ÉRÍCO VERÍSSIMO E O REGIONALISMO NO BRASIL
Tipo de documento:Projeto de Pesquisa
Área de estudo:Literatura
Assim como os autores desse período, cujo foco principal é a valorização da cultura nacional, por meio da inserção de traços regionalistas em suas obras, Érico ambienta seus enredos com marcas da região sul do país. As obras de Érico são essencialmente escritas em prosa, isto é, não se sujeitam à métrica, rima, à composição padrão de parágrafos, estrutura métrica, aliterações ou número de sílabas. Assim, elas não pertencem ao gênero poesia. O autor tem escritos contos, romances, crônicas e textos voltados ao público infantil. BIOGRAFIA O autor nasceu em 1905, na cidade de Cruz Alta, no estado do Rio Grande do Sul. Alguns anos mais tarde, ele mudou-se para Porto Alegre, onde atuou na redação da Revista do Globo.
Além disso, atuou como tradutor e colaborador do Diário de Notícias e do Correio do Povo. Em 1932, o autor publicou seu primeiro livro, intitulado Fantoches. O livro trazia uma seleção de contos, dentre os quais alguns em formas de peças teatrais. Já em 1933, o autor publicou seu primeiro romance, Clarissa, que obteve um maior retorno de vendas que o primeiro livro dele. Anos mais tarde, a obra foi adaptada para exibição na tevê pela TV Excelsior, em 1967, e pela TV Globo, em 1985. Olhai os Lírios do Campo também ganhou uma adaptação nos anos 80 pela TV Globo, assim como Incidente em Antares em 1994. Entre os principais prêmios que o autor ganhou, destacam-se o Prêmio Jabuti, em 1965, e o Prêmio Machado de Assis duas vezes, em 1934 e 1954.
O Prêmio Graça Aranha veio pela obra Caminhos Cruzados. O escritor morreu em 1975 em decorrência de um enfarte, deixando centenas de obras escritas, que vão desde romances voltados para o público adulto, como O Continente, O Senhor Embaixador e O Resto é Silêncio, a obras infantis, como As aventuras de Tibicuera e Rosa Maria no castelo encantado. Em Érico Veríssimo é possível identificar traços do regionalismo principalmente nos personagens que compõem o enredo de suas histórias. A fim de entender como o regionalismo se faz presente nas obras de Érico, cabe-nos analisá-las, identificando pontos que denotam características do contexto histórico pelo qual a Região Sul e, sobretudo, o Brasil passavam. É importante destacar que as marcas regionais das obras do autor destacam-se mais no enredo das histórias e nos personagens do que na linguagem utilizada para a construção.
Clarissa Publicado em 1933, esse romance, no qual Érico retrata a passagem da personagem Clarissa da adolescência para a vida adulta, insere traços do regionalismo por meio da tentativa de o autor mostrar, através do olhar otimista da jovem, o cotidiano em que ela vive e como enxerga as pessoas que moram ali. Além disso, a obra faz um retrato do Brasil na década de 1930 e tenta mostrar as mudanças que aconteciam naquele período. Conforme mostrado na biografia do autor, ele estudou por muitos anos, em colégio de orientação protestante. Nesse sentido, o romance reflete a realidade daquilo que ele viveu. O personagem principal, Eugênio, tem uma visão de que o valor está no ter ao se casar com uma mulher apenas pelo interesse pelo dinheiro.
Nesse ponto, percebemos que o autor quis criar uma narrativa que denotasse a realidade de muitas pessoas, as quais se envergonham de serem simples, pois sentem a necessidade de ser “bem vistas” pela sociedade como alguém dotado de riquezas materiais. Saga O livro trata dos acertos e desacertos do protagonista Vasco Bruno, combatente na Guerra Civil Espanhola. Já em O Retrato, é mostrada a decadência social de Santa Fé na passagem para o século 20 causada por interesses e jogos políticos. E, por fim, o terceiro e último romance da trilogia, O Arquipélago, narra a volta de Rodrigo Cambará à Santa Fé depois de passar muitos anos no Rio de Janeiro ao lado do então presidente Getúlio Vargas, seu amigo e aliado. Assim, o poder da família Terra Cambará, que era somente local, adquire em O Arquipélago um âmbito nacional.
Após o fim do Estado Novo, Rodrigo está derrotado politicamente e doente. Rodrigo se vê na luta de não morrer na cama, uma vez que “Cambará macho não morre na cama”. Olhai os lírios do campo. São Paulo: Editora Globo, 1998.
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