Como a auditoria interna impacta na mitigação de riscos de fraudes no mercado de seguros
Tipo de documento:TCC
Área de estudo:Administração
São Paulo, 2017 FICHA CATALOGRÁFICA FOLHA DE APROVAÇÃO FERNANDA PIRES FAÇANHA AUDITORIA INTERNA Como a auditoria interna impacta na mitigação de riscos de fraudes no mercado de seguros ____ / _____ / _____ Banca Examinadora: _______________________________________ Prof°. Ana Carolina Veronico Coquemala Orientadora _______________________________________ Prof°. Prof°. Julgamento _____________________________ Assinatura ____________________ DEDICATÓRIA (OPCIONAL) AGRADECIMENTOS (OPCIONAL) EPÍGRAFE (OPCIONAL) RESUMO Cada vez mais empresas contam com situações de fraudes e corrupção, situações essas que partem de um ato intencional de cometer um golpe, seja por razões de má fé ou necessidade emergentes, causando inúmeros prejuízos para a organização. Nesse contexto, a Auditoria Interna tem papel fundamental, exercendo a função de investigar e opinar quanto a um processo interno da empresa, através do auditor. LISTA DE FIGURAS Figura 1: Processos de auditoria 14 Figura 3: Introdução ao Código de Conduta de Auditoria Interna 19 Figura 4: Regra de Integridade 20 Figura 8: Perfil do Fraudador I 22 Figura 9: Perfil do Fraudador II 23 Figura 10: Perfil do Fraudador 3 23 Figura 11: Triângulo de Cressey 25 LISTA DE QUADROS Quadro 1: Diferenças entre auditoria interna e externa 16 SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO 11 2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA 13 2.
Auditoria Interna 13 2. Ética 18 2. Fraude 20 3 METODOLOGIA 26 3. Estudo de caso 27 4 ANÁLISE 28 5 CONSIDERAÇÕES FINAIS 31 REFERÊNCIAS 33 1 INTRODUÇÃO Constantemente, tem-se notícias na mídia de fraudes contra empresas por parte de fraudulentos internos ou externos, no Brasil e no mundo. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA Este capítulo, assim como visto da Introdução deste trabalho, pretende desenvolver conteúdos acerca de auditoria interna (seção 2. assim como uma visão geral da área de auditoria e auditoria externa; ética (seção 2. de modo a esclarecer os princípios de conduta de um auditor; e fraude (seção 2. a fim de constituir a base para a análise de caso, contida na seção 4 deste estudo. Auditoria Interna Antes que se possa falar em auditoria interna, é necessário contextualizar a auditoria e defini-la.
Figura 1: Processos de auditoria Fonte: Lima (2009, p. Nesse contexto, há que se falar sobre a importância do auditor e suas competências profissionais, que, segundo Lima (2009), são: • O auditor deve fornecer garantia de que possui competência profissional para realizar o trabalho; • Capacidade para aplicação das normas, procedimentos e técnicas; • Conhecimento dos princípios contábeis, administrativos e da área da auditoria; e • O auditor deve manter a competência profissional por meio de educação e treinamento A auditoria, por conseguinte, pode ser classificada em duas frentes: interna e externa. A auditoria externa, apenas a título de explicação, já que não compõe o objeto de estudo deste trabalho, tem como objetivo a opinião de um profissional sem vínculo empregatício com a organização em questão e pode ser executada em áreas como auditoria de sistemas, recursos humanos, qualidade, demonstrações financeiras, jurídica, ambiental, fiscal, gestão, risco e em obras públicas (LIMA, 2009).
Já auditoria interna, para Cordeiro (2011), é relativa aos trabalhos de um profissional interno da empresa, cabendo a ele a tarefa de analisar detalhadamente políticas e procedimentos internos. A auditoria interna é uma atividade de avaliação independente, dentro de uma organização, para revisar as operações contáveis, financeiras e outras, dentro da finalidade de prestar serviço à administração. Por fim, as normas relativas à administração do órgão de auditoria interna relatam que o gerente da auditoria deve ter a responsabilidade de obter aprovação da administração para declarar a finalidade do órgão. A seguir, a seção 2. insere o conceito de ética e relaciona seu conteúdo com as funções de um auditor, assim como estabelece as normas referentes ao código de ética do auditor interno.
Ética De acordo com Maximiano (2004), a ética pode ser entendida como um campo de conhecimento que trata da avaliação do comportamento das pessoas e das organizações. Ou seja, a ética define, em termos gerais, o que é certo e o que é errado em uma sociedade. O Código de Conduta Ética para Profissionais, estipulado pelo IIA (2014), compreendem: as razões para os códigos, os aspectos e os componentes típicos de um código de conduta ética. De acordo com o Instituto (2014, p. “o principal objetivo de um código de conduta ética para uma organização profissional é promover cultura ética entre profissionais que servem a terceiros”. Sendo assim, a Figura 3 a seguir introduz o Código de Ética de Auditoria Interna: Figura 3: Introdução ao Código de Conduta de Auditoria Interna Fonte: IIA (2014, p.
Todas as disposições regidas no Código de Conduta Ética de Auditoria Interna devem ser cumpridas de forma ampla e qualquer violação às regras devem ser comunicadas ao Conselho de Administradores (IIA, 2014). De acordo com a KPMG (2016), uma pesquisa realizada entre 750 fraudadores, no período de março de 2013 e agosto de 2015, pode revelar o perfil daqueles que comentem a fraude – essa é a terceira pesquisa concluída pela própria KPMG. Dentre os dados mais relevantes, sabe-se que a maior parte dos fraudadores tende a ser do sexo masculino, com idade entre 36 e 55 anos, que trabalham junto à organização por mais de seis anos e que mantém uma posição executiva em operações, finanças ou gestão. Figura 8: Perfil do Fraudador I Fonte: KPMG (2016) Figura 9: Perfil do Fraudador II Fonte: KPMG (2016) Figura 10: Perfil do Fraudador 3 Fonte: KPMG (2016) Com relação às características pessoais, 38% dos fraudadores são vistos como bem respeitados e apenas 10% possuem baixa reputação.
No que diz respeito à evasão do controle, um dos motivos citados por Parodi (2008) na ocorrência de fraudes, a deficiência desse contribuiu para que cerca de 61% de fraudadores executassem suas ações; na Europa, 72% cometeu fraude por encontrar oportunidade na organização (KPMG, 2016). Faz-se relevante saber, também, quais as características da fraude, que, segundo a KPGM (2016), são: • Tecnologia como viabilizador; • A fraude de maior incidência (28%) é a apropriação indébita, seguida de preparação e divulgação fraudulenta de informações financeiras (22%); • 24% das fraudes na África e no Oriente Médio estão localizadas no setor de energia e recursos naturais (ENR); • 26% das fraudes na Oceania estão localizadas no setor público; • 66% das fraudes ocorreram ao longo de um a cinco anos; • 44% dos fraudadores foram detectados por conta de dica, queixa ou canal de denúncias Um fato relevante apontado pela pesquisa da KPGM é que 35% dos fraudadores trabalham na própria empresa em que cometeram a fraude, o que requer da administração um maior controle de suas ações e atividades.
Da mesma forma que é exploratória, é também bibliográfica. A pesquisa bibliográfica é desenvolvida com base em material já elaborado, constituído principalmente de livros e artigos científicos. Embora em quase todos os estudos seja exigido algum tipo de trabalho dessa natureza, há pesquisa desenvolvidas exclusivamente a partir de fontes bibliográficas. A principal vantagem da pesquisa bibliográfica reside no fato de permitir ao investigador a cobertura de uma gama de fenômenos muito mais ampla do que aquela que poderia pesquisar diretamente (GIL, 2002, p. Ainda que seja uma pesquisa exploratória, fundamentada em uma revisão bibliográfica, este trabalho compreende, também, um estudo de caso. Espera-se, ao final da análise, obter considerações finais acerca deste trabalho. • 4 ANÁLISE De modo a analisar o estudo de caso proposto por este trabalho, reitera-se a situação.
Uma auditoria interna, definida pela Circular SUSEP (Superintendência Executiva de Seguros Privados) nº 2492, foi realizada para averiguar a compra de passagens áreas, oferecidas pela empresa XPTO, a fins de trabalho. Dentro do regulamento da compra de passagens, foi estabelecido que, para uma compra realizada com cinco dias de antecedência, e para um valor mínimo, a passagem seria pré-aprovada e emitida. O primeiro passo do trabalho foi solicitar à área auditada uma base de todas as passagens aéreas emitidas e compradas via sistema interno, no período de 01 de janeiro a 31 de dezembro de 2015. Ao ser questionada pela auditoria na fase de circularização, através de email, a colaboradora revelou que o motivo da viagem era relativo a uma visita técnica no Autódromo de Curitiba, para a realização do evento Stock Car.
Na ocasião, não deixou à disposição confirmação de visita técnica, alegando que ela foi conduzida por uma agência em conjunto de sua área. A viagem aconteceu com origem no aeroporto de Congonhas – São Paulo e teve destino para o aeroporto de Curitiba, com ida em 01 de maio de 2015 (sexta-feira) e retorno no dia 03 de maio de 2015 (domingo). A auditoria realizada, conforme dito, não partiu de queixas ou pedidos específicos de gestores, mas sim de uma pauta planejada anualmente pela Superintendência Executiva de Seguros Privados (SUSEP). A área que seria averiguada, porém, não foi estabelecida, ficando a critério do auditor interno, comprovando sua independência. tomou-se como referenciais os autores Attie (2000), Cordeiro (2011) e Lima (2009), assim como foram consultadas as normas, emitidas pela IIA (2014), para os auditores internos.
Na seção 2. conceituou-se a ética a partir da visão de Maximiano (2004) e Valls (1994), valendo-se, também, do Código de Conduta Ética da Auditoria Interna, emitido pela IIA (2014). Para a seção 2. conceituou-se fraude a partir de Parodi (2008), da Norma Brasileira de Contabilidade Técnica e pode-se mostrar o perfil do fraudador, de acordo com pesquisa realizada pela KPMG (2016). Testando o triângulo de Cressey no contexto da convergência às normas internacionais de contabilidade: um estudo empírico sobre comportamento ético de profissionais de contabilidade. REV. ADM. UFSM, Santa Maria, v. n. Auditoria e Governança Corporativa. Curitiba: IESDE, 2011. GIL, Antonio Carlos. Como elaborar projetos de pesquisa. ª ed. MAXIMIANO, Antonio Cesar Amaru. Teoria Geral da Administração: da revolução urbana à revolução digital. ed. – São Paulo: Atlas, 2004.
PARODI, Lorenzo. K. Estudo de Caso: Planejamento e Métodos. Tradução: Daniel Grassi. ed. Porto Alegre: Bookman, 2001.
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