O PROCESSO DE ENSINO E APRENDIZAGEM NA PERSPECTIVA DA DIDÁTICA E DA PSICOLOGIA DA EDUCAÇÃO
A importância da psicologia no processo de ensino-aprendizagem reside no reconhecimento de que a educação é um fenômeno verdadeiramente complexo e o seu impacto no desenvolvimento humano obriga que se considere a globalidade e a diversidade das práticas educativas em que o ser humano se encontra imerso, isto porque a educação se desdobra em múltiplos contextos nos quais as pessoas vivem e participam definidos como âmbitos educativos. Palavras-chave: Didática. Ensino. Aprendizagem. Psicologia da Educação. Por isso, a problemática que norteia este trabalho gira entorno das perguntas: Quais conceitos sobre o processo de ensino e aprendizagem sobre a alfabetização e letramento? Qual o papel do professor na alfabetização e letramento? Como funciona a escola em relação ao processo de alfabetização e letramento? Diante destas questões é necessário que os educadores sejam capazes de compreender as diferenças de cada ação e saber escolher a melhor maneira que irá trabalhar um determinado tema.
Os seus métodos devem ser revistos a cada momento, o ato de ensinar não pode ser algo estagnado, mas precisa passar por reformulações constantes para que a aprendizagem do aluno seja alcançada. Por esse motivo é preciso não apenas absorver conceitos, mas como pôr eles em prática, pois objetivo do educador deve ser acima de tudo alcançar o aprendizado do aluno. Falar sobre a importância da didática no ensino e aprendizagem expõe uma grande relação com os conceitos que se emprega para os termos “ensinar” e “aprender” ao mesmo tempo que estudar psicologia da educação também é compreender o processo de ensino e aprendizagem, a eficiência das táticas e estratégias educacionais, assim como o estudo do funcionamento da instituição escolar enquanto organização.
Nesse trabalho fazemos uma revisão bibliográfica tendo como plano de fundo o livro de José Carlos Libânio “Didática” com objetivo levantar e responder questionamentos acerca do tema. Para isso, o professor deve ter plena noção de seu papel como mediador entre o processo de aprendizagem e os alunos. Neste sentido, que Ribeiro; Guimarães (2019), irão concluir que a Didática é de suma importância para a formação do professor, pois ela deve proporcioná-lo o desenvolvimento da capacidade crítica e reflexiva, possibilitando que o professor faça uma análise de forma clara sobre a realidade do ensino, proporcionando situações em que o aluno construa seu próprio saber. A palavra didática tem a sua origem na língua grega, e seu significado é “fazer aprender”, “instruir”, “ensinar” e por muitos anos a Didática, foi compreendida como um conjunto de procedimentos técnicos cujo objetivo principal era o de garantir o bom ensino, baseado em técnicas pedagógicas eficientes e bem conduzidas para produzir a eficácia educativa.
No entanto, desde o seu surgimento no campo da Ciência ela foi passando por um longo processo de mudanças: Desde os jesuítas, passando por Comênio, Rosseau, Herbart, Dewey, Snyders, Paulo Freire, Saviani, dentre outros, a educação escolar percorreu um longo caminho do ponto de vista de sua teoria e sua prática. Vivenciada através de uma prática social específica – a pedagógica -, esta educação organizou o processo de ensinar-aprender através da relação professor aluno e sistematizou um conteúdo e uma forma de ensinar (transmitir- assimilar) o saber erudito produzido pela humanidade. Assim, a prática educativa deve ser reflexiva, fundamentada em aspectos filosóficos e sociológicos que subsidiam a dimensão política da educação. A complexidade do processo educativo ainda exige que a Didática seja pensada sobre diferentes perspectivas.
Enquanto campo de ciência, a Didática geral atua sobre os aspectos gerais do processo educativo, aos procedimentos de todas as disciplinas e diferentes tipos de alunos. Já a Didática especial se ocupa da investigação das especificidades das diferentes áreas do conhecimento e aos diferentes modos de aprendizagem. Atualmente, sabe-se que a Didática tem como principal objetivo os processos de ensino e de aprendizagem, ultrapassando a técnica, tornando-se um meio de compreensão crítica da educação e dos processos de ensino e de aprendizagem. Diante disso de acordo com Libânio (1994), aprender é o processo de apropriação de qualquer forma de conhecimento, desde o mais simples onde a criança aprende a manipular os brinquedos, aprende a fazer contas, lidar com as coisas, nadar, andar de bicicleta entre outras, até processos mais complexos onde uma pessoa aprende a escolher uma profissão e a viver socialmente.
Dessa forma, as pessoas estão sempre aprendendo, mas, segundo o autor, para que aprendizagem aconteça é necessário que exista um processo de assimilação onde o aluno com o auxílio e orientação do professor passa a compreender, refletir e aplicar os conhecimentos que foram obtidos. Assim aprendizagem é observada e de certa forma colocada em prática quando o aluno obteve conhecimentos que foram transmitidos durante uma aula ou atividade. Por isso, segundo Libânio (1994), para que aconteça a aprendizagem é preciso um processo de assimilação ativa e para que este processo seja efetivo necessita de atividades práticas em várias modalidades e exercícios, nos quais se pode verificar a consolidação e aplicação prática de conhecimentos e habilidades. Entretanto, é necessário afirmar que segundo o autor que tal prática não anula as outras, pois o processo de assimilação ativo é composto de diversos componentes como os objetivos, conteúdos, métodos e formas organizativas.
Mas, para compreender corretamente a dinâmica desse processo é necessário analisar separadamente cada um dos seus componentes: a aprendizagem, o ensino e a unidade entre ensino e aprendizagem. De forma geral, todas as atividades humanas praticadas no ambiente em que vive pode levar a uma aprendizagem, contudo, o gerenciamento do processo de ensino necessita de uma compreensão mais clara e segura do processo de aprendizagem. Assim, Libaneo (1994) nos traz um enredo de reflexões a serem feitas: em que consiste a aprendizagem, de que forma as pessoas aprendem, quais são as condições externas e internas que o influenciam na aprendizagem? Porque, segundo ele desde que nascemos estamos sempre aprendendo, e continuamos aprendendo por toda a vida. Nesta linha de pensamento Libâneo (1994) distingue a aprendizagem casual e a aprendizagem organizada.
E segundo ele a aprendizagem casual é quase sempre espontânea e surge de forma natural da influência mútua entre as pessoas e com o ambiente em que vivem. Fatores influenciadores do processo ensino e aprendizagem Os conhecimentos adquiridos pelos professores em relação à psicologia da aprendizagem podem lhe servir de norteadores em muitas situações diante do processo de ensino-aprendizagem. Por isso, Durante e Tabile (2017), afirmam que de modo geral a psicologia da educação se coloca como mediadora da compreensão do modo como ocorre o comportamento das crianças quando relacionados ao ato de apreender, planejar, direcionar e avalia as suas ações. Neste sentido, segundo as autoras este processo é vivenciado entre erros e enfrentamento da possibilidade de corrigir cada erro cometido e comemorar com cada acerto e conquistas alcançadas.
Os sentimentos de tristezas, alegrias, ansiedade, medo, agitação e tranquilidade vão se manifestando, conforme as ocorrências do dia e do processo de ensino aprendizagem. Mas, segundo elas é no processo grupal e no apoio recebido por parte do professor que a criança vai se fortalecendo para enfrentar as adversidades surgidas no contexto escolar. DURANTE e TABILE, 2017, p. As autoras sugerem que as aulas sejam elaboradas e conduzidas conforme as necessidades dos alunos, considerando inclusive os aspectos emocionais e as ansiedades que os permeiam naquele momento. Em relação a motivação dos alunos de acordo com ela são vários os fatores que podem interferir como, por exemplo, a adaptação do aluno influenciado pelo ambiente escolar dentro do processo aprendizagem e na motivação, pois pode colaborar e estimular positivamente se o ambiente for propício.
A partir disso, segundo Durante e Tabile (2017), sabe-se que o estilo de ensino, tamanho da classe e a infraestrutura da escola contribuem para o bom desenvolvimento das crianças. Durante e Tabile (2017), afirmam que a ausência da motivação no processo ensino aprendizagem se configura como queda no investimento pessoal dos educandos, comprometendo a qualidade das tarefas de aprendizagem com o agravante de que à medida que avançam os anos escolares, a desmotivação tende a continuar presente e o interesse pelo estudo cai facilmente. Nesta perspectiva, concebem a alfabetização como um fenômeno que, liberta as crianças da restrição da comunicação face a face dando-lhes a possibilidade de acessar as ideias e a imaginação de pessoas em terras distantes e em períodos passados.
A partir do momento em que as crianças conseguem ler e escrever podem traduzir os sinais de uma página em um padrão de sons e significados, desenvolver estratégias progressivas e sofisticadas para entender o que leem e usar a palavra escrita para expressar pensamentos e sentimentos. DURANTE; TABILE,2017, p. Em relação ao desenvolvimento da linguagem a partir da alfabetização os educandos adquirem capacidade para dar significado aos termos se constituindo como um meio para ampliar o seu universo de conhecimento. Tudo isso ocorre num processo contínuo e ao atualizarem o estágio das operações concretas, obtendo a capacidade de abstração, eles conseguem desenvolver a consciência crítica, do meio em que vivem. Neste sentido, o professor é a peça-chave nesse processo, sabemos que os alunos adquirem conhecimentos de diversas formas e em diversos lugares.
No entanto, é necessário que a prática leve o aluno a refletir, a alcançar uma nova visão de mundo, que ele possa, por meio da educação, mudar a sua condição. Portanto, é papel do professor fazer com que o aluno adquira esses conhecimentos, mediar esse processo para que o aluno aprenda com objetividade. Enfim, constatamos que as bases teóricas que influenciam a prática estão intrinsecamente ligadas à formação da identidade profissional do professor. Através deste estudo foi possível compreender que a teoria e a prática favorecem a construção do saber docente e auxiliam o educador a pensar a sua prática, possibilitando que o mesmo se torne um profissional reflexivo. Petrópolis: Vozes, 2013. PALANGANA, Isilda Campaner. Desenvolvimento e aprendizagem em Piaget e Vygotsky: a relevância do social.
Ed. São Paulo: Plexus, 1998. MOURA, A. A. A Psicopedagogia na alfabetização de crianças com dificuldades de aprendizagem. RPGE– Revista on line de Política e Gestão Educacional, Araraquara, v. n. pdf> Acesso: em 16 de set. de 2022. VIGOTSKI, Lev Semenovich; LURIA, Alexander Romanovich; LEONTIEV, Alex N. Linguagem, Desenvolvimento e Aprendizagem. Ed.
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