MONITOR DISCIPLINAR NO AMBIENTE ESCOLAR
As fontes de busca utilizaram a digital como Google Classerrom, Scielo e outros, mas também foram buscados livros físicos para embasar esse rico referencial teórico que trouxe autores como Azevedo (2018), Cunha (2018), Ferreira (2019) Iavelberg (2011) e tantos outros importantes autores que fortaleceram não só a necessidade e relevância do Monitor Disciplinar nas redes de ensino, mas sim uma reflexão dele próprio como algo que necessita de mudanças curriculares e condutas que deixem o ambiente escolar propício para a aprendizagem. Palavras – Chaves: Escolas Cívico-Militares. Educação e Monitor Escolar. ABSTRACT With bibliographic research and a qualitative approach, this article aims to show the importance of the Disciplinary Monitor within the education networks. But to start the theoretical construction, it was necessary to have a problem that is constructed as follows: “How can the Disciplinary Monitor be an ally in the construction of the teaching-learning process, in the ethical, citizen and civil formation of people?” If the hypothesis were raised, it could be said that after a period of pedagogical inconsistency in traditional schools that has been giving negative results in the proficiency exams, civic-military schools have been in high demand in recent years for the issue of discipline, performance and results.
Esse último foi a base do objetivo geral da pesquisa, que adotou a metodologia bibliográfica e a abordagem qualitativa. Autores como Cunha (2018), Iavelberg (2011) subsidiaram a pesquisa apontando a de como o Monitor Disciplinar pode ser uma ferramenta importante às instituições de ensino na garantia da ordem e do relacionamento com alunos e demais integrantes da escola, por isso entendeu-se que esse profissional não somente operacionaliza atividades administrativas, mas também pode ser inserido nos processos pedagógicos. REVISÃO DA LITERATURA 2. A educação no regime militar O regime de governo militar no Brasil foi o período compreendido de 1964 a 1985. Nesse período as discussões sobre a organização da educação eram muito fortes, visto que já no período de 1930 e anos posteriores a educação vinha já montando um quadro de organização escolar desde o fim do Império.
Esse contexto ideológico promovido tanto pelo governo militar quanto pela sociedade, gerou inúmeros conflitos entre a sociedade e o governo. Amparados pelas decisões antidemocráticas inúmeras instituições surgiram para dar abertura a um espaço de luta e busca por direitos. Os sindicatos que antes do início do governo militar de 1964 somavam 1608 passaram para 2049 depois desse período. Essas organizações sindicais buscavam implantar um diálogo de implantação de políticas educacionais mais qualitativas para área, sobretudo que os processos das implantações de diretrizes educacionais não acontecessem unilateralmente (NETTO, 2014). Carvalho (2009) reporta ao regime de governo militar como um período que se constitui por políticas educacionais importantes para a história da educação, porém a economia sofria altos e baixos.
Mas como o governo sofria fortes influências da elite, que era quem organizava o processo econômico do país, principalmente na indústria, ditava regras e implantavam normativas que asseguravam a formação dos estudantes de forma técnica. Entretanto, o que era muito precário nessa relação de formação de estudantes e os interesses do capital, era a qualificação docente. Os professores dessa época não tinham as habilidades exigidas pelo governo na formação mais técnica, mas seguiam os planos de ensino já organizados pelo próprio governo, que dentro deles colocavam as suas ideologias e interesses. O que não poderiam ser considerados como invasores, mas era o que o contexto social, política e econômico ditava como sendo o certo para a época (ZINET, 2018).
Saviani (2009) já colocava o seu ponto de vista como negativo nesse processo de educação técnica. Um dos objetivos da abertura das escolas cívico-militares é melhorar a qualidade da educação em espaços escolares que possuem o IDEB baixo e com problemas sociais, principalmente nos espaços onde os alunos sofrem algum tipo de vulnerabilidade social. Segundo as autoras, os princípios de gestão serão consolidados em três importantes áreas: didático pedagógico, educacional e administrativa. Todo o processo de gestão e administração será conduzido por militares, que implantarão suas diretrizes constitutivas de sua formação como disciplina e o fortalecimento dos valores cívicos. As escolas públicas militarizadas estão sendo mais procuradas pelo fato de apresentarem nos exames de proficiência resultados melhores das demais instituições.
Isso tem levado pais a escolherem essas instituições não somente pelo rigor disciplinar importantes na formação dos estudantes, mas a rotina de estudos muito mais qualificada das demais (SILVA, 2019). Os militares atuarão, prioritariamente, na área educacional e prestarão assessoramento nas áreas administrativa e didático-pedagógica. O governo preservará a exclusividade das atribuições dos profissionais da educação previstas na LDB. MENEZES E LIMA, 2018, n. p. Ferreira (2019) aponta como diretrizes do ensino das escolas cívico- militares a disciplina, o ensino tradicional e pautado ao respeito às pessoas e amor às atividades cívicas. Valeriani, 2020, n. p). Valeriani (2020) acredita que as escolas militares são de interesse de muitos pais que gostariam que seus filhos aprendessem além dos conteúdos, valores importantes para a constituição e formação humana, o que é latente nas escolas militares, onde a conduta do aluno faz parte de sua avaliação escolar.
Por isso, o ensino militar não visaria formar um conceito tradicional de suas diretrizes, mas fortalecer os princípios morais, éticos e cívicos. A Figura 1 traz o número de escolas militarizadas no Brasil até o ano de 2019. Segundo a autora, o monitor também é um educador. Sobre ele recaem responsabilidades. Por isso, é bom envolvê-lo também nas práticas de formação escolar, que já são promovidos para professores efetivos em sala de aula. Isso fará com que esse profissional tenha um olhar mais clínico e educacional sobre os alunos. Como ele está mais próximo a todos, pode nutrir pedagogos e diretores sobre as necessidades dos alunos, que são despercebidas pela equipe pedagógica e administrativa da escola. Iavelberg (2011) diz que não basta apenas deixar um monitor cuidar dos alunados sem que entenda o seu verdadeiro papel na construção conjunta com outros profissionais da aprendizagem.
É preciso formá-lo e capacitá-lo. Pois o monitor deve entender que a dinâmica educacional também exige por parte dele, disciplina e conhecimento para lidar com inúmeras situações vividas na escola. Segundo a autora, é preciso que o monitor tenha acesso à missão educacional do espaço que trabalha já previsto em suas propostas pedagógicas. Assim, de posse disso, terá melhor resultados de sua ação. A Figura 2 demonstra a organização do espaço realizada por um monitor militar. Podem-se perceber traços muito marcantes do regime militar como o perfilhamento, a postura ereta e a disciplina. Figura 2 – Demonstração da Organização do Espaço Escolar regida por um policial militar do Distrito Federal – CCMDF CED 01 da Cidade Estrutural - DF FONTE: Folha de São Paulo, (2019) Segundo a Folha de São Paulo (2019) a questão da ajuda militar no espaço escolar é controversa nos debates com a sociedade.
Os que apoiam dizem que se precisa de mais disciplina na escola, mas outros se reportam como uma ação de controle e invocam a perda da liberdade, porém a disciplina é rígida. Meninos devem estar cabelos curtos e às meninas não se pode usar maquiagem. Ainda para Pêssoa (2017) a pesquisa qualitativa não faz análises de dados numéricos ou estatísticos. Atenta-se em fazer interpretações de documentos já publicados e reescritos, analiticamente, novamente pelo pesquisador, trazendo o assunto a ser revisto relido e realimentado pela sociedade. Priorizaram-se fontes digitais e físicas. Sites de pesquisa como o Google Livros, Capes, Scielo, Revistas e Bibliotecas digitais foram os mais utilizados. Contudo, foram realizadas leituras de livros em acervos particulares e ou buscados entre terceiros. CONSIDERAÇÕES A educação é um dos pilares fortes de qualquer país.
Quanto mais se investe nela, mais pessoa qualificada para organizar a sociedade se terá. Assim como qualquer outro instrumento seja econômico, social, cultural e político, a educação passou por inúmeras mudanças com interferências de todos os elementos acima. Isso corroborou para que ela tivesse um retrato do desenvolvimento do próprio país, que em fases distintas se mostrou frágil no investimento educacional, principalmente com aporte financeiro para assegurá-la como instrumento transformador. Influenciada pelos problemas sociais a educação passou a ter que lidar com indisciplina, violência e empobrecimento de suas diretrizes curriculares. O que é indisciplina? 2019. Disponível em http://www. celsoantunes. com. br/o-que-e-indisciplina/. V. S. Impactos da Criação do Cargo de Monitor de Apoio à Educação no Município de Governador Valadares: Reflexões a partir das Legislações Educacionais.
Disponível em https://www. univale. C. B. D A Educação na Ditadura Militar e as Estratégias Reformistas em favor do Capital. V Seminário Internacional de Formação Docente. Pontifícia Universitária do Paraná (PUC/PR). COSTA, D. Assinado termo para selecionar policiais da reserva que desejam trabalhar em escolas cívico-militares. Governo do Rio Grande do Sul. Disponível em https://estado. rs. Nova Escola. Disponível em https://novaescola. org. br/conteudo/15991/escolas-civico-militares-expansao-de-modelo-divide-opinioes. Acesso em 12 de agosto de 2020. C. Como elaborar projetos de pesquisa. ed. São Paulo: Atlas, 2010. GOVERNO DE SANTA CATARINA. O papel do monitor, inspetor ou bedel na formação dos alunos. Nova Escola Gestão. Fundação Lemann. MENEZES, D; LIMA, L. Com experiência em educação, mulheres atuam no comando das escolas cívico-militares.
Uol Educação. Disponível em https://educacao. uol. com. br/noticias/bbc/2019/10/11/o-que-o-governo-ainda-precisa-explicar-sobre-as-escolas-civico-militares. SANTOS, L. M. E. Auxiliar de sala de aula é professor? Dilemas da profissionalização docente na Educação Infantil. In: CONGRESSO BRASILEIRO DE HISTÓRIA DA EDUCAÇÃO, 7, 20 a 23 mai. dez. SILVA, G. T. Militarização das Escolas Públicas. Câmara Legislativa do Distrito Federal, Brasília, 2019. Disponível em https://educacaointegral. org. br/reportagens/ditadura-legou-educacao-precarizada-privatizada-anti-democratica/. Acesso 01 de agosto de 2020. WESTIN.
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