DIFICULDADES ENCONTRADAS NO PROCESSO DE ENSINO-APRENDIZAGEM DA MATEMÁTICA

Tipo de documento:Redação

Área de estudo:Gastronomia

Documento 1

Acredita-se, pois, que para melhorar o ensino- aprendizagem de matemática é preciso que os professores mudem sua prática pedagógica e a metodologia utilizada no ensino da matemática. Trata-se de uma pesquisa de cunho bibliográfico, que consiste no exame da literatura científica para levantamento e análise do que já se produziu sobre o tema. Acredita-se que as discussões viabilizadas pelo desenvolvimento desta pesquisa poderão trazer contribuições significativas para os professores, pois permitirão maiores esclarecimentos acerca do uso do lúdico no ensino da matemática bem como darão maior sustentação a trabalhos futuros. Palavras-chave: Ensino; Matemática; Lúdico. ABSTRACT: This article aims to point out the difficulties in teaching and learning of mathematics and present some suggestions for teaching mathematics becomes more enjoyable and meaningful to the student.

Os alunos, em geral, têm muita dificuldade em relacionar as expressões, equações, funções e outros conteúdos matemáticos com as situações que ocorrem em seus cotidianos. Situações em que, por diversas vezes, a Matemática está presente. Isto ocorre, normalmente, porque na escola, a Matemática é apresentada de uma forma muito abstrata e com raras conexões à situações fora do contexto próprio da disciplina. Pode-se dizer que é preocupante saber que as aulas de matemática ainda são ministradas de forma que os conteúdos, em sua maioria, provêm de um planejamento de ensino desintegrado do concreto, sem significado e sem demonstrar a utilidade que os mesmos têm no cotidiano das pessoas, pois se percebe que é na relação do conteúdo com o concreto que se articula a construção do conhecimento.

Diante desta desanimadora a situação, muitos esforços devem ser feitos no campo da Educação Matemática em busca de modificações. Dessa forma, o aluno pode aprender com material didático e através de jogos, descobrir o sentido das regras matemáticas, sentindo assim prazer em aprender. Considerando que, a Matemática apresenta-se como um elemento fundamental em virtude de sua aplicação a situações práticas no cotidiano dos alunos , acredita-se que ela é um instrumento essencial a uma participação crítica e consciente da sociedade. Diante disso, torna-se evidente a necessidade da matemática ensinada na escola fazer conexões com a matemática utilizada pelo aluno no seu dia-dia. Assim, este trabalho justifica-se, tendo em vista que vai discutir estratégias para que se realize, de fato, uma educação matemática voltada para o cotidiano do aluno, sendo, dessa forma, mais significativa e útil.

Espera-se com a reflexão proposta nesse trabalho contribuir para com o ensino da matemática, e talvez, paulatinamente, romper com um padrão pré-estabelecido de que a Matemática da escola não é a mesma matemática da vida. Esse status é corroborado pelo título conquistado repetidas vezes: campeã em reprovações. A Matemática geralmente é vista como uma ciência exata, cética, pura, difícil e encarada por muitos como uma disciplina que poucos conseguem decifrá-la. Quando isso acontece o aluno é tido como “inteligente”, em detrimento aos demais. Para muitos a Matemática apresenta-se como um deus mais sábio, mais milagroso e mais poderoso que as divindades tradicionais e de outras culturas (D’Ambrósio, 2001). Esta visão inibe a beleza da Matemática, que é a possibilidade de construir diversos caminhos para chegar a uma solução.

Muitos alunos têm um conhecimento insuficiente dos números de como eles são utilizados e sem ter desenvolvido uma ampla compreensão dos diferentes significados das operações. Alguns alunos calculam corretamente, mas muitas vezes não sabem interpretar os números obtidos para dar resposta a um problema. Apesar dos alunos já terem visto multiplicação e divisão, em séries anteriores, muitos apresentam grandes dificuldades na manipulação de atividades envolvendo essas operações. A dificuldade aumenta, quando elas aparecem em situações-problemas em que há a necessidade de interpretar e apresentar matematicamente a situação. Em razão disso existe hoje um esforço e preocupação em apresentar formas diferenciadas de ver e entender a Matemática. Desse modo, os professores devem estar cientes da necessidade de levar a seus educandos noções básicas dessa disciplina como fonte de utilização diária.

Sendo a Matemática uma atividade importante na vida do ser humano, cabe ao professor assumir uma postura frente a essa disciplina, embora sejam muitas as dificuldades enfrentadas para acompanhar o ritmo acelerado das mudanças sociais, mas ao mesmo tempo, o trabalho pedagógico precisa acontecer de forma real e contextual. Muitas vezes, o insucesso dos educandos na matemática decorre da linguagem, da maneira como os conteúdos são trabalhados. Os conteúdos deveriam ser passados aos alunos por uma ação real e material para que o mesmo conheça e apreenda esses conteúdos, pois a atividade escolar não é observar para coisas prontas, definitivas, mas de levar o aluno para uma construção e apropriação de um conhecimento que o servirá para que possa compreender e transformar sua sociedade.

Quanto à organização dos conteúdos curriculares, observa-se que o critério é a definição da estrutura lógico-matemática, o que em grande parte, desconsidera as possibilidades de aprendizagem dos educandos. Dessa maneira, podemos perceber que o homem, desde a pré-história utilizava a matemática mesmo sem saber escrever, convencionalmente, mas existiu como registro, assim, percebemos que a matemática está presente na vida das pessoas desde a antiguidade. Ainda é oportuno comentar que a matemática se transforma numa ciência que estuda as possíveis relações e interdependências quantitativas de grandezas, se comportando em um vasto campo de teorias e procedimentos de análise, métodos de pesquisa, formas de coletar e interpretar dados. O conhecimento matemático é fruto de um processo de imaginação apresentado de forma descontextualizado, pois a preocupação do matemático é comunicar resultados ao invés de ir ao processo pelo qual os produziu.

A matemática foi durante muitos anos e ainda continua sendo vista como uma disciplina de difícil entendimento por algumas pessoas e assim, alguns estudos buscam encontrar uma nova fase para o ensino da matemática, buscando uma metodologia que atenda às mudanças que acompanham a sociedade. O avanço da ciência, como uma contextualização, valorizando a interdisciplinaridade e a interatividade para seu ensino. Na Matemática, o processo ensino-aprendizagem é aquele que parte de uma questão problematizadora para desencadear o diálogo, no qual o professor transmite o que sabe, aproveitando os conhecimentos prévios e as experiências anteriores do aluno. Assim, ambos chegam a uma síntese que elucida, explica ou resolve a situação-problema que desencadeou a discussão, que ficará bem resolvida se tiver uma explicação prévia.

Para que o ensino/aprendizagem da matemática se torne mais interessante e significativo é emergente a necessidade que os professores repensem suas práticas de ensino e busquem diferentes recursos metodológicos, tanto os já existentes como criar novos instrumentos para auxiliá-los no seu trabalho. São vários os recursos metodológicos que podem ajudar o professor como a resolução de problemas, a literatura infantil, a história da matemática, os jogos, a modelagem matemática e o uso das tecnologias da informação, entre outros. Como podemos perceber são vários os recursos que poderão ajudar no processo ensino/aprendizagem da matemática e que ajudaria a mudar a rotina da sala de aula, as mesmas tornar-se-iam menos cansativas e os alunos se sentiriam mais interessados em aprender, pois a falta de atenção, a indisciplina e as dificuldades de aprendizagem encontradas pelos educandos, na maioria das vezes, podem ser frutos da prática educativa realizada pelos educadores.

O aluno, por sua vez, copia da lousa para o seu caderno e em seguida procura fazer exercícios de aplicação, que nada mais são do que uma repetição na aplicação de um modelo de solução apresentado pelo professor. Essa prática revela a concepção de que é possível aprender matemática através de um processo de transmissão de conhecimento. Mais ainda, de que a resolução de problemas reduz-se a procedimentos determinados pelo professor. D’AMBRÓSIO, 1989, p. Muitos educadores não percebem a importância da utilização de metodologias de ensino que valorize a bagagem do aluno, suas experiências culturais, com operações concretas da vida cotidiana, para que haja contexto e significação para o aluno. Segundo os PCN’s apud Santos, França, Santos (2007, p.

É importante que estimule os alunos a buscar explicações e finalidades para as coisas, discutindo questões relativas à utilidade da Matemática, como ela foi construída, como pode construir para a solução tanto de problemas do cotidiano como de problemas ligados à investigação científica. Desse modo, o aluno pode identificar os conhecimentos matemáticos como meios que o auxiliam a compreender e atuar no mundo. Verifica-se que há necessidade de entender e repensar o ensino da Matemática, pois o mesmo é apresentado de forma descritiva, focado em regras e dicas, na maioria das vezes, retiradas de livros didáticos e manuais pedagógicos e sempre exigindo dos alunos a resolução dessas atividades de forma mecanizada e esquematizada, sem significado para o educando. Os conteúdos deveriam ser passados aos alunos por uma ação real e material para que o mesmo conheça e apreenda esses conteúdos, pois a atividade escolar não é observar para coisas prontas, definitivas, mas de levar o aluno para uma construção e apropriação de um conhecimento que o servirá para que possa compreender e transformar sua sociedade.

É importante que a presença do conhecimento matemático seja percebida, e claro, analisada e aplicada às inúmeras situações que circundam o mundo, visto que a matemática desenvolve o raciocínio, garante uma forma de pensamento, possibilita a criação e amadurecimento de ideias o que traduz uma liberdade, fatores estes que estão intimamente ligados a sociedade. Por isso, ela favorece e facilita a interdisciplinaridade, bem como a sua relação com outras áreas do conhecimento (filosofia, sociologia, literatura, música, arte, política, etc). É de conhecimento de todos que as necessidades cotidianas fazem com que os alunos desenvolvam capacidades de natureza prática para lidar com atividades matemáticas, o que lhes permitem reconhecer problemas, buscar, selecionar e tomar decisões. Com isso, os alunos possuirão um raciocínio crítico, uma visão mais completa e atitudes positivas diante de seu estudo.

Na Matemática o ensino deve conduzir o aluno a construir a significação do sentido do conhecimento e, isto acontece em dois níveis, o externo e o interno. A polarização entre o científico e o cotidiano associa-se, portanto, a uma certa hierarquização do conhecimento, na qual há conhecimentos melhores e piores, superiores e inferiores, mais válidos e menos válidos. Presenciamos um momento em que cresce a responsabilidade da escola para a formação do indivíduo, na construção de suas competências. Dessa forma, cresce também a necessidade de repensar as aulas da disciplina de matemática, procurando modificá-las de forma que o saber cultural seja incorporado no trabalho pedagógico, diminuindo a distancia existente entre a matemática da vida e a matemática da escola, proporcionando assim diversas maneiras de resolver um raciocínio mais eficaz.

Desse modo, os professores devem estar cientes da necessidade de levar a seus educandos noções básicas dessa disciplina como fonte de utilização diária. É importante saber aplicar o conhecimento matemático aprendido na escola no nosso cotidiano, para mostrar que o que aprendemos na escola é muito útil na nossa vida prática, mostrando aplicações de conteúdos em atividades do cotidiano, sendo que este fato pode ajudar o aluno a ver utilidade em tudo que aprende na escola (DOMINGUES, S/D, p. Para tanto, os professores devem buscar alternativas metodológicas, como uso de materiais concretos, jogos, mídias tecnológicas, entre outros, para despertar a motivação e o interesse de seus alunos, objetivando alcançar resultados positivos na aprendizagem e diminuir o fracasso escolar. No entanto, ainda é evidente a falta de conhecimento dos professores sobre as características das crianças com dificuldades de aprendizagem na matemática prejudica o processo de ensino-aprendizagem e reforça o fracasso escolar.

É urgente a reflexão e ação por parte dos profissionais da área educacional para transformar a prática pedagógica, superarando o ensino mecânico, tradicional e livresco para que seja possível a construção de uma escola de qualidade. Diante do fracasso escolar na aprendizagem da matemática e do crescente número de alunos com “dificuldades de aprendizagem”, faz-se necessário uma formação inicial mais eficaz, voltada para as situações vivenciadas em sala de aula, trazendo informações sobre como superar as possíveis dificuldades em matemática. Utilizando-se das vivências individuais de cada aluno e uma formação contínua na qual os professores possam estar em constante movimento, com encontros periódicos para discussões e reflexões. Esses professores não têm tempo de participar de cursos de capacitação tornando o ensino desta disciplina difícil de ser ministrada para os alunos que apresentam grandes dificuldades de raciocínio matemático (SANTOS, FRANÇA, SANTOS, 2007).

Outro desafio a ser superado pelos professores de matemática é o fato de que a maioria das escolas não oferece aos professores um acompanhamento de um coordenador da mesma área ou mesmo de um coordenador pedagógico, para auxiliar no desenvolvimento de sua prática e uma de reflexão orientada sobre essa prática, já que o importa para a escola é apenas o conteúdo ensinado e não a forma como é ensinado. Para a superação desses desafios é fundamental que professores estejam em constante atualização de seus conhecimentos. O professor não pode se ficar estagnado, pelo contrário, deve sempre estar estudando, pesquisando e se atualizando para que possa alcançar os objetivos propostos. Vivemos em momento histórico em que tudo se renova constantemente. A Etnomatemática Na educação contemporânea são vários os recursos metodológicos utilizados como instrumentos no ensino da matemática, mas nem todos os profissionais vão ao encontro desses recursos, estão acostumados com aquela “rotina” de atividades escritas de conteúdo e não busca novos métodos de ensino, continuando afastada da realidade.

Um desses recursos é a Etnomatemática que aparece em meados da década de 70, com Ubiratan D’Ambrósio, o qual buscava trabalhar a questão cultural da matemática, procurando mostrar que há várias maneiras de trabalhar a matemática voltada à realidade de seu aluno, da sua cultura. Assim, busca valorizar a matemática dos diferentes grupos culturais, valorizando os conceitos matemáticos informais construídos pelos alunos através de suas experiências fora do contexto da escola. Do ponto de vista educacional, “procura entender os processos de pensamento, os modos de explicar, de entender e de atuar na realidade, dentro do contexto cultural do próprio indivíduo” (BRASIL, 1997, p. Para D’Ambrósio (1996, p. Existem muitos tipos de atividades lúdicas: brincadeiras, jogos, passeios, danças, entre outras.

Porém, mais importante do que o tipo de atividade lúdica é a forma como ela é conduzida pelo professor. Cabe a ele transformar o lúdico em trabalho pedagógico para que experimentem, como mediadores, o verdadeiro significado da aprendizagem com desejo e prazer. As atividades lúdicas têm sido cada vez mais frequentes na educação como fonte de inspiração para os professores e de grande motivação aos alunos. O uso do lúdico na educação é uma maneira eficiente de entrelaçar uma atividade agradável e motivadora com o conteúdo educacional que devemos trabalhar. Não basta apenas levar jogos, brinquedos, brincadeiras para a sala de aula. O professor deve ter um profundo conhecimento sobre os fundamentos essenciais da educação lúdica, para que a aprendizagem seja realmente efetivada.

Dessa forma, é fundamental que o professor compreenda o significado e a importância das atividades lúdicas, inserindo-as em seus projetos educativos, tendo intencionalidade, objetivos e consciência clara de sua ação em relação ao desenvolvimento e à aprendizagem infantil. A matemática, assim como tudo que os professores levam para a sala de aula, deve ter significado para os alunos. Assim, é importante que os profissionais que trabalham com a matemática, especialmente nas séries iniciais a reflitam e analisem a metodologia de ensino utilizada para trabalhar essa disciplina, levando em consideração que o ensino/aprendizagem da matemática nas séries iniciais do Ensino Fundamental deve ser feito de maneira simples e produtiva, ou seja, que a matemática seja significativa e útil a todas as pessoas.

É importante que o professor realize um ensino contextualizado, procurando tornar as atividades prazerosas para que a aprendizagem realmente aconteça com tranquilidade, sem medo e frustrações tanto para o professor quanto para o aluno. Atividades lúdicas, como quebra-cabeças, jogos, enigmas e charadas, convidam os estudantes a raciocinar e a resolver os desafios propostos e adquirir e, isso pode despertar um maior interesse pela Matemática e, consequentemente um melhor desempenho nessa disciplina. A intenção de usar o lúdico como encaminhamento metodológico é dar oportunidade de despertar a curiosidade a todos os estudantes a fim de superarem as dificuldades e alcançar a solução. O prazer de superar os desafios é fator relevante e de motivação, pois os mesmos indicam caminhos no processo, mostrando a Matemática mais viva, presente e real.

Praticamente todos os conteúdos de matemática podem ser trabalhados em sala de aula de diferentes maneiras. Então, pode-se considerar o jogo, como sendo um instrumento de ensino-aprendizagem. A noção de jogo aplicado à educação desenvolveu-se com lentidão e penetrou, tardiamente, no universo escolar, sendo sistematizada com atraso (. No entanto, introduziu transformações decisivas (. materializando a idéia de aprender divertindo, devido à sua fertilidade pedagógica essencial (SCHWARTZ apud KNEPPE, 1998, p. A matemática tem múltiplas relações com os jogos e permite ao professor realizar várias atividades empíricas para propiciar ao aluno a compreensão da lógica matemática. No entanto, cabe destacar que o objetivo dos jogos ou das atividades lúdicas não se resume apenas a facilitar que o aluno memorize os conteúdos matemáticos, mas sim a induzi-lo ao raciocínio, à reflexão, ao pensamento e, conseqentemente, à (re) construção do seu conhecimento, de forma contextualizada, dinâmica e prazerosa.

Seber (1995) salienta que o uso dos jogos é bastante frequente nas instituições de educação infantil como recurso pedagógico. Mas, em contrapartida, nas demais e posteriores séries do ensino é considerado como momento de ‘bagunça’ ou ‘perda de tempo’, sendo pouco aceito pelos alunos, pelos pais ou próprios professores. Isso decorre da forma errada como as atividades lúdicas são vistas, justamente porque na sociedade atual ainda se tem a ideia ultrapassada de ensino, onde somente aprende matemática quem é capaz de resolver inúmeros problemas, sabe a tabuada, acerta listas e mais listas de exercícios. As aulas de jogos distanciam-se das aulas expositivas e deve ser mostrado que é necessária organização e responsabilidade para que a atividade possa ser concluída. No entanto, cabe ressaltar que o uso dos jogos em sala de aula requer um planejamento bem elaborado com objetivos definidos, auxiliando não somente os alunos na aprendizagem dos conceitos matemáticos, mas também capaz de proporcionar ao professor momentos de reflexão sobre sua prática pedagógica.

Para que os jogos tragam experiências positivas ao aluno, não devem ser escolhidos aleatoriamente, é necessário que o jogo tenha relação direta com um conteúdo que está sendo trabalhado, pois o ato de jogar por si só, pode não ser suficiente para a construção dos conhecimentos matemáticos. Sendo assim, o sucesso dos jogos na aprendizagem decorre, principalmente, da preparação do professor. Cabe a ele criar condições adequadas para que a atividade transcorra de forma satisfatória, fazendo com que os alunos relacionem o conteúdo que estão aprendendo ao jogo, oportunizando assim momentos de efetiva aprendizagem. Muitos alunos não conseguem entender Matemática da forma que lhes é ensinada, muitas vezes, não compreendem como os conceitos funcionam, sentindo muita dificuldade para aplicá-los em situações do seu dia a dia, uma vez que, estes conteúdos são trabalhados de forma estanque e sem significado para o aluno contribuindo para que muitos percebam a Matemática como um compêndio de fórmulas, cálculos e conceitos de difícil aprendizado: Outro motivo para a introdução de jogos nas aulas de matemática é a possibilidade de diminuir bloqueios apresentados por muitos de nossos alunos que temem a Matemática e sentem-se incapacitados para aprendê- la (Borin, 1996, p.

Diante disso, acredita-se ser de extrema importância a utilização de jogos como um recurso pedagógico tendo em vista inúmeros benefícios sócio-educativos. Os alunos quando descontraídos se mostram mais receptivos a ativos buscando entender o jogo, demonstrando interesse e disponibilidade em participar. O professor deve se sentir preparado para tirar vantagens que levem ao aumento da compreensão da matéria, maior concentração e interesse pelo assunto. Dentre as vantagens podemos considerar que os jogos: • Contribuem para o desenvolvimento de habilidades e competências múltiplas como criatividade, visão crítica, cooperação, observação, raciocínio, interpretação, entre outras; • Favorecem a socialização entre os alunos; • Propiciam a conscientização de responsabilidades e cooperação em trabalhos de equipe ou grupo; • Proporcionam acesso à linguagem matemática de forma criativa e dinâmica; • Auxiliam na introdução, desenvolvimento e fixação de conceitos e conteúdos de difícil compreensão, de forma motivadora para o aluno; • Contribuem para que o aluno desenvolva estratégias diversas para a resolução de situações-problema, como atividades desafiadoras; • Promovem a participação ativa e consciente dos alunos na formulação de seus conhecimentos; • São agentes de motivação, fazendo com que os alunos aprendam de forma prazerosa; • Ajudam no aumento da capacidade de concentração; Induzem ao questionamento; • Fazem com que o aluno seja um participante ativo do processo de aprendizagem, passando de ouvinte passivo das explicações do professor para o elemento ativo; • Contribuem para que os alunos tenham maior rendimento e compreensão do conteúdo; Podem substituir atividades rotineiras e desinteressantes por outras mais atrativas.

Os jogos têm suas vantagens no ensino da matemática desde que o professor tenha objetivos claros do que pretende atingir com a atividade proposta. DOMINÓ O dominó é um dos jogos mais utilizados pelos professores, pois possibilita explorar diversos conceitos de matemática. Assim como no dominó tradicional, no dominó adaptado para trabalhar conteúdos matemáticos o jogador deve combinar as peças de sua mão com peças que já estejam previamente dispostas sobre a mesa. Vence o jogo quem for o primeiro a não ficar com cartas na mão. Seguem alguns exemplos: Dominó das frações: Dominó das unidades de medidas de comprimento, capacidade e volume: Dominó da contagem: Dominó das adições e subtrações: 4. SUDOKU O Sudoku, além de ser uma diversão, também desenvolve o raciocínio lógico e a concentração, podendo por isso, ser também usado na sala de aula.

  Modelo da cartela do Bingo Geométrico: 4. Bingo da Multiplicação A cada ficha sorteada, os jogadores devem marcar em sua tabela a opção correspondente ao resultado. Por exemplo: se a ficha sorteada for 24 a multiplicação que corresponder a esse resultado é 3x8 ou 4x6. Quem conseguir preencher toda a cartela primeiro, vence o jogo. Modelo de cartela do Bingo da Multiplicação: É preciso ter fichas que contem a resposta de cada multiplicação feita nas cartelas: 4. Dessa forma, realizou-se uma reflexão acerca do uso dos jogos, como atividade lúdica, no ensino da matemática e os cuidados que o professor deve ter ao inseri-los em sua prática pedagógica. Com base nos apontamentos feitos nesse texto chegou-se a conclusão de que é necessário mudar a situação do ensino da Matemática, já que em muitas escolas ele se apresenta descontextualizado, inflexível e imutável, onde o aluno é, muitas vezes, um mero expectador em sala de aula e não um sujeito participante da sua própria construção do saber, sentindo-se, muitas vezes, desmotivado para aprender.

Diante disso, surge a necessidade de algumas intervenções no processo de ensino da matemática, a fim de amenizar as dificuldades encontradas por muitos alunos em relação a essa disciplina. É então, nessa perspectiva que o lúdico torna-se um fator essencial no processo de ensino aprendizagem, pois desperta nos alunos o prazer em aprender, mostrando que é possível aprender “brincando” e de forma prazerosa. Constatou-se que nas aulas de Matemática, o jogo, sendo uma atividade lúdica, é um importante aliado, pois sendo bem orientado contribui muito para a aprendizagem dos alunos. O Ensino da Matemática. In: RPM – Revista do Professor de Matemática, nº 23. São Paulo, 1993. BORIN, J. Jogos e resolução de problemas: uma estratégia para as aulas de matemática. de O.

A relação entre a matemática escolar e a matemática cotidiana a luz da abordagem histórico-cultural, 2005. Disponível em http://www. bib. unesc. Como ensinar matemática hoje? Temas e Debates. SBEM. Ano II. N2. Brasilia. Campinas, SP: Papirus, 1996. D’AMBRÓSIO, U. Do saber matemático ao fazer pedagógico: o desafio da Educação. In: Encontro de Educação Matemática do Rio de Janeiro, 2, 1999 DOMINGUES, K. M. da R. Distúrbios da aprendizagem. São Paulo: Ática, 1995. FIORENTINI, D. LORENZATO, S. São Paulo: Cortez, 1999. KNEPPE, P. P. Mais do que um jogo: teoria e prática do jogo em psicoterapia. São Paulo: Agora, 1998. MACEDO, L. e out. Aprender com jogos e situações problemas. Porto Alegre: Artes médicas Sul, 2000. ROSA NETO, E. br/sites/100/103/TCC/12005/LucianoLimaRodrigues.

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