DIAGNÓSTICO E IMPORTÂNCIA DA ASSISTÊNCIA TÉCNICA RURAL NA REGIÃO DE PANAMBI-RS

Tipo de documento:Redação

Área de estudo:Outro

Documento 1

Quando se trata a respeito do agronegócio, deve-se verificar a existência de uma cadeia complexa de organizações, onde estão inseridas as produções advindas das propriedades rurais. O estudo apresenta inicialmente um panorama da situação atual do Brasil em relação da caracterização do agronegócio nacional, depois faz uma abordagem a respeito da historicidade da assistência técnica de extensão rural, onde é também realizado um estudo de caso da importância e diagnóstico de tal assistência em relação ao município de Panambi no estado do Rio Grande do Sul. Sendo assim, o objetivo geral deste trabalho é a discussão a respeito da importância da presença de um técnico nas propriedades rurais para o desenvolvimento do agronegócio nacional tendo como foco a produção agrícola no município de Panambi, localizada na região noroeste do Estado do Rio Grande do Sul.

Como objetivos específicos, buscou-se, a caracterização da região; a importância das práticas de assistência técnica rural, bem como as políticas que norteiam tais medidas. Palavras-chaves: Agronegócio. REFERÊNCIAS 25 1. INTRODUÇÃO O Agronegócio é o setor da economia responsável pela geração de muitos empregos que estão ligados a ele direta ou indiretamente, uma vez que o país apresenta características de seu potencial econômico voltado para a agricultura. Logo, observa-se que o agronegócio no Brasil evolui significativamente com o passar dos anos, fazendo com que a tecnologia que é empregada no setor possa gerar profissionais cada vez mais capacitados proporcionando um clima favorável em todas as extensões de terras agricultáveis no território nacional. Com os estudos desenvolvidos na área e o emprego de novas técnicas observa-se uma expansão do país e seu crescimento favorável em se tornar um dos principais fornecedores de alimentos do mundo.

Em contraponto dentro do mercado interno pode-se observar, que o consumidor brasileiro busca uma melhor qualidade nos produtos que estão disponíveis para comercialização ao mesmo tempo em que anseia por novos. Fornecendo assim, um panorama em relação aos acertos e erros cometidos por profissionais da área do agronegócio na região, identificando ainda as dificuldades e os erros dos técnicos em relação à abordagem do produtor rural e por fim, realçar a viabilização de um diagnóstico detalhado que poderá auxiliar para a prestação dos serviços em assistência técnica ao produtor. DESENVOLVIMENTO 2. Agronegócio: uma abordagem sistemática Com a modernidade da atual sociedade o setor da agricultura não pode ser dissociado dos demais uma vez que tal atividade é responsável por garantir a produção, transformação, distribuição bem como o consumo dos alimentos.

Esses vários agentes que estão envolvidos dentro do sistema produtivo do campo são conhecidos como agronegócio ou complexo agroindustrial. Segundo Houaiss e Villar (2001), o agronegócio pode ser definido como “Processos ou operações relacionadas à agricultura e à pecuária desde a produção de seus produtos até à comercialização dos mesmos”. MIRANDA, et. al. Assim, pode-se dizer que a competitividade que é desempenhada por uma empresa acaba por ser influenciada por fatores internos que condizem com os aspectos gerenciais e operacionais bem como os fatores externos que estão relacionados com as condições macroeconômicas do ambiente ao qual a empresa atua. Em se tratando do desempenho do agronegócio, pode-se considerar que o desempenho do setor depende das condições climáticas. O setor do agronegócio necessita de constantes pesquisas e adequações das técnicas que são empregadas uma vez que, a sazonalidade da produção, a perecibilidade dos produtos juntamente com a influência dos fatores biológicos acaba por repercutir na produção animal e vegetal e por este motivo merecem uma atenção específica.

CASTRO, 2015). A Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária – Embrapa surgiu no ano de 1973 sendo está vinculada ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, tendo como objetivo central desenvolver um modelo de agricultura e pecuária que seja genuinamente brasileiro visando ultrapassar os limites e desafios que se apresentam na produção de alimentos, fibras e energia do país. Por meio das técnicas desenvolvidas pela Embrapa a agropecuária do país atingiu o patamar das mais eficientes e sustentáveis do planeta. Foi incorporada uma larga área de terra degrada os cerrados aos sistemas produtivos, sendo está região responsável por aproximadamente 50% de toda a produção de grãos do país. Por meio do foco em inovação a empresa desenvolve várias estratégias buscando uma diversificação da atuação do país na agricultura seja ela empresarial ou familiar, buscando por meio das inovações, manter as práticas ancestrais praticadas nas comunidades tradicionais brasileiras.

Excelência Somos comprometidos com a realização do nosso trabalho e empenhados em entregar os melhores resultados com alto grau de qualidade. Flexibilidade Adaptamo-nos às mudanças e buscamos soluções criativas para as necessidades e os desafios da agricultura Cooperação Prezamos o trabalho em equipe, com colaboração e transdisciplinaridade. Ética Trabalhamos para o bem comum, com respeito ao próximo e integridade. Responsabilidade ambiental Buscamos soluções que possam devolver para a sociedade os investimentos realizados de forma comprometida com o meio ambiente. Transparência Nossas ações são pautadas pela publicidade e compartilhamento de informações para uma comunicação aberta com todos os interlocutores Fonte: Embrapa 2020 O orçamento da empresa é definido pela Lei Orçamentária Anual, na qual são definidas as prioridades do Plano Plurianual em relação às metas que deverão ser atingidas naquele determinado período.

Por meio dessa estrutura e empresa busca garantir os elementos norteadores para os trabalhos que são desenvolvidos. Com a extinção da Embrater e a crise fiscal que se originou na década de 80 e 90 a oferta dos ATER por meio das instituições públicas reduziu-se drasticamente, fazendo com que os agricultores familiares fossem prejudicados. Fazendo com que esses produtores tenham contato apenas com agrônomos, veterinários, zootecnistas e técnicos agrícolas das empresas ao qual adquirem os produtos e insumos. CASTRO, 2015). Por meio do processo de compra de produtos, os agricultores recebem uma assistência em relação a alguma operação que envolve o ciclo de produção agrícola, a adubação, a semeadura e o controle fitossanitário. Assim, busca-se a consolidação de estratégias que visam o desenvolvimento rural por meio de práticas sustentáveis, que acabem por estimular a geração de renda e de novos postos de trabalho.

Tais práticas irão potencializar as atividades agrícolas em relação á oferta de alimentos sadios e matérias primas, além de viabilizar estratégias voltadas à comercialização em nível local, regional e internacional. PETTAN, 2010). Quadro 3: ATER Convencional e ATER Agroecológica Indicadores Extensão Rural Convencional Extensão Rural Agroecológica Bases teóricas e ideológicas Teoria da Difusão de Inovações. Conhecimento científico em primeiro lugar Desenvolvimento local. Evitar ou diminuir impactos ao ambiente e aos estilos de vida. Compreensão da agricultura Aplicação de técnicas e práticas agrícolas. Simplificação e especialização Processo produtivo complexo e diversificado, em que ocorre a co-evolução das culturas e dos agrossistemas. Agricultura sustentável Intensificação verde. Aplicação de tecnologias mais brandas e práticas conservacionistas em sistemas convencionais.

Educação Persuasiva. Educar para a adoção de novas técnicas. Induzir ao cambio social. Democrática e participativa Incrementar o poder dos agricultores para que decidam. Papel do agente Professor. Para que seja possível suprir as demandas em relação ao desenvolvimento do setor do agronegócio, foi criado em 15 de abri de 1993 o Sistema Nacional de Aprendizagem Rural no Rio Grande do Sul- Senar, tendo como foco à criação de ações que estão voltadas para a formação profissional dirigida as famílias dos produtores rurais, a fim de contribuir para a integração e melhora na qualidade de vida desses indivíduos agregado ao desenvolvimento de sua produção rural. SENAR, 2021). Seguindo essa perspectiva, os objetivos para o cumprimento de tal significância formativa dos produtores rurais são obtidos por meio de ações que visam: I: Organizar, administrar e executar, no território do Estado do Rio Grande do Sul, o ensino da Formação Profissional Rural e a Promoção Social dos exercentes da atividade rural e dos trabalhadores das agroindústrias e suas famílias que atuem exclusivamente na produção primária de origem animal e vegetal.

II: Assistir as entidades empregadoras na elaboração e execução de programas de treinamento e na realização da aprendizagem metódica ministrada no próprio emprego. III: Com base nos princípios da livre iniciativa e da economia de mercado, estabelecer e difundir metodologias adequadas à Formação Profissional Rural e Promoção Social do exercente da atividade rural. Os profissionais deverão ser especialistas na área de agronomia, medicina veterinária ou zootecnia e tem experiência com assistência técnica. SENAR-RS, 2020). Para que os produtores rurais possam fazer parte do programa de Assistência Técnica Gerencial, os mesmo deverão atuar em uma das quatro cadeias sendo elas: bovinocultura de leite e de corte, ovinocultura ou agricultura de grãos. Após será necessário procurar o sindicato rural que faz a pré-seleção dos participantes interessados e posteriormente encaminha as informações dos produtores para o Senar-RS.

SENAR-RS, 2020). Gráfico 3: Utilização das Terras, em hectares Fonte: IBGE 2017, adaptado Em relação às técnicas de cultivo observa-se que 58% não fazem adubação, e dos que fazem adubação 20% fazem somente adubação química, 12% fazem somente adubação orgânica e 11% realizam a adubação química e orgânica. Gráfico 4: Uso de adubação Fonte: IBGE 2017, adaptado Quando tratado a respeito do uso de agrotóxicos, nota-se que 65% dos estabelecimentos não fazem uso de tal produto, 32% fez uso de agrotóxicos e 3% faz uso de agrotóxicos, porém não houve a necessidade de tal uso em sua produção. Gráfico 5: Uso de agrotóxicos Fonte: IBGE 2017, adaptado Para o sistema de preparo do solo 45% dos estabelecimentos realiza o cultivo convencional, 36% o cultivo mínimo e 19% usa a prática de plantio direto na palha.

Gráfico 6: Sistema de preparo do solo Fonte: IBGE 2017, adaptado Por meio do censo realizado em 2017 é possível conhecer os estabelecimentos agropecuários bem como os trabalhadores rurais, por meio da quantificação do que é produzido nas lavouras, na pecuária bem como na agroindústria do Rio Grande do Sul. Observando-se a existência de 365 mil estabelecimentos agropecuários no estado que acabam por representar 21,7 milhões de hectares. O município apresenta uma alta concentração fundiária sendo que 52,8% dos estabelecimentos apresentavam menos 20 ha de terra e apenas 10,5% da área agrícola total. Em contraponto, 16% dos estabelecimentos agropecuários ocupavam cerca de 65% da área agrícola total. Dados estes, informados segundo o Censo do IBGE do ano de 2006. Em relação à agricultura a produção de grãos merece destaque no município, sendo de grande relevância as culturas de soja, milho e trigo, conforme é apresentado no gráfico abaixo o desempenho de tais culturas ao longo dos anos.

Gráfico 7: Área colhida dos principais cultivos Fonte: IBGE 2010 A agricultura praticada no município é predominantemente por pequenos produtores familiares que são pouco capitalizados ou descapitalizados. Logo, os agricultores do município desenvolvem sistemas de produção pouco intensivos apresentando assim, uma alta demanda por especialistas técnicos e de extensão rural que possam auxilia-los em suas demandas. Além disso, observa-se que a região possui, em sua maioria, pequenos e médios produtores rurais, sendo predominante a prática da agricultura familiar. Logo, sem a parceria do Estado com a assistência técnica rural de maneira gratuita inviabiliza a contratação desses serviços pelos produtores rurais. Em suma, o seu único contato com tais profissionais acaba por se fazer por meio da compra de insumos e produtos, e estes como representantes de empresas que visam o ‘lucro’ acaba por ser muito superficial sua assistência técnica o que dificulta o desenvolvimento do sistema agrícola da região.

REFERÊNCIAS ALVES, Bruno José; ROMANI, Luciana Alvim Santos; OTAVIAN, Adriano Franzoni. Análise de conteúdo. São Paulo: Edições 70, 2011, 229p. Revista Eletrônica de Educação. São Carlos, SP: UFSCar, v. no. Disponível em: http://repositorio. ipea. g ov. br/bitstream/11058/6492/1/BRU_n12_Desafios. pdf. Rio de Janeiro: Objetiva. p. Disponível em: https://www. dicio. com. MIRANDA, Silvia Helena Galvão de; XIMENES, Valquiria Prezotto; BADEJO, Marcelo Silveira. Agronegócios. Curitiba: InterSaberes, 2015. MEIRA, Carlos Alberto Alves; MANCINI, Adauto Luiz; MAXIMO, Fernando Attique; FILETO, Renato; MASSRUHÁ, Silvia Maria Fonseca Silveira. Agroinformática: qualidade e produtividade na agricultura. Acesso em: 15 jan. MENDES, Judas Tadeu Grassi; PADILHA JUNIOR, João Batista. Agronegócio: uma abordagem econômica. São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2007. PETTAN, Kleber Batista. Disponível em: http://www.

senar-rs. com. br/senar. Acesso em: 21 jan.  São Paulo em Perspectiva, [s. l. v. n. p. p. abr. Disponível em: http://seer. sct. embra pa. pdf?sequence=1&isAllowed=y. Acesso em: 16 jan.

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