemplo, temperatura e pressão para analisarmos somente uma variável, nas ciências humanas a atmosfera social não pode ser reconstruída.

Pode se dizer, então, que as ciências naturais e sociais se diferenciam, basicamente quanto à suas matérias prima. DA MATA, 2000, p. É concebível dizer, a partir da leitura apontada acima, que o investigador, tende a se espelhar no próprio objeto de estudo, o que viria a ser uma forma de parcialidade, o que não é permitido nos outros ramos de ciências. É importante lembrar que a própria antropologia tem seus ramos específicos, seriam por assim dizer, sub-ramos dentro da antropologia. A antropologia biológica que estuda o homem, enquanto ser biológico, dotado de um aparato físico e uma carga genética, com um percurso evolutivo definido e relações específicas com outras ordens e espécies de seres vivos. A arqueologia estuda o homem no tempo, através dos monumentos, restos de moradas, documentos, armas, obras de arte e realizações técnicas que foi deixando no seu caminho enquanto civilizações davam lugar a outras no curso da História.

Ademais, todas as ciências convergem para o entendimento do homem, e servem aos interesses humano, mesmo percorrendo caminhos diferentes. E que diferentemente do que ocorre com as outras ciências, o objeto de estudo da antropologia é mais complexo, pois ela trabalha com o fato social e por não ser facilmente isolável, o estudo fica mais difícil. Quanto a sua aplicabilidade, o produto do estudo da antropologia não tem aplicabilidade imediata como nos ocorre outros ramos da ciência. E, portanto, para que o resultado dos estudos da antropologia seja visto como ciência, o antropólogo deve ser imparcial, quanto ao seu objeto de estudo. E que, a antropologia tem seus ramos específicos, a antropologia biológica que estuda o homem, enquanto ser biológico, a arqueologia, que estuda o homem no tempo, a antropologia social, cultural ou etnologia estuda o homem, enquanto ser cultural.

O barão de Montesquieu foi um dos grandes filósofos políticos do Iluminismo, que escreveu um relatório sobre as várias formas de poder, em que explicou como os governos podem ser preservados da corrupção, por isso segundo Raymond Aron, ele também teria sido um importante sociólogo. Na França, esse autor geralmente é considerado um percursor da sociologia e se atribui a Auguste Comte o Mérito de ter fundado esta ciência- o que é verdade, se fundador foi aquele que criou o termo. Contudo, se sociólogo se define por uma intenção específica, conhecer cientificamente o social enquanto tal, Montesquieu é, a meu ver, um sociólogo, tanto quanto Auguste Comte. ARON, 2000, p. Embora Montesquieu tenha sido ao mesmo tempo um escritor, um jurista, um filósofo da política e quase um romancista.

ARON, 2000, P) A teoria de Marx baseia-se essencialmente, em uma crítica às sociedades capitalistas e seus moldes de organização e divisões sociais, abordando uma concepção muito particular quanto ao trabalho, que ele considera uma atividade fundamental da humanidade, em que, por ser o homem um ser social, essa atividade só pode ser desenvolvida socialmente. Assim, Marx teria dado sentido a algumas contradições do pensamento filosófico contemporâneo, como afirma Aron: Marx tem uma visão filosófica do devenir histórico. É possível, e até mesmo provável, que tenha dado um sentido filosófico às contradições do capitalismo. Contudo, o essencial no esforço científico de Marx foi demonstrar cientificamente a evolução, a seus olhos inevitáveis, do regime capitalista. ARON, 2000, p.

Democrática é a sociedade em que não subsiste distinção de ordem e de classes; em que todos os indivíduos que compõe a coletividade são socialmente iguais, o que não significa que seja, intelectualmente, iguais, o que é absurdo, ou economicamente igual, o que para Tocqueville, é impossível. A igualdade social significa a inexistência de diferenças hereditárias de condições; quer dizer que todas as ocupações, todas as profissões, dignidades e honrarias são acessíveis a todos. Estão, portanto implicadas na ideia da democracia a igualdade social e, também, a tendência para a uniformidade dos modos e dos níveis de vida. ARON, 2000, p. Assim, Tocqueville fala do fato do povo ter soberania na América, onde, segundo ele princípio da soberania popular não estava oculto como em outras nações, pois lá o povo escolhe aquele que faz a lei e aquele que a executa.

E depois determinou que a conduta do cientista, para que o seu estudo tivesse realmente bases científicas, não haveria explicação científica se o pesquisador não mantivesse certa distância e neutralidade em relação aos fatos, resguardando a objetividade de sua análise, deixando de lado seus valores pessoais sobre o acontecimento a ser estudado, uma vez que eles podem distorcer a realidade dos fatos e nada têm de científico. Embora Durkheim tenha escrito diversas obras, as três principais e mais relevante para o estudo da sociologia foram: Da divisão do Trabalho social, o suicídio e As formas elementares da vida religiosa. No livro, Da divisão do trabalho social Durkheim considerava que todas as sociedades haviam evoluído da forma social mais simples, igualitária, reduzida a um único segmento, mas que estas sociedades estavam abertas à influencias externas: O que acontece, com efeito, é que a divisão de trabalho, sendo fenômeno derivado e secundário, como acabamos de ver, ocorre na superfície da vida social, o que é, sobretudo, verdadeiro no caso da divisão do trabalho econômico.

Ela está à flor da pele. Ora, em todo organismo os fenômenos superficiais, pela sua própria situação, são bem mais acessíveis à ação das causas externas, mesmo quando os fatores internos de que dependem de modo geral não se modificam. No homem, é muito diferente, porque as sociedades que eles formam são muito mais vastas; mesmo os menores que conhecemos superam em extensão a maioria das sociedades animais. Sendo mais complexas, são também mais mutáveis, e essas duas causas reunidas fazem que a vida social na humanidade não se paralise numa forma biológica. Mesmo onde é mais simples, ela conserva sua especificidade. Sempre há crenças e praticas comuns aos homes sem estarem inscritas em seus tecidos. Mas essa característica se acentua mais à medida que a matéria e que as densidades sociais aumentam.

Uma multidão de coisas que permaneciam fora das consciências, por não afetarem o ser coletivo, tornam-se objetos de representações. DURKHEIM, 2000, p. Síntese: Conclui-se, portanto, que Charles Darwin é considerado, o pela corrente mais aceita, como sendo o fomentador do nascimento da antropologia biológica, mas existem correntes que considera Jean-Baptiste Lamarck, o pai da antropologia no século XIX, e outras que considera Bronislaw Malinowski como tal,e Claude Lévi-Strauss, o pai da antropologia moderna. Além destes, existem outros pensadores que contribuíram em muito para o desenvolvimento da antropologia, como é o caso de Charles-Louis de Secondant, ou Montesquieu, que idealizou o estado regido por três poderes separados, o Legislativo, o Executivo e o Judiciário, criando a teoria da separação de poderes que teve enorme impacto na política e que Influenciou a organização das nações modernas.

Karl Marx criou os conceitos do "materialismo histórico", e o da "mais-valia", e a "luta de classe", contribuindo muito para o direito do trabalho. Síntese: A antropologia biológica procura compreender o homem como ser biológico, sua origem, evolução, variações e constituição física, e busca desenvolver um conhecimento antropológico com ênfase nas características físico-biológicas de cada povo, analisando a interação entre biologia e cultura, e os seus símbolos; e ainda, a antropologia biológica possui subcampos, dentre os quais estão a paleontropológica, que estuda os fósseis dos hominídeos antigos, e das evidências deixadas por eles, tais como ossos e pegadas; a antropologia forense, que atua no âmbito da medicina legal que tem como principal objetivo a identidade e identificação do ser humano; a osteologia é o ramo da anatomia que estuda a estrutura, forma e desenvolvimento dos ossos e das articulações; a antropologia Nutricional, que estuda a nutrição humana; a primatologia, que estuda a ordem dos primatas, a genética das populações humanas; A paleopatologia é uma disciplina científica reconstrutiva e não tanto experimental que estuda a patologia dos antigos hominídeos; 3.

Antropologia cultural: características fundamentais. A antropologia social se ocupa de estudar as interações sociais entre os indivíduos, e entre os povos. Segundo o professor Dr. Euler David Siqueira: A antropologia social e cultural estuda a cultura de um grupo tanto na sua dimensão instrumental, chamada de cultura material, que se refere às coisas que os homens produzem e com as quais intervêm na natureza, quanto na sua dimensão cosmológica-cognitiva-organizacional, que abrange os sistemas de ideias e de valores, através dos quais se organiza a percepção do mundo. O significado antropológico de cultura é o conjunto de aspectos que caracterizam o modo de vida de uma determinada sociedade. Esses aspectos podem ser língua, religião, normas, valores, crenças, formas de vestir, hábitos alimentares, etc.

este conceito é encontrado em Laraia: Tomado em seu amplo sentido etnográfico é este todo complexo que inclui conhecimentos, crenças, arte, moral, leis, costumes ou qualquer outra capacidade ou hábitos adquiridos pelo homem como membro de uma sociedade. TYLOR apud LARAIA, 2004, p. Assim, podemos dizer que cultura é o conjunto dos mais variados padrões, recebidos e desenvolvidos pelo ser humano, como conhecimento, crenças, arte, morais, leis, costumes e hábitos. É um processo socializador transmitido ao o individuo através das instituições sociais, como família, igreja, escola e comunidade. Foi através da transmissão do conhecimento, ao longo dos tempos, que a humanidade conseguiu evoluir. Quer seja, através do exemplo, contando história, através da arte, das tecnologias, da escrita, enfim de todas as formas possíveis de deixar registrado o conhecimento.

Segundo Laraia (2004, p. a cultura é mais determinante sobre o indivíduo do que o determinismo biológico e geográfico. Não é necessário ir tão longe, nesta sequência de exemplos que poderia se estender infinitamente; basta verificar que em algumas regiões do Norte do Brasil a gravidez é considera da como uma enfermidade, e o ato de parir é denominado "descansar". Esta mesma palavra é utilizada, no Sul do país, para se referir à morte (fula no descansou, isto é, morreu). Ainda entre nós, existe uma diversidade de interdições alimentares que consideram perigoso o consumo conjunto de certos alimentos que isoladamente são inofensivos, como a manga com o leite etc. Enfim, todos estes exemplos e os que se seguem servem para mostrar que as diferenças de comportamento entre os homens não podem ser explicadas através das diversidades sematológicas ou mesológicas.

Tanto o determinismo geográfico como o determinismo biológico, como mostraremos a seguir, foram incapazes de resolver o dilema proposto no início deste trabalho. O entrudo acontecia num período anterior a quaresma e, portanto, tinha um significado ligado à liberdade. Este sentido permanece até os dias de hoje no Carnaval. Na filosofia, a cultura é compreendida como o conjunto de manifestações humanas que contrastam com a natureza ou o comportamento natural, ou seja, é uma atitude de interpretação pessoal e coerente da realidade, que se destina, às posições suscetíveis de valor íntimo, argumentação e aperfeiçoamento. Cultura também envolve uma exigência global e uma justificação satisfatória. Como dito antes, a cultura é mutável a medida que o tempo vai passando, quer seja, por fatores internos ou externos, como afirma Laraia: Podemos agora afirmar que existem dois tipos de mudança cultural: uma que é interna, resultante da dinâmica do próprio sistema cultural, e uma segunda que é o resultado do contato de um sistema cultural com outro.

Não resta dúvida de que se trata de uma resposta insatisfatória, com um odor tautológico, e que não deixa de nos conduzir a unia outra pergunta: mas como e por que se modificou o cérebro do primata, a ponto de atingir a dimensão e a complexidade que permitiram o aparecimento do homem? (LARAIA, 2004, p. Síntese: O conceito antropológico de cultura é o conjunto de aspectos que caracterizam o modo de vida de uma determinada sociedade. Esses aspectos podem ser língua, religião, normas, valores, crenças, formas de vestir, hábitos alimentares, etc. e que cultura é um processo socializador transmitido ao o individuo através das instituições sociais, como família, igreja, escola e comunidade, e o determinismo biológico quanto o geográfico são incapazes de definir o comportamento do individuo, pois esse estaria mais atrelado à cultura em que foi criado.

Existe cultura nos mais variados níveis, a saber: cultura popular, cultura filosófica, cultura organizacional, cultura religiosa, cultura científica, etc. Complementar LARAIA, Roque de Barros. Cultura - um conceito antropológico. ed. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Editor, 2004. BOAS, F. Martins Fontes. Exercícios Questão 1. Antropologia forense é ramo da medicina legal que tem como objetivo principal a identidade e identificação do ser humano através de um processo técnico e cientifico sistematizado. Em qual esfera a antropologia forense desempenha maior importância? a) esfera trabalhista. b) esfera cível. Questão 3 Ele definiu três tipos de governo existentes: republicanos, monárquicos e despóticos, e organizou um sistema de governo que evitaria o absolutismo, a autoridade tirânica de um só governante. Para ele, o despotismo era um perigo que podia ser prevenido com diferentes organismos exercendo as funções de fazer leis, administrar e julgar.

De qual pensador o trecho apontado está falando? a) Montesquieu. b) Darwin. c) Marx. Questão 5 Sua obra principal foi “A Democracia na América” que se consistiu em estudar a democracia e a vida sócio-política dos Estados Unidos, através da discussão da liberdade e da igualdade, onde ele procura explicar o desenvolvimento sociopolítico de diversos países da Europa em comparação com o dos Estados Unidos da América. De qual pensador o trecho apontado está falando? a) Montesquieu. b) Darwin. c) Marx. d) Durkheim. Questão 7 É o conjunto de aspectos que caracterizam o modo de vida de uma determinada sociedade. Esses aspectos podem ser língua, religião, normas, valores, crenças, formas de vestir, hábitos alimentares, etc. Tomado em seu amplo sentido etnográfico é todo complexo que inclui conhecimentos, crenças, arte, moral, leis, costumes ou qualquer outra capacidade ou hábitos adquiridos pelo homem como membro de uma sociedade.

De qual tema o trecho apontado está falando? a) Antropologia. b) Cultura. Ademais, todas as ciências convergem para o entendimento do homem, e servem aos interesses humano, mesmo percorrendo caminhos diferentes. Questão 9 É considerado o pai da antropologia moderna e foi pioneiro no estudo sobre as formas de organização e comportamento dos povos indígenas do continente americano? a) Claude Lévi-Strauss. b) Darwin. c) Jean-Baptiste Lamarck. d) Emile Durkheim.

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