GESTÃO ESCOLAR NO SÉCULO XXI: OS DESAFIOS DA COORDENAÇÃO PEDAGÓGICA
Gestão Escolar no Século XXI: os Desafios da Coordenação Pedagógica. Belo Horizonte: Faculdade Nova Ateneu/IPEMIG, 2020. Graduação em Pedagogia. RESUMO Esse artigo aborda a Gestão Escolar para o século XXI, colocando em evidência a coordenação pedagógica, considerando que na contemporaneidade a gestão adotada é a democrática configurada por um grupo de gestores que descentralizam o trabalho. Os objetivos que buscam responder a essa pergunta são, o objetivo geral contextualizar a Gestão Escolar do século XXI, levando em conta a função coordenação pedagógica. Democratic Management. Pedagogical Coordination SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO 4 2 A GESTÃO ESCOLAR DO SÉCULOS XXI 4 2. Composição da Gestão escolar 4 2. Diretor e Vice-diretor 5 2. Coordenador Pedagógico 6 2. A GESTÃO ESCOLAR DO SÉCULOS XXI A gestão escolar do século XXI não é centralizada apenas na direção da escola, mas em um grupo de profissionais que administram juntos, mesmo tendo algumas atribuições diferentes, mas que ao final, forma um conjunto de funções direcionadas para a escola inteira.
Esse estilo de gestão utilizada atualmente é democrático e tomam decisões depois de discutidas e aceitas pela maioria dos envolvidos. Composição da Gestão escolar A gestão escolar da contemporaneidade é formada por um trio de gestores, diretor, coordenador e supervisor que toma todas as decisões de modo democrático e compartilhado, onde o poder não é centralizado apenas no diretor, porque a gestão atual ultrapassa os processos centralizados e fundamentados em decisões de natureza técnica e burocrática. As decisões são debatidas por esse trio gestor com toda a comunidade escolar: professores, funcionários, famílias, estudantes. Esse trio ainda se desdobra em diretor e vice-diretor, coordenador de turno, coordenadores pedagógicos, supervisor e orientador. Esta demonstração de interesse é fundamental para envolver os pais nas decisões que afetam a vida escolar de seus filhos (GOMES, 2003, p.
Acrescido a essas demandas, cabe ao diretor gerir os recursos didáticos, materiais, físicos e financeiros, bem como, selecionar, organizar e disponibilizar recursos, materiais e equipamentos para apoio didático, proceder à organização de documentos e registros escolares. Coordenador Pedagógico Essa profissional orienta o trabalho desenvolvido pelos professores no cotidiano escolar e é uma líder diante da formação continuada, da construção coletiva do Projeto Político Pedagógico – PPP. Ademais é preciso que a coordenação articule os conhecimentos com as práticas. Nesse sentido: Ao subsidiar e organizar a reflexão dos professores sobre as razões que justificam suas opções pedagógicas e sobre as dificuldades que encontram para desenvolver seu trabalho, o professor-coordenador está favorecendo a tomada de consciência dos professores sobre suas ações e o conhecimento sobre o contexto escolar em que atuam (GARRIDO, 2005, p.
BRASIL, 2012) define o papel do supervisor como um parceiro da escola, um elemento integrador e integrante do trabalho que o docente realiza, pois é esse trabalho que dá sentido à ação desse profissional no interior da escola. A supervisão então, é uma prática essencialmente cooperativa. No Brasil não existe uma previsão legal que reconheça o profissional supervisor escolar, mas há a lei mencionada que prevê suas funções, sendo as principais supervisionar o cumprimento dos dias letivos e horas/aula que são estabelecidos legalmente; realizar orientação e acompanhamento aos professores no planejamento; verificar se o desenvolvimento dos conteúdos estão conforme o planejado; apoiar na elaboração dos planejamentos; realizar a coordenação de atividades de atualização no campo educacional; proceder à coordenação do processo de sondagem de interesses, aptidões e habilidades do educando; entre outras atribuições.
Contudo, o que foi traçado no Projeto de Lei, já era realizado pelos supervisores na escola pública, uma vez que eles seguiam o que foi entendido quando fizeram o curso de Pedagogia com ênfase em supervisão. Nessa perspectiva, o supervisor escolar constitui-se “um agente de mudanças, facilitador, mediador e interlocutor”, sendo um profissional preparado para realizar a interlocução entre a gestão escolar do qual faz parte, educandos, educadores e todos os demais que fazem parte da comunidade escolar. Outra situação extremamente importante, os educandos inseridos na escola possuem uma história e potencial com os quais ele chega, razão pela qual, isso precisa ser levado em conta. Desse modo, os conteúdos precisam ser planejados com a realidade dos estudantes, incentivando aos professores a considerar os conhecimentos prévios, respeitando os saberes de seus educandos, principalmente aqueles provenientes das classes populares, que constroem saberes socialmente na vida comunitária (SOUZA, 2017).
Nesse sentido, é importante “discutir com os alunos a razão de ser de alguns desses saberes em relação com o ensino de alguns conteúdos (. porque não discutir com os alunos a realidade concreta a que se deva associar a disciplina cujo conteúdo se ensina” (FREIRE, 2006, p. Como o supervisor participa do planejamento curricular da escola de modo participativo na gestão da escola, ele deve promover a melhoria do currículo para desse modo, melhorar a qualidade do ensino, promovendo debate sobre as demandas e especificidades dos educandos, considerando também a participação das famílias. Essa prática do orientador teve um grande aprimoramento nos últimos anos, pena que nem toda escola possui esse profissional em seu quadro de educadores, deixando suas funções para a gestão escolar, que não possui a capacitação recebida por esse profissional em seu curso de graduação.
A Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional nº 9. estabelece no artigo 64 diz que: A formação dos profissionais da educação para a administração, planejamento, inspeção, supervisão e orientação educacional para a educação básica, será feito em cursos de graduação, em Pedagogia ou em nível de pós-graduação, a critério da instituição de ensino, garantida nesta formação a base comum nacional (BRASIL, 1996). Essa Lei determina a obrigatoriedade do profissional nas escolas, bem como esclarece qual deve ser sua formação, no entanto não traz quais são suas funções, enfatiza somente que esse profissional vai atuar na área de orientação. O profissional precisa ser graduado em Pedagogia com ênfase em orientação ou aliar a graduação com uma pós-graduação em orientação educacional.
A LDB 9. de 20 de dezembro de 1996, nos seus Artigos 14 e 15 dispõem que a “gestão democrática do ensino público na educação básica aos sistemas de ensino, oferece ampla autonomia às unidades federadas para definirem em sintonia com suas especificidades formas de operacionalização da gestão, com a participação dos profissionais da educação envolvidos e de toda a comunidade escolar (BRASIL, 1996). Dessa forma, a relação da escola com a vida da comunidade e família é importante. Há também a necessidade em conhecer o território e o que há de relevante neste espaço onde a escola está inserida. Por essa razão, o coordenador pedagógico precisa interagir com a família e ser propositiva, para que os pais e mães possam ajudar em algumas decisões escolares referentes à vida escolar de seus filhos, desenvolver estratégias de aprendizagem com as famílias, quando possível, estabelecendo uma parceria efetiva entre escola, família e comunidade.
Existe um grande desafio a gestão escolar que é o de exercer de modo satisfatório as ações pedagógicas. Esse exercício necessita estar planejado em um grande projeto da escola projeto político pedagógica (PPP). Como o PPP influencia a vida de toda comunidade escolar, os gestores precisam elaborá-lo ou atualizá-lo com a participação coletiva. Todos os gestores precisam primar pela elaboração e pelo cumprimento dos projetos contidos no PPP. Entretanto, os coordenadores ficam mais envolvidos com os professores e estudantes nos momentos de executar as ações do PPP e na organização de reuniões para debater as decisões. Quando são introduzidos ao cargo são informados que a função do coordenador pedagógico é de articular educadores, famílias e estudantes no sentido de aprimorar ou resolver questões pedagógicas, mas acabam por exercer funções do coordenador pedagógico no sentido de organizar a escola em termos de horário e de manter a disciplina na escola.
A escola é um espaço de mediação e interação de profissionais, estudantes e famílias de diversos contextos, de características diferentes e modos de vida diferenciados. Por essa razão, trata-se de um ambiente complexo e desafiador. Nesse espaço existem crenças e valores que configuram esse lugar de interação social, como um espaço de intensa diversidade cultural. Administrar tantas diferenças é um grande desafio para o coordenador pedagógico, uma vez que ele é um articulador atuante no cotidiano escolar. Por isso, é preciso que esse profissional compreenda o ambiente escolar, reconhecendo-o como um espaço sociocultural, pois possibilita compreender a trama social que configura a escola como um lugar caracterizado por um conjunto de normas e regras, que buscam influenciar o comportamento de todos que atuam nesse lugar e procuram rever sempre seu papel ao agir nesse espaço, e ao longo de suas ações, revê-las sempre, recuperando o papel ativo de todos os sujeitos que compõem as esse lugar social (DAYRELL, 2006).
Ao longo da jornada, esses sujeitos sociais constroem parcerias, estabelecem relações, que podem ser de conflito ou não, resultado da heterogeneidade presente no ambiente escolar e buscam na escola um espaço de sociabilidade e de troca de experiências que ultrapassam as dimensões da simples, porém importante busca de instrução" (MARQUES, 2000, p. Nesse sentido, a forma como este espaço chamado escola se organiza, “buscam m como sua gestão é realizada, determina em qual medida e em qual dimensão as relações e os trabalhos são desenvolvidos. CONCLUSÃO Este trabalho tratou da Gestão Escolar praticada no século XXI, com o foco na coordenação pedagógica, levando em conta que a gestão atual é a denominada democrática composta por um grupo de gestores que compartilham o trabalho.
A metodologia utilizada foi a pesquisa bibliográfica, embasada por autores que tratam do assunto. M. Gestão democrática escolar. Disponível em: www. artigonal. com. BRASIL. Lei nº 9. de 20 de dezembro de 1996. Estabelece as diretrizes e bases da Educação Nacional. Brasília: MEC, 1996. FERREIRA, Naura Syria Carapeto. Supervisão educacional para uma escola de qualidade. São Paulo: Cortez, 2007. GADOTTI, Moacir; ROMÃO, José E. Org. CHRISTOV, L. H. D. S. org. A orientação educacional: conflito de paradigmas e alternativas para escola. ed. São Paulo: Cortez, 2011. LIBÂNEO, José Carlos. Pedagogia e pedagogos para quê? 6. p. jul. dez. MARQUES, Maria Ornélia da Silveira. Juventude, escola e sociabilidade. Disponível em <http://livros01. livrosgratis. com. br/cp130506. pdf>. Desafios da supervisão escolar: o papel do supervisor escolar no planejamento participativo-escolar.
Conjectura: Filos. Educ. Caxias do Sul, v. n.
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