O uso da linguagem na comunicação e aprimoramento do embarque em aeroportos

Tipo de documento:TCC

Área de estudo:Administração

Documento 1

Nome do membro da banca _____________________________________ Nome do membro da banca _____________________________________ Nome do membro da banca CIDADE 2020 RESUMO A linguagem e a comunicação sempre desempenharam um papel primordial para o desenvolvimento e soberania das nações. Em relação ao setor aéreo, a língua utilizada é o resultado de um domínio econômico, cultural e tecnológico que foi sendo construído deste a década de 50 pelos países de língua inglesa, em especial aos EUA. Saber expressar uma determinada ideia por meio de palavras, linguagem corporal ou por meio de símbolos pode ser primordial para o sucesso de um negócio, projeto ou procedimento como também o fracasso em se expressar pode custar vidas. Diante disto, este trabalho teve como objetivo investigar a importância do uso da linguagem na comunicação e aprimoramento do embarque aéreo, além de apontar a influência que o inglês exerce atualmente na aviação.

Este trabalho foi elaborado a partir de uma pesquisa bibliográfica de artigos, teses e dissertações da área. In this context, this work aimed to investigate the importance of the use of language in the communication and improvement of air boarding, in addition to pointing out the influence that English currently exerts in aviation. This work was elaborated from a bibliographic research of articles, theses and dissertations in the area. It was noted that communication plays a key role in the relationship between pilots and flight controllers, between technicians and instruction manuals and between airport agents and passengers. Communication when carried out inefficiently was the cause of major air accidents and can still cause major problems in the air industry. From the perspective of boarding improvement, communication can play a key role, as there are a number of procedures to be performed until the plane takes off.

A linguagem na aviação 17 2. A comunicação na aviação brasileira através da língua inglesa 21 2. – A comunicação enquanto ferramenta informacional 26 3. OBJETIVOS 32 3. Objetivo Geral 32 3. No setor de aviação aérea há diferenças entre a linguagem adotada entre os tripulantes e a torres de controle, entre os mecânicos de aeronaves e entre os tripulantes e os passageiros. Isto se deve as especificidades de cada área e o grau de envolvimento dos atores com as diferentes rotinas na aviação. Uma linguagem adequada poderá comunicar com eficiência um determinado procedimento a ser feito e assim diminuir o tempo de uma operação ou minimizar os riscos associados a um determinado procedimento. Ainda poderá diminuir os custos financeiros, pois uma mensagem mal interpretada pode gerar enormes prejuízos.

O uso da linguagem para se comunicar pode ajudar tornar mais eficaz todas as atividades que dependam da comunicação. A interação, os Significados e o Conhecimento seriam o tripé para a existência da linguagem. Figura 1 – Mapa conceitual da aprendizagem significativa e linguagem. Fonte: Moreira (2003). A aprendizagem e o desenvolvimento da linguagem dependem da interação e do compartilhamento de significados entre as pessoas. Estes significados são construídos ao longo do tempo e são frutos do conhecimento. Esta resposta pode expressar que houve um entendimento da mensagem. O inverso também pode ocorre, onde uma a pessoa pode retornar com uma atitude diferente daquela esperada por quem comunicou a ideia inicial. Nestes casos, se não houver nenhuma manifestação por parte das pessoas envolvidas não ocorrerá entendimento da mensagem.

Para Novellino (1998), considera-se que linguagens formalizadas são imprescindíveis para ações de transferência da informação (ou comunicação formal da informação), mas elas têm que refletir uma preocupação com o aspecto comunicacional e não representacional da linguagem. A comunicação constitui-se como um fator de extrema importância para que possamos transmitir informações, ideias, desejos, procedimento, etc. Para descrever os efeitos provocados nos sujeitos, entendamos a intensidade nas palavras como a alternância entre forte e fraca, cuja característica está associada ao volume empregado na voz (GOMES, 2003 p. Sem dúvidas, os aspectos da voz citados acima podem fazer toda a diferença para que uma determinada frase ou ideia seja passada da forma mais clara possível, aumentando o sucesso da comunicação.

Para Pereira (2007), a linguagem e a comunicação são objeto de estudos de inúmeros cientistas, que consideram seu aspecto construído pela vida social. Diversos campos do conhecimento se dedicam ao estudo da linguagem como a filosofia, a psicologia, linguística e literatura, negócios etc. Estas áreas geram um verdadeiro conhecimento interdisciplinar, podendo ser aplicado em diversas áreas, inclusive na área de aviação. Na época, buscava-se termos equivalentes nas línguas dos países considerados potencias mundiais neste período. No Brasil a influência francesa se consolida com a vitória sobre a Alemanha na primeira guerra mundial. Com isso, os primórdios da aviação militar no Brasil têm fortes características francesas, pois nesta época houve uma visível aproximação das forças armadas brasileiras com a França.

De acordo com Corrêa (2018), a partir de julho de 1918, o governo francês e o governo brasileiro iniciaram negociações para implantar a aviação militar no Exército Brasileiro (EB). No mesmo ano o então embaixador brasileiro na França, Olynto de Magalhães, recebe uma carta expondo o interesse do Brasil em uma parceria militar na área de aviação: Rogo vossa interferência, junto ao Governo francês, a fim de serem, mediante um contrato por dois anos, podendo ser prorrogado, enviados ao Brasil três oficiais aviadores, três monitores de aviões e três mecânicos de motores, a fim de ser criada uma escola principal de Aviação, no Rio de Janeiro, de acordo com as instruções, por mim recebidas, do Sr.

Com as exigências desse novo mundo pós 1945, iniciou-se uma grande expansão das atividades científicas, técnicas e econômicas. Nesta época se intensifica o comercio entre os países, havendo também uma grande expansão de meios dos meios de transportes. Com esta expansão e integração entre os países, houve a necessidade de uma língua internacional que pudesse ser usada nos negócios e também na aviação. Com os Estados Unidos saindo da guerra como a mais nova potência mundial, o inglês foi incorporado de forma natural ao mundo dos negócios. Além de se tornar a língua mais usada na aviação, o inglês também se tornou a língua da tecnologia e do comércio.

Este acidente foi uma prova de que a falta de comunicação eficaz pode custar a vida de muitas pessoas, além de trazer prejuízos financeiros incalculáveis. Acidentes como este ajudaram a criar regras e parâmetros de comunicação na aviação. Este acidente exemplifica a importância de uma efetiva comunicação, não somente durante um voo ou na comunicação entre piloto e torre de controle, como também entre piloto passageiro e funcionários passageiros antes e durante o embarque na aeronave. Um estudo relativo à prevenção de acidentes descobriu que, na década de 1982-1991, os problemas de comunicação entre pilotos e controladores contribuíram para pelo menos 11% dos acidentes fatais ao redor do mundo” (CRYSTAL, 1997, p. apud BOCORNY, 2001). Na aviação esta necessidade se tornou evidente quando as potencias de língua inglesa passaram a dominar o mercado da aviação civil e militar, tanto em construção de aeronaves quanto na oferta de serviços.

A língua inglesa é tão importante que para se tornar um piloto comercial, é necessário o conhecimento aprofundado da língua, visto que os pilotos vão operar uma aeronave que tem grandes chances de ter sido projetada e construída em países de língua Inglesa e que por tanto, seus componentes e manuais de operação estarão, preferencialmente em língua inglesa. Mesmo o Brasil sendo o terceiro maior fabricante de aeronaves do planeta, os projetos das suas aeronaves são em Inglês, bem como manuais e boletins de serviços, nomenclatura de sistemas, peças e procedimentos (BOCORNY, 2001). Ana Eliza afirma que No Brasil, no final dos anos 1970 e anos 1980, o ensino da língua inglesa para pilotos no âmbito da EVAER2 tinha três focos principais: a comunicação entre pilotos e controladores de tráfego aéreo via rádio, genericamente chamado de fraseologia; a comunicação em situações do dia a dia de um piloto, com diálogos em restaurantes e em check-in de hotéis, denominado inglês geral; e a leitura e tradução de manuais técnicos de operações, ou inglês técnico (BOCORNY, 2001 p.

Prado (2012) afirma que desde 2008, pilotos necessitam ter averbada, em suas licenças, uma nota de proficiência em Língua Inglesa para que possam realizar voos internacionais. No entanto, o controlador da torre colocou a aeronave em segundo lugar. Ao ser questionada sobre o fato de o controlador não ter dado prioridade à aeronave, conforme solicitado, a agência de aviação civil dos EUA alegou que a palavra priority tem sentido diferente para norte-americanos e para latinos, e que o copiloto deveria ter dito emergency (emergência) (GODOY; DIAS, 2016 apud PRADO, 2019 p. Para evitar situações como a descrita por Prado se faz necessário, além de uma formação eficaz, métodos de avaliação do nível de proficiência do inglês aeronáutico dos pilotos, controladores de voos e mecânicos.

Ações como estas são importantes por que as decisões tomadas pelo profissional da aviação possuem alto impacto não só na sua como na vida de muitas pessoas que utilizam os serviços aéreos. É preciso salientar que as avaliações elaboradas pelos órgãos internacionais também se preocupam em diagnosticar com precisão as capacidades de cada aluno, pois muitas vezes as escolas treinam o aluno somente para a realização da prova, sem se preocupar com os aspectos de uma formação ampla e de qualidade. De acordo com Prado (2009), a Escala de Proficiência Linguística da OACI é um documento que rege a proficiência linguística da comunidade aeronáutica. Constitui-se de elementos da língua oral, segundo a própria OACI.

Este documento também prevê a separação do inglês em áreas linguísticas, tais como: fluência, pronúncia, estrutura, vocabulário, compreensão e interação. A avaliação da proficiência do aluno a partir destas áreas tem como objetivo ajudar a indicar se o candidato se enquadra nos critérios de licenciamento. Para a OACI os alunos que conseguiram concluir o treinamento, devem estar focados não somente em serem aprovados nos testes de voo ou nos testes de proficiência, mais devem adquirir a proficiência que seja capaz de lhes ajudarem a tomar decisões que não estavam previamente descritas nos cursos de aviação ou nos cursos de línguas. Andrade (2014), também complementa afirmando que além disso, a pronúncia deve ser suficientemente clara e compreensível a fim de ser bem compreendida pela comunidade de aviação internacional.

Deve-se destacar que a proficiência dos agentes de aeroportos (atendentes de companhias aéreas, profissionais que trabalham em centrais de informações, que despacham as bagagens, etc. Embora não seja obrigatória e nem avaliada por órgãos nacionais e internacionais, é desejável, justamente por que os aeroportos concentram pessoas de várias nacionalidades. Andrade (2014), afirma que embora as empresas aéreas realizem suas próprias avaliações linguísticas para a seleção desses profissionais, há empresas que se especializam neste tipo de avaliação. Neste sentido, as pessoas que buscam trabalhar no setor aéreo contribuem diretamente para o crescimento do mercado de Inglês para Aviação. Alguns usuários já dispõem destas informações por meio de computadores ou celulares. Mesmo com o avanço dos meios de comunicação digital a linguagem utilizada pelos agentes de aeroportos é primordial para que se estabeleça uma comunicação eficaz.

Freitas (2013), destaca a importância da informação e comunicação como ferramenta estratégica para a logística aeroportuária. A comunicação eficaz é necessária para que ações sejam desenvolvidas com maior rapidez e para que erros sejam minimizados. Diante da afirmação de Freitas é possível deduzir que a linguagem, quando utilizada de forma apropriada e eficaz, contribui para a comunicação aeroportuária, aprimorando os processos aeroportuários e diminuindo o tempo de embarque dos usuários. O atraso e/ou cancelamento de voos por parte dos clientes ainda podem gerar outras situações como o Overbooking3, que é quando a empresa aérea vende mais passagens do que pode atender. Nestas situações podem não haver vagas na aeronave para quem efetivamente comprou passagens. A falta de informação e demora no atendimento no momento do check-in (figura 2) nos terminais de embarque é uma situação crítica, pois além de gerar filas pode atrasar o voo ainda pode prejudicar os demais passageiros.

Figura 2 – Terminal no aeroporto de Guarulhos Fonte: https://noticias. uol. O roubo, extravio ou perca de bagagens geram reclamações de passageiros que se acumulam em todos os aeroportos do país em relação a maioria das empresas aéreas. Estes problemas são ocasionados, em parte, por causa da estrutura oferecida para o embarque e desembarque. Estes não são os únicos problemas observados. De acordo com Freitas O caos e a incerteza que dominam o setor aéreo são resultado de uma série de problemas interligados. O problema começa pela organização das filas e o desempenho de funcionários sem treinamento por parte das empresas aéreas. Objetivo Geral Identificar como a linguagem e os procedimentos aeroportuários ajudam na comunicação e aprimoramento nos processos logísticos relacionadas ao tempo de embarque e desembarque em aeroportos, e de que forma a comunicação influencia na segurança dos passageiros.

Objetivos Específicos a) identificar os meios de comunicação utilizados no transporte aéreo e suas influências nas operações. b) identificar a importância do fator comunicação para a segurança operacional nos serviços aeroportuários. c) avaliar a eficácia dos processos logísticos na aviação e sua influência no tempo de embarque e desembarque em aeroportos. e) propor ações com o objetivo de melhorar a comunicação aeroportuária e a diminuição do tempo de embarque e desembarque. Após a seleção das obras a serem utilizadas neste trabalho, procedeu-se a leitura e interpretação dos textos tendo como objetivo a localização das informações, dados e análises que pudessem contribuir com esta pesquisa científica. A localização das informações nos textos obedeceu aos seguintes critérios e procedimentos: • Seleção das literaturas – Consiste em um dos primeiros passo para a elaboração de um trabalho científico.

A seleção das literaturas utilizadas neste trabalho obedeceu ao critério da concordância com o tema abordado e com a disponibilidade de materiais para a pesquisa. • Leitura prévia dos textos – O próximo passo consiste em ler previamente ou “por alto” os textos selecionados, afim de se obter uma noção sobre o conteúdo abordado na literatura selecionada. É através desta primeira leitura que é possível fazer uma seleção das obras que serão examinadas com maior cautela. Neste trabalho foram pesquisados documentos diversos sobre os diferentes usos da língua inglesa na aviação e a sua importância para a comunicação e procedimentos aeroportuários no Brasil. A presente pesquisa teve uma abordagem qualitativa, por se basear na realidade para fins de compreender uma situação única (RAUEN, 2002) e quantitativa, por buscar conhecimento por meio de raciocínio de causa e efeito, redução de variáveis específicas, hipóteses e questões, mensuração de variáveis, tais como: tempo de embarque e desembarque, etc.

CRESSWELL, 2007). Desenvolvimento O domínio da língua inglesa alcançado por meio da proficiência é de fundamental importância para a segurança das comunicações aeronáuticas no tráfego aéreo internacional e entre os agentes que fazem parte do setor aéreo. O domínio desta língua é medido por meio do conhecimento de palavras e fraseologias. Eu fui além da linha de retenção do ILS [área crítica]. A torre gritou: "Pare!" Vimos um avião saindo das nuvens. Embora nunca tenhamos penetrado na área da pista, a parada repentina, a proximidade da pista e a visão e o som da aeronave de pouso nos assustaram. É claro que nos entendemos mal. Com toda a probabilidade, ele disse: "Limpo para a linha de espera e aguarde".

Não está totalmente errado, mas mundo afora se diz Jetway (do dicionário Oxford, n. trademark in the UK, a portable brigdge put against an aircraft door to allow passengers to embark or disembark), n, substantivo, marca registrada no Reino Unido, ponte móvel que se acopla à porta da aeronave para permitir o embarque e desembarque da mesma, ou Air Bridge, do dicionário Oxford, (n, British term for Jetway), termo usado pelos Britânicos para Jetway VIECZOREK, 2016 p. A situação apontada por Vieczorek permite concluir que mesmo diante da adoção da língua inglesa como língua franca na aviação, ainda se encontra diferenças de definição de termos envolvendo a aviação brasileira e a aviação norte americana ou britânica. Embora existam poucos termos divergentes, estes podem causar falhas de entendimentos em situações de emergência.

O aumento da quantidade passageiros e a necessidade de aperfeiçoamento dos serviços de embarque nos aeroportos brasileiros. Fonte: ANAC (2016. p. Os valores apresentados no gráfico 2 além de demonstrar um crescimento desigual no número de embarque domésticos nas 5 regiões brasileiras, também servem como indicativo de que nas regiões onde houve um maior aumento é preciso que seja pensada alternativas ou soluções que aprimorem o atendimento e o embarque de passageiros para se evitar perdas econômicas provenientes de atrasos, filas e cancelamentos de voos. As tendências de crescimento no número de passageiros no país, mostrada nos gráficos 1 e 2 enfatizam a necessidade que sejam criados e/ou implementados sistemas de comunicação eficientes entre os funcionários do setor aeroportuário para que a grande demanda por serviços aéreos não venha a sobrecarregar o sistema e com isso, diminuir a qualidade dos serviços ofertados pelas empresas aéreas.

De acordo com Nascimento (2011), em sete anos, de 2003 a 2010, o número de passageiros nos aeroportos brasileiros saltou de 71,2 milhões para 154,3 milhões, representando um aumento de 116,71% O aumento do número de passageiros no Brasil e no mundo, mesmo diante de crises econômicas e de gargalos de infraestrutura, expressa a necessidade de melhorar cada vez mais a gestão dos aeroportos, tendo como objetivo a diminuição de custos e o oferecimento de um serviço eficaz e qualidade para os passageiros. De acordo com Junior (2008), a indústria do transporte aéreo, nacional e internacional, tem se caracterizado por crescentes e rápidas mudanças, determinando uma dinâmica evolutiva repleta de instabilidade. E continua afirmando que fatores como a globalização, evolução tecnológica de desregulamentação do mercado da aviação, tem contribuído para transformar o ambiente competitivo acarretando em aumento da concorrência.

A competitividade entre as empresas que atua no setor tem-se acentuado nos últimos anos, contribuindo para a expansão das empresas de baixo custo, chamadas de Low cost e low fare4. Além destas duas características que distinguem a grande maioria das empresas aéreas na atualidade ainda há diversas estratégias para a manutenção ou aumento do lucro de uma empresa aérea, como o aumento da produtividade de uma aeronave a partir da escolha das aeronaves de acordo com a demanda de assentos, melhor gestão da logística interna de operações, organização da malha viária e a redução e a redução do tempo entre o desembarque e o embarque de passageiros, chamado de turnarounds. Para Junior (2008), essa última estratégia tem forte impacto no aumento da receita de uma empresa aérea, visto que aumenta a disponibilidade da aeronave e exerce papel fundamental no índice de pontualidade da empresa, aumento também a satisfação dos clientes com o serviço.

Dependendo da situação encontrada o passageiro poderá embarcar. Se o embarque já tiver sido concluído haverá diversas situações onde passageiro poderá ser enquadrado, que vai desde a remarcação do voo até a perca da passagem comprada. De acordo com Junior (2008), em casos onde o passageiro ainda pode embarcar, os atendentes fazem o despacho da bagagem e é necessária uma trolley extra para carregar a bagagem despachada até o compartimento de carga, enquanto os passageiros estão embarcando. Na figura 4 é apresentada o desenho de uma aeronave com todos os procedimentos adotados antes do embarque dos passageiros como: alinhamento da aeronave por meio de um trator de reboque, abastecimento da aeronave com combustível, abastecimento com água e suprimentos alimentares para o voo e a chegada de um Trolley para inserir as bagagens naquelas aeronaves onde o compartimento de bagagens fica distante do solo.

Figura 4 – Posicionamento de serviços em torno de uma aeronave Boeing 737 Fonte: Boeing (2005) apud Junior (2008). Na figura 5 é possível observar o embarque de passageiros por meio de escadas tanto pela porta dianteira quanto pela porta traseira do avião. Figura 5 – Embarque de passageiros em um avião. Fonte: Imagem de internet/2020. pista73. com/placa/assistencia-a-aeronaves/aeronave-em-rotacao-turnaround/ Também é possível visualizar que os passageiros foram levados até o avião por meio de um ônibus. Para agilizar o embarque, o anúncio de início dessa atividade é realizado com antecedência ao seu real início, para que os passageiros possam se organizar em fila, apresentar o cartão de embarque e se dirigir até o finger de embarque (JUNIOR, 2008 p. Junior (2008), conclui que ao todo são observadas seis atividades de setup interno e externo que ocorrem antes do embarque dos passageiros: [.

check-in e espera em sala de embarque; definição do box para posicionamento de operadores; deslocamento de materiais e pessoal; posicionamento da aeronave; preparação da documentação de voo; limpeza da cabine de passageiros em voo) e dez atividades de setup interno (colocação e remoção dos calços e cones; colocação e remoção dos fingers; serviços de mecânica de rampa; serviços de comissaria; serviços de cabine de passageiros; embarque de passageiros; carregamento e descarregamento de bagagens e cargas; abastecimento de combustível; push back e acionamento (JUNIOR, 2008 p. A inclusão da disciplina de habilidade de comunicação em cursos de pilotagem e treinamento de agentes como subsídio para melhorar os serviços aeroportuários Já sabemos que uma comunicação eficaz é capaz de evitar problemas complexos, salvando vidas e evitando prejuízos econômicos.

Defende-se que todos os agentes que dependem da linguagem para se comunicar com pessoas de nacionalidades diferentes façam cursos específicos para saber lidar com problemas que envolvam a comunicação. Os problemas apontados acima podem acarretar em outros erros tais como: erros de interpretação, erro na composição da mensagem e por conseguinte no entendimento da fraseologia apresentada. Outro aspecto da comunicação na aviação citado por Vieira é a limitação causada pelo ambiente físico. Ocorre que no momento de os pilotos estão se comunicando com os controladores de voos ou até os atendentes com os passageiros podem ocorrer barulhos, vibrações etc. Nos casos em que a comunicação está ocorrendo em uma aeronave barreiras físicas podem dificultar a comunicação como portas ou estação de trabalho distante.

A comunicação pode até ser prejudicada pelo fato dos pilotos não estarem sentados em uma posição que facilite a troca de informações. Afinal, quando ocorrem falhas de comunicação ou distorções causadas por mal-entendidos, ou confusão pelo uso de fraseologia ambígua ou fora do padrão, o dano pode ser tão fatal quanto a falha de um motor (VIEIRA, 2009 p. Para Edgar Morin (2003) apud Vieira (2009) a “compreensão, mais do que a comunicação, ou em consequência desta, é o grande problema atual da humanidade”. Com isso, se deduz que para haver uma comunicação eficaz se faz necessário uma compreensão eficaz. Por conseguinte, a comunicação não é o bastante, é preciso que além de receber a mensagem haja a sua compreensão.

Neste sentido, a compreensão não necessariamente acontece através de meios ou técnicas, mais sim depende de quem a está recebendo, ou seja, o indivíduo enquanto receptor é o responsável por compreender ou não a mensagem que lhe foi repassada. A natureza da atuação profissional e o continuo contato com o universo da aviação, torna evidente a maneira intensa com que os pilotos, técnicos e agentes aeroportuários utilizam a língua inglesa. Este contato intenso evidenciam o inglês enquanto ferramenta fundamental de comunicação entre os usuários desse complexo setor de transporte. Mesmo com o uso da língua inglesa em quase todos os processos que envolvem a aviação é possível afirmar que há uma diversidade de sistemas culturais e linguísticos distintos que são utilizados neste complexo sistema.

Para Krivonos (2007), mesmo com o fato de o inglês ser a língua internacional da aviação também pode levar a mal-entendidos. Em alguns casos, é fácil o suficiente para os falantes nativos de inglês interpretarem mal as mensagens de outras pessoas. Concomitante ao abastecimento acorre também a preparação da cabine de passageiros. Após todos estes procedimentos e também concluída a entrada dos passageiros os comissários encarregam-se do fechamento das portas, enquanto o pessoal de terra remove as escadas e pontes de embarque, caso tenha. A partir de então, os pilotos solicitam aos órgãos de controle de tráfego aéreo do respectivo aeroporto a autorização para posicionamento da aeronave para táxi (push back) e consequentemente o acionamento de motores para iniciar o processo de taxiamento na pista.

Por tanto, é possível identificar uma série de procedimentos que compõem o processo de embarque e desembarque de uma aeronave. Qualquer problema em um destes processos o voo poderá sofrer desde pequenos atrasos até o seu cancelamento. Todos os passos que envolvem a homologação e fiscalizações tem como objetivo atender a procedimentos de segurança e qualidade dos serviços aéreos O objetivo dos regulamentos aeronáuticos é estabelecer critérios mínimos a serem seguidos por diferentes áreas de atuação dessa indústria (AGMONT & IAN, 2016 apud BATALHA, 2017). O controle e fiscalização das atividades aéreas são necessárias para coibir que aeronaves utilizem pistas clandestinas, que empresas contratem pilotos que não estão capacitados e habilitados para a operação de aeronaves e para evitar que funcionários e empresas adulterem peças ou que ocorra desvio de objetos dos passageiros.

CONCLUSÃO A comunicação é uma ferramenta de grande importância nos dias atuais. Enquanto ferramenta, é capaz de definir os rumos da segurança operacional de atividades aéreas, visto que se trata de um fator diretamente relacionado as habilidades humanas e que, por conseguinte, pode sofrer interferências quanto ao desempenho das atividades profissionais. A indústria do transporte aérea é complexa e dinâmica. A fluência em língua inglesa também é outro fator a ser considerado nas atividades que envolvem o setor aéreo. Sabe-se que a fluência em língua inglesa já é obrigatória e necessária para os pilotos, porém ainda não se vê uma mobilização para que os demais profissionais também sejam fluentes. A fluência na língua franca na aviação é importante e necessária pois os trabalhadores desta área, mesmo que de forma indireta, sempre tem algum contato com alguém que fala inglês ou com algum termo ou frase escrita em inglês.

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FREITAS, Licyene Cristina de. Logística organizacional dos aeroportos nacionais: problemas e expectativas de melhoras. A voz que vem de longe: os códigos paralinguísticos na compreensão de narrativas oralizadas.  Anais do XXVI INTERCOM, Belo Horizonte (MG), 2003. Disponível em: < http://www. portcom. intercom. JUNIOR, Guido Cesar Carim. SAURIN, Tarcisio Abreu. HENRIQSON, Éder. Análise dos tempos de parada de aeronaves sob a perspectiva da troca rápida de ferramentas. Rio de Janeiro, 2008. KRIVONOS, Paul D. Communication in aviation safety: lessons learned and lessons required. In: Regional Seminar of the Australia and New Zealand Societies of Air Safety Investigators. p. Disponível em: <http://citeseerx. fef. unicamp. br/fef/sites/uploads/deafa/qvaf/fadiga_cap14. pdf>. Acesso em: 28 de abr. de 2020. NASCIMENTO, Viviane Barbosa do; ARAUJO, Claudia Affonso Silva; FIGUEIREDO, Kleber Fossati.

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