Antimicrobiano, antitumoral e anti inflamatório e farmacognóstico
Tipo de documento:Artigo acadêmico
Área de estudo:Biologia
Os extratos foram submetidos a ensaios biológicos. A atividade anti-inflamatória foi avaliada pelo método de migração de neutrófilos e testados nas concentrações de 1; 5 e 15 mg. A taxa de hemólise foi determinada utilizando concentrações de 150 µg/mL à 2. µg/mL. No teste antitumoral utilizou-se as células do tumor ascítico de Ehrlich (TAE) e a viabilidade celular foi determinada pelo método colorimétrico de MTT (3-(4,5-dimetiltiazol-2yl)-2,5-difenil brometo de tetrazolina) nos tempos de 24 e 48 horas, em concentrações que variaram de 1024 µg à 1 µg. Entre as espécies encontradas na região amazônica, a Eleutherine plicata (Herb), aparece como espécie mais conhecida pela população que a utilizam popularmente para dores de barriga entre outros males. Inclusive esta espécie está inserida na relação nacional de plantas medicinais do Ministério da Saúde (RENISUS).
A Eleutherine plicata (Herb) é uma planta herbácea podendo ser conhecida através de alguns nomes populares, dependendo da região, como: marupazinho, marupari, palmerinha, marupá-pirranga, marupari, apresentando-se sob a forma de uma touceira, com bulbos vermelhos. Suas folhas são inteiras, plissadas e simples, com flores brancas ou rosadas [5]. Comumente conhecida na região amazônica onde existe na forma de uma moita com bulbos vermelhos como uma cebola e suas folhas são inteiras, plissadas e simples, e suas flores são coloridas de branco a rosa e as lâmpadas vermelhas são amplamente utilizadas na fitoterapia popular brasileira, especialmente na região amazônica [6]. Estudo farmacognóstico de Eleutherine plicata O material vegetal utilizado foi obtido a partir dos bulbos de Eleutherine plicata (Herb) coletadas no Horto Medicinal da XXXXXXXXX, que foram secos em temperatura ambiente à sombra, em local fechado e isento de partículas e demais meios contaminantes.
Os testes deste estudo foram realizados com embasamento descrito para a Farmacopeia Brasileira [13], também os artigos publicados por Camargo et al. e Michelin et al. Após o procedimento de secagem os extratos foram encaminhados para o Laboratório Multidisciplinar II da XXXX onde foram realizados os seguintes testes farmacognósticos: Análise para determinação de taninos presentes nos bulbos Para a obtenção da solução extrativa, adicionou-se 2 g do extrato pulverizado com 40 mL de água destilada, deixando a ferver por um tempo de 2 minutos. Foram realizadas mais duas extrações, com cerca de 10 mL de cada. Posteriormente, realizou-se a filtração com um funil, e adicionou-se ao filtrado 2 mL de ácido sulfúrico (H2SO4) que foi levado ao banho-maria por 1 minuto. Deixou-se o filtrado acidificado esfriar.
Realizou-se a extração em um funil de separação com 10 mL de acetato de etila (C4H8O2), e repetiu-se a extração por mais duas vezes. Adicionou-se cerca de 5 mL da fase orgânica em proveta e acrescentou-se 2 gotas de hidróxido de amônio. Ensaio anti-inflamatório dos extratos metanólico e hexânico de Eleutherine plicata (Herb) Animais Foram selecionados camundongos Swiss machos e fêmeas com idade entre 8 e 12 semanas, procedentes do Biotério da Universidade xxxxx. Na sequencia, as hemácias resultantes do processo de centrifugação, foram incubadas com os extratos metanólico e hexânico nas concentrações de 150, 75, 37. µg/mL durante 1 hora em estufa de CO2. Após este tempo, esta mistura foi centrifugada e retirou-se o sobrenadante que foi transferido em placas de 96 poços e realizou-se a leitura em espectrofotômetro no comprimento de onda de 415nm.
Ensaio para avaliação antitumoral Obtenção de células do Tumor Ascítico de Ehrlich (TAE) As células do TAE foram cedidas pelo Departamento de Patologia da Universidade Estadual Paulista de Botucatu (UNESP) e acondicionadas em freezer com temperatura de -80ºC na concentração de 2X105/mL. Para a realização dos ensaios antitumorais, as células foram descongeladas, centrifugadas por um tempo de 5 minutos a 2000 rotações por minutos (rpm), e desprezando-se o sobrenadante. Para o ensaio, uma suspensão de células, contendo 2x105 células/mL (TAE) foram colocadas em placa de 96 poços e incubadas com meio RPMI contendo 0,0050 mg do extrato metalónico e 0,0050 mg do extrato hexânico, perfazendo um volume final de 200 µL e mantidas em estufa de CO2 5%, a 37ºC.
A viabilidade celular foi avaliada após 24 e 48h da incubação. Em seguida, foi aspirado todo o meio e adicionados 10µL da solução de MTT, em todas as cavidades da placa, e incubada por 4 horas, com abrigo da luz. Após o período de incubação, foi adicionado à solução solubilizadora para solubilizar os cristais de formazan. Posteriormente, as placas foram agitadas, levemente, a temperatura ambiente, por 5-10 min, para que todo o formazan seja solubilizado e foi realizada a leitura a 570nm em leitor tipo ELISA (Spectra Max). Os resultados das reações de identificação de taninos utilizando como reagente cloreto férrico e acetato neutro de chumbo estão descritos na Tabela 2. Tabela 2- Resultados das reações indicativas da presença ou ausência de taninos Reagente Coloração Resultado Cloreto férrico Precipitado com coloração verde Positivo Acetato neutro de chumbo castanho avermelhado com a presença de um precipitado viscoso em pouca quantidade.
Positivo Segundo a metodologia utilizada, a reação positiva para taninos com o reagente cloreto férrico forma um precipitado de cor verde e um precipitado viscoso castanho avermelhado na reação com acetato neutro de chumbo. A partir destes dados nota-se a presença de taninos devido à formação de um precipitado com coloração verde quando em contato com cloreto férrico e um precipitado viscoso com coloração castanho-avermelhado na reação com acetato neutro de chumbo. Os resultados das análises das reações indicativas da presença ou ausência de flavonoides em Eleutherine plicata mostraram que a espécie em estudo apresentou resultado positivo para glicosídeos flavonoídicos (Tabela 3). e 2. µg/mL dos extratos hexânico e metanólico de E. plicata (Herb) está descrita na figura 1.
Figura 1: gráficos da porcentagem de hemólise dos extratos hexanoico e metanólico de E. plicata (Herb) nas concentrações de 150, 75, 37. A avaliação da ação antimicrobiana sobre duas espécies de bactérias E. coli e S. aureus. Os resultados foram expressos em concentração inibitória mínima (em mm) e estão descritos na tabela 5. Tabela 5: Concentração Inibitória Mínima (CIM) dos extratos hexânico e metanólico de Eleutherine plicata (Herb) pelo método de disco de difusão em Agar. A figura 3 demonstra a viabilidade celular em porcentagem (%) nos tempos de 24 e 48 horas sobre a ação do extrato hexânico. Observou-se que a viabilidade celular nas 24 horas nas concentrações de 512; 256 e 4 µg foram significativamente inferiores ao controle. Na incubação de 48 horas com extrato hexanico observa-se que nas concentrações de 512, 256 e 128 µg a viabilidade foi significativo menor em relação ao controle.
Na figura 4 estão descritas as viabilidades celulares em porcentagem (%) do extrato metanóllico nos tempos de 24 e 48 horas. A viabilidade celular do extrato metanólico no período de 24 horas foi significativamente menor nas concentrações de 16, 64, 128, 256 e 512 µg. Em avaliação de metabólitos secundários em uma abordagem fitoquímica identificou como positivo a presença de taninos [6]. A presença de glicosídeos flavonoidicos através das reações de hidróxido de sódio e reação com cloreto de antimônio pode indicar a possibilidade dos estudos relacionados para ação antitumoral, tendo em vista que os flavonoides são responsáveis pela inibição de células anti-inflamatórias. Os resultados das análises das reações indicativas da presença ou ausência de flavonoides em Eleutherine plicata (Herb) mostraram que a espécie apresentou resultado positivo para alcaloides com coloração amarela que se desenvolveu na reação (Tabela 3).
Os antraquinônicos são frequentemente compostos alaranjados, podendo ser observados in situ. Podem estar presentes como fármacos, seja nas formas livres (aglicona ou geninas) ou ligadas a glicídios (na forma de glicosídeos antraquinônicos) [25]. Levando em consideração que a espécie Eleutherine plicata (Herb), usada popularmente para o tratamento de neoplasias. Os resultados desse estudo, no extrato metanólico corroboram com o uso popular na forma empírica. De acordo com estudos realizados a espécie Eleutherine plicata tem indicação medicinal através do uso popular para diarreia e a forma de preparo acontece por infusão [29]. Cadastrada na Relação Nacional de Plantas medicinais de interesse ao SUS (RENISUS), tendo como principal indicação o tratamento de diarreias. Como atividade antibacteriana positiva, considerou-se a formação de halos de inibição (HI) iguais ou superiores a 6 milímetros de diâmetro (DE-BONA et al.
Os grupos de animais tratados com extrato vegetal de Eleutherine plicata (Herb) hexânico e metalónico quando comparado com o grupo 2 apenas tratado com carragenina, não demonstraram diferença estatística sugerindo que os extratos em questão não possuem atividade anti-inflamatória. Para os estudos antitumorais foram avaliados através dos extratos hexânico e metanólico dentro de um intervalo de tempo de 24 horas e 48 horas. No extrato hexânico a viabilidade celular foi apresentou baixo comprometimento em ambos os intervalos de tempo estudado. Enquanto nos testes antitumorais com extrato hexânico observou-se que a diluição de 12 µg em 24 horas apresentou uma taxa de viabilidade celular de aproximadamente 40%, sendo que a diluição no período de 48 horas também foi significativa, porém não se manteve durante o período de avaliação.
A atividade antimicrobiana apresentou halos de inibição significativos apenas no extrato metanólico sobre E. Timber Press, Portland. p. cnptia. embrapa. br/digital/bitstream/item/83550/1/EstudoFenologico. L. R. Eleutherine plicata – quinones and antioxidant activity. InTech, 14, 323–338. PADHI, Laxmipriya; PANDA, Sujogya Kumar. j. jacme. Do Q. D. Angkawijaya E. (9) Pan J. Zhang Y. Z. Li W. Y. Wu P. F. Zhu Q. H. Anti‐inflammatory, analgesic and strengthening Yang activities of ethanol extract from Eleutherine plicata . The Chinese Journal of Clinical Pharmacology, 6, 89–91. (12) (13) BRASIL. Ministério da Saúde. Agencia Nacional de Vigilância Sanitária. Farmacopeia Brasileira. et. al. Controle de qualidade dos extratos polares de Turnera diffusa Willd. ex Schult. Turneraceae. G. SACRAMENTO, L. V. S. VILEGAS, W. PAIVA, J. S. LAMEIRA, O. A. OLIVEIRA, E. br/up/67/o/semi2011_Fernanda_Castejon_1c.
pdf>. Acesso em: 20 out. FONSECA, Karina Zonoti et al. Perguntas mais frequentes sobre os flavonoides. n. p. jul. Semestral. Disponível em: <https://pos. Disponível em: <http://www1. ufmt. br/ufmt/unidade/userfiles/publicacoes/c1660cb1b905c9c944bd30a6eb6aad8e. pdf>. Acesso em: 20 out. org/10. j. jacme. GALUCIO, Natasha Costa da Rocha. ESTUDOS DE CITOTOXICIDADE E GENOTOXICIDADE DE Eleutherine plicata Herb. M. A. F et al. Etnobotânica de espécies vegetais medicinais no tratamento de transtornos do sistema gastrointestinal. Revista Brasileira de Plantas Medicinais, Campinas, v.
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