POLÍTICAS SOCIAIS EM TEMPO DE CONSERVADORISMO: RETROCESSO E SUCATEAMENTO EM MOMENTO DE OFENSIVA NEOLIBERAL NO BRASIL

Tipo de documento:Artigo cientifíco

Área de estudo:Serviço Social

Documento 1

ABSTRACT Conservative ideas have great influence on the development of social policies, and the neo-liberal offensive has setbacks. This work will analyze through bibliographical sources and understand how social policies work in the face of conservatism, having as problematic, to know how neoliberalism in Brazil has provoked setbacks and scrapping of conservative social policies. Keywords: Social Policies; Conservatism; Neoliberal. INTRODUÇÃO As ideias conservadoras dominaram a sociedade durante muitos anos na busca pela manutenção do sistema social vigente de bases tradicionais, porém que lutava para politicas sociais de assistencialismo as pessoas com dificuldades econômicas, portanto associado às politicas de direitas. O Brasil vivencia nesta sociedade contemporânea um grande avanço do neoliberalismo que está afetando os direitos sociais e em algumas situações os individuais. O ideal conservador fortaleceu-se e predominou a partir de 1848 novamente, sendo compreensível a questão social, pois as ideias confessional e laica apresentaram realidades com possíveis soluções à realidade vigente sobre uma educação moralista que ajustaria as pessoas ao modelo de vida capitalista com a catequização ao cristianismo.

O sistema capitalista se expandiu pelo mundo e gerou um enfraquecimento ideológico frente aos interesses de expansão comercial e elevação dos lucros. O conservadorismo foi adotado pela burguesia que abriu mãos dos conhecimentos de mundo conquistado até então com base na historicidade e humanismo. A realidade contemporânea apresenta uma elevada concentração das riquezas nas mãos dos monopolistas que crescem cada dia mais com apoio dos estados nacionais, portanto a desigualdade social é visível assim como os serviços básicos como saúde, educação, segurança, moradia e outros que passam a serem mercadorias e torna a vida do trabalhador algo cada vez mais precário. As ideias conservadoras estão se propagando e dificultando os movimentos sociais que passam a ser visto com ideia de criminalidade e fortalece as articulações de extrema direita pela Europa lutam com ideias de retrocesso a questão social.

As ideias conservadoras sofreram grandes perdas ao longo do tempo, mais atualmente volta novamente a se fortalecer os ideais de uma sociedade com bases rígidas e estruturadas nos princípios cristãos, onde os sistemas politicas apresentam a figura politica centralizadora. Na sociedade contemporânea encontramos os modernos conservadores que se apresentam com os autênticos defensores da democracia que confronta os temidos, violentos e perigosos comunistas e fascistas que são compreendidos como grupos que atentam contra a vida, portanto esses membros da direita politica conseguem apoio social pela imposição do medo disseminado nas mídias que tradicionalmente pertence às elites que batalham para manter suas bases. Na relação social voltada para as especificidades da realidade da divisão internacional do trabalho o pensamento conservador tem adaptado de forma particular evitando a redução e/ou prejuízos às estruturas em totalidade no mercado econômico.

Conservadorismo versus Serviço Social no brasil Contemporâneo O serviço social enquadra-se como profissão vinculada a forma de pensar conservadora na sua origem, sendo que na historia brasileira temos na pessoa de Iamamoto (2008) como autora que primeiro escreveu no campo do serviço social neste país através da teoria crítica que em sua exposição analisa a origem e os traços desta área no corpo reformista conservador em nossa nação, portanto essa “seus compromissos sociopolíticos com o conservadorismo, no decorrer da evolução do Serviço Social” (IAMAMOTO, 2008, p. No período do governo de Getúlio Vargas entre 1930 a 1945 e também no seu retorno nos anos de 1951 até 1954 vivenciamos no Brasil varias transformações no campo politico como na área social mesmo diante de uma realidade baseada no sistema ditatorial.

A definição da nomenclatura família teve alguns progressos na visão dos profissionais que atuam com o serviço social no Brasil, pois as políticas de assistência social passaram a serem direcionadas as famílias. O trabalho dos profissionais do serviço social na realidade conservadora e neoliberal em que vivemos tem alterado as politicas sociais em nosso país seja de forma direta ou indireta. As ideias de políticas públicas que são recusadas como assistências sociais têm acontecido com a disseminação e práticas que apresentam juízos moralistas referentes aos profissionais que repassam a ideia preconceituosa sobre as famílias pobres em nosso país. Olha, esta afirmação [de que as famílias beneficiárias de programas de transferência de renda são acomodadas e não se esforçam para trabalhar] ela não é 100% verdade.

Mas também não é 100% mentira. Com referência a esse cenário se ver como função do estado a adoção de políticas de contribuição às demandas de que as questões sociais passam com isso, de forma a aderirem políticas sociais que impeçam as quaisquer formas de opressão sobre o trabalhador. Uma conclusão que se tem da questão social é que essa está totalmente relacionada com o modo de produção capitalista. Essa relação tem haver com o período de miséria em que se encontrava a Europa Ocidental no século XIX segundo se afirma Netto (2009), descrito isso como o resultado da Revolução Industrial que fez isso se torna ainda, mais intenso, nas áreas de concentração industrial urbanizada e os índices de pobreza.

Umas das coisas que diferencia essa pobreza exagerada é o fato dela não ser consequência de uma escassez, mas de um empobrecimento, que nesse sentido é entendido como um dos pontos que causa manifestações dos operários insatisfeitos, que se resulta da relação estabelecida entre capital e trabalho, que impõem dinâmicas de que o número de trabalhadores deve ser superior ao que o setor de produção necessita para adquirir seu capital, isso por conta de que na sociedade Burguesa, da mesma forma que a produção da riqueza social aumenta também se produz de forma excepcional a pobreza. Se contrariando as sociedades pré-capitalistas, impõe que o número de trabalhadores deve sempre estar acima das demandas exigidas pelo estado de expansão do capital.

A questão social tomando por base esse contexto se limita ao caráter de moralização, que não se preocupa em questionar onde são sustentados os fundamentos da sociedade burguesa. Com suas perspectivas e direções voltadas para as práticas positivistas, o que e encontrado são os ideais da sociedade burguesa que buscam se relacionar a qualquer forma de união existente entre os campos econômicos e sociais, o que dá ênfase ao conteúdo que separa essas duas questões, proporcionando a elas caráter distinto, distribuindo o questionamento de que não existe relação entre o capitalismo e a questão social e o aumento da pobreza, o que dificulta e impossibilita as articulações sobre as transformações sociais. As questões sociais quando interpretadas por meio desses pontos, elas passam a ser interpretadas como fenômenos naturais e restritos, no entanto se ver que essa conclusão e desenvolvida pelo próprio ser e por suas dependências e limitações referentes ao contexto cultural em que esses se apresentam, e que só irá conseguir ter condições de vida melhores se os próprios fizerem suas escolhas individualmente, o que necessita de ligações com as divisões e ações das organizações de caridade a respeito e cuidado ao próximo, pois quando se fala em tratamento dos movimentos da questão social, além de cunho moralizador, esse deve ser educativo e baseado em comportamentos.

Por conta de várias interpretações que no ano de 1850 o Marx, trata de uma “questão operária” e não de uma “questão social”, pois assim como seu amigo Friedrich Engels, ele considera que essa mudança de termo está relacionada ao fato do primeiro definir-se como o momento final do pensamento burguês e a falsa realidade contraditória do capitalismo, e por isso o abandonaram mais rápido do que o empregaram. Essa mestiçagem tanto para Marx quanto para Engels, tem relação com o momento em que a sociedade burguesa deixou de lado seu modo de agir e reagir no conceito critico-evolucionário, o que deu avanço as lutas da classe operária, chegando a uma racionalidade que torna mágico e divide a realidade em um momento histórico e também específico, que é chamado de período de decadência ideológica, segundo se afirma Lukács (1968).

Os componentes ideológicos a partir daí são fortalecidos baseados em ideias conservadoras que favorecem a essa livre acomulação e posibilita a difusão de discursos em torno de se encontrar consenso entre as classes, com planos já elaborados de ocultar qualquer questionamento a respeito desse modo de produzir, assim como desabilitar qualquer forma de movimento que se tenha em pretexto a adoção de uma nova ordem, que atribua caráter de base em sonhos, intangenciavel. Para que se tenha um real da explicação social do que seja essa dinâmica, e como pode superar esse campo de visão, ver necessário um movimento que supere todos os pressupostos conservadores liberais, desenvolvidos sobre uma análise de observação minuciosa das apropriações das riquezas produzidas socialmente, que se tem como consequência as desigualdades e as várias formas de se expressar da questão social.

Esse movimento requer uma apropriação correta dos conteúdos teóricos e metodológicos que são formulados por Marx, onde a sua análise, foi construída em um caráter de cunho explorador do capitalismo, faz com que especificamente se situe essa questão histórica a questões sociais, ou seja, diferenciá-las de questões sociais vindas de uma escassez que se deu nas sociedades que precedem a ordem burguesa. É, portanto capaz dessa maneira, de se revelar o caráter do estado quando esse se disponibiliza a enfrentar as expressões das questões sociais, seja esse caráter fragmentado e ou parcial, desinteressando seu modo de serem processual, pelo fato de suas políticas, dando atribuições aos conteúdos, condições de miséria, desemprego, fome e várias outras, são respostas que se interpretam como individuais pertencentes às relações sociais de propriedade e produção, o que gera um modo de exploração de trabalhadores especial da classe burguesa numa realidade conservadora.

OFENSIVA NEOLIBERAL BRASILEIRA AO CONSERVADORISMO E SUSPENSÃO DAS POLÍTICAS SOCIAIS O início do século XX foi o ponto de partida para o surgimento de teóricos como das práticas neoliberais, porém só ganhou popularidade a partir dos anos 70, exatamente no fim do momento bipolar em que o mundo se encontrava, disputado por sistemas capitalistas de interesse dos Estados Unidos e do sistema socialista ao qual a União Soviética é caracterizada pela viagem longa que fez o capitalismo em seu processo de desenvolvimento para um ciclo de afastamento do modelo liberal de mercado, que se caracteriza por o Estado ter uma intervenção diminuída sobre a economia. Como menciona o autor, Diz respeito à organização da economia global, incluindo a produção, os mercados de produtos e serviços, os mercados financeiros, e assenta na liberalização dos mercados, desregulamentação, privatização, minimalismo estatal, controle da inflação, primazia das exportações, cortes nas despesas sociais, redução do déficit público, concentração do poder mercantil nas grandes empresas multinacionais e do poder financeiro nos grandes bancos transnacionais.

SANTOS, 2006, p. A operação do neoliberalismo se baseia na extinção de direitos sociais e econômicos, e está orientada a não intervenção na economia por parte do Estado, numa perspectiva de capitalização voltada a seu único intuito de arrecadação de capital. São dois países que adquiriram o modelo neoliberal, a Grã-Bretanha e os Estados Unidos, o corte de gastos do setor público, a ampliação do setor privado, seleção em serviços públicos e redução de tributos, de acordo com Bedin (2000), os pontos citados acima fazem parte dos quatros objetivos da experiência neoliberal na Grã-Bretanha, a experiência nos Estados Unidos não foi tão diferente aconteceu da década de 80 aos anos 2000, tendo como principal característica os cortes excessivos nos gastos sociais.

Assim, como se pode ver, tanto a Grã-Bretanha como os Estados Unidos tiveram ou estão tendo experiências neoliberais (que consideramos paradigmáticas) e o resultado das mesmas foi, e está sendo, como não poderia deixar de ser, segundo as cartilhas de Hayek, um profundo corte nos gastos sociais, privatizações, desregulamentação da economia, aumento da concentração da renda e, para finalizar, supressão ou tentativa de supressão de várias conquistas históricas do homem trabalhador e do homem consumidor, ou seja, dos direitos econômicos e sociais. O conservadorismo tem apresentado ideias fundamentadas no autoritarismo em relacionar-se com os pobres, porém verifica-se que no decorrer do tempo à atuação das políticas sociais tem ganhado espaço em tempos de conservadorismo buscando atender as questões sociais.

Conclui-se que diante da discursão apresentada e analisada neste trabalho torna-se possível compreender que as politicas sociais assumem características pautadas nas bases familiares diante do conservadorismo, pois se sabem que o neoliberalismo no Brasil tem provocado retrocessos e sucateamento das políticas sociais conservadoras. REFERENCIAS BEDIN, Gilmar Antônio. Os direitos do homem e o neoliberalismo. Ijuí: Ed. São Paulo: Hucitec, 2010. Col. Pensamento Político-Social, v. GASPAROTTO, G. P. br/dspace/bitstream/10923/8153/2/evento_006%20%20Patr%C3%ADcia%20Krieger%20Grossi. pdf IAMAMOTO, M. V. Renovação e conservadorismo no Serviço Social- Ensaios críticos. ª Ed.

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