Inovação na Sustentabilidade Organizacional
Tipo de documento:TCC
Área de estudo:Administração
MZANETTI, Elizabeth² FAEL. Faculdade Educacional da Lapa RESUMO As organizações deixaram de serem vistas apenas como instituições econômicas, com responsabilidades para resolver os problemas meramente econômicos – o que produzir, como produzir e para quem produzir – e passaram a se voltar também para as inovações inserindo as questões socioambientais. Dessa forma, este trabalho teve como objetivo uma reflexão acerca da inovação na sustentabilidade organizacional. O presente estudo teve uma abordagem metodológica de revisão sistemática da literatura. Conforme os resultados obtidos neste trabalho, nota-se que são imprescindíveis as inovações voltadas para o desenvolvimento sustentável, devendo tornar-se prioridade para as organizações, abarcando os seus interesses e complexidades, ocasionando assim, impactos positivos economicamente, socialmente e ambientalmente. Apesar das discussões em torno dos problemas e necessidades ambientais estarem cada vez mais evidentes nas organizações, a quantidade ainda pequena de estudos que relacionam sustentabilidade com os interesses corporativos torna o estudo proposto por este trabalho acadêmico relevante.
Neste contexto, o presente estudo tem como objetivo principal realizar uma reflexão acerca da inovação na sustentabilidade organizacional, visto que há uma necessidade de uma nova atitude organizacional, considerando o meio ambiente em suas decisões, para que sejam adotados conceitos administrativos e tecnológicos que visem à contribuição na capacidade de suporte do planeta. REFERENCIAL TEÓRICO 2. INOVAÇÃO De acordo com Schumpeter (1934), o primeiro autor que se referiu à temática, as inovações tecnológicas são de grande importância para o desenvolvimento da economia de um país e atribuiu à elas, que foram introduzidas pelos empresários inovadores, o papel do principal estímulo para o início de um novo ciclo econômico. Sem essas inovações, a economia permaneceria em constante posição de equilíbrio estático, num círculo econômico fechado de bens e serviços e com crescimento nulo.
Portanto, diante deste cenário, em consonância do que é dito por Leff (2001), é impossível resolver os crescentes e complexos problemas ambientais e reverter suas causas sem que ocorra uma mudança radical nos sistemas de conhecimento, dos valores e dos comportamentos gerados pela dinâmica de racionalidade existente, fundada no aspecto econômico do desenvolvimento. Mediante a complexidade que se tornaram os problemas ambientais, Jacobi (2003) expõe a necessidade da humanidade, em escala planetária, pensar em novos paradigmas educacionais, de maneira a desenvolver práticas e comportamentos que conduzam a uma cultura de sustentabilidade. Neste contexto está inserida a gestão ambiental, na qual considera o meio socioambiental em suas decisões (BARBIERI, 2007). Segundo Rohrich e Cunha (2004), esse tipo de gestão corresponde à adoção dos conceitos socioambientais no conjunto de políticas, bem como, nas práticas administrativas e operacionais.
Vale ressaltar que o objetivo principal é a eliminação ou mitigação dos danos ambientais e sociais em todos os níveis e fases da organização, incluindo planejamento, implantação, operação, ampliação, realocação ou desativação. Para Leff (1999), o discurso da sustentabilidade busca reconciliar os contrários da dialética do desenvolvimento: o meio ambiente e o crescimento econômico. Este mecanismo ideológico não significa apenas uma volta de parafuso a mais da racionalidade econômica, mas opera uma volta e um torcimento da razão. Seu intuito não é internalização as condições ecológicas da produção, mas proclamar o crescimento econômico como um processo sustentável, firmado nos mecanismos de livre mercado como meio eficaz de assegurar o equilíbrio ecológico e igualdade social.
METODOLOGIA O presente estudo caracteriza-se como descritivo, com fontes de dados documentais e abordagem metodológica de revisão sistemática da literatura, cujo objetivo é realizar sínteses da literatura sobre um tema específico, mediante avaliação crítica e sumarizada das informações apuradas (SAMPAIO e MANCINI, 2007). Dessa forma, a busca pelo material bibliográfico, acerca da temática será realizada em três etapas. Vale ressaltar que é por esta razão que o tema inovação faz parte do centro das discussões do conceito de desenvolvimento sustentável, visto que, na origem do movimento estavam sendo feitas críticas severas a certas inovações de “sucesso”, como fez Rachel Carson em relação ao DDT (CARSON, 2002). De acordo com Kemp e Pearson (2008) uma inovação sustentável pode ser definida como a produção, assimilação ou exploração de um produto, processo de produção, serviço, método de gestão ou de negócio que é novo para a organização e que resulta, ao longo do seu ciclo de vida, em reduções de riscos ambientais, poluição e outros impactos negativos do uso de recursos naturais.
Dentre exemplos de inovações sustentáveis, pode-se citar as que fazem redução da quantidade de insumo, energia e água por unidade produzida, as que eliminação substâncias tóxicas, como também, as que aumentam a vida útil dos produtos. Isto implica dizer que, é necessário o desenvolvimento de produtos e/ou serviços que satisfaçam as necessidades humanas à preços competitivos e, também, haja redução progressiva dos impactos ambientais (ELKINGTON, 2001). Mas, de nada adianta inovar com todos esses atributos supracitados, mas gerar desemprego, destruir competências, prejudicar comunidades ou algum dos seus segmentos. De acordo com Kemp e Pearson (2008) uma inovação sustentável pode ser definida como a produção, assimilação ou exploração de um produto, processo de produção, serviço, método de gestão ou de negócio que é novo para a organização e que resulta, ao longo do seu ciclo de vida, em reduções de riscos ambientais, poluição e outros impactos negativos do uso de recursos naturais.
Neste sentido, Soares (2004) destacou que a sustentabilidade na esfera organizacional é dependente da definição e implementação de estratégias, ações, investimentos e providências institucionais e jurídicas, com a finalidade de garantir o desenvolvimento sustentável. Além disso, as organizações têm a responsabilidade pela aplicação dos recursos, o que lhe dá uma posição ora de grandes consumidoras, ora de grandes empreendedoras. Dependendo da forma como são aplicados esses recursos, podem gerar, no exercício de suas funções e atividades, significativos impactos socioambientais. Outro ponto que merece destaque é que para obter êxito numa inovação de produto ou serviço na vertente sustentabilidade, o conceito deve ser inserido em cada fase do processo, sendo eles: projeto, implementação, feedback e adequações.
CONSIDERAÇÕES FINAIS Conclui-se o presente artigo com a crença de que tanto o objetivo geral quanto os específicos foram atendidos, bem como a problemática de pesquisa foi solucionada. Contudo, o assunto não fora esgotado, fora dado um primeiro e importante passo para o impulso de conhecimento e estímulo para o aprofundamento no tema, que pode ser feito em estudos posteriores e que visem comprovar ou complementar as constatações obtidas até o momento. O conhecimento histórico adquirido com este artigo possibilita verificar que a gestão de inovação para sustentabilidade nas organizações busca reunir mecanismos e instrumentos, assim como, metodologias e formas de organização, para que assim, haja uma reconfiguração na visão de negócios. Neste sentido, conclui-se que são imprescindíveis as inovações voltadas para o desenvolvimento sustentável, devendo tornar-se prioridade para as organizações, abarcando os seus interesses e complexidades, ocasionando assim, impactos positivos economicamente, socialmente e ambientalmente.
REFERÊNCIAS BARBIERI, J. In: CUNHA, Sandra Baptista da; GUERRA, Antônio José Teixeira. A questão ambiental: diversas abordagens. ed. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 2009. CAPRA, F. R. KASSAI. Análise da Percepção sobre Sustentabilidade por parte de stakeholders de uma instituição financeira: um estudo de caso. Congresso USP. DIAS, Reinaldo. Canibais com garfo e faca. São Paulo: Makron Books, 2001. GALLI, A. Educação Ambiental como instrumento para o Desenvolvimento Sustentável. Dissertação de Mestrado da Pontifícia Universidade Católica do Paraná. HALL, J; VREDENBURG, H. The challenges of innovating for sustainable development. Sloan Management Review, v. n. p. LIMA, A. M. Instrumentos de Reporte de Sustentabilidade (Triple BottomLine). Foz do Iguaçu: UFSM, 2007. MACHADO, J. C. A Conferência de Estocolmo como ponto de partida para a proteção internacional do meio ambiente.
Revista Direitos Fundamentais e Democracia, vol. p. SAMPAIO, R. In: PHILIPPI JUNIOR, Arlindo; ROMERO, Marcelo de Andrade; BRUNA, Gilda Collet (editores). Curso de gestãoambiental. Barueri-SP: Manole, 2004. SCHUMPETER, J. A. Gestão Ambiental e Responsabilidade Social Corporativa: Estratégias de Negócios Focadas na Realidade Brasileira. º edição. São Paulo: Atlas, 2015. p. VALLE, A.
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