Intoxicação Alimentar por Staphylococcus aureus
Tipo de documento:Projeto de Pesquisa
Área de estudo:Nutrição
A recuperação geralmente se dá em torno de dois dias, mas alguns casos podem levar mais tempo ou até exigir hospitalização. Raramente ocorre óbito em virtude desta doença, entretanto pode ocorrer em indivíduos debilitados, idosos e crianças. É uma doença de fácil diagnóstico, principalmente quando há vários casos simultâneos, com predominância de sintomatologia gastrintestinal superior e com apenas um breve intervalo entre a ingestão de um alimento comum e o início dos sintomas. O Staphylococcus aureus apresenta forma esférica (coco), coloração Gram positiva, sendo visível à microscopia óptica como cadeias curtas ou cachos semelhantes aos de uva. O Staphylococcus aureus pode contaminar os alimentos por meio das mãos de manipuladores, portadores assintomáticos e pelos animais, principalmente do gado leiteiro com mastite.
Outros sintomas podem incluir cólicas abdominais, diarreia e, às vezes, dor de cabeça e febre. A transmissão se dá pela ingestão do alimento contaminado com a estafiloenterotoxina. São alimentos manipulados por portadores do S. aureus em secreções nasais ou com lesões nas mãos, acnes, abcessos, além de produtos de origem animal que estejam contaminados e que não foram preparados ou conservados de forma adequada, permanecendo em temperatura ambiente por tempo que possibilite a proliferação dos microrganismos e a produção da enterotoxina que estável em temperatura ambiente. Os equipamentos e superfícies contaminadas também podem ser focos de S. mil pessoas expostas. O S. aureus está entre os principais responsáveis por tais surtos, contabilizando 7,6% dos casos de 2000 a 2015, ficando atrás apenas do surto de Salmonella sp (14,3%).
A real incidência da estafiloenterotoxemia é desconhecida, seja por diagnósticos equivocados, devido à sua similaridade da sintomatologia com outras intoxicações, como a causada por Bacillus cereus, seja por coleta de amostras para testes laboratoriais realizada de forma incorreta, exames laboratoriais impróprios ou levantamentos epidemiológicos inadequados dos surtos. Apenas no estado de São Paulo, entre 2001 e 2002 foram notificados 25 surtos por S. O evento ocorreu em um restaurante do tipo “self-service”, com culinária típica mineira. A ocorrência do surto foi notificada dois dias após, quando foi aplicado um questionário que continha questões sobre quais os alimentos consumidos e também qual a sintomatologia observada até três dias após o almoço. Pela avaliação dos questionários foram considerados casos positivos de estafiloenterotoxemia, os indivíduos que apresentaram diarreia e/ou vômitos, e casos negativos aqueles que não se queixaram desses sintomas.
Ambos os grupos de indivíduos foram comparados em relação ao tipo de alimento consumido. Dos 102 indivíduos que participaram do evento, 98 (96%) responderam ao questionário. BENENSON, A. S. Ed. th Edition, 1995. TRABULSI, L. S; KRIEG, N. R. Microbiologia: conceitos e aplicações. Volume 2. ªed. HUGHES, J. M. Food-borne disease. In: MANDEL, G. L; DOUTLAS, L.
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