O PAPEL DO TUTOR PRESENCIAL JUNTO À MOTIVAÇÃO DOS ALUNOS NO PROCESSO DE APRENDIZAGEM EM CURSOS A DISTÂNCIA

Tipo de documento:TCC

Área de estudo:Pedagogia

Documento 1

Esta pesquisa se organiza em três momentos: inicialmente, há a coleta de dados com a aplicação de questionários para os alunos e tutores do EAD; em um segundo momento, apresentamos o embasamento teórico da problemática em questão que serviram como base para a aplicação dos questionários e para a análise dos dados coletados e, por fim; e o terceiro momento, com a análise dos dados coletados em si, retomando os teóricos estudados para consolidar os resultados da pesquisa. Na pesquisa e fundamentação dessa problemática, pode-se concluir que os tutores presenciais exercem grande influência na motivação ao longo do processo de ensino e aprendizagem dos seus alunos, com especial destaque quanto ao conhecimento do tutor acerca dos conteúdos a serem ministrados.

Palavras-chave: Aprendizagem; Ensino; Motivação; Tutor. Introdução O presente estudo dedica-se à aprendizagem e à mediação pedagógica do tutor presencial como requisitos fundamentais para que o processo de ensino-aprendizagem tenha bons resultados, no processo de ensino semipresencial em cursos de ensino superior a distância. Diante de todas as dificuldades encontradas pelos alunos da modalidade de ensino a distância (EAD), surgem alguns questionamentos quanto ao perfil do tutor presencial tendo em vista as suas atribuições, limitações e o seu papel motivador para que os alunos se sintam estimulados a desenvolverem juntos uma aprendizagem significativa e, assim, atingirem os objetivos traçados nos cursos de EAD. Conforme Reis (2003): Por outro lado, fica muito evidenciado nas análises, o papel da afetividade e das emoções, tanto nos campi virtuais como na tutoria cara a cara.

Talvez a distância e a solidão em que se encontram os alunos destaquem a necessidade de aprovação emocional, de serem escutados em suas angústias e de obterem respostas assertivas e rápidas. A tutoria atua, desta forma, como uma parte essencial na atividade de orientação dos discentes de uma faculdade a distância. O tutor, gradualmente, tem de fazer com que os graduandos tomem consciência da forma que a produção colaborativa auxiliará na ação de ensino-aprendizagem. Para subsidiar o aluno nesta ação, faz-se preciso que o tutor tome para si a função de orientador e fomentador da educação, e que o instrumental didático e as técnicas utilizadas estejam apropriadas. Esta pesquisa foi realizada por um período de seis meses, com a coleta de dados em sala de aula de modalidade de ensino a distância, com tutores e alunos do curso de licenciatura de uma instituição privada.

Ensino a distância, Tutoria e Motivação Para entender como funciona essa modalidade de ensino que cresceu muito na última década – ganhando espaço e fazendo com que o conhecimento chegue a muitos, rompendo as barreiras da distância, do tempo e da comunicação – é preciso analisar o século XX e fazer um profundo mergulho na história do EAD. Alves (1998) data o surgimento do EAD no mundo a partir do século XV, ressaltando que, entretanto, no Brasil, essa modalidade surgiu a partir do final da segunda metade do século XX, com a chegada das novas tecnologias da informação e da comunicação (TIC) que revolucionaram e influenciaram o comportamento social, político e econômico de toda uma era. Com essa revolução, surge um novo modo de pensar e fazer a educação – e uma nova modalidade de ensino a distância.

Essas mudanças poderiam ser comparadas, em seu potencial transformador, com as mutações que o advento da Revolução Industrial causou no final do século XVIII, para ter-se uma ideia da amplitude e da influência dessas tecnologias na sociedade do século XXI e no seu contexto social-histórico, como afirma Castells (2002, p. É necessário levar em consideração que dentro desse processo estão inseridos sujeitos únicos em sua história de vida, sua concepção, princípios e ideologias, conceitos e formações, sejam essas tradicionais ou progressistas – mas são, antes de tudo, seres dotados de emoções em constante processo de formação. É possível notar que ainda há muito que fazer para que os paradigmas sejam quebrados, para que as barreiras sejam transpostas, para que o preconceito a esse novo modo de fazer propagar o conhecimento seja vencido e, assim, possa se chegar a uma educação de qualidade, justa, homogênea, envolvendo e estimulando todos os sujeitos e permitindo-os serem cidadãos colaboradores para com a sua própria formação e tão logo investir no progresso do seu país.

O EAD virtual amplia qualitativamente e quantitativamente as oportunidades educacionais e as possibilidades de construção do conhecimento. Entretanto, a qualidade do processo educativo a distância é uma das questões a serem discutidas com mais vigor, pois essa modalidade de ensino, ainda que tenha suas estruturas organizadas com base no uso das tecnologias de comunicação, está atrelada à necessidade de um ensino semipresencial, ou seja, independente do uso ou não das ferramentas digitais, os participantes envolvidos sentem a precisam estar em contato com outros sujeitos envolvidos nesse mesmo processo a fim de compartilhar experiências, formulando ou adquirindo novos conhecimentos com base na troca de conhecimentos por meio das interações presenciais. Paulo Freire (1996, p. Desta forma, a máquina assumirá o seu papel de recurso apenas e não desviando para si a função que cabe ao professor/mediador, despertando a motivação em seus alunos e a importância de executarem os seus papéis com autonomia.

Essa pode ser uma prática e uma tática adotada pelo tutor em seu espaço de aula frente às dificuldades apresentadas pelos alunos e em meio a falta de interesse dos mesmos em prosseguir nos seus estudos: explorar os conceitos através da curiosidade, da vivência prática cotidiana, da exploração pelo processo de pesquisa, análise e comprovação. Segundo relatos de alunos entrevistados durante a aplicação dos questionários, a motivação é um fator importante ao longo de todo o processo de ensino a distância. Todavia, para que esse momento se faça presente nas relações de ensino-aprendizagem, dependerá da forma como o tutor contribuirá para despertar o interesse dos seus alunos, já que além do valor motivador que o conteúdo em si precisa oferecer, o contexto de ensino e aprendizagem é influenciado por muitos fatores afetivos vigentes nos encontros presenciais.

Entre estes fatores, podemos citar a disponibilidade do tutor para com o aluno, o respeito e afetos presentes nas relações, bem como a capacidade do docente de ser acolhedor e positivo, além do modo como os recursos e as técnicas de aprendizagem são oferecidos ao público discente. De acordo com Oliveira (2009), “os professores ao desempenhar as suas funções profissionais, deparam-se também com fatores motivacionais que condicionam o comportamento e a produtividade”. Contudo, para que seja possível alcançar esses objetivos ao longo desse caminhar, é necessário desenvolver um trabalho contextualizado e interdisciplinar junto ao material de apoio oferecido aos alunos, propondo atividades atualizadas e contextualizadas com a realidade que os alunos irão encontrar na sua vivência prática, no seu panorama profissional.

Segundo o discurso de muitos alunos do ensino a distância ou do ensino convencional, as atividades realizadas e os conteúdos a estudados tem pouca ou nenhuma utilidade prática quando esses não estão contextualizados com a sua realidade social ou ainda se não fazem parte da situação problemática que irão encontrar no campo de atuação profissional. Essas atividades, aos seus olhos, não passam de um meio de conquistar notas, conceitos quantitativos que os levam à aprovação em cada disciplina ou à obtenção do certificado ao final do curso, deixando em segundo plano - ou mesmo ignorando-a – a questão da aprendizagem enquanto meio da aquisição e troca de conhecimentos entre os aprendizes e o tutor. Aprender, nesse contexto, não tem motivação alguma e nem valor, serve apenas para conseguir algo externo, pelo qual o aluno emprega suas forças para atingir um fim pelos meios que lhes são propostos.

A faculdade localiza-se em um prédio de 20 andares, um desses reservado à instituição de forma assim distribuída: 06 salas de aula, 01 laboratório de informática, 01 pequena biblioteca, 01 sala de atendimento ao aluno (secretaria), 01 setor financeiro e 02 banheiros. Os dados coletados foram tabulados e apresentados em forma de tabelas. Já as entrevistas foram analisadas e apresentadas em categorias. O objetivo deste questionário foi o de avaliar os fatores que interferem na motivação dos alunos e tutores do curso de EAD, bem como as ferramentas utilizadas para desenvolver a comunicação no processo de ensino e aprendizagem. As respectivas hipóteses que permeiam este trabalho estão fundamentadas na aplicação de dois questionários: um para os alunos com 02 questões objetivas e 10 subjetivas e outro para os tutores, com 08 questões objetivas e 03 subjetivas.

Para o percentual de 91,89%, uma das causas disso acontecer é o fato das atividades propostas estarem desarticuladas com a realidade que eles enfrentarão na sua prática profissional; para 97,29%, na falta de recursos diversificados que promovam uma aprendizagem significativa é um dos fatores; para 85,13%, a falta de conhecimento do tutor acerca dos conteúdos a serem ministrados por ele, bem como os recursos tecnológicos necessários para que haja comunicação entre os alunos e o tutor online ou até mesmo por parte do quadro de funcionários de apoio; para 74,32%, a falta de apoio pedagógico diante das dificuldades encontradas ao longo de todo o processo de adaptação às propostas da modalidade de ensino. Quando questionados sobre a postura e o papel do tutor, os alunos sinalizaram encontrar dificuldades em realizar as atividades propostas no decorrer do processo.

Estes resultados só evidenciam que o tutor tem um fundamental papel na motivação dos seus alunos quando o mediador deixa de lado o seu papel de apenas transmissor do conhecimento e coloca em prática a sua sensibilidade de perceber as dificuldades dos seus aprendizes e busca ajuda-los através da comunicação constante e eficaz do diálogo. Tabela 3 – A postura do tutor diante das dificuldades dos alunos do EAD ASPECTOS QUANTIDADE % DAR ASSISTÊNCIA UTILIZANDO O DIÁLOGO 32 43,24 SE MANTÉM INDIFERENTE 12 16,21 ATENDE ÀS DIFICULDADES 30 40,54 TOTAL 74 Tabela 3 – A postura do tutor diante das dificuldades dos alunos do EAD Fonte: Elaboração Própria (2018) Os alunos também foram enfáticos quando questionados sobre a importância do domínio do uso dos recursos tecnológicos e dos conteúdos por parte do tutor.

Consideram uma questão relevante na forma de proporcionar aos aprendizes atividades e conteúdos contextualizados, gerando um estímulo para construir o perfil de estudantes pesquisadores ativos. Tabela 7 – Atitudes do tutor que despertam o estímulo nos alunos ASPECTOS QUANTIDADE % MANTÉM-SE NEUTRO 1 33,33 BUSCA RESGATAR O ALUNO 2 66,66 LEVA O CASO À DIREÇÃO 3 100 TOTAL 6 Tabela 7 – Atitudes do tutor que despertam o estímulo nos alunos Fonte: Elaboração Própria (2018) Nos momentos de interação, no qual é possível ocorrer a troca de conhecimentos através de encontros presenciais, os tutores demonstraram não estarem preocupados apenas em transmitir conteúdos através da realização de atividades. Os tutores utilizam os aparatos tecnológicos dispostos pela instituição a serviço da educação, buscando auxílio em recursos que ajudem os alunos a melhor desenvolver suas atividades e compreender de forma articulada os conteúdos necessários.

Pois a tecnologia está a serviço da educação e não é mais possível pensar, planejar, aprender e ensinar sem que todos esses recursos estejam inseridos nessa realidade. Tabela 8 – O tutor diante das atividades propostas do EAD ASPECTOS QUANTIDADE % UTILIZA APENAS OS MÓDULOS DA INSTITUIÇÃO 0 – VAI ALÉM DAS ATIVIDADES PROPOSTAS 02 66,66 ELABORA SUAS PRÓPRIAS ATIVIDADES 0 0 TRAZ NOVOS RECURSOS PARA A SALA 03 100 Tabela 8 – O tutor diante das atividades propostas do EAD Fonte: Elaboração Própria (2018) Ao longo do processo de aprendizagem no EAD e das dificuldades encontradas, os alunos destacaram que se sentem cansados das rotinas das aulas de vídeo e tutoria, bem como desmotivados diante de tudo, ainda que o processo ocorra no ambiente virtual, através da comunicação ora síncrona, ora assíncrona e tenham a oportunidade de realizar uma vez por semana encontros presenciais.

Outros fatores também influenciam na adaptação dos alunos levando-os à falta de estímulo em continuar avançando em seu processo de ensino-aprendizagem no decorrer do curso. Um cidadão que não pense de forma fragmentada, mas de forma global e sistematizada, só assim seremos sujeitos de nossa própria aprendizagem. Referências ALVES, João Roberto Moreira. A História da Educação a Distância no Brasil. Carta Mensal, ano 16 - nº 82 - junho de 2007. Disponível em: < http://www. tvebrasil. com. br> Acesso em: 05 dez. BARROS, Maria Cristina Monteiro de; MULLER, Marisa Campio (Orgs. Psicooncologia e interdisciplinaridade: uma experiência em educação a distância. Tese (Doutorado em Educação Matemática). Faculdade de Ciências Exatas e Tecnologia, Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, São Paulo, 2015.

FERREIRA, M. M. S. Motivação dos alunos em sala de aula. Web Artigos, jul. Disponível em: https://www. webartigos. com/artigos/motivacao-dos-alunos-em-sala-de-aula/20719/. MILL, Daniel Ribeiro Silva; RIBEIRO, Luiz Roberto de Camargo; OLIVEIRA, Marcia Rozenfeld Gomes. A tutoria como formação docente na modalidade de Educação a Distância. In: MILL, Daniel Ribeiro Silva; RIBEIRO, Luiz Roberto de Camargo; OLIVEIRA, Marcia Rozenfeld Gomes (Org. Polidocência na educação a distância: múltiplos enfoques. São Carlos, SP: Edufscar, 2010. Acesso em mar. SOLICITAÇÃO DE AUTORIZAÇÃO PARA PESQUISA Eu, Milene Kelly Araújo do Rosário, responsável principal pelo projeto de trabalho de conclusão de curso, o qual pertence ao curso de pós-graduanda em formação docente em educação a distância na Escola Superior Aberta do Brasil – ESAB, venho, pelo presente, solicitar autorização da Faculdade de Tecnologia e Ciências, no polo presencial de apoio EAD – Iguatemi, para realização da coleta de dados através de questionários no período de 2011 para o trabalho de pesquisa sob o título “O papel do tutor presencial junto à motivação dos alunos no processo de aprendizagem em cursos a distância”, com o objetivo de averiguar o papel motivador do tutor presencial na vida educacional dos discentes.

Contando com a autorização desta instituição, coloco-me à disposição para qualquer esclarecimento. Assinatura do Pesquisador Principal RG _______________________ Assinatura do Orientador da Pesquisa RG Instituição ______________________________________________________ Nome e assinatura do Coordenador de curso ou Professor Orientador __________________________________________ Assinatura dos Estudantes.

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