O ENSINO DA QUÍMICA SOB UMA PERSPECTIVA LÚDICA

Tipo de documento:Revisão Textual

Área de estudo:Gestão de projetos

Documento 1

Caracteriza-se como uma pesquisa de caráter bibliográfico, que consiste na utilização da literatura científica que já foi produzida acerca dessa temática. Acredita-se que os apontamentos realizados ao longo desta pesquisa possam contribuir significativamente para uma prática pedagógica mais adequada, uma vez que permitirão maiores elucidações sobre do uso do lúdico no ensino da disciplina de Química bem como servirão de apoio para testudos futuros. PALAVRAS-CHAVE: Ensino. Química. Jogos. Buscar um ensino relacionado com a realidade do aluno é um amplo desafio para a educação, mas é algo imprescindível e necessário. Diante disso, acredita-se ser válido fazer uma crítica construtiva a atual forma como a disciplina de Química vem sendo trabalhada em sala de aula atualmente e, além disso, sugerir uma nova abordagem metodológica, a fim de contribuir com a melhoria da disciplina Química.

Portanto, nesta pesquisa, serão feitas críticas e sugestões direcionadas ao ensino desta disciplina. Sendo assim, este artigo tem por objetivos tecer considerações acerca da utilização de jogos no ensino-aprendizagem da Química tendo em vista fazer com que a aprendizagem se torne mais prazerosa e significativa para o aluno. Caracteriza-se como uma pesquisa de caráter bibliográfico, que consiste na utilização da literatura científica que já foi produzida acerca dessa temática. Muitos professores parecem acreditar que as atividades lúdicas são voltadas apenas para “crianças”. No entanto, o que ocorre, muitas vezes, é que os professores não esclarecem aos alunos a importância das atividades, restringindo-se apenas a deixar os alunos “jogarem” sem fazer nenhuma relação com o ensino.

O verdadeiro sentido das atividades lúdicas no ensino estará garantido se o professor estiver preparado para realizá-lo. Não basta apenas levar jogos para a sala de aula. O professor deve ter conhecimento sobre os fundamentos essenciais da educação lúdica, para que a aprendizagem seja realmente efetivada. Usar jogos na sala de aula não é privilegiar apenas a brincadeira pela brincadeira; não é reduzir ou minimizar a seriedade dos conteúdos. Os jogos e as técnicas recreativas vêm colaborar a transformar essa realidade acima citada. As atividades lúdicas derrubam barreiras, devido a sua leveza e naturalidade com que se apresentam. Além disso, os jogos exercem verdadeiro fascínio diante do imprevisível, bem como a participação coletiva, o respeito às regras e a disciplina.

Devido à diversidade de jogos existentes, cada um com suas características, torna-se difícil apresentar uma única definição que inclua todo o seu significado. Assim, um jogo adequado aos anseios e possibilidades dos alunos, aliado ao que se promete ensinar pode valer mais do que muitas listas de exercícios, mecanicamente solucionados pelos alunos. O trabalho com jogos não deve ser visto como uma atividade lúdica com fim único de levar o aluno a “gostar” da disciplina de Química ou como prêmio para os alunos que realizam suas atividades escolares, “ mascarando” a motivação no estudo, mas como um recurso que facilita a aprendizagem. No entanto, cabe destacar que o objetivo dos jogos ou das atividades lúdicas não se resume apenas a facilitar que o aluno memorize os conteúdos, mas sim a induzi-lo ao raciocínio, à reflexão, ao pensamento e, consequentemente, à (re) construção do seu conhecimento, de forma contextualizada, dinâmica e prazerosa.

Seber (1995) salienta que o uso dos jogos é bastante frequente nas instituições de educação infantil como recurso pedagógico. Mas, em contrapartida, nas demais e posteriores séries do ensino é considerado como momento de ‘bagunça’ ou ‘perda de tempo’, sendo pouco aceito pelos alunos, pelos pais ou próprios professores. Sendo assim, o sucesso dos jogos na aprendizagem decorre, principalmente, da preparação do professor. Cabe a ele criar condições adequadas para que a atividade transcorra de forma satisfatória, fazendo com que os alunos relacionem o conteúdo que estão aprendendo ao jogo, oportunizando assim momentos de efetiva aprendizagem. Muitos alunos não conseguem entender os conteúdos referentes à disciplina de Química da forma que lhes é ensinada, muitas vezes, não compreendem como os conceitos funcionam, sentindo muita dificuldade para aplicá-los em situações do seu dia a dia, uma vez que, estes conteúdos são trabalhados de forma estanque e sem significado para o aluno contribuindo para que muitos percebam a disciplina como um compêndio de fórmulas e conceitos de difícil aprendizado.

Cabe destacar que quando se fala em usar jogos no ensino, não precisa obrigatoriamente ser um jogo comercial, pelo contrário, o professor pode, juntamente com os alunos, confeccionar o jogo, assim, o momento da criação também pode ser aproveitado como uma situação de ensino-aprendizagem dos conceitos e conteúdos. Além de favorecer o desenvolvimento de múltiplas habilidades, o uso de jogos na sala de aula também contribui para a socialização dos alunos, outro fator fundamental para a formação do indivíduo. Os jogos devem ser devidamente aplicados, para que os alunos não percam o interesse, não sabendo precisamente o porquê do jogo, quais são seus objetivos e finalidades. É necessário também o programar o tempo, pois a utilização de jogos, na maioria das vezes, necessita de mais tempo do que as aulas expositivas, assim, um planejamento inadequado pode provocar o sacrifício de alguns tópicos do conteúdo programado.

Dessa forma é importante que o professor faça um bom planejamento de modo que se possa explorar todo o potencial dos jogos, processos de solução, registros e discussões sobre possíveis caminhos que poderão surgir. O professor deve estar preparado para trabalhar a dificuldade encontrada pelo aluno em lidar com a frustração da perda de um jogo ou partida. É importante também, escolher jogos em que o fator sorte não interfira nas jogadas, permitindo que vença aquele que descobrir as melhores estratégias. As aulas devem ser bem planejadas e orientadas pelo professor para que a atividade não tenha um caráter de “jogar por jogar”. Assim cabe ao professor criar um ambiente propício ao desenvolvimento desta atividade e escolher jogos que proporcionem desafios aos alunos.

Sendo assim, conclui-se que é fundamental que o professor realize atividades mais atrativas, que facilitem a aprendizagem, diminuam bloqueios e sirvam de estimulo para a aprendizagem. Ao final deste trabalho, espera-se que algo tenha sido acrescentado à reflexão sobre o ensino-aprendizagem da disciplina de Química. Se, de alguma forma, este trabalho contribuiu para despertar reflexões e mudanças em relação ao ensino dessa disciplina, nosso objetivo foi atingido. KISHIMOTO, T. M. Jogo, brincadeira e Educação. São Paulo: Cortez, 1999. KNEPPE, P.

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