Gestão de Empresas Familiares

Tipo de documento:TCC

Área de estudo:Administração

Documento 1

Dr (Profa. Dra) ___________________________. Data de Aprovação:___/___/___ SUMÁRIO. Introdução. Fundamentação Teórica. LISTA DE FIGURAS Figura 1 – Modelo tridimensional. Resumo O objetivo desta pesquisa tem como proposta identificar as empresas familiares no que tange aos desafios do processo de sucessão o qual será analisado pelo ponto de vista da Gestão do Conhecimento que permita entender os  desafios enfrentados pela gestão. O que motivou a escolha deste tema se constituiu na percepção da importância que vem se caracterizando no mercado sobre a busca por profissionais especializados para gerir os negócios, bem como cuidar da sucessão gestacional dentro da empresa. Este projeto se utilizou da técnica de pesquisa exploratória, com base em fundamentação teórica mediante fontes secundárias: livros, artigos, documentos, jornais, revistas e sites específicos, conforme GIL, (2008).

A implantação e bom fluxo dos processos de Gestão do Conhecimento em empresa com gestão de tipo familiar permitirá ao processo de sucessão, uma transição de poder mais consciente por parte de todos: líderes, gestores e funcionários, contornando e amenizando incertezas e resistências individuais. Em estudo de Oliveira (2010) ele afirma que “aproximadamente 40% das empresas familiares no mundo não ultrapassam o primeiro ano de vida, 60% fracassam até o final do segundo ano e quase 90% das empresas fecham até o décimo ano de vida”. Realizou-se uma investigação sobre os estudos desses e de outros autores, com o propósito de fundamentar esta reflexão. Sobre a importância do ponto de vista econômico, LEITE, (2000), nos sinaliza que no Brasil 90% dos negócios empresariais são familiares; quanto aos conceitos LODI (1998) e DONNELEY (1976), enfatiza que a maioria das empresas familiares nascem nas segundas gerações das famílias.

No que tange a vida útil da empresa, AMARAL (1999), demonstra que cerca de 70% das empresas, não chegam à segunda geração. Para abordar o sistema de implementação da gestão, BORNHOLDT, (2003), alega que se inicia no sistema gerencial, normalmente em razão do planejamento estratégico, fator este, reforçado por MAINO, (2005), que destaca que para a empresa familiar alcançar êxito deve realizar e se pautar em um planejamento. Os desafios do processo de sucessão serão analisados pelo ponto de vista da Gestão do Conhecimento. A relevância deste tema se dá pela importância que vem se caracterizando no mercado e o interesse cada vez maior, por buscar profissionais especializados para gerir os negócios, bem como cuidar da sucessão gestacional dentro da empresa.

Assim, o objetivo que se pretende com este estudo é compreender de modo mais amplo de que maneira a falta de profissionalização afeta o desenvolvimento das empresas com gestão familiar. Além, de identificar de forma mais especifica a importância da profissionalização para a estrutura organizacional de uma empresa com gestão familiar e as principais vantagens e as consequências de uma empresa familiar com uma gestão não estruturada. Com essa base teórica, acredita-se ser possível encontrar resposta a principal razão desta investigação sobre o tema que é entender: “Como e por que se dá a profissionalização da gestão de uma empresa familiar varejista de pequeno porte”? O estudo desenvolvido foi estruturado em “Fundamentação Teórica”, que fornecerá toda a base teórica ao tema.

É o desenvolver de uma organização em oposição a observá-la, analisá-la ou descrevê-la (BARRETO, 1988, p. Gestão - Conforme Dias (2002) esclarece: os dicionários da língua portuguesa trazem as duas palavras- gestão e administração - como sinônimos entre si. Mostram que suas origens vêm do latim, e A 69 Regae: Rev. Gest. Aval. LODI, 1998, p. Uma vez estabelecido os principais conceitos que regem este estudo, passamos a exposição das várias referências teóricas que nos ajudam a enriquecer e entender melhor o tema. No que tange a questão do empreendedorismo e a fase de implementação de uma empresa, sob o ponto vista da teoria econômica, de acordo com Zarpellon, (2010), diz que “os economistas associaram o empreendedor à inovação e os comportamentalistas que enfatizam aspectos atitudinais, com a criatividade e a intuição (Zarpellon, 2010, p.

Da visão apresentada por Zarpellon, entende-se que o empreendedorismo é visto mais como um fenômeno individual, ligado à criação de empresas, seja no sentido de aproveitar uma oportunidade ou uma necessidade de sobrevivência. Zarpellon, 2010, p. No entendimento de Souza e Mazzali (2008), os altos índices de desemprego geralmente são fortes motivadores a surgir candidatos a pequenos empresários. Observa-se com essas exposições de diversos teóricos que o empreendedorismo é a base que origina, na maioria das vezes uma empresa pequena e em grande parte familiar. As empresas familiares existem desde quando surgiram as sociedades agrícolas pré-industrializadas, as quais deram origem ao núcleo central da primeira revolução industrial na Inglaterra e nos Estados Unidos. BERNHOEFT; GALLO, 2003). De acordo com Vidigal, (2000), no Brasil, as empresas familiares estão atreladas a imigração, a história da família empresária está vinculada à imigração.

BERNHOEFT, 1989). Outro aspecto interessante no que tange a classificação de uma empresa familiar é a ótica de Donneley (1976), que classifica como familiar toda empresa ligada a uma família, pelo espaço de duas gerações. DONNELEY, 1976). Este conceito é reforçado por Lodi (1998), enfatizando em seus estudos que detectou o dado de que o nascimento de uma empresa familiar, de um modo geral, nasce com a segunda geração de dirigentes. O autor alega, que o fundador pode fazer isso com o objetivo de abrir caminho aos descendentes. Em Lansberg (1999), encontra-se uma abordagem sobre o sucesso de algumas empresas familiares e ele comenta sobre os investimentos feitos durante muito tempo e o esforço no estímulo ao espírito de cooperação entre os membros. A perspectiva era manter a harmonia, o desenvolvimento de um forte compromisso pessoal, a fim de que cada um, faça a sua parte no sentido de apoiar os padrões estabelecidos e manter o nível de confiança do grupo.

LANSBERG, 1999), A empresa familiar tem uma representatividade dominante na estrutura econômica do mercado ocidental, este é um dos fatores que a levaram a ser objeto de estudos e observações no contexto das mudanças e pelo potencial de desenvolvimento que possuem. O mercado empresarial com sua competividade caracteriza-se por um modelo de organizacional cada vez mais flexível e com alta capacidade de inovação e as empresas familiares se enquadram bem neste cenário de novos paradigmas de gestão. Gerir uma empresa, significa enfrentar diversa dificuldades, por diferentes causas. ARBOITE, 2005). Alguns estudiosos do tema, entre eles Shanker e Astrachan (1996) e Astrachan e Shanker (2003), consideram que o diferencial das empresas familiares em relação as demais é justamente o envolvimento dos membros da familia no processo decisório da empresa.

Inclusive Astrachan et al. já havia desenvolvido uma escala de medição, que avaliava o grau de influência da familia em qualquer organização, considerando as três principais dimensões: Poder (P), Experiencia (E) e Cultura (C). SHANKER; ASTRACHAN, 1996; ASTRANCHAN; SHANKER, 2003; ASTRACHAN, 2002 et. Enquadramento metodológico Adotando o conceito de Fortin, (1999) “A fase metodológica operacionaliza o estudo, precisando o tipo de estudo, as definições operacionais das variáveis, o meio onde se desenrola o estudo e a população” (Fortin, 1999, p. Com esta perspectiva, será realizada a descrição de todo o processo metodológico, fundamentando as opções tomadas, com o objetivo de reger todo o processo de investigação. A fim de atender o objetivo proposto, é necessário analisar o cenário geral das empresas e seu processo de gestão, seus desafios, suas características, em seguida focar nas empresas familiares, mediante seus diferenciais.

Este projeto se utilizou da técnica de pesquisa exploratória, com base em fundamentação teórica mediante fontes secundárias: livros, artigos, documentos, jornais, revistas e sites específicos, conforme GIL, (2008). Os principais teóricos aqui pesquisados foram: Bernhoeft, (1991), Maino (2005), Schmidt (2005), Gallo (1995) entre outros que se fizeram relevantes para compor todo o entorno deste tema. Considerando-se que a maioria dos empreendimentos envolve, organizações familiares, Oliveira et al. afirmam que as empresas familiares constituem um tipo de organização predominante em diversos setores de atividade e contribuem significativamente em termos econômicos e sociais. Gestão de Empresas Familiares As empresas familiares normalmente têm um histórico que foram estabelecidas de acordo com a personalidade de seu fundador, com sua trajetória de vida familiar e com suas expectativas de passar o controle do negócio às gerações futuras.

Afinal é ele que determina as culturas e crenças que deverão ser adotadas na empresa e que todos os envolvidos nela devem seguir. Gerir uma empresa, significa enfrentar diversa dificuldades, por diferentes causas. Comércio Informalismo Imediatismo Pragmatismo Omissão política Aproveitamento das oportunidades do momento; Ocupação gradativa dos espaços por grandes corporações. Indústria tradicional Informalismo Imediatismo Valores estatais Patrimonialismo Paternalismo Aproveitar a “onda” de industrialização do país; Usufruto da empresa; Obter o “financiamento” do Estado protetor. Indústria moderna Valorização da tecnologia Novas relações de trabalho Cooptação de tecnocracia Patrimonialismo Usufruto das reservas de mercado; Uso de instituições de classe para prática de lobby; Associação com multinacionais. Serviços Diversificação Serviços personalizados Profissionais liberais Informalismo Busca de novos “nichos”; Promoção da mudança de hábitos do usuário; Obtenção de ganhos de escala; Diferenciação por meio da propaganda.

Fonte: Gonçalves 2000, p. al. p. Fig. Modelo tridimensional Fonte: Tradução de Gersick et al. p. Isso não quer dizer ter uma “bola de cristal”, basta ter técnicas de projeções, atualizações constantes, ou seja, depende de planejamento e técnicas profissionais. Com o intuito de visibilizar melhor as questões mais comuns, adotou-se o quadro de Bottino-Antonaccio (2007), que segue abaixo: Quadro 3 - Principais vantagens e desvantagens das empresas familiares Vantagens Desvantagens Maior autonomia para agir independente das bolsas de valores. Estrutura informal - hierarquia e divisão de tarefas não estão claras. Cultura familiar como motivo de orgulho e sentimento de pertencimento, comprometimento e identificação. Tensão financeira – desequilíbrio entre contribuição e compensação. Sobre esta questão, Schmidt (2005) destaca que para evitar os contratempos que a introdução e manutenção de sistemas de informação possam acarretar à empresa, é necessário fazer um bom planejamento estratégico.

SCHMIDT, 2005). A empresa familiar tem que ter líderes com visão de que para a eficiência da empresa, a ocupação dos cargos diretivos deve considerar a qualificação profissional e não os laços familiares. Alguns estudiosos do tema, entre eles Shanker e Astrachan (1996) e Astrachan e Shanker (2003), consideram que o diferencial das empresas familiares em relação as demais é justamente o envolvimento dos membros da familia no processo decisório da empresa. Inclusive Astrachan et al. al (1997), quanto maior for o compromisso da familia para com a empresa, maior será a influência exercida pela familia no desenvolvimento da empresa. O autor garante ainda, que a cultura de uma empresa pode sobreviver por várias gerações com pouquíssimas mudanças, desde que haja normas para a transferência de sua essência, o que é comum em empresas familiares, em que a família representa uma das estruturas sociais mais confiáveis para a transmissão de valores e práticas culturais entre as gerações.

Processo sucessório na empresa familiar Segundo Bottino-Antonaccio (2007), a sucessão é um processo complexo, que exige uma reorganização e readaptação dos membros participantes dos três círculos: família, gestão e propriedade da empresa. BOTTINO-ANTONACCIO, 2007). De acordo com Estol et Ferreira (2006), o processo sucessório acarreta novas lideranças, o que na maioria das vezes, representa novos padrões simbólicos, crenças e valores o que pode promover mudanças no estilo de condução dos negócios, na estrutura da empresa e em sua cultura. A principal recomendação que esta pesquisa deixa é que as empresas familiares busquem sempre o conhecimento profissional, para que a condução do negócio tenha sempre a prioridade mercadológica e não as ansiedades pessoais familiares. Referencias ADACHI, P.

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