O FUTURO DO MERCADO IMOBILIÁRIO E SEUS IMPACTOS NO DESENVOLVIMENTO DOS IMÓVEIS

Tipo de documento:TCC

Área de estudo:Administração

Documento 1

Daniel Ferreira Falcão. SANTO ANDRÉ 2020 ROBSON FORTUNATTI MARQUES O FUTURO DO MERCADO IMOBILIÁRIO E SEUS IMPACTOS NO DESENVOLVIMENTO DOS IMÓVEIS Este Trabalho Conclusão de Curso foi julgado adequado para obtenção de aprovação e aprovado em sua forma final pelo Curso MBA em Gestão de Incorporações e Construções Imobiliárias. Local, xx de xxxx de xxxx. Prof. Daniel Ferreira Falcão, Dr. Tendências do mercado imobiliário. Comportamento das novas gerações. ABSTRACT The real estate market is very important for the whole of society, in addition to improving the quality of life and well-being of society, its base sector which is a civil construction responsible for a significant portion of the Gross Domestic Product and for generating numerous income, has its great influence in developing a country, by virtue of requiring products and services from several other sectors involved directly or indirectly in its processes and activities.

The technology offers many facilities and practicality for the life of the population, but it has been changing the behavior of consumers in all sectors, in the real estate market not much different. As new features have characteristics, analyzes, the logo requires different types of changes, and to meet the needs of the sector, it undergoes changes and adapts to new applications. Figura 8 – Contatos online x contatos físicos 53 Figura 9 - Pontos que a internet ajudou em todo o processo de decisão. Figura 10 - Influência dos vídeos no processo de decisão de um imóvel. Figura 11 - Influência de decisão na pesquisa nas alternativas. Figura 12 - Itens procurados em uma região/bairro de um imóvel. Figura 13 - Comparativo de lançamento x vendas 60 LISTA DE GRÁFICOS Gráfico 1 - Evolução do Déficit Habitacional Total de 2007 - 2017.

LISTA DE QUADROS Quadro 1 – Inteligência de dados as características podem obter no mercado imobiliário. LISTA DE TABELAS Tabela 1 - Indicadores dos imóveis na relação área útil em SP - maio/2020. Tabela 2 - Evolução dos lançamentos de imóveis em SP de acordo com área útil, em mil unidades. Tabela 3 - Unidades lançados em SP com garagem ou sem. Tabela 4 - Relevância de itens de sustentabilidade. Ambientes compartilhados 30 6. Ambientes integrados e menores 34 6. Localização e segurança do imóvel 41 6. Conectividade e tecnologia nas residências 42 6. Sem carro e sem garagem 44 6. Portanto em um mundo tecnológico como o atual em que as mudanças acontecem rapidamente e são constantes, não existe mais um modelo a seguir seguido. Logo é imprescindível estar em constante atualização, para se manter ativo e ter sucesso em um mercado com uma concorrência tão acirrada.

Seja atualizado na disponibilidade de novas tecnologias no empreendimento – como automatização de luzes; processo de locação – em que tudo é feito online agilizando a contratação; marketing – campanhas mais direcionadas a públicos específicos, não sendo algo generalista, possuindo presença constante nas redes sociais, o consumidor hoje raramente procura um imóvel num anúncio do jornal; inteligência artificial aplicada para divulgação, negociações a fim de aumentar a eficiência, usabilidade do cliente, otimização de tempo. Como a internet está tão presente no dia a dia da população, cresce a procura por imóveis e processos que sejam feitos de forma online, preferindo a facilidade da comunicação do meio virtual. Portanto, além das novas preferências, necessidades, aspirações e desejos dos novos consumidores do mercado imobiliário, está sendo alterado também o processo de negociação, assim o mercado imobiliário precisa se adequar e ter dinamismo.

Além também de impactar no movimento de outras áreas produtivas dos outros setores que são necessários para atender sua demanda, logo todo essa cadeia gera muitos empregos. Portanto ao que tange a importância social e empresarial, da compreensão e divulgação deste tema apresenta-se com elevada importância para auxiliar no crescimento e beneficies deste ramo. A relevância deste trabalho ao que tange o âmbito acadêmico irá beneficiá-los com novas informações sobre o setor imobiliário, tratando-se do comportamento do consumidor, compreendendo melhor as necessidades e desejos do público alvo, abrangendo novas possibilidades de consultas através de informações relevantes deste estudo. REFERENCIAL TEÓRICO Segue nesse capítulo os principais tópicos do referencial teórico da fundamentação do trabalho.

visão geral do mercado imobiliário Antes de adentrar sobre o mercado imobiliário é importante defini-lo. Andrade (1999) os define como: Os imóveis residenciais constituem-se de casas isoladas, conjuntos de casas e prédios de apartamentos. Estes imóveis diferem quanto a tamanho, padrão, localização e preço. Geralmente grandes conjuntos habitacionais estão relacionados a baixo padrão de moradias. Por baixo padrão deve entender-se as moradias de pequeno tamanho, com acabamento modesto e de baixo preço, para o que contribui em muito as economias de escala, ou a adoção do regime cooperativo, razão porque em alguns casos chega-se ao exagero de construir aglomerados com milhares de unidades de complexa administração posterior (ANDRADE, 1999, p. O segmento comercial subdivide-se inicialmente em imóveis para escritórios, imóveis para comércio ou varejo, imóveis industriais, imóveis para hotéis e similares e imóveis para lazer.

O registro de propriedade de um imóvel iniciou no Brasil através da Lei n. de 1864, sendo efetuada por vigários paroquiais a fim de fazer a diferenciação do que era domínio público com o que era domínio particular (MATOS; BARTKIW, 2013). O mercado imobiliário brasileiro passou por distintos momentos durante todo o seu período até o momento atual, sendo influenciada por diversos fatores políticos, econômicos e sociais, industrial e tecnológico (CAMPANI, 2019; MATOS, 2017). Na metade do século XX a população antes vivia predominantemente na área rural, movimentou-se em direção as cidades, principalmente na era do Juscelino Kubischek (1956-1961), em que o desenvolvimento industrial foi incentivado favorecendo o êxodo para as áreas urbanas (CAMPANI, 2019; MATOS, 2017). Conforme o tempo passa esse fluxo ia aumentando, o que resultou na criação do BNH (Banco Nacional de Habitação) em 1964, pela Lei nº 4380, e também a criação do Sistema Financeiro de Habitação (SFH) e as Sociedades de Crédito Imobiliário (SCI), incentivando crédito imobiliário que consequentemente aumentou a ampliação do acesso a casa própria (CAMPANI, 2019).

Em 2018, o cenário econômico apresentava elevadas taxas de juros e baixa oferta de crédito de novos investimentos, resultando ainda período ruins para o setor imobiliário (CAMPANI, 2019). Na Figura 1 está uma linha do tempo elaborada pelo site Zap em Casa (2016), ilustrando a evolução no perfil das moradias brasileiras. Na década de 70, as moradias eram espaçosas, possuíam pé direito alto, sendo comum terem 100 metros quadrados ou mais, contudo possuía poucas alternativas de lazer, tinha um ou nenhum elevador, vagas para carros era artigo de luxo. Fonte: Zap em Casa (2016). Na década de 80 e 90, o número das torres de condomínio foram aumentando, vaga de garagem sendo algo mais comum, assim como iniciasse as opções de lazer – piscina, playground, churrasqueira. Pode-se estimar tanto a necessidade de reposição do domicílio quanto a necessidade de ampliação do estoque de moradias (FGV, 2018, p.

O déficit habitacional total no Brasil em 2017 foi estimado em 7,77 milhões de unidades, representando um crescimento de 3,1% em comparação ao ano anterior, sendo nível de recorde histórico, como pode ser conferido no Gráfico 1. Fonte: FGV (2018). Em suma os resultados obtidos pelo relatório da FGV demonstram a ocorrência regressiva das carências habitacionais no país, como também a inevitabilidade em privilegiar os programas que possam corrigir essa diferença entre as necessidades habitacionais e a oferta das condições adequadas de imóveis para as pessoas de faixa de renda mais baixas. De acordo com as projeções acreditam que a demanda por novas moradias no país continuará alta até os próximos dez anos, mas se não for possível geral os fluxos de funding necessários o passivo habitacional continuará a crescer, consequentemente o acesso à moradia vai ser um problema social ainda mais grave.

Construção com materiais de reuso (demolição ou segunda mão) - Esse tipo de construção incorpora produtos convencionais descartados e prolonga sua vida útil, evitando sua destinação para aterros sanitários ou destruição por processos perigosos (como queimas ou descarte em botas-fora) [. Construção alternativa - Utiliza materiais convencionais disponíveis no mercado, com funções diferentes das originais [. Exemplos: aquecedor solar com peças de forro de PVC como painel para aquecimento de água. Construção natural – É o sistema construtivo mais ecológico, portanto, mais próximo da própria natureza, uma vez que respeita o entorno; usa materiais disponíveis no local da obra ou adjacências (terra, madeira etc. utiliza tecnologias sustentáveis de baixo custo (apropriadas) e desperdiça o mínimo de energia em seus processos.

A partir da década de 70 essa quantidade foi diminuindo, ficando na média entre quatro e cinco irmãos, consequentemente os imóveis diminuíram. Atualmente a média de filhos é de dois, sendo prevista para o futuro que essa média reduza ainda mais. Portanto essa tendência de mais solteiros, e casais sem filhos, vai remodelar o perfil dos imóveis no futuro (MATOS; BARTKIW, 2013). Antes de adentrar a respeito das tendências das futuras gerações, é preciso entender a definição de cada uma a ABRAINC (2019) definiu as gerações como: Geração X: Nasce em um contexto no qual prevalecia o espírito meritocrático; dá valor ao consumo e ao status. No Brasil, os que cresceram durante os anos 1970 vivenciaram a derrocada da ditadura militar seguida por um cenário de superinflação, confisco da poupança e alta taxa de desemprego.

Como são muito novos, há poucos artigos de futurologistas e psicólogos sobre essa geração. Esses indivíduos irão interagir com diversos estímulos ao mesmo tempo, mas saberão equilibrar a ansiedade da vida online e disruptiva melhor do que as gerações anteriores (ABRAINC, 2019, p. A Deloitte e a Associação Brasileira de Incorporadoras Imobiliárias (ABRAINC) fizeram um estudo para prever o comportamento do consumidor de imóveis em 2040 no Brasil, modelaram cenários a partir da análise das características econômicas, comportamentais e sociodemográficas, adquiridos nas mais diversas fontes, seja publicações acadêmicas, públicas e oficiais. A partir dos cenários identificaram quais os grandes fatores são capazes de definir o modelo de compra e locação de imóveis no país.

Realizaram também um questionário para avaliar as preferências dos consumidores (ABRAINC, 2019). Enfatiza-se que basicamente existem duas razões para o consumidor optar por alugar, sendo esses: o primeiro grupo é o da necessidade, quando não possui condições financeiras ou a burocracia o impede de comprar um imóvel; o segundo são os por opções, devido a flexibilidade de mudanças. A burocracia no financiamento foi um dos principais entraves respondidos pelos entrevistados ao comprarem um imóvel (ABRAINC, 2019). O número de divórcios no país tem aumentado a cada ano, de 2017 para 2018 cresceu 3,2%, em 2018 foram concebidos em primeira instancia 385. divórcios. Esses divórcios geram uma demanda por imóveis, somado a demanda de casamentos que ocorrem todo ano (SECOVI-SP, 2019). Os espaços do empreendimento podem ser concedidos conforme o perfil e os interesses do público específico, economizando assim em espaços que não seriam utilizados.

Se existir a possibilidade de o cliente escolher, vai preferir empreendimentos que possa escolher do que pagar pela manutenção de espaços que não irã usufruir. Uma forma assertiva para as construtoras e incorporadoras para proporcionar isso aos clientes, seria antes de construir o empreendimento fazer uso da inteligência das análises de dados das características dos clientes e seus hábitos. No Gráfico 2 está presente quais espaços os jovens entrevistados por faixa de renda estariam abertos a compartilharem. A lavanderia é o espaço que os entrevistados das duas faixas de renda estariam mais abertos a compartilharem, depois a vaga de garagem. Além de ser uma realidade em diversos países, tende a ser uma tendência mundial. No caso dos países em desenvolvimento as populações estão envelhecendo muito rápido, devido ao fato da mobilidade populacional é comum muitos idosos viverem longe dos filhos.

Essa mudança do perfil populacional requer novos tipos de organização econômica e da convivência, sendo assim uma solução o modelo de moradia para os mais velhos como o cohousing sênior (ADUNICAMP, 2018). Enfatiza-se cohousing sênior é uma proposta totalmente diferente dos condomínios tradicionais, e não tem relação com os “lares de idosos” em que os moradores têm que se adaptar as regras do lugar. No cohousing, as casas são privadas e compactas, mas toda sua concepção é voltada para atender ao perfil dos moradores e incentivarem que ocorra a interação entre todos, possuindo assim diversas áreas comum como lavanderias, cozinha, refeitório, salões, sala de atividades (meditação, pintura, cerâmica, etc. Sendo muito atrativo para jovens em início de carreira e principalmente estudantes, devido a localização, possui um preço mais acessível do que outras moradias nesses locais mais estratégicos, a empresa traz toda a comodidade em ficar responsável pela manutenção, como também são locais mais monitorados, logo tem mais segurança (MARRA, 2018).

É uma “república” com muito mais comodidade ao poder usufruir de vários ambientes que estarão bem cuidados, pois a empresa fica responsável por zelar, tem a questão da privacidade, a maior parte dos quartos são individuais ou compartilhado com mais uma pessoa, são prédios novas com uma infraestrutura muito boa. No município de São Paulo estão mais localizados principalmente nos bairros como Jardins, Moema, Pinheiros, Brooklin, Vila Mariana, entre outros bairros em que está presente mais o público jovem, são também bairros bem localizados (transporte público, cultura e lazer, universidades, próximo de centros empresariais). Outra tendência é que prédios residências possuam o coworking, sendo mais comum sua presença em prédios comerciais. O coworking “é um ambiente comercial equipado com mesas, cadeiras, ar-condicionado, TV e wi-fi, onde profissionais independentes compartilham o espaço e podem trabalhar tranquilamente, como se estivessem em uma empresa.

Ressalta-se que o fato de a cidade paulistana ser uma metrópole de muitas opções estimula ainda mais os jovens a consumirem externamente, privilegiando o imaterial. Fonte: Rosenthal e Gambagorte (2017). Concluíram que o microambiente é estimulado pelo macroambiente e os objetivos de vida dos jovens analisados, em decorrência da necessidade e desejo em morar perto dos locais de interesses. Os autores observaram que o fato de os jovens terem que morar em locais mais compactos consequentemente trouxe outras mudanças em seus comportamentos, por exemplo as mulheres por causa da falta de espaço para vestuário começaram a ter comportamentos mais conscientes referente ao consumo, comprando e deixando aquilo que apenas vai utilizar, valorizando o menos peças com mais qualidade e versatilidade, muitas comentaram que antes eram consumistas.

Outra transformação comportamental refletida em todos entrevistados é ao aumento da seletividade dos objetos presentes na residência, notando que é comum um cuidado para não acumular objetos, aumentando assim a frequência com que se pratica o descarte, reforçando o comportamento mais desapegado. Fonte: FIPEZAP (2020). Fonte: FIPEZAP (2020). O índice para o quesito 4 ou mais dormitórios, principalmente para aluguel tem um nível bem menor que o de 1 dormitório, demonstrando a redução por imóvel com essas características. Fonte: FIPEZAP (2020). A Pesquisa do Mercado Imobiliário, feita pelo departamento de Economia e Estatística do Secovi-SP (Sindicato da Habitação), analisando o acumulado de imóveis comercializados no período de junho de 2019 a maio de 2020, presentes no Gráfico 6, ocorreu um aumento de 52,1% em comparação ao período anterior (julho de 2018 a maio de 2019).

A localização é outro ponto prioritário, ainda mais nos grandes centros urbanos que existe a problemática do trânsito, ter locais próximos como comércio, vias de acesso, transporte público, valorizam bastante o imóvel e são pontos decisivos para os consumidores. A tendência que segurança e localidade tendem a se manterem fatores relevantes até 2040, mas estejam adaptadas as restrições financeiras e ao perfil das novas gerações. Por exemplo no caso de tipos de empreendimentos como apartamentos e casas em condomínio, se tem muito mais segurança, mas o preço aumenta, e se for maior a moradia mais elevada será o preço, por isso dependerá das condições financeiras e características do público consumidor. A pesquisa do Júnior (2018) verificou que os entrevistados analisam primeiro o quesito valor (43%), e o outro quesito é a localização (39%).

É importante enfatizar que a maioria dos entrevistados possuem renda média menor que R$2. Conectividade e tecnologia nas residências Os comandos por mecanismos de voz estão progredindo gradativamente no dia a dia da população, desde quando a tecnologia surgiu em 2011, mas sua popularidade no Brasil foi a partir de 2015 (ABRAINC, 2019). Conforme pode ser observado no Gráfico 7, um terço dos entrevistados pela pesquisa da Deloitte para ABRAINC, possuem aparelho de streaming de vídeo, e mais de um quarto possuem televisão Smart, e mais de 56% dizem utilizar assistentes de voz (como Google Assistente, Siri, Alexa ou Cortana), logo uma tendência será comandar aparelhos eletroeletrônicos das residências por comando de voz ou até mesmo gesto dos moradores. Fonte: ABRAINC (2019). Tecnologias observadas que serão tendência pela pesquisa devido ao interesse dos entrevistados em adquirirem no futuro, são o sistema de iluminação inteligente, as câmeras de monitoramento virtual residencial e sistema de vigilância inteligente, desejos esses que colaboram com a visão de que a segurança é um dos requisitos que terão ainda mais relevância ao adquirir um imóvel.

Segundo ABRAINC (2019) as funções de destaque do Smart Home são: • Lembretes de tarefas: exemplos – lembretes de aviso de compromissos ou de tarefas; • Despertador: exemplos – despertar o morador lendo notícias, agenda do morador; música; sugerindo o melhor caminho ou horário para se deslocar aos seus compromissos do dia; • Conexão: ter integração com todos os aparelhos eletrônicos da residência, como cortinas, portas, fechaduras, torneiras, dentre outros aparelhos domésticos; • Segurança do lar: monitorar a residência por meio virtual e alertá-lo sobre invasões; alertá-lo também sobre riscos de vazamentos de água ou gás, de curto circuito; desligar automaticamente algum eletrônico caso o morador esqueça ligado. O número de CNH decresce ainda mais na faixa etária de 18 – 25 anos, Gráfico 9.

Segundo Manir (2018), essa redução no número de habilitações são pelos motivos: custo elevado de manutenção e aquisição de um automóvel; rodízio de veículos nas grandes cidades; facilidade do transporte público, principalmente metro; economia; carro não ser mais o objeto de desejo das novas gerações; falta de interesse dos jovens em dirigir automóvel, optar por transporte de aplicativos quando for conveniente, liberdade, pois as multas de trânsito são rígidas para nível alcoólico, assim como maior segurança. Fonte: Ipsos e Detran-SP, publicados em MANIR (2018). Uma pesquisa realizada pela GEOIMÓVEL em parceira com o Grupo ZAP, que aumentou 58% o número de lançamento de prédios sem garagem, no período de 2017 – 2018 na cidade de São Paulo, demonstrando essa tendência.

As pessoas estão optando por utilizarem mais transporte público, aplicativos de viagem, devido a diversos motivos como: o trânsito caótico na cidade paulistana; valorização da mobilidade urbana – optando por morar próximo dos locais de interesse (trabalho, estudo, entre outros); economia são prédios mais em conta em relação aos que tem garagem que podem custar até 38% mais caro (ZAP EM CASA, 2019). Ressalta-se que a relevância ao aumentar o custo não reduz tanto nos quesitos relacionados a água e energia, provável em decorrência da economia oferecida por esses itens, e racionalização de recurso, logo veem como investimento adotar alternativas mais sustentáveis nesses itens. Já a horta comunitária possível que veem também como investimento, devido aos benefícios dos produtos orgânicos por serem mais saudáveis, assim como também a economia que iria ter com esses produtos de fabricação própria, evitando comprá-los.

Fonte: ABRAINC (2019). Lima (2019) realizou em seu trabalho uma pesquisa a fim de verificar se a questão da sustentabilidade aplicada em empreendimentos imobiliários interfere na decisão de compra dos consumidores. Os resultados demonstraram que a temática da sustentabilidade tem relevância para os consumidores, estando atento as questões e atualizados sobre novas tecnologias. Devido a facilidade e rapidez com que se obtêm informações nas mais variadas fontes, os consumidores mais críticos e informado irão monitorar a ética e a reputação das empresas. Portanto a relevância, confiança e diálogo precisam estar presentes no posicionamento e na comunicação das empresas, manter canais abertos e uma linguagem objetiva, além claro de imagem passada estar condizentes com sua reputação e realidade (ABRAINC, 2019).

Falhas e erros todos estão propensos, mas é essencial que saiba solucioná-las ou mitigá-las, não dá para tentar escondê-las em um mundo digital que as informações se propagam exponencialmente. Campani (2019) analisou em seu trabalho o marketing digital no mercado imobiliário, concluiu que o marketing de conteúdo é um grande aliado desse setor, podendo colaborar para atrair novos consumidores, gerando conteúdo de qualidade, se diferenciando, focando no que realmente interessa aos consumidores e suas necessidades reais. O que também foi evidenciado pela ABRAINC (2019) a importância do marketing de relevância, direcionado e alinhado ao público, para criar assim uma conexão. Dos entrevistados 49% também disseram dar prioridade para a imobiliária devido a facilidade de encontrar o imóvel desejado, 21% preferem a imobiliária por causa da facilidade de resolver a documentação, 17% tem medo de adquirir imóvel totalmente online e apresentar irregularidades na documentação, enquanto 12% tem determinadas dúvidas sobre imóvel, e 1% responderam outros motivos.

Esses resultados demonstram que a internet é mais um meio de atrair os clientes do que de fechar contratos, ainda preferem ter o contato humano para fechar o contrato ou mesmo tirar dúvidas. Júnior (2018) constatou referente ao atendimento das imobiliárias que o pós-venda é uma etapa negligenciada por muitos, estando mais preocupadas em vender seus empreendimentos e não focados na satisfação dos clientes. Um grande erro, pois se o cliente tiver problemas depois, e, dificuldade para resolvê-los ou não for atendidos suas solicitações, poderão divulgar isso nos meios eletrônicos podendo manchar a imagem da empresa e do corretor, também comentar com amigos e familiares, e consequentemente não voltar a procurar a imobiliária para outras transações. Conforme expressado por Júnior (2018): O marketing de relacionamento é essencial para uma empresa que deseja sobreviver em um mercado competitivo.

Resultados esses que demonstram a forte presença do meio virtual no processo de decisão, por isso é importante que as empresas invistam em sites responsivos e eficientes. Fonte: Google The Think Real State (2014). Ao perguntarem aos entrevistados sobre o que mais auxiliou no processo de decisão, verificou que a internet colaborou para que tivessem mais informações, seguido da facilite em poder comparar imóveis, outros pontos estão presentes na Figura 9. Quando um site é bem estruturado pode apresentar as mais variadas informações como: vídeos, fotos, panorama do entorno do empreendimento e todas as facilidades oferecidas no bairro, conforme verificado em outras pesquisas (ABRAINC, 2019; JÚNIOR, 2018) a localização é um quesito de grande relevância para a tomada de decisão. Fonte: Google The Think Real State (2014).

A startup brasileira o Quinto Andar é uma imobiliária online, pioneira no país em tecnologia no setor imobiliário, criada em 2013, presente em todo território nacional, conectando locadores e locatórios (QUINTO ANDAR, [s. d. A tecnologia é utilizada em todo processo de aluguel e venda, sendo feito tudo online, até a visita. O diferencial da empresa além da praticidade da tecnologia, em eliminar burocracia – o contrato é eletrônico, possui a facilidade em alugar sem a necessidade de fiador ou caução, pois a empresa atua como fiador para as pessoas que possuem um histórico de crédito sólido (QUINTO ANDAR, [s. d. É de suma importância evidenciar que todas as imagens dos anúncios dos imóveis são feitas em ótima resolução, em alguns anúncios mais recentes é possível fazer um tour panorâmico pelo imóvel, ao fazer uso de fotografias em 3D.

Por causa da Pandemia devido ao vírus COVID-19, o Quinto Andar acelerou e desenvolveu uma opção 100% online para ser feito consultorias dos imóveis anunciados, criando a opção “Falar com corretor” de imóveis, a ferramenta está disponível em todos os imóveis, em que ao cliente clicar abre um chat de conversa diretamente com o corretor que prestará a consultoria, dando mais informações e detalhes que o consumidor requisitar (QUINTO ANDAR, 2020). Portanto o uso de vídeos já realidade, apresentando muitos benefícios, atuando como facilitadora, a tendência que os consumidores se interessem e se motivem ainda mais por essa ferramenta no processo de tomada de decisão. A ABRAINC levantou os principais entraves para a compra de um imóvel em sua pesquisa está presente os resultados no Gráfico 10, sendo que a maior parte dos entrevistados apontou a burocracia para o financiamento como o maior entrave para a compra de um imóvel, ressalta-se que esse é um ponto crítico que precisa ser solucionado, pois as pessoas estão cada vez mais atarefadas, com tempo escasso, aquelas empresas que apresentarem mais agilidade e praticidade vão se destacar e atrai-los.

As outras respostas como a falta de transparência sobre o processo de venda e entrega do imóvel, imagem da construtora/incorporadora, a falta de transparência e clareza dos documentos, reforçam que as empresas precisam estar atentas em manter uma imagem positiva e ter atenção à conformidade dos processos, pois as pessoas estão cada vez mais atentas a isso e dando relevância. A ABRAINC (2019) dá ênfase a importância de utilizar a inteligência de dados no mercado imobiliário, segue abaixo no Quadro 1, os exemplos de características que podem ser utilizadas. Quadro 1 – Inteligência de dados as características podem obter no mercado imobiliário. Fonte: ABRAINC (2019). O uso de dados sobre as regiões e os imóveis disponibilizados pelas plataformas que os anunciam poderão auxiliar ambos (consumidores e empresários) os lados no processo.

O consumidor a ter mais informações para poder fazer comparações, ter uma busca mais ágil. A ABRAINC com a empresa BRAIN fizeram uma pesquisa sobre os impactos e previsões da pandemia no mercado imobiliário. Acreditam que a pandemia não vai alterar tão drasticamente o mercado imobiliário, e que as tendências que estavam ocorrendo vão ser aceleradas, sendo as principais: Home Office; espaços para coworking em condomínios residenciais; a sustentabilidade tende a aumentar focando na economia que ela pode proporcionar; tendência a área verde e mais fruição nas residências, podendo ser tanto no próprio lar, quanto também nas áreas comuns; digitalização dos processos e negócios. CONsiderações finais As famílias do futuro serão mais dinâmicas e enxutas, pois a taxa de fecundidade que em 2020 já é índice baixo, pode vir a reduzir mais ainda, pois as novas gerações a carreira e viver experiências são as metas primordiais de suas vidas, só depois de atingidas que vem a realização de construir uma família.

As novas gerações Z e Y, principalmente pelo fato de serem mais conectadas, mais flexíveis, dinâmicas, possuem demandam diferentes das gerações anteriores, casa e ter filhos não é as principais metas de vida da maior parte, são mais focados na carreira, em gastar o dinheiro com experiências do que em ostentar um status. Todas as características e demandas dessas gerações afeta o mercado imobiliário, tudo está interligado, os tipos de imóveis, o modo de vender, tem que se adaptar a essas mudanças. Já um corretor bem treinado, com boa percepção consegue identificar de acordo com o comportamento do cliente (voz, gestos, expressões, etc. qual atitude tomar. Logo, exigirá mais capacidade técnica e domínio das ferramentas tecnológicas disponíveis.

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