Atividade da EJA , Educação Jovens e Adultos

Contudo, é possível sintetizar o porquê da EJA ser diferente na sua definição como modalidade de ensino reservada sobretudo a jovens, adultos e idosos que, por uma série de possíveis causas, não contaram com a modalidade convencional de ensino no tempo regular. Questão discursiva 2: A EJA é uma modalidade de ensino que possui como público-alvo a população jovem e adulta, ou seja, que já possuem apropriação do mundo. Aponte como a escola pode abarcar essa apropriação de mundo dos sujeitos da EJA. É essencial que a escola que trabalha com a EJA concentre-se no fato de que o vasto e heterogêneo grupo de jovens e adultos provém de variados segmentos da sociedade, e, portanto, já conta com apropriação do mundo, sendo necessário levar a bagagem dos alunos em consideração.

Cabe ao professor realizar determinadas adequações na seleção e na abordagem dos temas, bem como na consideração da realidade do estudante, expandindo seu repertório de modo a possibilitar a aplicação no cotidiano inserido. A função reparadora, para além da restauração de um direito garantido que foi recusado - a saber, o direito à educação - é também a manifestação da igualdade ontológica entre todos os sujeitos, a qual se define pela igualdade de oportunidades e condições geradoras de inserções sociais qualificadoras aos sujeitos no decorrer de suas vidas. A recusa desse direito, visível na história do Brasil, resulta o prejuízo do acesso a um recurso real, social e essencial que deve ser recuperado aos indivíduos lesados pela sua falta, e é justamente nesse campo que atua a função reparadora da EJA.

Questão discursiva 6: A EJA ancora o seu modelo pedagógico em três princípios fundamentais. Dentre esses princípios podemos citar o princípio da equidade. Comente acerca desse princípio. Obviamente, são propostos os pilares e os conhecimentos e habilidades a serem adquiridos de maneira dividida, no entanto, esses quatro caminhos não podem ser separados porque estão interconectados e constituem uma interação com o objetivo único do indivíduo como um todo. O primeiro pilar, de aprender a conhecer, fala da necessidade de moldar prazer ao ato de entender, explorar e montar o conhecimento no intuito de que esse não se torne momentâneo, mas sim duradouro. Já o segundo, aprender a fazer, aborda que não é apropriado se limitar ao aprendizado de um procedimento ou uma tarefa definidamente restrita, pois são envolvidas variadas técnicas a serem trabalhadas e compreendidas a fim de tornar o aprendizado consolidado.

O terceiro pilar, o aprender a conviver, é extremamente importante em virtude de envolver o âmbito mútuo e cooperativo, compreensão e percepção de interdependência, bem como administração de conflitos. Por fim, o quarto pilar fala do aprender a ser, que apesar de soar relativamente abstrato, aborda de algo essencial por envolver a ideia de que a educação visa o desenvolvimento completo do sujeito, apreendendo o ser em si, o que, para Delors, se define por sensibilidade moral, sentido estético e responsabilidade pessoal.