Planejamento estrategico

Isto é, perseguem metas e objetivos que podem ser alcançados de modo eficaz e eficiente pela ação conjunta dos indivíduos”, dessa maneira podemos afirmar que tanto a empresa quantos os funcionários têm uma relação de interdependência entre si, ou seja, ambos têm objetivos e metas comuns que só são possíveis de serem alcançadas mediante uma comunicação eficaz, eficiente, concisa e clara. De acordo com Simões (2008) é por meio da comunicação organizacional que uma empresa facilita os processos dinâmicos de trabalho, corroborando para o desenvolvimento e o desempenho de cada colaborador no sentido individual ou de trabalho em grupo. Assim podemos inferir que organizacionalmente tanto a empresa quanto os funcionários possuem uma relação de interdependência entre si, visto que ambos têm metas e objetivos que lhes são comuns e para que os alcancem necessitam de que a comunicação seja clara, concisa, eficiente e eficaz.

A comunicação organizacional é influenciada diretamente por fatores de desenvolvimento econômico, social, político de uma região ou país e pelas políticas administrativas adotadas pela empresa em questão. Bueno (2003) afirma que: “A partir de 1990 a comunicação organizacional se desenvolveu a tal ponto que passou a ser vista de forma estratégica para as empresas, ou seja, se tornou peça “chave” para os negócios. Segundo Pinho (2001), a comunicação mercadológica é “aquela projetada para ser persuasiva, para conseguir um efeito calculado nas atitudes e / ou no comportamento do público visado”. Permeando a importância da comunicação durante o planejamento organizacional, pode-se afirmar que de acordo com a forma de comunicação utilizada têm-se impactos que podem ser positivos ou negativos para a empresa.

Neste processo, Hooley (2011) diz que há dois tipos de comunicação sendo utilizados dentro das empresas: a comunicação formal e a informal. A comunicação formal é definida pela alta administração e pela direção da empresa e expressa o posicionamento, a cultura, os valores, a missão da organização para sua equipe geram conflitos e disfunções na empresa, bem como apontar se a origem desta barreira está relacionada com o emissor, o receptor, o codificador ou à transmissão da informação. Torquato (1986) apresenta uma gama de benefícios pela inclusão da comunicação interna e externa durante a fase de planejamento organizacional, como: melhora no índice de desempenho da sua equipe, sinergia para alcance dos objetivos empresariais, boa receptividade do mercado consumidor em relação aos seus produtos e serviços, entre outras.

Evidenciamos que todos tem uma consideração a fazer, seja por meio da fala direta ou norteado por suas ideias e pensamentos. Também pode-se inferir que há uma interação na sociabilidade das pessoas entre si, demonstrando empatia e um senso cooperativo marcado por relações serenas, brandas e amigáveis, como deveria ser em qualquer ambiente de uma organização empresarial. Durante o processo de observação dos processos trabalhistas de uma empresa, podemos evidenciar a importância e a finalidade da comunicação para o perfeito funcionamento das fases e etapas de produção e para a promoção de ambiente de trabalho agradável para todos. Percebe-se a importância de comunicar-se de forma clara e concisa no ambiente organizacional desde a fase inicial do processo de admissão do funcionário, passando por sua colaboração no desenvolvimento e produção do produto, nas ações e estratégias adotadas para comercializá-lo e até mesmo no processo demissional de um funcionário.

Teoricamente ter uma definição clara das metas e objetivos empresariais mediante ao que se espera do rendimento de um colaborador é uma forma de inferir que a comunicação é de fato eficaz. Mas para isso é necessário que haja uma compreensão de fato sobre o que significa se comunicar, de que este processo envolve tanto o falar quanto o ouvir das duas partes, ou seja, do interlocutor e do receptor. Embora haja uma crescente teorização administrativa que tem promovido a comunicação no meio empresarial como diferencial competitivo, ainda existem empresas com uma noção arcaica sobre este tema. Podemos exemplificar com casos de empresas onde a direção ou chefia direta não é aberta para os novos estudos e conceitos sobre administrar, onde a palavra inicial e final é do chefe e os funcionários não têm abertura para demonstrarem satisfação ou insatisfação e muito menos sugestões de melhorias nos processos.

Tais empresas com mentalidade retrógrada, trabalham num regime semelhante ao coronelismo que vigorava no Brasil na época de ouro do café e até hoje rege algumas regiões do Nordeste, Estas empresas de pensamento arcaico para garantir a sua sobrevivência no mercado necessitam urgentemente de uma reestruturação, pois, o mercado consumidor está cada vez mais antenado em adquirir serviços e produtos de organizações com caráter social e ambiental e que utilizam dos benefícios de incluir a comunicação como ferramenta organizacional de captação da fatia de mercado correspondente aos clientes preocupados com tais práticas. As grandes empresas com uma cultura organizacional mais dinâmica, já absorveram para seus processos a inserção da comunicação como ferramenta essencial utilizada na fase de planejamento empresarial.

Atualmente o mercado consumidor tem procurado estabelecer vínculos com organizações preocupadas com o bem-estar social, com boas práticas ambientais, com senso de responsabilidade, ética e transparência. E a forma de uma empresa se projetar para este público é por meio da comunicação inserida no processo de estratégia empresarial. Neste aspecto é muito importante para a empresa transmitir uma informação real de sua conduta interna para seu público consumidor, assim tais informações agregarão valor no preço final de seus produtos e serviços, possibilitando o fortalecimento da sua marca diante da concorrência. Para isso, os gestores buscam no processo comunicativo a confiança dos seus consumidores, que se dá por meio de canais diretos como no site da empresa, via telefone, e-mail ou pelas redes sociais, muito em alta neste momento.

Desta forma podemos inferir que o processo comunicativo organizacional é de suma importância para todas as empresas que desejam trilhar um novo caminho rumo ao sucesso, pois, utilizando os meios de comunicação adequados durante a fase de planejamento organizacional, o gestor terá um feedback interno e externo que refletirão de forma positiva em suas receitas, gerando um lucro oriundo da junção de uma equipe de trabalho motivada e alinhada com a qualidade com um mercado consumidor consciente e engajado com empresas responsáveis e abertas à opinião. Donnely. Organizações: Comportamento, estrutura, processos. São Paulo: Atlas, 1981. GIL, Antonio Carlos. Gestão de pessoas. PINHO, J. B. Comunicação em Marketing. Princípios da Comunicação Mercadológica. Campinas: Papirus, 2001. Negociação nas Organizações - Contextos sociais e processos psicológicos.

Lisboa: Editora RH, 2008. SOUZA, Carla Patrícia da Silva. Cultura e clima organizacional: compreendendo a essência das organizações. Curitiba: Inter Saberes, 2014.