APOSTILA DE FILOSOFIA - 9 ano

Tipo de documento:Redação

Área de estudo:Filosofia

Documento 1

ª Unidade:  O que é estética?  Arte e cultura. ª Unidade:  Arte e o pensamento.  O significado da arte. ESCOLA ADONAI - APOSTILA DE FILOSOFIA – 2019 Diretora: Rose Sacramento Autoria, organização e arte: Dielson Costa 2 Qual a importância da ciência em nossa sociedade? As coisas só podem ser conhecidas através da experiência? ESCOLA ADONAI - APOSTILA DE FILOSOFIA – 2019 Diretora: Rose Sacramento Autoria, organização e arte: Dielson Costa 3 Capítulo 1 – Ciência, tecnologia e valores Senso comum: O senso comum é um conjunto de crenças que se tornam padrão pela tradição, de modo bastante espontâneo e não crítico. Quem nunca ouviu falar, em que manter o chinelo virado é prejudicial para sua mãe, ou que deve-se evitar café e manga, ou até ideologias ainda mais profundas, como comer mamão e ameixa ajuda o processo digestório.

A partir do século XX, tivemos a formação das ciências hibridas, podemos citar a bioética, bioquímica, a mecatrônica, esta fusão visa melhor resolver problemas que exigem mais de uma ciência. ESCOLA ADONAI - APOSTILA DE FILOSOFIA – 2019 Diretora: Rose Sacramento Autoria, organização e arte: Dielson Costa 4 Valores éticos e políticos A importância cientifica da comunidade Conclusões dos estudos cientificos é analisada por outros cientistas, estes são chamados de comunidade cientifica, ela tem papel de criticar e analisar os resultados dos estudos científicos. Para isto, estes cientistas devem possuir conhecimento especifico da área estudada. Além de ter um papel critico importante, a discussão, as divergências de interesses e diferentes métodos, certamente melhoram o resultado final do estudo cientifico.

Antigamente, o papel de realizações cientifica ficavam na “mão” de poucos gênios, hoje, no entanto esta tarefa tem sido realizada em equipe. – Uma equipe de acusação da clonagem, com um advogado representante. Um corpo de jurados, responsável por decidir o veredicto juntamente com o juiz. As equipes de defesa e acusação, terão que montar documentos demonstrando seus argumentos e apresentar este documento ao juiz, nele deve haver a participação de todos os envolvidos do grupo. É possível também que os participantes tragam testemunhas ou utilizem recurso audiovisual para explicar sua tese (desde que avisado previamente). O nosso tema será o Aborto: Argumento de um cientista ateu sobre o aborto: “O fato da ciência não saber onde se inicia a vida, onde ela acaba, nos mostra que nem toda verdade é científica.

br/20 12/02/argumento-cientificos-contra-oaborto. html Argumento de um cientista a favor do aborto: “Uma vez que eu não acredito que bebés humanos sejam pessoas, mas simples pessoas potenciais, e uma vez que eu penso que a destruição de pessoas potenciais é um ato moralmente neutro, a conclusão correta parece-me ser a de que o infanticídio é em si moralmente aceitável. ” Mais, continua o autor: “É razoável conjecturar que estamos a lidar mais com um tabu [o infanticídio] do que com uma proibição racional” Disponível em: (Cf. Michael Tooley, “A Defense of Abortion and Infanticide”, In The Problem of Abortion. st ed. É difícil, porém, abordar o tema do método científico, pois ao dizer o que é esse método, precisamos ao mesmo tempo mostrar que nem sempre é exatamente assim.

Ou seja, por questões didáticas, explicamos as etapas do método científico, mas os exemplos que tiramos do trabalho efetivo do cientista nos levam a reconhecer variações no procedimento descrito. Comecemos pelo procedimento levado a efeito por Claude Bernard (1813-1878), médico e fisiólogo francês conhecido não só por suas experiências em biologia, mas também pelas reflexões sobre o método experimental. As etapas do método científico podem ser observadas numa experiência feita por Bernard com coelhos Perguntamos: será que a observação decorre sempre da observação dos fatos? Mas quais fatos? Quando observamos, já privilegiamos alguns aspectos entre as inúmeras informações caoticamente recebidas. Por exemplo, duas pessoas que observam a mesma paisagem não a registram como uma câmara fotográfica, porque o olhar humano é dirigido por uma intenção e, portanto, tende para certos pontos e não para outros.

Não convém, entretanto, mistificar a formulação da hipótese, apresentando-a como algo misterioso, pois, mesmo em casos em que há nitidamente a intuição adivinhadora, esta é antecipada por conhecimentos, diante dos quais a descoberta representa apenas o momento culminante. É o próprio Newton quem diz a respeito dos movimentos dos corpos celestes que o levaram a conceber as leis básicas da mecânica: "Mantive o tema constantemente diante de mim e esperei até que as primeiras centelhas se abrissem pouco a pouco até a luz total". Tipos de raciocínio Além da imaginação criadora, vários tipos de raciocínio orientam o cientista na proposição de uma hipótese, tais como a indução, a dedução e a analogia. ·Indução: trata-se da generalização de casos diferentes e particulares; por exemplo, na experiência da queda dos corpos, Galileu supõe que todos os corpos caem ao mesmo tempo, independentemente do peso.

Raciocínio hipotético-dedutivo: quando é formulada uma hipótese e comprovam-se empiricamente as consequências que são tiradas dela; por exemplo, a hipótese da teoria da relatividade de Einstein supôs o desvio da luz por um campo gravitacional, o que foi verificado em 1919, por ocasião de um eclipse. No entanto, não se pode superestimar este terceiro critério, porque às vezes a incompatibilidade com teorias anteriores pode indicar um novo caminho válido a ser percorrido. Foi o caso da teoria da relatividade, ao conflitar com a teoria newtoniana. Nesse caso, não houve necessidade de abandonar a antiga teoria, mas definir os campos específicos de aplicação de cada uma delas. A evolução das espécies O feito mais notável da biologia no século XIX, no entanto, foi a teoria da evolução orgânica.

Inicialmente Jean-Baptiste Lamarck levantou uma hipótese sistemática, mas Charles Darwin o superou com um trabalho baseado em exemplares de plantas e animais coletados em suas pesquisas. A polêmica: criacionismo? evolucionismo Vamos debater a questão abaixo: Diante do estudo do Evolucionismo e dos métodos de observação cientifica e o Criacionismo, vamos debater estes temas e de que forma eles podem interagirem-se sem negar seus métodos e crenças. ou As críticas que os cientistas fazem ao criacionismo é que desde a Idade Moderna a ciência se tornou laica, isto é, a fé não deve ser tomada como critério de avaliação de uma teoria. Apenas o que pode ser testado de maneira objetiva e a partir de ampla discussão na comunidade científica deve ser levado em consideração ainda que as teorias possam ser modificadas ao longo do tempo.

Isso não significa desrespeitar ou negar crenças pessoais, mas apenas não aceitá-las como critério de fundamento para teorias científicas, porque a fé não se coaduna com a exigência de evidência empírica e de rigor do método científico. ESCOLA ADONAI - APOSTILA DE FILOSOFIA – 2019 Diretora: Rose Sacramento Autoria, organização e arte: Dielson Costa 11 Capítulo 3 – Ciências Humanas Enquanto as ciências da natureza têm como objeto algo que se encontra fora do sujeito que conhece, as ciências humanas têm como objeto o próprio sujeito cognoscente. Jamais a situação poderia ser provocada para o estudo. Também é preciso saber de que constatações está se partindo: se da observação do comportamento exterior do indivíduo ou de seu relato sobre o que sentiu, a chamada técnica de introspeccão.

Esse procedimento é descartado por aqueles que julgam que esses dados não são confiáveis, pois podem ser falseados por mentiras ou involuntariamente. c) Matematização Se a passagem da física aristotélica para a física clássica de Galileu deu-se pela transformação das qualidades em quantidades, poderse-ia concluir que a ciência será tão rigorosa quanto mais ela for matematizável. Ora, esse ideal é problemático com relação às ciências humanas, cujos fenômenos são essencialmente qualitativos. Por fim, a tradição positivista tem como princípio a explicação causal. Sob esse aspecto, são recusadas as explicações teleológicas (finalistas), descartadas como não científicas. A tendência hermenêutica procede à interpretação do que pensamos conhecer, a fim de decifrar o sentido oculto no sentido aparente, o que significa compreender as peculiaridades únicas de seus objetos.

Não se trata, porém, de uma tendência homogênea, por abrigar pensadores de diferentes linhas, mas que procura estabelecer uma metodologia distinta daquela das ciências da natureza, tendo em vista a especificidade do ser humano Para os fenomenólogos que criticam o uso da terapia reflexológica na reeducação de uma criança manhosa, a manha não é, ela ESCOLA ADONAI - APOSTILA DE FILOSOFIA – 2019 Diretora: Rose Sacramento Autoria, organização e arte: Dielson Costa 13 significa, ou seja, é pela emoção que a criança se exprime na totalidade do seu ser. Ela diz coisas com o choro, e esse choro precisa ser interpretado. Supomos que a distinção feita entre "explicar" e "compreender" nos fornece pistas para discutir a tentativa de definir os métodos das ciências humanas, diante da especificidade desta última.

ESCOLA ADONAI - APOSTILA DE FILOSOFIA – 2019 Diretora: Rose Sacramento Autoria, organização e arte: Dielson Costa 14 ESCOLA ADONAI - APOSTILA DE FILOSOFIA – 2019 Diretora: Rose Sacramento Autoria, organização e arte: Dielson Costa 15 Capítulo 4 – O que é estética? O que é a beleza? Será possível defini-la objetivamente? A beleza De Platão ao classicismo, os filósofos tentaram fundamentar a ojetividade da arte e da beleza. Para Platão, a beleza é a única ideia que resplandece no mundo. Se, por um lado, ele reconhece o caráter sensível do belo, por outro, continua a afirmar sua essência ideal, objetiva. Segundo o pensamento platônico, somos obrigados a admitir a existência do "belo em si" independentemente das obras individuais que, na medida do possível, devem se aproximar desse ideal universal.

O princípio do juízo estético, portanto, é o sentimento do sujeito, e não o conceito do objeto. Entretanto, esse sentimento é despertado pela presença do objeto. Embora seja um sentimento, portanto, subjetivo, individual, há a possibilidade de universalização desse juízo, pois as condições subjetivas da faculdade de julgar são as mesmas em cada ser humano. Belo, portanto, é uma qualidade que atribuímos aos objetos para exprimir um certo estado da nossa subjetividade. Sendo assim, não há uma ideia de belo nem pode haver regras para produzi-lo. No entanto, podemos distinguir, de imediato, dois modos de representação do feio: • A representação do assunto "feio'', como na obra de Rochelle Costi; • E a forma de representação feia. No primeiro caso, embora o assunto "feio'' tenha sido banido do território artístico durante séculos (pelo menos desde a Antiguidade grega até a época medieval), no século XIX ele vem a ser reabilitado.

No momento em que a arte rompe com a ideia de ser cópia do real para ser considerada criação autônoma que tem a função de revelar as possibilidades do real, ela passa a ser avaliada de acordo com a autenticidade da sua proposta e sua capacidade de falar ao sentimento. Só haverá obras feias na medida em que forem malfeitas, isto é, que não correspondam plenamente a sua proposta. Em outras palavras, se houver uma obra feia- neste último sentido - , não haverá obra de arte. a aparente calma do vilarejo. O cipreste, característico dessa região da França batida pelos ventos, estabelece uma ligação entre céu e terra. Formalmente, é o contraponto vertical a uma paisagem basicamente horizontal. Van Gogh compreendia o valor emocional das cores que dão um "estilo grandioso para as coisas".

Usava as cores pelo seu valor expressivo, não se preocupando com o realismo, e menos ainda com a ideia de criar uma ilusão de realidade, da cena. Alguns grafiteiros tornaram-se artistas contemporâneos, como é o caso de Jean Michel Basquiat; outros, em maior número, têm sua obra reconhecida como arte de rua, arte pública, exposta em muitas galerias de arte, como é o caso de John Fekner e Banksy e, no Brasil, dos Gêmeos e Nunca, entre outros. Quais são as diferenças entre cultura e arte? O que está contido em cada um desses universos? São esferas que interagem ou são estanques? O termo cultura tem uma série de significados diferentes, embora próximos, o que causa muita confusão conceitual e dificuldades, inclusive na esfera governamental.

Se existem um Ministério e inúmeras secretarias de Cultura, tanto estaduais quanto municipais, é necessário saber de que objeto esses órgãos se ocupam. A cultura, no sentido etimológico, é o cultivo do ser em seu processo de humanização: é atribuição de significados ao mundo e a nós mesmos, significados esses que são passados adiante e modificados de acordo com as necessidades de cada grupo. A cultura sempre responde a desejos e necessidades dos grupos, das comunidades e da sociedade em geral. Eles aparecem, figuram entre as coisas do mundo e se apoderam de nossa atenção, de nosso sentimento, comovendo-nos, revelando significados internos que são atualizados a cada geração. José Teixeira Coelho Netto, intelectual brasileiro contemporâneo, estabelece várias diferenças entre cultura e arte, em texto no qual discute parâmetros para a criação de uma política cultural e uma política para as artes.

Em primeiro lugar, a cultura é criação coletiva e é dirigida para a comunidade, reforçando seu modo de ser. A arte, ao contrário, é criação individual e dirigida para o indivíduo. Mesmo as artes coletivas, como o cinema, o teatro, a dança, são autorais, isto é, revelam a visão de um criador ou diretor. Ela amplia a esfera da presença do ser, enriquece o indivíduo, ajuda no seu desenvolvimento propriamente humano. A cultura é comunicação, pois, para ser útil, deve ser comunicada. Seu significado circula pela sociedade. A arte expressa um universo. Sua abordagem é interpretativa: não qualquer interpretação, mas a interpretação competente que leve em consideração tudo o que está em jogo na obra. A arte, por sua vez, é uma invenção de algo que não existia antes, não está presa à tradição e não pode se repetir.

Por isso, a cultura é sempre narrativa, conta histórias, resolve problemas, seja o estabelecimento de hábitos, costumes ou dos mitos de origem. A arte não narra, apresenta um fragmento que coloca problemas em vez de resolvê-los. A arte é, sem dúvida, uma pequena parte da cultura, entendida aqui em seu sentido antropológico, mas uma parte privilegiada, fruto do desejo e acolhida pelo sentimento, livre das obrigações, dos deveres a serem cumpridos. Ninguém é obrigado a fazer arte ou a gostar de arte. Ele vê, ou ouve, o que está por trás da aparência exterior do mundo. Por exemplo, a Marcha nupcial, de Mendelsohn, normalmente executada em casamentos durante a entrada da noiva, tem a estrutura do sentimento da alegria. O andamento é rápido e as notas se concentram nas partes mais agudas das escalas, com os clarins anunciando que é chegada a hora da celebração.

Já a Marcha fúnebre, de Chopin, apresenta a forma da tristeza: o andamento é lento, a tonalidade é grave e o tema é repetitivo. Todo artista percebe, pela capacidade seletiva e interpretativa de seus sentidos, formas que não podem ser nomeadas, que não podem ser reduzidas a um discurso verbal explicativo, pois precisam ser sentidas, não explicadas. ESCOLA ADONAI - APOSTILA DE FILOSOFIA – 2019 Diretora: Rose Sacramento Autoria, organização e arte: Dielson Costa 23 Distingue-se do conhecimento, que libera mas não separa, e da loucura, que separa mas não liberta. A imaginação vai servir de mediadora entre o vivido e o pensado, entre a presença bruta do objeto e a representação, entre a acolhida dada pelo corpo (os órgãos dos sentidos) e a ordenação do espírito (pensamento analógico).

A imaginação assume várias formas: ela pode ser a capacidade de formar imagens mentais a partir de objetos que conhecemos como ao nos lembrarmos da fisionomia de um amigo, do som do violão, do gosto de manga, do cheiro de bolo assando ou do nosso corpo se movendo em um salão de dança. Esse tipo de imaginação é chamado de reprodutiva. Mas há também a imaginação criativa, que não depende de termos tido a percepção prévia de algo, isto é, não tem por base o que existe concretamente. O problema do significado, portanto, passa pelo sentido, tanto do ponto de vista sensorial quanto do ponto de vista emocional. Os antigos e os clássicos, que acreditavam na função naturalista da arte, desconfiavam da imaginação.

Os românticos e os modernos a consideram a faculdade criadora por excelência. ESCOLA ADONAI - APOSTILA DE FILOSOFIA – 2019 Diretora: Rose Sacramento Autoria, organização e arte: Dielson Costa 24 Capítulo 7 – O significado da arte Se a interpretação de uma obra de arte depende de termos conhecimento não só das várias linguagens como também da história da arte, dos estilos e dos movimentos, a educação em arte terá um papel fundamental em nossa capacidade de compreender a arte. A educação em arte só pode propor um caminho: o da convivência com as obras de arte. Já se disse que a palavra perderá seu lugar privilegiado na comunicação humana. Podemos discutir a validade dessa afirmação, mas não podemos negar a importância que a imagem tem hoje.

Por isso, aprender a ler a imagem, isto é, os modos como atribuímos significados a elas, é um passo que nos leva à compreensão mais profunda de nossa sociedade e de nossa vida. Dentre as imagens, destacamos as de arte por serem mais difíceis de decodificar, uma vez que a informação estética exige conhecimento específico de linguagens artísticas e de história da arte; conhecimento do contexto de produção da obra; disponibilidade interna para entender a arte a partir de suas propostas. Além disso, ela é inesgotável em uma única leitura e não pode ser traduzida para outra linguagem sem perder parte de seu conteúdo.

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