HETEROGESTÃO E AUTOGESTÃO EM COOPERATIVAS POPULARES O CASO COOBAFFS EM FEIRA DE SANTANA - BA

Tipo de documento:Redação

Área de estudo:Psicologia

Documento 1

FEIRA DE SANTANA - BA 2022 TERMO DE APROVAÇÃO ALUNO HETEROGESTÃO E AUTOGESTÃO EM COOPERATIVAS POPULARES: O CASO COOBAFFS EM FEIRA DE SANTANA - BA Monografia apresentada ao curso de Administração da Universidade Estadual de Feira de Santana, como requisito para obtenção do título de Bacharel em Administração, sob orientação do Prof. Dr. Data: / / BANCA EXAMINADORA: Prof. Dr. – Orientador Universidade Estadual de Feira de Santana Profa. Gestão. Autogestão. Heterogestão. ABSTRACT This paper aims to discuss a relationship between the themes of self-management and hetero- management in popular cooperatives. The goal is to define and analyze the challenges of self- management in popular cooperatives. Gráfico 3: Grau de Escolaridade 47 Gráfico 4: Renda 47 Gráfico 5: Quantas pessoas são sustentadas pela renda? 48 Gráfico 6: Programas sociais.

Gráfico 7: Quanto tempo exerce as atividade? 49 Gráfico 8: Quais são os produtos vendidos? 50 Gráfico 9: Local em que são vendidos 51 Gráfico 10: Frequência de venda 51 Gráfico 11: Quantidade de produtos vendidos por semana 52 Gráfico 12: Você participa de algumas Feiras promovidas pelos governos municipal e estadual, de universidades, cooperativas?. Gráfico 13: Geralmente trabalha quantas horas por dia? 54 Gráfico 14: Você acaba tendo de envolver seus filhos ou outras crianças menores na produção desses produtos? 54 Gráfico 15: Para você ser cooperado da COOBAFFS tornou seu trabalho melhor? 55 Gráfico 16: Falta apoio da comunidade e do poder público na venda desses produtos? 56 Gráfico 17: Nos últimos 5 anos houve evolução dos preços pagos pelos produtos vendidos? 57 Gráfico 18: No seu domicílio há (quantos): 58 SUMÁRIO 1.

INTRODUÇÃO 10 2. METODOLOGIA DA PESQUISA: UM CAMINHO NECESSÁRIO PARA SE COMPREENDER AS CONTRADIÇÕES EVIDENTES. MODELO DE GESTÃO 34 3. Heterogestão. Autogestão. Heterogestão x Autogestão. AUTOGESTÃO E HETEROGESTÃO COM RELAÇÃO À ECONOMIA CONVENCIONAL, E O COOPERATIVISMO EM UMA OUTRA ECONOMIA. No Brasil, as mudanças na economia e no mercado de trabalho surgiram, consideravelmente, no início da década de 90. A construção da economia ao comércio e capitais internacionais, a queda na taxa da inflação e a menor intervenção do Estado na economia atingiram na qualidade e na quantidade de serviços apresentados no país, resultando no desenvolvimento do desemprego e no número de trabalhos na informalidade. Ao buscar resultados para as questões enfrentados pelas cooperativas populares, foi possível analisar que, além das cooperativas e associações, a equipe também se estabelece sob outros modelos de trabalho, como as instituições recuperadas, oriundas de massa falida, sob-regime de autogestão e heterogestão.

Há tanto tempo que o capitalismo está guiando a economia que é possível pensar que tudo o que acontece no mundo atualmente é normal, inclusive a lógica de consumo constante, criando uma superprodução e tendo processos artificiais para uma empresa baseada no consumo como meio de bem-estar. Para Cornelian (2006), de forma geral, o cooperativismo apresenta a associação de indivíduos ou grupos que apresentam um interesse comum e constituem um conjunto de regras, a ponto de atingir benefícios em seus serviços econômicos. Ressalte-se, ainda, que a escolha do assunto se prende a movimento mais universal o qual pode ser utilizados para futuros estudos, justificando assim na qualidade de vida da equipe dentro das cooperativas de crédito. Salientamos que os desafios a ser alcançado na escolha do modelo de gestão para as organizações impactam em todo o sistema.

Sendo assim, justifica-se a necessidade deste trabalho,cuja finalidade é de tal maneira abundante e imprescindível, tanto para o corpo social,como para o meio acadêmico e científico, em razão disso o empenho de agregar esforços para organizar uma comunidade mais igualitária e justa. Começamos o trabalho tratando do conceito de cooperativa e das correntes teóricas cooperativistas. Logo discorremos sobre as origens e desenvolvimento, passando para COOFFABS, como ela foi criada e da emergência da economia solidaria e do cooperativismo popular. Triviños (1987, p. afirma que “a pesquisa qualitativa pode ser entendida como uma expressão genérica. Isto significa, por um lado, que ela compreende atividades de investigação que podem ser denominadas específicas. E, por outro, que todas elas podem ser caracterizadas por traços comuns”.

Isso é posto em função da necessidade de entender o ambiente da proposta que descartes faz a si mesmo, logo no início de sua primeira meditação, de “começar tudo novamente desde os fundamentos, se quisesse estabelecer algo de firme e de constante nas ciências” (DESCARTES, 1983, p. A organização do estudo se forma mediante determinado processo. Com relação à análise, aplicar a gestão participativa com base em seus objetivos gerais. Então, é possível identificar o estudo como de caráter exploratório com uma etapa descritiva. A partir de uma revisão bibliográfica sobre autores que se apontam nas questões abordados, depois de descrever princípios de autogestão e heterogestão, situando-os na economia, foram selecionados alguns fatores como base de apoio comparativo, de forma a se poder entender com mais clareza afinidades e diferenças entre as formas de gestão consideradas.

Quadro 1 – Relação dos objetivos específicos da pesquisa e elementos do instrumento de coleta de dados e informações Objetivos específicos da pesquisa Instrumento de coleta de dados Finalidade Analisar os desafios heterogestão e autogestão em cooperativas populares; Análise em material técnico em cooperativas populares. Essas epistemologias se individualizam também pela (re) aproximação entre ciência e filosofia, entre natureza e cultura, entre objeto e sujeito (LE MOIGNE, 1994). O intuito desta pesquisa é explorar como se dá as condições autogestionários perante a perspectiva da administração do trabalho em uma cooperativa popular recuperada por colaboradores e discernir características heterogestionárias também presentes nas cooperativas. De acordo com Lakatos (2010, p. Procedimento metodológico é considerado como o conjunto das atividades sistemáticas e racionais que, com maior segurança e economia, permite alcançar o objetivo – conhecimentos válidos e verdadeiros –, traçando o caminho a ser seguido, detectando erros e auxiliando as decisões do cientista.

A presente análise dispõe caráter qualitativo, teórico e bibliográfico no que tange o seu desenvolvimento, a partir de aspectos teóricos encontrados na literatura sobre administração e desempenho das ferramentas de autogestão e heterogestão dentro da administração presente. As referências bibliográficas são essenciais já que toda base teórica é respaldado por registros oficiais, como livros e demais pesquisas anteriormente publicadas. A pesquisa terá sua delimitação identificada como pesquisa bibliográfica. Cervo e Bervian (1983, p. apud Beuren, 2003, p. apontam a pesquisa bibliográfica como: Aquela que explica um problema a partir de referências teóricas publicados em documentos. Segundo Leite (2008, p. “é através da pesquisa que a ciência progride e atinge seus objetivos, de servir como instrumento de desenvolvimento do homem e sua sociedade”.

Porém, para ser cientifica, é fundamental que faça uso de ferramentas e das habilidades científicas. Esta perspectiva metodológica foi empregada por conta dos objetivos dos pesquisadores em relação ao objetivo da pesquisa, estes afirmavam a execução de atos ao longo do sistema de estudo. Desse modo, a pesquisa-ação atribuiu fundamento mais apto do que os outros sistemas de pesquisa, uma vez que esta implica a ascensão de um processo. Conforme Malhotra (2001, p. “pesquisa exploratória, é um tipo de pesquisa que tem como principal objetivo o fornecimento de critérios sobre a situação-problema enfrentada pelo pesquisador e sua compreensão”. Segundo Lakatos (1992, p. a pesquisa bibliográfica facilita entender que, se de um lado a resolução de uma questão pode ser obtida através dela, por outro, tanto a pesquisa de laboratório quanto a de campo (documentação direta) demandam como argumento, a pesquisa do conhecimento do argumento, que se visa a estudar e esclarecer.

A pesquisa bibliográfica pode, assim, ser considerada também, como fundamental passo de todo estudo científico. Figura 1: Mapa conceitual da pesquisa Revolução Industrial França Filho e Laville,2004 Avanços Tecnológicos Juvenal, 2006 Ênfase nas Tarefas Taylor, 1990 Administração Cientifica Taylor, 1990 Sistema Fechado e Independente Taylor, 1990 Economia Capitalista Shumpeter,1961 Economia Vasconcelos, 2011 Economia Solidaria Singer, 2004 Economia de Mercado Arrighi,1996 Administração Pinto e Júnior, 2012 Heterogestão Gorz,1996 Gestão Pereira e Santos, 2001 Autogestão Albuquerque, 2003 apud Carvalho, 2012 Natureza do Objeto: Narrativa Otani,2011 Interpretação dos Dados Trigueiro et al,2014 Revisão Narrativa Cervo e Bervian,1983 Analisar os desafios à heterogestão e autogestão em cooperativas populares no país Cançado,2009 Avaliar os modelos de heterogestão e autogestão nas cooperativas populares Faria, 2005 Tipologia da Pesquisa: Descritiva Barros e Lehfeld, 2007 Abordagem do Fenômeno Gil, 2010 Método de Pesquisa: Dedutivo Gil, 2010 Investigação Dialética Chizzotti,2001 Definir como as diferentes relações de trabalho impactam no processo de heterogestão e autogestão na cooperativa COOBAFFS Singer, 2006 Procedimento Técnico: Pesquisa Bibliográfica Köche,2010 Investigação Empírica Conclusão Análise das Obras Pesquisadas Chizzotti,2001 Abordagem dos fenômenos Interpretação de dados Fonte: Elaboração própria (2019).

Metodologia Análise Bibliográfica 3. REFERENCIAL TEÓRICO Neste capítulo é apresentada a literatura relevante relacionada ao tema deste trabalho. Nessa perspectiva, traz uma contextualização dos temas que baseiam o estudo, abordando assuntos como a ligação da Autogestão e da Heterogestão, discutindo as relações de trabalho existentes na autogestão e na heterogestão. Primeiramente abordaremos sobre a Economia num contexto geral, sabendo que ela é classificada em diferentes formas, destrinchamos aqui a economia capitalista e a economia solidária, e colocamos uma versus a outra para análise. No Brasil, as mudanças na economia e no mercado de trabalho surgiram, claramente, no princípio da década de 90. O inicio da economia ao mercado e capitais internacionais, a queda na taxa da inflação e a menor operação do Estado na economia atingiram na qualidade e na quantidade de serviços apresentados no país, resultando no crescimento do desemprego e no número de trabalhos na informalidade.

No sentido figurado, economia significa a gestão para prevenir perdas em qualquer serviço ou atividade. Para regular a economia, segundo os processos da Economia de Mercado, não há necessidade de intervenção do Estado, porque o mercado se autorregula. Esta regulação existe com base nas políticas da livre concorrência e da lei da oferta e da procura. O Capitalismo surgiu com o fim do Feudalismo, o qual era um processo político e econômico que se começou na Europa ao longo a Idade Média, e com o final do desse processo, o Capitalismo teve a sua evolução. As economias de mercado estiveram sob diferentes modelos de governo, em diversos momentos históricos, lugares e culturas. No mas, o aumento das sociedades capitalistas determinado por uma expansão dos vínculos sociais baseadas no dinheiro, uma classe de trabalhadores assalariados consistentemente abrangentes e uma sociedade que possui o controle da riqueza e do poder político desenvolveu-se na Europa Ocidental em um sistema que levou à Revolução Industrial.

O resultado de Schumpeter consiste na realidade de que este autor representa o capitalismo com o processo de livre-concorrência: No sistema de comércio livre não haveria conflito de interesses econômicos entre as diferentes nações, nem mesmo entre as classes de diferentes nações. E como o protecionismo não é uma característica essencial da economia capitalista – pois se assim fosse a economia nacional inglesa dificilmente seria capitalista – é evidente que qualquer interesse econômico num expansionismo pela força por parte de um povo não é necessariamente um produto do capitalismo (SCHUMPETER, 1961, p. As propriedades principais deste processo envolvem, além da propriedade privada, a acumulação de capital, o trabalho assalariado, a troca voluntária, um processo de preços e mercados competitivos (HEILBRONER, 2008). Economistas, sociólogos e historiadores tomaram diferentes aspectos em seus estudos do capitalismo e observaram diferentes formas dele na prática.

Estas envolvem capitalismo livre- mercado ou laissez-faire, capitalismo de bem-estar social e capitalismo de Estado. Diversos modelos de capitalismo possuem diferentes graus de mercados livres, propriedade pública, problemas à livre concorrência e políticas sociais sancionadas pelo Estado. O capitalismo é um processo econômico e social, em que o principal objetivo aponta o lucro e a acumulação de recursos, por meio dos meios de produção. Segundo bem demonstrou Singer (2004), “a economia solidária foi inventada por operários, nos primórdios do capitalismo industrial, como resposta à pobreza e ao desemprego resultante da difusão «desregulamentada» das máquinas-ferramenta e do motor a vapor, no início do século XIX”. Economia solidária transmite o entendimento do trabalho como um processo de independência humana dentro de um sistema de democratização econômica, tendo uma possibilidade à dimensão alienante e assalariada das relações de trabalho capitalistas.

Além disso, a economia solidária um objetivo multidimensional, isto é, demanda a dimensão social, econômica, política, ecológica e cultural. Isto porque, além da compreensão econômica de desenvolvimento de trabalho e receita, as tentativas de economia solidária se distinguem na área pública, incluindo como sentido a produção de um espaço socialmente justo e sustentável. A Economia Solidária consegue ser determinada em três condições: ◦ Economicamente: é uma forma de realizar a atividade econômica de trabalho, proposta de serviços, comercialização, finanças ou consumo baseado na democracia e na participação, o que chamamos de autogestão: ou seja, na Economia Solidária não existe chefe nem empregados, porque todos os membros da empresa (associação, cooperativa ou grupo) são ao mesmo tempo trabalhadores e proprietários.

É isto que a perspectiva da economia solidária quer afirmar, quando seguem no plano de democratização da economia que tem todas estas iniciativas. Ou seja, utilizando o vocabulário de Lipietz (2001), “fazemo-lo em nome disto” sobrepõe-se ao “como, sob que estatuto e com que normas de organização o fazemos”, isto é, as regras da economia social. O sentido da Economia Solidária é tornar a sociedade menos diferente. Porém, mesmo que todas as cooperativas colaborassem entre si, sempre umas iriam pior e outras melhor, em função do acaso e das mudanças de capacidade e interesse da população que as constituem. Teria assim instituições ganhadoras e perdedoras. O equilíbrio entre oferta e demanda exige, em princípio, competição livre, que demanda em um número tão grande de vendedores e clientes que nenhum dos lados pode estabelecer o preço ao outro.

Assim, não deve surpreender que as empresas sociais e econômicas inventadas e mantidas por pobres (desprovidos de propriedade) sejam regidas muito mais pela solidariedade do que pela competição. A economia solidária apresenta diversos tipos de 'empresas', associações voluntárias com o objetivo de garantir a seus membros benefícios financeiros. Estas instituições surgem como ações a necessidades que o processo principal se nega a resolver. As atividades de economia solidária contêm suas atividades em um sentido diferente: a partir de uma análise ao sistema de trabalho capitalista, apresentam e defendem princípios distintos, como a solidariedade, a cooperação e a autogestão. evidencia que: A Economia Solidária constitui-se de empreendimentos que, independente da forma e dos nomes que recebem (cooperativas, associações, mutirões, etc), caracterizam-se por ser solidários e autogestionários.

São solidários porque dividem os custos do investimento e repartem os lucros. E são autogestionários porque os próprios trabalhadores administram o empreendimento. É dentro do sistema capitalista, em que dominam empresas privados, de que objetivo principal é o lucro, que apresentam essas iniciativas. Para alguns, essas iniciativas podem ser conhecidas como o princípio do desenvolvimento de um novo sistema de produção, não capitalista. O COOPERATIVISMO As cooperativas apresentam o início de seus princípios relacionados nas ideias desenvolvidas na Europa do século XIX. A primeira cooperativa de crédito não demoraria a surgir. Em 1847, Friedrich Wilhelm Raiffeisen, natural da Renânia, desenvolveu no povoado de Weyerbusch/Westerwald a primeira associação de apoio para a população rural, que, ainda que não fosse ainda uma cooperativa, caberia de modelo para a futura prática cooperativista de Raiffeisen.

A primeira cooperativa, fundada por ele em 1864, chamava-se “Heddesdorfer Darlehnskassenveirein” (Associação de Caixas de Empréstimo de Heddesdorf). As mudanças sociais geradas pela revolução industrial e pelo capitalismo influenciaram totalmente a relação entre o trabalhador e seu trabalho. As cooperativas fundadas por Herman Schulze passariam a ser considerada como “cooperativas do tipo Schulze-Delitzsch”, hoje consideradas na Alemanha como bancos populares. Um dos principais desafios do cooperativismo é realizar com que os associados realmente tenham a cooperativa como sendo sua, realizando seus direitos e deveres, e não somente usufruindo dos produtos e serviços que lhes convêm (PORTAL DO COOPERATIVISMO, 2015). Costa (2007) destaca também que os valores e princípios realizados pelos “Probos Pioneiros” orientam o cooperativismo até os dias atuais, recebendo destaque a autogestão, a independência, a educação e a preocupação com a sociedade.

De acordo com Menezes (2004) no decorrer do Século XIX, a Europa passou por diferentes mudanças socioeconômicas resultantes da ruptura do modelo financeiro vivenciado naquele tempo. A Inglaterra foi o importante berço dessas mudanças que acabaram se difundindo, além de uma agilidade menor, para outros países europeus. BRASIL COOPERATIVO, 2011). Em nosso país, o cooperativismo de crédito teve início em 1902, mais especificamente em 28 de dezembro. A história do Cooperativismo de Crédito brasileiro tem nome e lugar. Como a data nos diz, há mais de um século atrás, o Pe. Theodor Amstad trouxe para o Rio Grande do Sul, uma ideia moderna. A heterogestão é o sistema de trabalho e de produção em que o lucro é apropriado pelos capitalistas individuais ou por empresas anônimas.

A perspectiva é a maximização dos resultados adquiridos por recursos de extração de mais-valia absoluta, conforme ou combinação entre esses dois modelos de apropriação. Esse sistema de organização do trabalho tradicionalmente tem demonstrado uma oposição produção de riquezas. As cooperativas tendem realizar o controle de seus serviços de acordo com a política da autogestão, em que a organização e a atividade dos serviços se apresentam coletivamente de meio transparente, com rotatividade de equipe e tomada de decisões em conjunto pelas condições técnicas (CRUZ 2006). Espera-se que, em cooperativas, tenha o esforço para o exercício da autogestão, de meio a distingui-la da gestão da empresa capitalista, uma vez que esta: aplica a heterogestão, ou seja, a administração hierárquica, formada por níveis sucessivos de autoridade, entre os quais as informações e consultas fluem de baixo para cima e as ordens e instruções de cima para baixo.

Os níveis mais altos, na autogestão, são delegados pelos mais baixos e responsáveis perante os mesmos. SINGER 2002, p. Na esfera das empresas associativistas, que surgiram a partir das dificuldades comuns entre os fundadores como processo para atingir acesso à bens e serviços impossíveis de serem acessados individualmente, o management também foi criado sem limitações. Proudhon era um anarquista, na medida em que acreditava que a existência do Estado só impede e serve para manter o processo de heterogestão, “controle do homem pelo homem”. O projeto deste sistema anarquista proudhoniano se constitui na prática natural de indústria, na livre relação de produtores, e esta empresa se oporia a todas as outras e evitaria a reconstrução do Estado (MOTTA, 1981). É uma forma de democratização das decisões em organizações econômicas simples ou complexas, características que marca todas as cooperativas, desde os seus primórdios.

” O cooperativismo tem como características de estrutura a solidariedade e a associação entre indivíduos em função de objetivos comuns com aplicação de autogestão. É por meio da cooperativa, gestão com termos sociais e financeiros, que é feita a satisfação das necessidades dos cooperados pela prática, de modo coletivo, de produção e serviços. Nesse sentido, Irion (1997) completa o pensamento de cooperativa considerando, assim, que essas são uma “espécie de sociedade autogestionável que integra o âmbito da chamada economia solidária ou social”. O conceito de autogestão, segundo a tradição de Proudhon, é compreendido como “[. autogestão é um modo de organização do trabalho, onde não há separação entre concepção e execução e os meios de produção são coletivos, sendo caracterizado como um processo de educação em constante construção na organização (CANÇADO, 2004, p.

A autogestão é o sistema pelo qual os próprios cooperados, representantes e dirigentes atribuem-se a total responsabilidade pela gestão da cooperativa, sem a necessidade da intervenção Estatal em seu funcionamento. A cooperação é considerada como uma possibilidade de sobrevivência ou uma solução para condições de crise. Segundo Pimentel (2006), o termo cooperação, considerado epistemologicamente, significa trabalhar conjunto com alguém, e consegue ser considerado como cooperação para alcançar objetivos comuns. Já sociologicamente, é um sistema de inclusão social, a partir de um processo conjugado e, podem assim, dar início a organizações sociais, como é o caso das cooperativas. Esse trabalho assalariado da sociedade pós-revolução industrial se caracteriza do trabalho em instituições pré-capitalistas na relação do trabalhador com o seu trabalho, ou do resultado do seu trabalho.

Enquanto o servo de um senhor feudal trabalhava a terra de forma a realizar totalmente o seu sustento, cedendo parte da produção ao senhor como forma de tributo, o trabalhador assalariado trabalha em função de uma moeda, para só assim poder ter contato com seu sustento. Porém, pesquisas anteriores (BRAGA et al. PEREIRA et al. apresentam que existe uma certa incapacidade do cooperado relacionado à sua participação diretamente na instituição, o que Paul Singer (2002) chama de lei no menor esforço. Então, podemos dizer que sistema de gestão é o administrar por meio de um modelo já existente, fazendo as mudanças importantes de acordo com as características de cada instituição. De acordo com Pinto e Junior (2012) em 1931 é emitido o decreto-lei nº 201. que tratava da organização do ensino comercial, nesse mesmo decreto foi desenvolvido o primeiro Curso Superior de Administração e Finanças.

No ano de 1941 em São Paulo foi criado a Escola Superior de Administração de Negócios - ESAN que se tornou a primeira escola de Administração do Brasil e da América Latina. O sistema de planejamento e gestão tem o trabalho de observar os dados prioritários, assim, representa o sistema de análise e gestão importante de acordo com a forma de controle adotada pela instituição. O bom gestor é aquele que considerando isso, estrutura os recursos, processos e os indivíduos, para que o resultado seja obtido. A gestão, desde o seu início, tem passado por um sistema permanente de desenvolvimento. O início de um controle capitalista pós-revolução industrial fez com que gestores e especialistas de área dos negócios fossem cada vez mais a obter medidas capazes para resolver questões organizacionais e formas de se manterem competitivos no mercado.

O objetivo é de desenvolvimento, determinado pela empresa por meio do trabalho humano organizado, através do grupo, com um objetivo especifico. As empresas podem ser privadas, instituições de economia mista, com ou sem fins lucrativos. Heterogestão A heterogestão é um meio de controlar o capital e a parte intelectual passa a ser mais considerada, porque ela tem a capacidade profissional, administrativo e de decisão: enquanto que aos trabalhadores manuais ocorre uma desvalorização. A organização burocrática resume o conhecimento na diretoria e a mantém aquele que produz na ignorância. Não há prática consolidada de administração do trabalho em bases coletivas. Pelo menos, não como atividade financeira. Desta forma, tem uma tendência a considerar o trabalho hierarquizado (heterogestão) como a situação natural em relação ao trabalho, sabendo que sempre há quem manda (o chefe) e quem obedecem (o empregado).

O sistema de gestão de trabalho e de produção em que o lucro é próprio pelos capitalistas individuais ou por empresas anônimas. O sentido é a maximização dos resultados adquiridos por recursos de extração de mais-valia total, mais-valia conforme ou combinação através destas duas formas de propriedade. Essa forma de organização da produção historicamente tem evidenciado uma contraditória produção de riquezas. É o modelo de gestão mais presente dentro das empresas e se constitui no sistema em que existe a hierarquia proposta por supervisores, responsáveis, gerente, etc. Os princípios clássicos, abordado por Fayol (teoria clássica) e Taylor (Administração Científica), que participaram com o reconhecimento das importantes atividades da administração que são: Planejar, Organizar, Controlar, Coordenar, Comandar.

É um exercício de poder compartilhado, que qualifica as relações sociais de cooperação entre pessoas e/ou grupos, independentes do tipo das estruturas organizativas ou das atividades, por expressarem intencionalmente relações sociais mais horizontais. Autogestão é a gestão de um sistema pelos seus membros, em processo de democracia direta. Nesta definição, cabe ressaltar que o termo autogestão é usado no sentido de não ter relação com a organização em que o profissional atua, porém conseguindo contar com atividades independentes e terceirizadas, normalmente produzidas por profissionais especialistas na área (usualmente Psicólogos e Administradores) (VELOSO, 2011). O grande nível de desemprego no Brasil observado nesse tempo levou ao aumento de grupos produção e distribuição de influência democrática e igualitária, sob as formas de cooperativas, pequenas instituições autônomas, organizações de autogestão, clubes de troca, entre diferentes denominações.

Algumas passaram a utilizar, também, moedas alternativas de circulação local. Entre as principais vantagens e desvantagens da autogestão, ressaltamos (CARVALHO, 2012): • Melhor desempenho, • Mais engajamento, • Maior capacidade de adaptação, e • Transição não é simples. Erroneamente, diversas pessoas compreendem o anarco-comunismo como um meio completamente desorganizado de ser e agir, ou como “bagunça generalizada”. Este preconceito determinado ao longo dos últimos 150 anos não apresenta a extensão de forma anarquista de gestão, que ao contrário ao considerado geralmente, é um meio muito organizado de defesa de direitos (CARVALHO, 1983, p. Autogestão é um grupo de recursos institucionais que tendem oferecer o controle, permitindo clareza de responsabilidades e o máximo de liberdade a cada integrante da instituição. Heterogestão x Autogestão Enquanto na heterogestão há uma relação de controle na gestão, uma hierarquia que segue o sentido de uma pirâmide que quem está abaixo é submissa a quem está acima, na autogestão todos da equipe estão em um mesmo nível.

Mas a heterogestão (gestão de diferentes ou desiguais) é o modelo principal presente na sociedade capitalista. Esta oposição por meio de gestão democrática (autogestão) e gestão hierarquizada (heterogestão) reforça a importância deste trabalho, na medida em que uma instituição se apresenta a ser gerida de forma diferente dos outros. Em autogestão, não tem a figura do chefe, porém todos os empregados participam das decisões administrativas em igualdade de condições. Em geral, os trabalhadores são os donos da organização autogestionada. A autogestão não pode ser confundida com a gestão operária, que mantém a hieraquia e a gestão externa da organização de determinada cooperativa (SINGER, 2002). Tendo em vista que as relações de trabalho no processo do capital se constituem de forma principalmente heterônoma, todas as possibilidades tradicionalmente presentes ou que podem vir a se constituir à heterogestão serão constantemente desafiadas e, ao mesmo tempo, limitadas pelas condições já presentes.

Porém, esse conflito se faz importante na base em que não terá liberdade sem a subversão das atuais relações de trabalho. AUTOGESTÃO E HETEROGESTÃO COM RELAÇÃO À ECONOMIA CONVENCIONAL, E O COOPERATIVISMO EM UMA OUTRA ECONOMIA Na realidade, o método do sistema burocrático não é mais que a formação de aspectos de controle relacionados, por meio de quais passa um processo de relações sociais autônomas, a desenvolver uma pirâmide heterogestionária. Na realidade, as características principais da burocracia não constituem mais que manter essa heterogestão, base de todo o seu trabalho. O capital financeiro assume o comando do processo de acumulação e, mediante inéditos processos sociais, envolve a economia e a sociedade, a política e a cultura, vincando profundamente as formas de sociabilidade e o jogo das forças sociais.

Dessa forma, de acordo com o nível de participação da heterogestão, considera os seguintes níveis de participação, segundo Figura 2: Figura 2: Os níveis de participação da heterogestão à autogestão Fonte: Bordenave (1994). De acordo com a Figura 2, o menor nível/grau de participação é a heterogestão. Neste processo, os dirigentes geram e os colaboradores só executam o trabalho, sem nenhuma participação na elaboração do planejamento de seu próprio trabalho. Nesta figura, teríamos a heterogestão pura, e à medida que alcançarmos nos próximos níveis de participação, iremos ter um misto entre heterogestão e autogestão, dentro da escala da Figura 2. Singer (2000) apresenta que os elementos sobre os quais a economia solidária se apoia são altamente socialistas, se for considerada a meio de estabelecer o trabalho, o movimento e o crédito, que estão orientados pelas políticas da solidariedade, da democracia e da autogestão.

A COOBAFFS foi oficialmente fundada em 2011, no entanto, as articulações para a formação da cooperativa tiveram início na década de 80, graças a experiência da comunidade local com a venda de produtos em feiras livres, assim, a venda dos produtos provenientes da comunidade da Lagoa Grande era realizada através da cooperativa que na época era tida como uma associação. Na década de 90 a ideia de cooperativa intensificou-se, tendo em vista a necessidade da comunidade na organização da comercialização dos produtos, como por exemplo, a necessidade de emitir nota fiscal. Nos anos de 2000, sendo líder sindical e integrante do movimento nacional do trabalhador rural, o presidente da cooperativa e uns dos mentores da COOBAFFS, viajou para diversos estados do Brasil, aprendendo sobre o que caracterizava uma cooperativa e suas manifestações.

Com o projeto da PAA (Programa de Aquisição de Alimento) os agricultores da Lagoa Grande tiveram a possibilidade de vender os alimentos diretamente para a prefeitura de Feira de Santana. O objetivo maior era anular o atravessador para reequilibrar os preços dos produtos. Foi solicitado pessoalmente a alguns cooperados para comparecer, salientando os motivos de sua realização. Os questionários foram aplicados nas d Vários trabalhos ao longo do tempo foram se formando com a presença das mulheres, as relações postas na sociedade evidenciam assim e qual seria o tipo de trabalho apropriado aos dons femininos, segundo a moral social formada em alguns países , sobretudo os ocidentais. Com isso se inicia pelas questões do perfil sócio demográfico dos cooperados, as duas primeiras questões tratam-se de gênero sendo ele tem 100% feminino, e sobre a faixa etária da qual todas elas possuem acima dos 40 anos de idade sendo também 100%.

Falar de trabalho feminino, seja no Brasil ou em demais partes do mundo, é uma tarefa difícil e que carece romper a própria ideia de trabalho que obtive. O trabalho para a mulher é algo que em sua maioria das vezes sucede desde muito cedo, com a responsabilidade de tarefas domésticas, de manutenção do lar e da família. O valor é inferior do salário mínimo em 2018 (R$ 954). Segundo o gráfico é possível analisar que estes valores sustentam famílias inteiras, com 3 pessoas na família são 43%, com 4 pessoas 29%, com 6 e com 2 pessoas 14% cada: Gráfico 5: Quantas pessoas são sustentadas pela renda? Fonte: Dados da Pesquisa, 2022. Prioritariamente, o CadÚnico tende a inserir as pessoas com renda mensal de até meio salário mínimo por pessoa, ou renda mensal total de até três salários mínimos.

Famílias/pessoas com renda superior a meio salário mínimo também podem ser cadastradas, desde que sua inserção esteja relacionada à inclusão e/ou permanência em programas sociais realizadas pelos municípios, estados ou governo federal. Percebemos que 57% não recebem benefícios do governo mesmo tendo o direito devido à renda mensal, não se sabe se ouve falta de informação dessas trabalhadoras, ou se realmente não conseguiram obter essa ajuda. Atualmente, as cooperativas populares como a COOBAFFS compõem muito mais que um mero grupo, mas sim uma legítima cadeia de suprimentos quando se observa deste a coleta até a entrega do material processado ao consumidor final. A Cooperativa é uma associação de pessoas com interesses comuns, economicamente organizadas de forma democrática, isto é, contando com a participação livre de todos e respeitando direitos e deveres de cada um de seus cooperados, aos quais presta serviços, sem fins lucrativos.

No caso das associadas elas vendem alguns produtos, sendo o mais vendido frutas com 17%, em segundo fica legumes e beiju com 13%, biscoito em terceiro com 10%, em quarto temperos, sequilhos, verduras, doces e animais com 7% cada, e em quinto com 3% cada lanches, cocadas, feijão e farinha: Gráfico 8: Quais são os produtos vendidos? Fonte: Dados da Pesquisa, 2022. Dantas et al. indica que em regiões que apresentam um baixo desenvolvimento econômico e social, é possível obter grupos produtivos que se valem de habilidades locais para a geração de sustento e melhoria das condições de vida. Na pesquisa vemos que esta bem longe desse valor, sendo realmente muito difícil manter uma família com o salário que elas recebem. Portanto foi analisada uma questão muito importante se essa remuneração adquirida com a venda dos produtos é suficiente para o sustento das famílias, e 100% das entrevistadas dizem que é pouco para o sustento.

Os governos municipal e estadual promovem algumas feiras de universidades, cooperativas da qual as entrevistadas participam 86% delas estão envolvidas com as feiras e 14% não. Em uma questão posterior foi pedido abertamente e como elas participam que é na feira produtiva, Expofeira, feira na UEFS (Feira de Sabores) e atuam como vendedora dos produtos mencionados acima. Gráfico 12: Você participa de algumas Feiras promovidas pelos governos municipal e estadual, de universidades, cooperativas? Fonte: Dados da Pesquisa, 2022. Gráfico 14: Você acaba tendo de envolver seus filhos ou outras crianças menores na produção desses produtos? Fonte: Dados da Pesquisa, 2022. Dessas condições, pode-se constatar que, mesmo oferecendo maior importância a um ou outro aspecto, o cooperativismo, ou melhor, a cooperativa é outro meio de organizar o trabalho e distribuir os resultados.

As diferenças que aparecem entre cooperativas e as outras instituições percorrem no sentido da autogestão e da valorização da pessoa e do seu trabalho, distanciando-se da contratação de mão de obra. Assim tornar-se cooperado da COOBAFFS fez o trabalho das entrevistadas melhor? De acordo com elas sim, 100% respondeu que ficou mais lucrativo. Gráfico 15: Para você ser cooperado da COOBAFFS tornou seu trabalho melhor? Fonte: Dados da Pesquisa, 2022. A formação de preço de um produto ou serviço, feita de forma adequada, beneficiará seu negócio e seus clientes. Quando perguntamos se o preço de venda é justo 57% dizem que não, porque com os custos que tem suas rendas acaba sendo muito baixa e 43% que sim, porém que poderia ser melhorado.

Foi importante o registro de informações técnicas e financeiras adotado em muitas propriedades e o acesso mais democrático dos produtores às informações técnicas e de mercado. Ajudou também o crescimento da escala de produção, que proporcionou aumentar o poder de barganha dos produtores na negociação de preços de compra e de venda. Nos últimos 5 anos os produtos vendidos tiveram aumento nos preços segundo 57%, com relação aos preços ficarem estáveis 29% e haver redução dos preços 14%. Exerce suas atividades a mais de 5 anos, durante a entrevista perguntei sobre as estratégias do modelo de gestão, quais os pontos positivos e negativos e de acordo com a presidente são: ▪ Pontos positivos: tentar trabalhar em conjunto; ▪ Pontos negativos: é a individualidade de alguns cooperados/associados que não vê de forma coletiva.

Com relação aos pontos a melhorar ela destacou, em como expandir a cooperativa, buscando novos projetos, deixando de trabalhar somente para o município e visualizando novos horizontes. Quanto ao conhecimento das pessoas envolvidas na gestão, ela acredita que não tem qualificação necessária e que precisava obter mais capacitação para determinadas funções. Só assim para ter mais conhecimento e aproveitar aplicando dentro da cooperativa. Segundo a presidente, as pessoas envolvidas na gestão ainda não consegue extrair lições importantes a partir dos erros cometidos com relação a administração, pois a ultima gestão não tinha esse compromisso em delegar tarefas. A contabilidade no momento encontra-se em migração para outro profissional. A presidente diz gostar de suas tarefas atuais.

E destaca que gostaria de mudar algumas coisas como capacitar melhor os dirigentes mais antigos e novos para que conduzam melhor à cooperativa. Como problemas da cooperativa podemos destacar a falta de pontos específicos de comercializar os produtos, em como escoar a produção, a falta de organização na parte da documentação. A ideia da cooperativa surgiu por conta da mesma participar de projetos do governo como, por exemplo: PAA, PNAE, por conta das exigências de cumprir com legislação surgiram à ideia de reunir várias associações para poder participar da cooperativa sem fins lucrativos e emitir notas fiscais. ▪ Pontos negativos: é a individualidade, a falta de compreensão dos associados, não tem coletividade. Quanto aos pontos de melhorias ele destaca a falta de assessoria jurídica aos associados precisam compreender mais sobre o cooperativismo.

As pessoas envolvidas na gestão, no entanto possuem um conhecimento necessário para que possam exercer seus cargos. Os trabalhadores envolvidos com a gestão conseguem extrair lições importantes a partir dos erros cometidos, buscando melhorar sempre. E os erros cometidos são vistos como aprendizagem, estão todos tentando melhorar e tendo assessoria da Incubadora de iniciativas da Economia Popular e Solidaria da UEFS (Universidade Estadual de Feira de Santana). Para crescer a cooperativa só necessita da participação dos associados e cooperados. Segundo o entrevistado cooperativismo é a união, cooperação e trabalhar ombro a ombro de mãos dadas. A cooperação do entrevistado é de entrega total para a cooperativa. Ele diz ter muito que aprender ainda sobre o cooperativismo e gestão, mesmo trabalhando a anos com o cooperativismo é importante sempre buscar pelo conhecimento.

A concorrência externa é acirrada, portanto é motivo de preocupação, e ate mesmo dentro da própria cooperativa, existem cooperados/associados que não sabem trabalhar e entender o cooperativismo, portanto gera uma concorrência dentro da mesma. A entrevista e comentários realizadas, além do quadro analítico dela direcionam, apontam que a cooperativa atende às condições da teoria encontrada na literatura, apresentando características bem definidas de Economia Popular e Solidária, como divisão igualitária, e autogestão, preservando a cultura local. Concluido este trabalho, com relação aos dados obtidos na pesquisa, a autogestão nas cooperativas encontra algumas dificuldades que sua consilidação com o processo de uma organização democrática de trabalho, ou seja, alguns ainda possuem dificuldade na forma de trabalhar, de dar opniões sobre como vão desempenhar suas atividades e buscar crescer juntamente com a cooperativa COOBAFFS.

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DUTRA, J. S. FISCHER, A. L. PIMENTEL, J. APÊNDICES APÊNDICE A – TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO UNIVERSIDADE ESTADUAL DE FEIRA DE SANTANA Autorizada pelo Decreto Federal nº 77. de 27/04/76 Reconhecida pela Portaria Ministerial nº 874/86 de 19/12/86 Recredenciada pelo Decreto nº 9. de 14/12/2004 Programa de Pós-Graduação em Planejamento Territorial Mestrado Profissional TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO Declaro, por meio deste termo, que concordei em ser entrevistado (a) e/ou participar na pesquisa de campo referente ao projeto/pesquisa intitulado (a)______________ desenvolvida(o) por____________________. Fui Informado (a), ainda, de que a pesquisa é [coordenada/orientada] por Dr. Lima, a quem poderei contatar/consultar a qualquer momento que julgar necessário através do telefone nº (-3260 ou e-mail: Afirmo que aceitei participar por minha própria vontade, sem receber qualquer incentivo financeiro ou ter qualquer ônus e com a finalidade exclusiva de colaborar para o sucesso da pesquisa.

Telefone: (75) 3161-8142 APÊNDICE B QUESTIONÁRIO PARA AVALIAÇÃO DOS ASSOCIADOS/COOPERADOS QUESTIONARIO I - ASSOCIADO/COOPERADO NOME: (opcional) I – Perfil sócio –demográfico Sexo: ( ) Masculino ( ) Feminino Faixa etária: ( ) até 20 anos ( ) de 20 a 40 anos ( ) acima de 40 anos Estado Civil: ( ) Solteiro(a) ( ) Casado(a) ( ) Separado (a) / Divorciado (a) ( ) Viúvo(a) ( ) Vivo com companheira (o) Em relação à cor da pele, você se considera: ( ) Branco ( )Pardo ( ) Negro ( ) Pele amarelada (oriental) ( ) Pele avermelhada (indígena) Qual o seu grau máximo de escolaridade? () Ensino fundamental incompleto ( ) Ensino fundamental completo ( ) Ensino médio incompleto ( ) Ensino médio completo ( ) Ensino superior incompleto ( ) Ensino superior completo ( ) Nunca estudou. Qual é a sua renda mensal? ( ) Menos de 1 salário mínimo (até R$ 998,00) ( ) De um a dois salários mínimos (entre R$ 998,00 e R$ 1.

acima de dois salários mínimos (a partir de R$ 1. Quantas pessoas vivem dessa renda: ( ) 1 pessoa ( ) 2 pessoas ( ) 3 pessoas ( ) 4 pessoas ( ) 5 pessoas ( ) 6 pessoa ( ) Mais de 6 pessoas Recebem benefícios sociais do governo: () Não recebe ( ) Bolsa família ( ) Outro benefício ( ) Não respondeu A quanto tempo exerce a atividade: ( ) Menos de 1 ano ( ) De 1 a 3 anos ( ) De 1 a 5 anos ( ) Mais de 5Anos ( ) Não respondeu Produtos vendidos: ( ) Frutas () Legumes ( ) Verduras ( ) Animais ( ) Leite ( ) Feijão ( ) Farinha ( ) Todos os produtos ( ) Não respondeu Onde onde vende esses produtos? ( ) Supermercados ( ) Prefeituras ( ) Comércio ( ) Escolas ( ) Residências ( ) Outras opções Frequência da venda dos produtos: ( ) Diariamente ( ) Semanalmente ( ) Mensalmente ( ) Não respondeu ( ) Outra opção () 1 vez por ano Quantidade dos produtos vendidos por período: ( ) Até 20 kg ( ) 20 kg a 50 kg ( ) 50 a 100 kg ( ) 100 a 200 kg ( ) Mais de 200 kg A remuneração adquirida com a venda dos produtos é considerada por você suficiente para sustentar sua família? ( ) É mais que o necessário ( ) É o suficiente ( ) É pouco para o sustento Você participa de algumas Feiras promovidas pelas pelo governos municipal e estadual, de universidades, de cooperativas? ( ) Sim ( ) Não Onde e como participa? Geralmente trabalha quantas horas por dia? ( ) Até 5 horas por dia () 6–8 horas por dia ( ) 8–10 horas por dia ( ) Mais de 10 horas por dia Você acaba tendo que envolver seus filhos ou outras crianças menores na produção desses produtos? ( ) Sim, mas as crianças continuam indo à escola ( ) Sim, por isso as crianças não vão à escola () Não tenho crianças trabalhando comigo Para você ser cooperado da COOBAFFS tornou seu trabalho melhor? ( ) Sim, o trabalho fica mais lucrativo assim ( ) Não obtive benefícios Como se dá sua atuação dentro da cooperativa? Você acha bom atuar na COOBAFFS? Você conhece de cooperativismo tão bem quanto a presidente e os demais membros da diretoria? Falta apoio da comunidade e do poder público na venda desses produtos? ( ) Falta apoio, mas não faz tanta diferença () Falta apoio, ele seria muito importante ( ) Tenho apoio na comunidade onde coleto Acha que o preço vendido pelos produtos é justo? ( ) Sim ( ) Não Nos últimos 5 anos houve evolução dos preços pagos pelos produtos vendidos? ( ) Houve redução dos preços ( ) Os preços ficaram estáveis ( ) Houve aumento dos preços ( ) Não soube informar No seu domicílio há (quantos?): ( ) Aparelho de Som? ( ) Televisão? ( ) DVD? ( ) Geladeira? ( ) Máquina de lavar roupa? ( ) Computador (tablet, laptop ou notebook)? ( ) Telefone fixo? ( ) Telefone celular? ( ) TV por assinatura? ( ) Automóvel? ( ) Motocicleta? Dos bens citados na questão anterior, quais você adquiriu depois da COOBAFS? Você e/ou sua família tem convênio com plano de saúde (médico ou odontológico)? ( ) Sim ( ) Não APÊNDICE C QUESTIONÁRIO PARA AVALIAÇÃO DOS ASSOCIADOS/COOPERADOS QUESTIONARIO II – PRESIDENTE/CONSELHO FISCAL NOME: (opcional) I – Perfil sócio –demográfico Sexo: ( ) Masculino () Feminino Faixa etária: ( ) até 20 anos ( ) de 20 a 40 anos () acima de 40 anos Estado Civil: ( ) Solteiro(a) ( ) Casado(a) ( ) Separado (a) / Divorciado (a) ( ) Viúvo(a) ( ) Vivo com companheira (o) Em relação à cor da pele, você se considera: ( ) Branco ( ) Pardo ( ) Negro ( ) Pele amarelada (oriental) ( ) Pele avermelhada (indígena) Qual o seu grau máximo de escolaridade? ( ) Ensino fundamental incompleto ( ) Ensino fundamental completo ( ) Ensino médio incompleto ( ) Ensino médio completo ( ) Ensino superior incompleto ( ) Ensino superior completo ( ) Nunca estudou.

Qual é a sua renda mensal? ( ) Menos de 1 salário mínimo (até R$ 998,00) ( ) De um a dois salários mínimos (entre R$ 998,00 e R$ 1.

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