DIFICULDADES DE APRENDIZAGEM DE LEITURA, ESCRITA E DESENVOLVIMENTO: uma revisão bibliográfica sobre as razões que levam as dificuldades de aprendizagem na escola
Aborda a questão dos métodos, técnicas e estratégias de ensino para alunos com dificuldade de aprendizagem, relatando da mesma forma a questão do papel do professor durante o processo de aprendizagem. Pesquisa bibliográfica de cunho descritivo. Palavras-chave: Dificuldade de aprendizagem. Método de aprendizagem. Processo de aprendizagem. Essa ideologia excluía outras razões, quadro que apenas teve mudança após a compreensão de que a dificuldade na aprendizagem poderia ter outras razões que não tinham relação exclusiva com o poder aquisitivo do aluno. Na opinião de Leite (2012) as dificuldades de aprendizagem podem manifestar-se em aspectos biológicos, psicológicos, cognitivos e socioculturais. Além disso, o fato do aluno apresentar algum tipo de dificuldade de aprendizagem não quer dizer que este necessariamente será fadado ao fracasso escolar.
A verdade é que as dificuldades de aprendizagem podem vir, se tratadas de forma adequada; a gerar benefícios ao aluno, fazendo com que este tenha maior rendimento que os demais colegas de classe. Ou seja, dada a compreensão das causas da dificuldade de aprendizagem é possível elaborar meios que possibilitem que a aprendizagem ocorra sem que haja perda de conhecimento importantes para o desenvolvimento do aluno. A aprendizagem em meio a processos idênticos, por sua vez, defende que o aprendizado ocorre em meio a união do ambiente em que a criança está e os conceitos que ela aprende fora dele. Moraes (2008, p. resume está teoria da seguinte forma: “A criança, ao aprender, desenvolve-se e, ao se desenvolver, aprende”. Assim, a aprendizagem e o desenvolvimento caminham juntos no processo de formação intelectual da criança.
Por último, ainda sobre a abordagem feita por Vygotsky sobre o processo de aprendizagem, é notável que a aprendizagem se comporta de diferentes formas em relação ao desenvolvimento, com isso pode ora ocorrer de forma independente, ora pode ser considerada parte do desenvolvimento. Essa qualidade pode ser medida pelo conjunto de indicadores entre os quais se destacam os recursos disponíveis, os processos utilizados para o alcance da aprendizagem pelo aluno, a maneira pela qual a avaliação é compreendida além do modo como a escola organiza seu tempo e seu espaço. Ou seja, por conta da responsabilidade sobre o desenvolvimento da aprendizagem, a escola, ocupa a posição de mediadora do conhecimento. Ficando assim, a cargo da escola a interpretação das barreiras que levam as dificuldades de aprendizagem e, consequentemente, ao fracasso escolar.
A questão que, diferente de outros fatores como as construções sociais do indivíduo, existem barreiras que trazem dificuldades de aprendizagem que independe de fatores externos, sendo assim questões especificas que precisam ser vistas de forma particular. Dificuldades de aprendizagem Como visto, os métodos de aprendizagem podem estar associados a diferentes formas de interpretar o conhecimento. interpreta as questões da ansiedade na aprendizagem em leitura e escrita da seguinte forma: “Na escola, as crianças reconhecem a importância colocada no desempenho escolar por seus pais e professores. Eles lutam para dominar as habilidades acadêmicas, podendo desenvolver uma reação de ansiedade devido a expectativa de possível insucesso escolar”. Nesse sentido, a dificuldade na compreensão do conteúdo pode agravar-se devido a pressão que o aluno sofre para tornar-se apto aos moldes da escola em relação ao ensino.
Nelson e Harwood (2010) observam a ansiedade sob o olhar do esforço continuo do aluno em compreender o que lhe é ensinado, situação essa que pode vir a gerar, segundo os autores, um osbstáculo para a aprendizagem do aluno. As consequências aqui podem ser, então, grande esforço ou evasão escolar. a aprendizagem é um processo mental ativo, tendo em vista, aquisições, por meio das quais a lembrança do conteúdo internalizado e o uso deste conhecimento fazem com que o sujeito possa dominá-lo e manipulá-lo, quando necessário. Nesses casos, não é o professor somente o responsável por diagnosticar e solucionar o problema. Entende-se que é necessário caminharem juntos, professores, escola e pais/responsáveis na procura do atendimento da criança disléxica para que a proposta pedagógica contemple atividades relevantes, para que a estratégia de intervenção e o diagnóstico da dislexia sejam feitos a partir de dados coletados para que o professor possa utilizar técnicas mais específicas nas atividades enfatizando a leitura e a escrita.
Na intenção de melhorar a aprendizagem da criança, Marsili (2010, p. propõe que: […] as crianças precisam ser ensinadas a soletrar as palavras para estarem conscientes dos sons que ouvem. A partir da publicação do Decreto nº 9. de 11 de abril de 2019, Art. º Fica instituída a Política Nacional de Alfabetização, por meio da qual a União, em colaboração com os Estados, o Distrito Federal e os Municípios, implementará programas e ações voltados à promoção da alfabetização baseada em evidências científicas, com a finalidade de melhorar a qualidade da alfabetização no território nacional e de combater o analfabetismo absoluto e o analfabetismo funcional, no âmbito das diferentes etapas e modalidades da educação básica e da educação não formal.
Art. º Para fins do disposto neste Decreto considera-se: I - alfabetização - ensino das habilidades de leitura e de escrita em um sistema alfabético, a fim de que o alfabetizando se torne capaz de ler e escrever palavras e textos com autonomia e compreensão. Dessa forma, Cagliari (1997), nos chama a atenção para essa questão: Alguns métodos de alfabetização ensinam a escrever pela escrita cursiva, chegando mesmo a proibir a escrita de fôrma. A razão que alegam freqüentemente é que a criança que aprende a escrever com letra de fôrma terá de aprender depois a escrever com letra cursiva, e isso significa o dobro do trabalho, sendo inconveniente porque pode levar a criança a confundir esses dois modos de escrever.
O desenvolvimento da escrita pode ocorrer antes mesmo da criança ingressar na escola, as situações em que ela precisa decodificar imagens com significados linguísticos são frequentes em sua vivência. Entretanto, seus primeiros contatos com a escrita na escola não acontecem com a mesma naturalidade. Conforme os Parâmetros Curriculares Nacionais (PCNs), o objetivo maior do ensino fundamental é proporcionar a todos a formação básica para a cidadania e criar no ambiente escolar, condições básicas necessárias à aprendizagem. Esta confusão nada mais faz do que decretar a morte do leitor, transformando-o num consumidor passivo de mensagens não significativas e irrelevantes. Da mesma forma, Ferreiro (1995, p. aponta para a relevância da escrita em nossa vida. A autora revela que “[. a escrita pode ser considerada como uma representação da linguagem ou como um código de transcrição gráfica das unidades sonoras”.
Pois estuda os componentes do processo: conteúdos, ensino e aprendizagem. Pode-se compreender também a didática como o conjunto de procedimentos e técnicas aplicadas no ensino curricular que funcionam como norteadores do processo de ensino/aprendizagem, que perpassam pela postura do professor até os recursos utilizados para garantir o objetivo pedagógico. O importante é perceber de que forma as atividades e o planejamento do professor são determinantes para que seu público-alvo absorva com maior ou menor interesse o conteúdo ministrado e assim contribua na maneira como a aula é conduzida. Para Veiga (2006), não se aceita mais que o professor tenha uma didática definida com papel de apenas ensinar o conteúdo, ele deve assumir seu papel de mentor e facilitador, deve priorizar e intermediar o acesso do aluno à informação.
Mas para que isso aconteça suas técnicas precisam ser aprimoradas de forma contínua e seus métodos de ensino e em decorrência disso, suprir as necessidades que cada situação demandar. Do mesmo modo, para Gomes e Medeiros (2005, pp. entendem que a formação de professores pode ser [. encarada como um processo do seu desenvolvimento profissional e pessoal, no sentido de capacitar os [professores] para os desafios colocados pelas mudanças da sociedade contemporânea, bem como para serem capazes de tomar decisões e efetuarem escolhas, fundamentadas perante a incerteza, a instabilidade, a complexidade e a singularidade que caracterizam o ato educativo. Por fim, conclui-se que professores dos diferentes níveis de ensino têm como papel principal desenvolver métodos, técnicas, estratégias de aprendizagens no domínio da Língua Portuguesa tanto nas situações de compreensão e expressão oral, como de leitura e da escrita, promovendo a compreensão e construção de discursos orais e escritos com diferentes níveis, diversos pontos de vista, públicos distintos e inúmeras finalidades, derrubando barreiras que limitam a capacidade de desenvolvimento da leitura e da escrita.
CONSIDERAÇÕES FINAIS No tocante as razões que levam as dificuldades de aprendizagem, observa-se que fatores orgânicos, fatores específicos, fatores cognitivos, fatores afetivos e emocionais e fator escola interagem ente si quando o assunto se volta ao desenvolvimento intelectual dos alunos, tanto dentro como fora do ambiente escolar. Psicologia em estudo, v. n. p. Disponível em: http://www. scielo. pdf. Acesso em: 12 nov. BECK, Bianca Lopes. As inter-relações no espaço e tempo da sala de aula: implicações na produção de conhecimento escolar. Disponível em: https://publicacoeseventos. BRASIL. Parâmetros Curriculares Nacionais: adaptações curriculares. Estratégias para Educação de Alunos com Necessidades Educacionais Especiais. Brasília: MEC/Seesp, 1998. Ministério da Educação. Rio de Janeiro: RJ. CAGLIARI, Luiz Carlos. Alfabetização e Lingüística.
ed. São Paulo: Scipione, 1997. FERREIRO, Emília. Reflexões sobre alfabetização. Tradução Horácio Gonzalez (et. al. ed. Pedagogia da autonomia: sobre os saberes necessários à prática educativa. ed. São Paulo: Paz e Terra, 1996. GOMES, E. MEDEIROS, T. Dicionário Houaiss da língua portuguesa. Rio de Janeiro: Objetiva, 2001. LOUGGRAN, J. A Construção do conhecimento e o aprender a ensinar sobre o ensino. In A. MEIRELES, M. Formação inicial de professores: a reflexão dos professores e a pedagogia da escrita. In I. Alarcão, A. Cachapuz, T. SILVA, Ezequiel Teodoro da. O ato de ler: fundamentos psicológicos para uma nova pedagogia da leitura. ed. São Paulo: Cortez Autores Associados, 1987. SILVA, Jasiele Aparecida de Oliveira. Técnicas de ensino: novos tempos, novas configurações.
Papirus Editora, 2006. SILVA, Silvana de Souza Conceição da; GUIMARÃES, Luiza Angélica Paschoeto. Fracasso e sucesso escolar na sociedade brasileira: De 1990 aos Dias Atuais. Episteme Transversalis, [S. Acesso em: 11 nov.
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