A importância e efeito das manifestações artísticas e populares no período de redemocratização do Brasil
CIDADE ANO AGRADECIMENTOS DEDICATÓRIA RESUMO As manifestações artísticas e populares no Brasil na época da ditadura até o período de redemocratização foram críticas veladas através de músicas, filmes, dentre outras obras criticando o governo até então vigente tentando retirá-lo do poder e reabrir o Brasil para a redemocratização. Este trabalho, busca representar por meio da exploração literária, a importância destas manifestações, explorando um pouco delas a fim de demonstrar o seu impacto na redemocratização. Palavras-chaves: Manifestações, redemocratização, impacto. ABASTRACT As artistic and popular manifestations in Brazil, the time of demobilization to the period of redemocratization of human genres through songs, films, commentaries and critiques can be used to redefine the law and make redemocratization.
This report, entrepreneur inventory to the literary explorations, aidance these manifestations, exploring ofs. Dos festivais de música despontam compositores e intérpretes das chamadas canções de protesto, como Geraldo Vandré, Chico Buarque de Holanda e Elis Regina. No cinema, os trabalhos de Cacá Diegues e Glauber Rocha levam para as telas a história de um povo que perde seus direitos mínimos. Segundo Terra (2013, p. os festivais de música serviram de contraponto à ditadura, além de revelar nomes de peso que estão em evidência até hoje, ainda lançou modismos que são falados nos dias atuais. Entre 1965 e 1972, o país parou muitas vezes para discutir letras, harmonias, melodias e ideologias políticas por causa dos festivais, que somam importância ímpar para nossa cultura.
O Estado reprimia e censurava as manifestações artísticas, atingindo diretamente os artistas que incorporaram a crítica cultural e política nas suas experimentações e estagnado grande parte dos setores culturais. Antes do golpe, por exemplo, o teatro buscava o apoio do governo para levar o público aos palcos. Depois dele, os palcos foram destruídos. Assim, o objetivo geral deste trabalho é dar visibilidade a estas manifestações e ampliar o conhecimento atual sobre parte importante da história do Brasil no que se refere a liberdade de um povo. Para conseguir dar essa visibilidade, a metodologia escolhida foi a pesquisa bibliográfica onde realizou-se uma leitura sistemática de artigos sobre o assunto, seguido de análise e interpretação dos dados. A fim de manter o foco na importância das manifestações artísticas, este trabalho desenvolve-se marcando a importância das movimentações artísticas nesse período.
Durante a ditadura militar, a cultura avançou no que se refere a resistÊncia, principalmente porque era diversa, e trazia essa diversidade para o mesmo espaço de luta. Nesse sentido os grupos artísticos utilizavam-se de muitas estratégias para conseguir passar a mensagem desejada. Segundo Napolitano (2002), sobre as maneiras de resistência artística na ditadura, “Mesmo limitado do ponto de vista da política institucional, o espaço informal proporcionado pela resistência artístico-cultural foi fundamental para garantir uma espécie de "rede de recados", na qual o principal conteúdo era o próprio exercício da liberdade, da expressão e da opinião. Liberdade" (NAPOLITANO, 2002 p. Na música e no cinema foi percebido por causa do exílio causado em alguns artistas, que tiveram que sair do país para não sofrer repressão no seu trabalho ou torturas físicas e mentais.
Em síntese, o período democrático foi marcado pela consolidação dos direitos culturais. Paiva 2014 é enfática ao afirmar que as leis de incentivo, que permitem o repasse de recursos de empresas privadas para projetos artísticos através de renúncia fiscal, passam nesse período a ser praticamente a única estratégia do governo para o setor, que termina por delegar à iniciativa privada a autonomia para escolher quais devem ser os direcionamentos da produção cultural. A partir disso é possível compreender que o Estado deixa o autoritarismo e adota uma outra política que acaba limitando a cultura e o acesso a ela. Durante a ditadura o setor da cultura foram os que mais sofreram ações de repressão. Sendo assim, as instituições, universidades, grupos ou artistas que quisessem ter seu trabalho subvencionado deveriam elaborar um projeto e protocolá-lo no MEC que, após uma análise de conteúdo, deferirá ou não a liberação de recursos para sua execução.
Nesse sentido a repressão e a censura marcam o período artístico. Durante o período de 64-80 a censura não se define tanto pelo veto a todo e qualquer produto cultural, mas age primeiro como repressão seletiva que impossibilita a emergência de determinados tipos de pensamentos ou de obras artísticas. São censuradas as peças teatrais, os filmes, os livros, mas não o teatro, o cinema ou a indústria editorial. O ato repressor atinge a especificidade da obra, mas não a generalidade da sua produção. Nesse sentido a arte usa o poder do lúdico para juntar as pessoas. Hoje em dia essa canção está presente no youtube, junto com diversas imagens políticas desse período, e é possível sentir o clima de vontade de mudança que estava fazendo parte dos ideais das pessoas.
A música se tornou forte junto com os protestos e os protestos fortes junto com a música. Além dessa canção, muitas outras fizeram parte do repertório da resistência, e os artistas que cantavam nessa época, muitos ainda são cantores ainda hoje. Milton Nascimento, Geraldo Vandré, Gilberto Gil, Caetano Veloso, Chico Buarque, dentre vários outros, engajaram-se veementemente nesta causa e acabaram vetados, repreendidos e em alguns casos exilados. Por esse motivo, não nos aprofundaremos nesse aspecto – ainda que haja muito a se pesquisar sobre este assunto, especialmente após a abertura de arquivos que permitem o acesso a documentos que certamente trarão novos elementos para as interpretações sobre tal momento histórico. Apenas para caracterizarmos a ação da censura nesses anos, tomemos como exemplo o caso do teatro.
Segundo a argumentação de schwarz (1978), os gêneros públicos como o teatro, o cinema e a música popular estiveram em maior evidência no período de 1964-68 e serviam como instrumento de contestação ao regime ditatorial. De acordo com Fernandes ( 2013) apesar do impacto do golpe de 1964, a política cultural à época da ditadura militar, esta seria atingida mais violentamente pelo AI-5 (Ato Institucional nº 5), decretado em 13 de dezembro de 1968, fato evidenciado pelo aperfeiçoamento do aparato de censura. Assim, “Toda produção cultural, para ser veiculada, deveria obedecer às normas e padrões estabelecidos pelo Serviço de Censura de Diversões Públicas do Departamento de Polícia Federal, criado na década de 40, que adquire em 1972, o status de Divisão” (Oliveira e Resende, 2001: 1).
No teatro, muitas apresentações continham um forte teor revolucionário. Nos palcos do Opinião, Oficina e Arena, espetáculos eram montados em represália ao conservadorismo social e ao limites políticos da época. O CPC (Centro Popular de Cultura), ligado à UNE (União Nacional dos Estudantes), partilhava das idéias de Bertolt Brecht, que entendia o teatro como uma “importante arma de combate político”. Com a outorga do AI-5, muitas companhias de teatro foram extintas, o que não invalidou, porém, a força combativa dessas encenações (NAPOLITANO 2001 p. Após a liberação do espetáculo, nenhuma alteração, seja no texto ou nos elementos cênicos, poderia ser feita (Oliveira e Resende, 2001 p. A diversidade regional era um dos fatores a se superar para se alcançar a integração do país.
Nesse sentido, a TV presta grande contribuição, pois, a política cultural da época da ditadura militar formação das redes, Rio de Janeiro e São Paulo, além de sede das emissoras, tornam-se grandes centros produtores de programas televisivos que seriam transmitidos para todo o território nacional. Outro aspecto a ser destacado são as medidas tomadas pelo governo que facilitam a compra de produtos nacionais – oriundos da recente expansão industrial, particularmente no setor de bens duráveis –, que provocaram um aumento na venda de televisores da ordem de 48% em 1968, em relação ao ano anterior (Mattos, 2001). Isso dinamiza o setor como um todo, pois o aumento do número de telespectadores tornava a televisão um meio de propaganda mais interessante que as revistas e jornais.
Por sua vez, a renda com publicidade permitia às emissoras maiores investimentos em programas com conteúdo e temática nacionais que obtinham as maiores audiências. As obras criadas nessa geração envolviam temas como o subdesenvolvimento, o imperialismo, a tensão direita-esquerda, a alienação, a hipocrisia social, entre outros. Esses temas procuravam restabelecer relações mais próximas com a realidade, em contraposição à abstração do concretismo, do informalismo (RIDENTI, 2000). Assim, com a redemocratização o cinema toma um espaço maior entre as artes. Se antes a música era a expressão mais comum, as telas do cinema passam a ocupar esse espaço de resistência, documentando as mazelas recém passadas e apontando para um Brasil diferente. Porém nesse momento ainda, tudo o que é feito ainda tem um ar de resistência à ditadura, e nesse momento o cinema nacional alcança novos voos.
CONSIDERAÇÕES FINAIS A partir do início desta pesquisa, pude constatar que o conhecimento sobre arte no Brasil é pequeno, e não há de maneira massiva uma abordagem sobre o caráter político da arte. Durante a ditadura pode-se dizer que a censura foi o instrumento utilizado para calar determinado tipo de produção cultural que havia se estruturado. Desde o início do Regime Militar o governo federal utilizou muitas estratégias de coerção e controle da opinião pública, e a arte que foi feita nesse período dificultava o controle do pensamento das pessoas. Os meios de comunicação sempre tiveram papel importante para a formação da opinião pública. Por isso, regimes autoritários, procuram ter controle sobre suas atividades, a fim de garantir que esses veículos de informação não desestabilizam seu poder.
Mas percebo que na atualidade o acesso à cultura paralela à do meio midiático, depara-se principalmente com a barreira do desinteresse das pessoas quanto ao consumo da arte erudita e arte regional. Com o fim da censura, que ocorreu depois do término da ditadura militar, pode-se observar que as produções que surgiram naquele contexto não permitem que essa realidade seja apagada de nossa História. BIBLIOGRAFIA ALVES, Maria Helena Moreira. Estado e oposição no Brasil (1964-1984). ed. – São Paulo: EDUSP: FAPESP: Imprensa Oficial do Estado de São Paulo, 2006. FAGUNDES, Coriolano de Loiola Cabral. Censura e liberdade de expressão. São Paulo: Edital, 1974. FAUSTO, Boris. jun. FRANCO, Renato. Política e cultura no Brasil: 1969-1979: (DES)figurações. Perspectivas. São Paulo, 1995. v. n. pp. MORAN, J.
M. História UFPR/Filosofia UFPR, Curitiba, 2002. Cultura brasileira: utopia e massificação (1950-1980). São Paulo: Contexto, 2008. ORTIZ, Renato. Cultura brasileira e identidade nacional. Baleia na Rede. Vol. nº 6, Ano VI, Dez/2009. P. Disponível em: <>. N º 1, p. fev. PEDERIVA, Ana Barbara Aparecida. Anos dourados ou rebeldes: Juventudes, territórios, movimentos e canções nos anos 60. São Paulo: PUC, 2004. geral da coleção); SCHWARCZ, Lilia Moritz. Org. História da Vida Privada no Brasil: contrastes da intimidade contemporânea. São Paulo: Cia. das Letras, 1998. Disponível em:. Acesso em: 27 novembro de2012. TOLEDO, Caio Navarro de. O Governo Goulart e o Golpe 64. São Paulo: Brasiliense, 1982.
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