O DIRETOR DE ESCOLA E O DESAFIO DA GESTÃO DE CRECHES CONVENIADAS PARA ALÉM DA ASSISTÊNCIA SOCIAL

Tipo de documento:Artigo cientifíco

Área de estudo:Serviço Social

Documento 1

Assim, confirma-se a grande importância do desenvolvimento de habilidades para esses profissionais, sobretudo para o diretor. Evidencia-se através desse estudo a necessidade de uma gestão além do mero assistencialismo, ultrapassando as barreiras administrativas e integrando princípios e técnicas para que as creches possam se desenvolver de forma sustentável nas comunidades, no sistema educativo e no convívio familiar. PALAVRAS-CHAVE: GESTÃO DE CRECHES, EDUCAÇÃO INFANTIL, DIRETOR, ASSISTÊNCIA SOCIAL ABSTRACT This study aims to highlight the importance of the presence of the director, as a manager of the day care centers. For its accomplishment a bibliographical research was made for reflections, study and foundation on the subjects pertinent to the theme presented, being emphasized analyzes about the current scenario of day care centers and the desired profile to the director / manager of these institutions.

As methodologies, questionnaires and on-site observations were used, both for directors and for pedagogical coordinators. Elas eram consideradas como asilos para a primeira infância e foram criadas para atenderem aos filhos de mães trabalhadoras, onde predominava o caráter assistencialista, priorizando o atendimento das crianças desfavorecidas. Com a Constituição Federal de 1988, o atendimento das instituições de ensino proporcionou à criança o direito de frequentar um ambiente educacional, sendo assim foi a partir da Lei nº. que estabeleceu novas diretrizes e bases para educação nacional, orientando o atendimento a crianças em creches até três anos de idade, e pré-escolas de quatro a cinco anos, constituindo a educação infantil, nível que integra a educação básica. Porém, o município é o órgão competente que deve desenvolver atividades relacionadas às creches e pré-escolas, assim recebe auxilio da secretaria municipal de educação para trabalhar na formação dos quadros dessas instituições infantis, onde traça suas metas e objetivos a serem alcançados.

A creche constitui uma das primeiras experiências da criança num sistema organizado, exterior ao seu círculo familiar, onde irá ser integrada e no qual se pretende que venha a desenvolver determinadas competências e capacidades. E dar conta desse compromisso sempre foi o grande desafio da gestão nas creches, embora, muitas vezes, as mazelas sociais funcionem como uma justificativa quando professores e diretores falham em suas tarefas.   As famílias e a comunidade demandam das escolas e creches soluções para problemas sociais. Cabe ao gestor criar as condições para que a realidade seja trabalhada de forma crítica. Na prática, quem responde diretamente por essa cobrança no dia a dia é o diretor. Existe uma grande expectativa de transformação social por meio da transformação pessoal que a educação proporciona.

O que se quer é formar vida inteligente dentro do organismo desses espaços de acolhimento. Por tudo isso, o gestor deve ter uma visão global da instituição e, ao mesmo tempo, vislumbrar as necessidades das crianças. É ele quem cuida de todas as partes desse organismo vivo. Imagine uma creche ou escolinha infantil em que o gestor seja visto como um chefe autoritário, pelo qual todos sentem mais temor do que respeito. Agora vislumbre um cenário apenas de cobrança de resultados e exigência do cumprimento de regras, sem a participação nas decisões conceituais e corriqueiras do dia-a-dia. Elas qualificam não só as crianças, mas também os que nela ensinam ou apóiam estes ou aqueles. A creche se insere num bairro e sua equipe deve conhecer a realidade local.

Só assim é possível analisar as necessidades das pessoas e adequar-se a elas. Embora o grande foco do gestor deva ser a aprendizagem e cuidado dessas crianças, de forma alguma isso diminui a importância do coordenador pedagógico. A parceria entre os dois é uma das mais relevantes na construção de uma creche de qualidade. No entanto, não está esclarecido como a descentralização irá resolver as inadequações estruturais existentes. METODOLOGIA O presente trabalho traz o desafio do diretor que busca em sua gestão, além da assistência social, um maior comprometimento organizacional e político. Em meio aos estudos referentes à Gestão de creches, faz-se necessário a aplicação de um questionário em pelo menos duas creches diferentes, para o diretor/gestor e o coordenador pedagógico, seguidos em paralelo da observação do ambiente.

O objetivo é comparar os resultados em busca de uma real compreensão sobre a visão e a relação da gestão nas creches conveniadas. ANÁLISE DOS RESULTADOS Em meio às questões aplicadas aos profissionais que exercem a função de coordenador pedagógico e diretor, foi perguntado o que entendem por ser uma gestão nas creches. Sendo que atende a creches conveniadas, não consegue mesmo com colaboração das coordenadoras, controlar o trabalho de cada instituição. Ao ser questionada sobre a participação dos pais na gestão da instituição, a diretora 01 destaca que a participação dos pais só ocorre quando são convocados a participar de alguma reunião realizada pela escola. Assim, eles não buscam estar presentes na vida escolar de seus filhos e nem mesmo de participar da gestão da creche, no qual poderiam estar indicando melhorias e informando falhas na educação infantil.

A coordenadora relata que as crianças que tem seus pais presentes e que acompanham seu processo educativo, se desenvolvem de forma mais significativa. É preciso esclarecer que tudo que é executado na instituição desde os hábitos, rotinas dos pequenos até a pratica pedagógica, é estabelecido de forma coletiva através do Projeto político e pedagógico, respeitando a legislação. Sem dúvida, se trata de , um processo contínuo de formação e informação, de análises de cenários e da construção de propostas de ampliação de desempenho. Finalizando, espera-se que esse diretor não seja apenas interativo, interpessoal e intelectual, mas sobretudo , seja um gestor com capacidade de liderança onde o mesmo seja dialético sobre a equação do conhecer-aprender/refletir-agir que ocorre nas relações, em suas nuances, identificando aspectos que necessitem de ampliação, aprofundamento ou modificação.

Só assim, poderá haver a garantia de construção do amparo às crianças em direções cada vez mais consistentes e progressistas. REFERÊNCIAS ANDRÉ, M. E. Campinas:Papirus,1995. BRASIL, Lei n. de 09 de janeiro de 2001. Institui o Plano Nacional de Educação e dá outras providências. Diário Oficial da União, Brasília, DF, 10 de jan. A. org). Projeto político-pedagógico da escola: uma construção possível. Campinas,SP:Papirus,1995. CURY, Carlos Roberto Jamil.

77 R$ para obter acesso e baixar trabalho pronto

Apenas no StudyBank

Modelo original

Para download