AS METODOLOGIAS ATIVAS DE APRENDIZAGEM COMO PRÁTICA

Tipo de documento:TCC

Área de estudo:Pedagogia

Documento 1

Com uma geração de alunos dinâmicos e curiosos, onde conhecer e incluir cada um deles e propor aulas dinâmicas através da tecnologia e metodologia ativa trará êxito à prática pedagógica, e facilitará o trabalho do professor nessa etapa tão desafiadora de ensino, onde o educador precisa se adaptar e reconstruir sua prática. Palavras-chave: Metodologia Ativa. Ensino Remoto. Pandemia. INTRODUÇÃO O tema escolhido sobre as metodologias ativas de aprendizagem como práticas pedagógicas do ensino remoto em tempos de pandemia, tem por objetivo conhecer algumas ferramentas tecnológicas que auxiliaram o professor nesse período bem como conhecer a metodologia ativa, e os desafios do ensino remoto. METODOLOGIA ATIVA: UM BREVE HISTÓRICO Metodologia é uma palavra derivada de “método”, do Latim “methodus” cujo significado é “caminho ou a via para a realização de algo”.

Método é o processo para se atingir um determinado fim ou para se chegar ao conhecimento. No entanto a metodologia de ensino é a aplicação de diferentes métodos no processo ensino-aprendizagem. O ensino da metodologia ativa ao contrário do que muitos pensam, é antiga, já citada por Aristóteles e pelo pensador chinês Confúcio, que escreveu há 500 A. C. Ela é ativa porque a audição, principalmente quando considerada a tradicional transmissão do conhecimento por meio de aulas expositivas, é uma atividade que “pouco” exige mentalmente dos alunos. Além disso, é difícil saber se a atenção do aprendiz estaria voltada ou não para aquilo que está sendo ouvido. Para Bloom (1977), “a aprendizagem ativa deve engajar os estudantes em atividades reflexivas de ordem superior”. Segundo ele as atividades reflexivas de ordem superior, são aquelas que exigem a elaboração o pensamento: análise, síntese e avaliação.

Seria uma constante reflexão sobre a prática, sobre a adequação à realidade do que estiver sendo aprendido. Pode-se mesmo afirmar que este estabelece uma baliza para pensar sobre o desenvolvimento motor da criança e de sua aprendizagem: O aspecto ativo precede ao passivo no desenvolvimento da natureza da criança; a expressão tem lugar antes que a impressão consciente; o desenvolvimento muscular precede ao sensorial; os movimentos se produzem antes que as sensações conscientes. Creio que o estado de consciência (conciousness) é essencialmente motor e impulsivo; que os estados conscientes tendem a projetar-se em ações. DEWEY, 1978, p. Fazendo uma análise sobre a história educacional de acordo com a tabela 1, percebemos que a educação sempre esteve em processo de mudança e no decorrer do tempo criou-se diversos métodos para trabalhar a aprendizagem ativa e sua diversidade é uma mistura de práticas novas e antigas.

Embora os professores não usem abertamente este termo ou nem tenham consciência de que estavam aplicando a aprendizagem ativa. O foco de seu trabalho era sobre saúde mental, mas alguns de seus estudos começaram a ser aplicados também na área da educação. A Pirâmide de Aprendizagem é um desses casos. Vejamos na pirâmide o que ele propôs através de seus estudos de como o aluno aprende: Figura 2: Pirâmide de William Glasser Fonte: https://educador360. com/gestao/gestao-democratica-protagonismo-infantil/ Esse estudo trouxe uma mudança no paradigma do ensino: em vez de adotar o estilo expositivo - no qual o estudante é um agente passivo no processo de aprendizagem, apenas recebendo os conteúdos; a teoria estimula sua participação ativa para a construção do conhecimento.

De acordo com vários estudos feitos na área, concluiu-se que, entre os meios utilizados para adquirir conhecimento, há alguns cujo processo de assimilação ocorre mais facilmente. Figura 3: Sugestão de leitura para os profissionais de ensino Fonte: Foto da autora Este livro do psiquiatra americano William Glasser, aplicou sua obra a teoria da escolha na educação. De acordo com esta teoria, o professor é um guia para o aluno e não um chefe. Glasser explica que não se deve trabalhar apenas com memorização, porque a maioria dos alunos simplesmente esquecem os conceitos após a aula.  Em vez disso, o psiquiatra sugere que os alunos aprendem efetivamente com você,  fazendo. Ele debate em seu livro como a aula prática para o aluno é crucial no desenvolvimento do conhecimento, que os educandos, indiferente da faixa etária e de suas limitações para aprender, serão protagonistas de suas histórias quando a didática do professor superar as formas tradicionais de ensino.

nos diz que: [. “diversidade como princípio formativo” repercute, necessariamente, nos conteúdos, na organização curricular, nos tempos e nos espaços escolares, no modelo de gestão e de avaliação, nos materiais didáticos, na formação inicial e continuada, nas relações humanas, no sujeito da educação e no modelo de sociedade que a Escola ajuda a construir. SANTA CATARINA, 2014, p. As novas leis garantem um escola capaz de abraçar a diversidade para garantir a todos os alunos, sem exceção, a igualdade de oportunidades. Isto requer a participação e o empenho de toda a comunidade escolar para transformações que devem ocorrer em todos os níveis: infraestrutura, metodologias, práticas pedagógicas e as políticas educacionais. Ao invés de publicar dois textos em sequência, é recomendável mesclar com conteúdos em vídeo e em áudio, por exemplo.

Manter o espírito de grupo: Com o isolamento social, as turmas estão afastadas. Preservar a sensação de pertencimento a um grupo aumenta o engajamento e permite que os estudantes esclareçam dúvidas entre si. É possível criar um grupo da disciplina em aplicativos de mensagens instantâneas, realizar reuniões por videoconferência e lives nas redes sociais, sempre incentivando os comentários. Aproximar conteúdo e realidade: Estabelecer ligações entre o conteúdo aprendido em aula e o cenário de isolamento social gera identificação. Onde os alunos poderão estar acessando os seguintes ícones: Imagens, vídeos, jogos, aulas, mapas, áudios, etc. E como última sugestão: O Aprende Brasil On é uma plataforma de aprendizagem, gestão escolar e comunicação com a família desenvolvida para os municípios conveniados.

Para aprender mais ou reforçar o conteúdo, o aluno conta com trilhas de aprendizagem, vinculada ao Livro Didático Integrado. Já para acompanhar o desenvolvimento do estudante, a família, o professor e o gestor têm acesso a relatórios de desempenho. E, para facilitar e melhorar a comunicação com a família, a escola pode enviar mensagens utilizando a ferramenta. Percebendo que para grande parte das famílias a preocupação maior não é neste momento com o que o seu filho irá ou não aprender, pois muitos estão enfrentando outros problemas de ordem mais urgente, por exemplo, pais que perderam seus empregos e estão com dificuldades de alimentar seus filhos. O problema é gigantesco, uma economia parada, pais desempregados, violência familiar, crianças sem acesso aos conteúdos.

Podemos com isso citar pontos negativos do ensino remoto: • A falta de contato social; • Alguns pais que não tem tempo para realizar as atividades com os filhos devido à rotina de trabalho; • A falta de recurso tecnológico, pois a grande maioria está usando o celular, dificultando o acesso; • A falta da função social da escola (merenda, afetividade, etc. • O trabalho excessivo e burocrático da quantidade de tarefas a serem cumpridas pelo professor, pois além de ter que propor uma nova metodologia, tem os planos de aula, os bimestrais, e para alguns que estão com muitas turmas, os professores de área, por exemplo, existe uma exaustão mental e física para estar dando conta de toda parte burocrática e pedagógica. Outro empecilho é os pais que não tem compreensão das plataformas e mídias digitais educacionais, os professores continuam com a responsabilidade do ensino aprendizagem, os pais estão assessorando os filhos.

Não há um método fechado, mas repensar o papel da escola, e além disso, reconhecer que o país é um dos mais desiguais, onde temos uma pequena parcela muito rica, e outra grande parcela muito pobre. Esse trabalho de conclusão do curso de Pedagogia da Faculdade Futura é uma reflexão sobre a educação em tempo de pandemia, onde há tantos problemas sociais, culturais, históricos que a escola não vai suprir a desigualdade pois está acima da escola, quem precisa resolver são as políticas educacionais na prática. O desafio é grande também para a educação especial, pois o aluno especial precisa muito mais do contato com seu professor, uma vez que precisa de uma atenção especial de acordo com sua deficiência, até porque imagina a dificuldade da professora para adaptar o material online para ele, se na escola adaptar material já é difícil.

Na volta as aulas, o calendário será remodelado, e a grande preocupação é a evasão dessas crianças, muitos pais estarão com medo de deixar o filho voltar a ter contato com muitas pessoas com medo do vírus. Estamos expondo problemas que o país sempre teve, a falta de acesso as condições mínimas as tecnologias é uma forma de violência. Diferenciar o perfil de cada turma e trabalhar as metodologias ativas é uma maneira de ensinar os alunos para que se tornem cada vez mais protagonistas do processo de ensino e aprendizagem, sendo o professor um líder nesse cenário, onde este direciona com metodologias inovadores de acordo com as diferenças de cada turma, para ser como um grande líder o professor é aquele que inspira, instrui e motiva.

Entendo que a reflexão resultante das análises apresentadas neste estudo, permite sugerir que a docência do professor neste período de pandemia deve estar pautada em uma didática que proporcione formas diversificadas de educação, pois a inteligência é estimulável. O uso de esquemas mais eficientes de aprendizagem superará em sua maioria as limitações dos alunos. E como vimos durante a pesquisa à metodologia ativa embora sendo um conceito antigo, ainda não alcançou os patamares desejados quanto sua aplicação das aulas de ensino remoto. Um dos requistos do professor para esse período é entender que a tecnologia é aliada nesse processo de ensino remoto, e existem inúmeros recursos para esse educador estar se reinventando, com criatividade, o professor deve tentar não ser previsível, mas inovar nas aulas para que o aluno se sinta interessado pelo conteúdo, algo que prenda sua atenção.

Porto Alegre: Globo, 1977. BRASIL. Lei nº 9. de 20 de dezembro de 1996. Estabelece as diretrizes e bases da educação nacional. DEWEY, John. Mi credo pedagógico. In Natorp, Dewey, Durkheim. Teoría de la educación y sociedad. Introducción y selección de textos. Pesquisa em Educação: Abordagens Qualitativas. São Paulo: EPU, 1986. MONTAIGNE, Michel de. Ensaios. São Paulo: Editora Abril, 1972.

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