O Cenário do E-commerce no Brasil

Tipo de documento:TCC

Área de estudo:Administração

Documento 1

Na figura 1, a seguir, é apresentada a linha do tempo mostrando a evolução do comércio eletrônico no Brasil e seus principais acontecimentos e números. Figura 1 – Dados e fatos marcantes dos 25 anos de e-commerce no Brasil Fonte: reproduzido de Ebit e Nielsen (2019, p. Ao se analisar os dados e fatos dos vinte e cinco anos de comércio eletrônico no Brasil, percebe-se que esse canal de vendas evoluiu e hoje faz parte do cotidiano do consumidor brasileiro. Segundo um levantamento realizado no relatório “Ranking das 300 Maiores Empresas do Varejo Brasileiro”, realizado pela Sociedade Brasileira de Varejo e Consumo (SBVC, 2019, p. as 47 empresas que divulgaram seu faturamento online somam R$ 34,122 bilhões, o equivalente a 64,14% do total das vendas online no Brasil, de R$ 53,2 bilhões (segundo a Ebit).

GFG LatAm – Dafiti R$ 2. R$ 2. Grupo Boticário R$ 1. R$ 13. Privalia R$ 800. O faturamento total destes sete varejistas foi de R$ 14,68 bilhões, que corresponde a 2,2% das vendas das 300 maiores (SBVC, 2019). O número é impulsionado pela B2W (R$ 8,04 bilhões), situada entre as 15 maiores empresas do País. Os pure players, como são chamadas as empresas nascidas no ambiente online e que não possuem lojas físicas, estão em um mercado que vem em expansão de dois dígitos (o e-commerce), mas enfrentam os desafios da concorrência cada vez mais intensa com os varejistas nascidos no ambiente físico, que possuem marcas sólidas, vantagens operacionais trazidas pelo omnichannel e a possibilidade de conhecer o comportamento de seu público tanto online quanto offline (SBVC, 2019, p.

No quadro 2, estão mais informações sobre o perfil das 10 maiores empresas do e-commerce, como o grupo ao qual pertencem, produtos comercializados e tipo de varejo. Quadro 2 – Perfil das 10 maiores empresas do e-commerce brasileiro Empresa (ano)1 Grupo ao qual pertence Produtos comercializados Tipo de varejo e operação 1 B2W Digital (2006) Fusão entre Americanas. Essas plataformas também podem enfocar produtos e serviços específicos, num determinado nicho de mercado, como a Elo7 para artesanato ou o Enjoei. com que é um brechó virtual. Essas plataformas são uma espécie de shopping centers virtuais que contam com os mais variados tipos de vendedores para diferentes produtos (ZACHO, 2017), assim como os gigantes conhecidos mundialmente Amazon ou Alibaba, e nacionais Americanas. com, Submarino. com etc. O desafio para as empresas brasileiras que vendem tais produtos na internet é a concorrência em qualidade e preço, além de variedade com as marcas estrangeiras de moda.

Quanto ao ano de 2019, as vendas por e-commerce tiveram um total de 61,9 bilhões de reais e crescimento de 16% em comparação com 2018, tendo 20,1% de aumento na quantidade de pedidos (EBIT; NIELSEN, 2020). Em 2019, foram 61,8 milhões de brasileiros que fizeram pelo menos uma compra online e dentre eles, 10,7 milhões fizeram sua primeira compra, correspondendo a 17% do total de consumidores de 2019, com um acréscimo de 9% de novos consumidores em comparação com 2018 (EBIT; NIELSEN, 2020). Na figura 2, a seguir, são apresentados os dados sobre as vendas do e-commerce brasileiro a partir de 2011. Figura 2 – Vendas do e-commerce brasileiro de 2011 a 2019 Fonte: reproduzido de Ebit e Nielsen (2020, p. O impacto da pandemia sobre o e-commerce brasileiro é abordado a seguir. O Crescimento do E-commerce no Momento da Pandemia Segundo a pesquisa intitulada “Novos Hábitos Digitais em Tempos de Covid-19” realizada pela SBVC e Toluna em maio de 2020: A pandemia resultou na suspensão de atividades da maioria do comércio.

Somente Supermercados, Farmácias, Material de Construção e Pet Shops (o “varejo essencial”) estão com as portas abertas. Isso fez com que muitas empresas buscassem canais digitais para minimizar os efeitos negativos nas vendas, especialmente nos períodos de Páscoa e Dia das Mães (SBVC; TOLUNA, 2020, p. Ainda segundo a mesma pesquisa, “o digital (. dentre os 92% de respondentes que haviam feito compras online, “8% fizeram sua primeira compra via e-commerce durante o período de quarentena”; 61% dos respondentes afirmaram “ter aumentado suas compras online devido ao isolamento social”. A pesquisa identificou ainda que “79% compraram comida/bebida para consumo imediato (por delivery) e também afirmam ter aumentado em 50% seus pedidos (44% dos entrevistados)” (SBVC; TOLUNA, 2020, p. Ainda foi constatado que comida/bebida para consumo imediato foi a categoria com maior frequência de compras online, por 64% da amostra, “seguido por farmácias (48%), outras lojas online 11(45%) e supermercados (45%)” (SBVC; TOLUNA, 2020, p.

Dentre as conclusões de ambas as pesquisas sobre o e-commerce durante a pandemia se destacam: aumento das compras via smartphones, seja por aplicativos ou websites das lojas, com a intenção de comprar mais em sites ou aplicativos após o período de isolamento social (SBVC; TOLUNA, 2020) e mais lojas offline se tornaram online, sendo que os aplicativos de entrega (iFood, James, Rappi etc. ganharam “força e capilaridade” (EBIT; NIELSEN, 2020, p. O B2C se refere às transações entre empresas e consumidores, ou seja, nas vendas de varejo online. O C2C compreende as transações de consumidores para consumidores. Esse modelo geralmente precisa contar com uma plataforma de serviço de terceiros para realizar as atividades comerciais, como exemplo no Brasil temos a plataforma Mercado Livre, onde qualquer usuário, mesmo sendo pessoa física, pode se cadastrar para vender ou comprar produtos novos ou usados.

Napierala (2016, p. também menciona outra classificação, que “leva em conta a conexão física entre os participantes e a Web”, no caso quando as transações são feitas por meio de redes sem fios e dispositivos “portáteis sem fio é chamada de comércio móvel (mobilie commerce), ou m-Commerce (LAUDON, 2004)”. Com o passar do tempo e devido ao aumento das tecnologias de computação e comunicação, começaram a ser desenvolvidos softwares para gestão não apenas das vendas pela internet, mas também para a gestão de armazenamento, de operações logísticas e sua interligação às plataformas de comércio eletrônico. Além disso, a própria evolução da internet com o aumento das redes móveis e o uso de dispositivos como smartphones e tablets tem mudado a forma como as pessoas pesquisam e compram seus produtos, já que tais dispositivos facilitam que as compras sejam feitas em qualquer hora e de qualquer local.

Por meio de aplicativos de compras online como Wish, Geek ou AliExpress, por exemplo, as empresas chinesas vendem seus produtos para diversos países; enquanto nos aplicativos como do Mercado Livre, Enjoei ou eBay qualquer usuário (inclusive pessoa física) pode se cadastrar para vender (ou comprar) produtos novos ou usados. Assim, as empresas que desejam vender mais devem investir em comércio eletrônico, bem como o comércio eletrônico facilita a gestão de uma empresa devido à interligação dos diversos sistemas de controle gerencial e de estoques, logística etc. Além disso, o comércio eletrônico também facilita a previsão de vendas para as empresas que fabricam produtos, pois a produção pode ser programada a partir das encomendas no portal de e-commerce da empresa.

EBIT; NIELSEN. Relatório Webshoppers. ª edição, 2019. Disponível em: <https://www. ebit. Acesso em: 07 set. FERREIRA, L. Finalmente! Amazon começa venda direta no Brasil, de eletrônico a maquiagem. UOL Tecnologia. Disponível em: <https://www. F. Diferenças no Composto Varejista de Lojas Físicas e Virtual da Mesma Rede. Revista de Administração Contemporânea, v. n. p. p. ROUBICEK, M. Qual o impacto da pandemia de coronavírus no comércio mundial. Nexo, Expresso. de abr. com/negocios/grupo-netshoes-anuncia-compra-da-shoestock/>. Acesso em: 07 set. SBVC – Sociedade Brasileira de Varejo e Consumo. Ranking 300 maiores empresas do varejo brasileiro SBVC 2019. Estudos, 19/08/2019. br/novos-habitos-digitais-em-tempos-de-covid-19/>. Acesso em: 13 set. TOZZATO, L. Agora é oficial! Magazine Luiza acerta compra da Netshoes após disputa com Centauro. Olhar Digital. O que é Marketplace? – veja as vantagens e desvantagens. E-Commerce Brasil.

de junho de 2017. Disponível em: <https://www. ecommercebrasil.

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