Gil Vicente e Camões: alguns apontamentos sobre as obras
Pensar os personagens do Gil Vicente não apresenta uma situação de dúvida e conflitos psicológicos, a partir disso falamos de sátira social e de ideias. Há nas peças uma tipificação de personagens, têm-se muitos personagens que não aparecem com o nome pessoal, pois o lugar que ele ocupa na sociedade já lhe indica um caráter. As peças são feitas em um ambiente palaciano, todos os personagens estão acompanhados de um objeto (elemento cênico) que tem uma função cênica propícia ao espectador o fato dele codificar o que ele representa. Especificando podemos distinguir os tipos de personagem que é apresentado em cada peça. Na peça da Inês de pereira ela é a personagem central da farsa de da Inês.
” O Parvo é aquele personagem que tem uma linguagem chula com palavrões, ele entra na peça como zombeteiro, pois ele ajuda o diabo no julgamento, ele é o único personagem que não se encontra preso às normas de conduta, logo isso permite a ele uma linguagem suja, onde ele ajuda o diabo nas criticas que ele faz. O Enzeneiro é o personagem que é ambicioso e tenta convencer o dia à volta a sua vida, para buscar seu dinheiro, porem não consegue, por que o diabo não o libera. A Brísida Vaz é uma personagem que , por sua devassidão e falta de escrúpulos, é condenada. É ela que faz o público leitor conhecer a qualidade moral de outros que com ela se relacionaram, ela é condenada pela prostituição. O judeu é personagem que é rejeitado por todos por se converter ao cristianismo Sapateiro é o personagem que representa os artesãos, por ser um mentiroso que falseou na ideologia religiosa e roubou durante 30 anos, ao procurar enganar o Diabo, esse, muito esperto, não se deixa levar pelos artifícios do Sapateiro e é condenado à Barca do Inferno.
A autora utiliza os termos “ideal-experiência-desilusão” para falar sobre o tormento que acaba por surgir quando se prova do amor que antes era apenas idealizado. Essa desilusão se dá pela descoberta de que o amor não oferece nada de bom, e que continuar se rendendo a isso é como a destruição do ser: o amor paixão. Tem-se ainda a culpa pelo pecado cometido e por não conseguir-se resistir a essas experiências. Maria Vitalina Leal parte, então, para o sentimento de desconcerto com o mundo. Nas palavras de Leal, “é esse o desconcerto: contra a necessidade de compreender porquê, de encontrar a razão, a ordem – a imposição de se submeter a desordem da vida, à irracionalidade, às sem razões. Provavelmente, pode-se considerar que Camões inseriu a mitologia no poema, não só por ser uma característica das epopéias, mas também como uma das estratégias para essa glorificação do povo lusitano, já que é possível perceber na obra, em diversos momentos, os deuses tendo atitudes que os aproximavam muito das qualidades humanas.
Em passagens, por exemplo, em que Baco se disfarça de humano para espalhar negatividades sobre os portugueses, entre os povos da África. No canto nove também se presencia o contato direto dos portugueses com as ninfas e a deusa Tétis, em que o amor entre eles é consumado e a deusa ainda mostra a Vasco da Gama profecias que não poderiam ser expostas a outros povos, segundo ela. Este canto é apenas uma alegoria utilizada por Camões, mas que, segundo ele pode tornar-se real se os lusos continuarem a realizar grandes feitos. A conduta tão humanizada de alguns deuses na obra em contrapartida com as atitudes mais racionais que o povo lusitano toma durante o poema faz esse povo se assemelhar aos deuses, provocando uma exaltação do povo português.
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