Concre-eco; Proposta de logística reversa na adição de fibras à materiais da construção civil

Tipo de documento:Revisão Textual

Área de estudo:Engenharias

Documento 1

Um dos aspectos evidenciados como relevantes e inerentes ao desenvolvimento de determinada sociedade, é o destino de seus resíduos sólidos comumente denominado de “lixo”. De acordo Mucelin; Bellini (2008) o consumo diário de produtos industrializados é responsável pela produção contínua de lixo. Segundo De Almeida et. al (2013) esse alarmante montante de lixo gerado cotidianamente converte-se em danos ambientais muitas vezes irreversíveis, produzindo desequilíbrios ecológicos e colocando em risco a dinâmica natural da Terra. Segundo Fernandez (2011) A construção civil e suas ramificações é um importante segmento presente na indústria brasileira, vista com um indicador do crescimento econômico e social. Segundo De Brito, et al (2005) nessa essência, a logística reversa (LR) tem sido abordada como uma alternativa plausível e viável para manejar a reutilização dos resíduos por possibilitar atendimento aos requisitos em torno destes benefícios.

Segundo Silva e Barros (2019) as iniciativas relacionadas à logística reversa têm trazido consigo consideráveis retornos para as empresas. Economias com a utilização de embalagens retornáveis ou com o reaproveitamento de materiais para produção têm favorecido ganhos que estimulam cada vez mais novas iniciativas a utilização da mesma nos processos dentro das empresas. Logística reversa A logística reversa (LR) tem sido citada com alta frequência em livros empresariais, revistas e artigos científicos internacionais e nacionais demonstrando sua aplicabilidade em diversos setores e segmentos empresariais, alguns autores trazem definições da logística reversa e do que se trata, a logística reversa será abordada em ordem cronológica de acordo com suas definições. Em C. Figura 1 – Área de atuação da LR.

Fonte: Autor (2020) Segundo Leite (2003) denomina-se de logística reversa de pós-venda a específica área atuante que ocupa o equacionamento e operacionalização do fluxo de materiais e informações logísticas referentes aos bens de pós-venda, sem uso ou com pouco uso, que por diversos motivos retornam aos diferentes elos da cadeia de distribuição direta, que se constituem de uma parte dos canais reversos pelo qual os produtos fluem. Sua finalidade estratégica é agregar valor ao produto logístico ao ser devolvido por razões comerciais, como erros no processamento de pedidos, garantia atribuída do fabricante, defeitos ou falhas no funcionamento do produto, avarias causadas no transporte, entre demais motivos. Este fluxo inverso se estabelecerá entre os variados elos da cadeia de distribuição direta dependendo da finalidade estratégica ou razão de seu retorno.

Ainda referente ao autor, a logística reserva de pós-consumo define-se como área de atuação da logística reversa que igualmente equaciona e opera o fluxo de materiais e informações referentes aos bens de pós-consumo descartados pela sociedade em geral, retornando ao ciclo produtivo por meio de canais de distribuição reversos específicos. São classificados como resíduos A: recicláveis como agregados; são classificados como B: recicláveis para outras destinações; são classificados como C: recicláveis, porém sem tecnologia economicamente viável; e são classificados como D: resíduos perigosos. Segundo Kourmpanis, et al (2008) caracterizar os resíduos originados pela construção civil é de suma importância para analisar e diagnosticar quais tipos de resíduos são gerados em maior quantidade no canteiro de obra, o que auxilia a tomada de decisão com base em evidências para poder selecionar medidas cabíveis sobre os métodos e equipamentos a serem utilizados no processo de reciclagem do RCC.

Mercado comercial de frutas no estado do RN e seus desperdícios Segundo o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas (SEBRAE) referente ao ano de 2018, o Rio Grande do Norte é o segundo maior exportador de frutas do Brasil, perdendo para Bahia que ocupa o primeiro lugar e ficando acima de Pernambuco que está em terceiro lugar, o que demonstra a forte produção de frutas não somente no RN, mas na região litoral do Nordeste. No estado do RN todas as suas áreas produzem frutas, fortalecendo o mercado comercial da região, agregando a economia do estado. Figura 2 – Regiões frutíferas do estado. Porém como todo comércio se há perda de produtos, no processo de exportação é normal que algumas frutas pereçam ao percorrer o caminho até o seu destino final, seja por mal condicionamento no transporte e estoque, embalagem mal planejada ou o controle de qualidade, gerando avarias.

Fundamentação teórica 5. Logística integral Segundo Tadeu et al. a logística reversa abrange toda a logística tradicional, pensando desde a redução das quantidades de matéria prima até o momento da destinação final, por tanto a logística reversa também pode ser denominada de logística integral ou logística inversa. Política nacional dos resíduos sólidos (PNRS) Segundo Brasil (2010) a lei n. não ultrapassam as concentrações preconizadas pelos padrões de potabilidade da água, executando-se padrão como, cor, dureza e sabor. Partindo da origem do material, os resíduos podem ser classificados em domiciliares, de serviços de saúde, comerciais, industriais de varrição radioativos, de portos e aeroportos, dentre outros. Aplicação da logística reversa agregada ao mercado da construção civil e frutífero Considerando a influência de ambos os mercados na economia do estado, foi-se aplicado a logística reversa nos materiais sem valor identificados em suas respectivas atividades.

Na construção civil foram selecionados os RCDs, uma vez que além de não terem mais valor na cadeia produtiva e os mesmos geram grandes impactos ambientais. No mercado da fruticultura foram selecionadas as buchas das frutas, uma vez que as mesmas não geram valor em seu mercado após seu consumo. Entretanto evidencia-se maior incidência nos corpos de prova que apontam a presença da fibra, sendo justificado pelo aumento da umidade, sequenciando um nível maior da porosidade presenciada nesse traço. Destaca-se que a produção dos blocos foram realizadas por uma parceria de pesquisa, na qual neste trabalho apenas expomos a relação da aplicação da logística reversa dentro de ambos mercados e o processo metodológico da fabricação do bloco e suas características, fruticultura e construção civil, para reintegrar seus resíduos na cadeia produtiva e ainda os retirar do meio ambiente, reduzindo seus impactos.

Conclui-se que a adição das fibras tem grande potencial para ambos os mercados, pois além de trazer resultados positivos como o bloco com a fibra de abacaxi adicionada juntamente aos resíduos, se é estimulada a prática da logística reversa, contribuindo para a retirada desses materiais do meio ambiente e sua reintegração na cadeia produtiva. Referências ABNT - Associação Brasileira de Normas Técnicas - NBR 10004: Resíduos Sólidos - Classificação. Rio de Janeiro, 2004. BRASIL. Lei nº 12. de 2 de agosto de 2010. Institui a Política Nacional de Resíduos Sólidos. Brasília, DF: Diário Oficial da União, 2010. n. p. DE ALMEIDA, Ellen Maria Pestili et al. Educação Ambiental na escola: estudo da relação entre a alimentação e a produção de resíduos.

Revista Brasileira de Educação Ambiental (RevBEA), v. B. agosto de 2011). Resíduos da Construção Civil. pp. GONÇALVES, Max Filipe Silva et al. An integrated approach for the management of demolition waste in Cyprus. Waste Management & Research, n. p. LEITE, Paulo Roberto. Logística reversa. Rev. Sociedade & Natureza, Uberlândia, 20 (1): 111-124, jun. NAGALLI, André. Gerenciamento de resíduos sólidos na construção civil. Oficina de Textos, 2016. Solid waste management in African cities: sorting the facts from the fads in Accra. Habitat International, 39, 96–104. Pequenas empresas: Transformando o RN. Disponível em:. Acesso em: 25 de outubro, 2019. Reno, University of Nevada: 1999. SILVA, Wesley; BARROS, Carlos Heitos. SIMULAÇÃO DO DESEMPENHO LOGÍSTICO REVERSO NA INDÚSTRIA FARMACÊUTICA EM SITUAÇÕES DE SURTO DE DOENÇAS INFECCIOSAS: UMA ABORDAGEM BASEADA NO MODELO SIR.

Brazilian Journal of Production Engineering-BJPE, v. n.

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