Como Émile Durkheim interpretava as greves revoluções e revoltas

Estudou no colégio d´Epinal e no Liceu, que se localiza em Paris. Estudou Filosofia na Escola Normal de Ensino Superior de Paris. O fato de Durkheim não ter aceitado sua herança judaica e não ter seguido as doutrinas que seus antecedentes passaram para ele, pode ter influenciado no teor de seus estudos e de suas preocupações religiosas, preferindo analisá-las e desde o ponto de vida social. Estudou as teses e teorias de Auguste Comte e Herbert Spencer, o que fez com que conferisse uma matriz científica para seus estudos. O ponto central de sua investigação nesse novo campo científico seria o fato social, que pode ser visto como um conjunto de maneiras que estão no centro focal da sociedade. Durkheim escreveu obras que se tornaram concretas, definitivas e importantes para o ramo da sociologia, No livro "Da Divisão do Trabalho Social" (1893), ele estabeleceu as bases da sociedade fazendo uma comparação com um organismo vivo, onde cada parte funcionava dependentemente de outra.

Assim, numa sociedade doente, como ele denominava, de anomia, a cura para melhor funcionamento social seria a solidariedade orgânica. Émile é responsável pela formulação de diversas teorias estudadas até os dias de hoje. Dentre essas, algumas merecem grande destaque pela observação, a validade metodológica das pesquisas e a complexidade das reflexões suscitadas. Entre as suas mais renomadas teorias está a do fato social. Assim, fato social é toda ação que responde as normas sociais externas e e muito anteriores a sua individualidade, vontade e consciência individual. A partir desse ponto, percebemos que as instituições sociais como a escola e igreja, por exemplo, servem como aparelho para a formação dessa consciência coletiva que mantém a ordem em nossa sociedade. Durkheim também aborda essa questão, o papel dessas instituições na propagação das normas sociais que regem o convívio da sociedade em um todo, e inclusive, defende suas ações dentro de uma sociedade uma vez que eles acreditava que de fato os homens necessitam se sentir seguros, regidos e amparados , quando isso falta em uma sociedade, começam á surgir fenômenos com maior frequência, hoje em dia são extremamente comuns e vistos no cotidiano, eles seriam a criminalidade e o suicídio.

Logo, o indivíduo e suas ações tem grande influência por parte de sua consciência individual e coletiva. Mas o limite entre as duas não são tão nítidos, pois mesmo aquelas decisões consideradas extremamente individuais, como a de tirar a própria vida, tem influência por parte da sociedade e suas condições. Assim, uma sociedade dividida não pode ser normal, pois o fundamental é manter uma solidariedade orgânica decorrente da divisão do trabalho social. Nos dias atuais, podemos comparar as visões, teses e teorias de Durkheim com a grande influência que a mídia e as redes sociais exercem constantemente sobre a vida das pessoas. De fato, os indivíduos estão submetidos a uma coerção exterior, capaz de impor regras sociais, quando resistimos e as contrariamos, elas se tornam nítidas, a partir desse momento, elas são questionadas por alguns, fazendo-nos refletir sobre tal assunto ou o porquê de tantas pessoas se submeterem a tal regra imposta por outros indivíduos.

Além desse exemplo, suas teorias também se aplicam na educação de crianças que, são ensinadas a ver, pensar, sentir, querer e ser algo que não é de sua escolha, não é algo que iria surgir de forma espontânea. Poucas pessoas dão a liberdade para crianças e jovens desenvolverem opiniões próprias, e com a mídia e redes sociais, isso é incomum pois muitos deles tendem á se submeter totalmente a opiniões alheias que não condizem e não são o que realmente pensam. sociologia. com. br/emile-durkheim-teoria-do-fato-social-e-a-teoria-do-suicidio/.