A importância da leitura

Tipo de documento:TCC

Área de estudo:Serviço Social

Documento 1

Assim, é relevante discutir sobre a importância de se promover um trabalho responsável e coerente de leitura dentro do contexto escolar, bem como refletir sobre sua importância em meio ao processo de ensino e aprendizagem. Palavras-chave: Leitura em sala de aula – habilidades - competências. Abstract This work aims to show the importance of prioritizing the work with reading in the classroom, given its importance in the development of skills and abilities of the subjects involved. The school, seen as a trainer of knowledge, has the role of providing mechanisms for the construction of an autonomous and critical student capable of reflecting on the functionality of the language in different contexts of use. Based on this premise, reading becomes indispensable within the school context, because the act of reading provides the student with the development of skills and abilities necessary for life in society.

Consideramos a importância da leitura como base para a apreensão de conhecimentos. Portanto, entende-se que a leitura aqui discutida não se limita apenas ao processo de decodificação de símbolos gráficos, mas, mais do que isso, configura-se como a prática da interpretação que o sujeito realiza ao decodificar, melhorando o seu desempenho da linguagem oral e escrita. A leitura constitui-se como a prática de ver, observar, criticar e extrair o conceito de algo, abrindo espaços, muitas vezes, para o desenvolvimento do mundo imaginário, possibilitando conhecer universos desconhecidos, e está ligada diretamente ao desenvolvimento cognitivo, social, crítico, linguístico e social dos indivíduos. Percebemos, mesmo diante dessas questões importantes, o cenário atual, em que grande parte dos sujeitos estão envolvidos não aponta para a prática de leituras relevantes, capaz de desenvolver o senso crítico dos envolvidos no processo.

Isso tem ocasionado, muitas vezes, uma leitura mecânica e desprovida de sentido, pois as inferências que são necessárias no ato de ler não acontecem de modo efetivo, ocasionando, assim, a formação de leitores passivos que não conseguem se portar criticamente diante de determinas situações. Torna-se necessário apresentar o conceito do presente termo, visto que é a base do presente estudo e torna-se necessário sua conceituação para uma melhor compreensão dos pontos abordados a seguir. Muitas pessoas acreditam que ao proferir a palavra leitura vem a ideia de uma ação cuja significação é apenas reconhecimento de signos linguísticos em vários tipos de textos, ou seja, o principal conceito que os indivíduos têm sobre leitura diz a uma atividade mecânica e decodificadora, conceito que está presente em muitos casos pela forma como é trabalhada, de forma mecanizada, focalizando apenas aspectos linguísticos, reduzindo assim a sua importância e valor.

Diante dessas afirmações, buscamos estudar, o conceito de leitura dada a importância dela dentro do atual contexto educacional. O ato de ler faz-se presente no nosso dia a dia de diferentes formas. A todo momento, estamos lendo algo, como o eu, o meio em que estamos inseridos e, o outro, sendo constantemente avaliados e avaliando os contextos ao nosso redor. afirma: “ ler não é ver o que está escrito, nem tampouco lhe atribuir uma versão oral. Quem ousaria dizer que sabe ler em latim só porque sabe pronunciar as frases que lhe são apresentadas? Ler é ser questionado pelo mundo e por si mesmo, é saber que certas respostas podem ser encontradas na produção escrita, é poder ter acesso ao escrito, é construir uma resposta que entrelace informações novas àquelas que já se possuía.

Portanto, a leitura textual como reconhecimento de signos ou decodificação oral do que está no escrito, torna-se aquém do seu significado real, objetivo e importância, pois não abarca os aspectos mais relevantes no ato da leitura, dessa maneira, ler é interpretar, refletir, criticar, compreender, analisar e, ler é também formular pensamento, Pensamento que se constrói sobre a informação visual impressa, pensamento que é alimentado e dirigido pela escrita”. Colocar em exercício o pensamento, interagindo com o texto, interagindo com o autor do texto é um ato de construir sentido a partir de diversos textos impressos. Sem dúvidas o envolvimento emocional do leitor com a experiência da leitura é o mesmo que se pode ter em qualquer tipo de experiência e, da mesma forma, dela extraímos sempre algum aprendizado.

Partindo dessa definição, a leitura nesse panorama torna-se uma atividade que tem por finalidade por um lado ser apenas momentos de lazer e, por outro lado, como fonte de sobrevivência. A leitura tem influência no meio social e psicológico dos indivíduos, podendo aprimorar os conhecimentos científicos, principalmente aos que estão ligados a língua, sendo a língua oral ou escrita, podendo desenvolver a: imaginação, a criatividade e facilitar na aquisição dos conhecimentos e valores. Lendo frequentemente, o aluno cria familiaridade com o mundo da escrita. Ao se aproximar da escrita, o aluno encontrará facilidade de se relacionar com as pessoas, de escrever uma redação, um artigo, uma resenha, um resumo entre vários outros, ajudando também em outras disciplinas escolares, pois, o principal suporte para a aprendizagem na escola é a leitura e a escrita.

Não existe escrita correta sem leitura, portanto ler se torna importante para escrever corretamente as palavras. Esta resposta é uma opção. É tanto o resultado de uma observação como de uma intuição vivida. Ler é identificar-se com o apaixonado ou com o místico. É ser um pouco clandestino, é abolir o mundo exterior, deportar-se para uma ficção, abrir o parêntese do imaginário. Ler é muitas vezes trancar-se (no sentido próprio e figurado). A leitura deve promover a autonomia e criticidade do sujeito leitor, possibilitando-o a uma reflexão constante do que se vê e faz. Portanto, torna-se necessário discutir sobre as estratégias de ensino da leitura dentro da sala de aula, tendo-as como um processo contínuo e que precisa ser aprimorado gradativamente, conforme o desempenho dos educandos.

Para o professor Infante (2000, p. “a leitura é o meio de que dispomos para adquirir informações e desenvolver reflexões críticas sobre a realidade‖. Dessa forma, toda atividade que envolva a leitura deve ter por objetivo instigar a reflexão sobre diferentes conceitos abordados, enriquecendo o aluno com novas habilidades”. Nessa perspectiva, a leitura perpassa o ambiente da sala de aula, ampliando as competências dos sujeitos envolvidos, desenvolvendo a capacidade crítica para atuar nas mais diferentes situações da vida social. Interpretar textos significa compreendê-los criticamente e, a partir do que se leu formar uma opinião, e isso deve ter início nos primeiros anos escolares para que a leitura não sirva apenas como decodificação e decoração. O verdadeiro ato de leitura é um processo de atribuição de sentido ao texto, isto é, é a partir dos conhecimentos que o sujeito leitor possui ou é estimulado a possuir, mediante ao processo de interação do mesmo com o texto, construindo um significado e, consequentemente, uma descoberta em relação ao mundo que o cerca.

Partindo dessa premissa, cabe à escola criar diversas situações em que o educando utilize a linguagem significativamente, assegurando, assim, a aquisição de conhecimentos necessários a sua afirmação enquanto sujeito crítico e autônomo. Para o autor Rangel (1990, p. O professor é ainda a peça chave que vai proporcionar aos alunos a oportunidade de, eles próprios, construírem seus mecanismos de leitura, que se adequem a suas necessidades ou anseios. Tornar esse processo prazeroso e eficaz também é uma responsabilidade da escola, em conjunto com os professores. Professor e sistema escolar engajados em um único objetivo têm o papel de planejar as aulas de maneira dinâmica e atraente para que o aprender seja visto pelos educandos como um ato instigante e, acima de tudo, necessário.

Algumas práticas pedagógicas não atribuem à leitura a importância devida, considerando apenas os conteúdos gramaticais como sendo os mais relevantes dentro do processo de ensino de leitura e escrita. Consideramos que é de extrema importância o cuidado com tais conteúdos, no entanto é preciso refletir sobre o papel indispensável que a leitura assume em meio a tudo isso. Evidenciando também que, no campo dos estudos da linguagem, os gêneros textuais talvez sejam um dos objetos de estudo que melhor representem a interdisciplinaridade entre as áreas do conhecimento e a multiculturalidade envolvida com fenômenos sócio culturais, cognitivos e linguísticos. Marcuschi esclarece que: “usamos a expressão gênero textual como uma noção propositalmente vaga para referir os textos materializados que encontramos em nossa vida diária e que apresentam características sócio funcionais, estilo e composição característica”.

MARCUSCHI, 2001, p. Trabalhar com os gêneros na sala de aula é trabalhar com textos, de certa forma, acessíveis aos alunos, para que depois possa haver maior interesse para ler também fora da sala de aula, mostrando o quanto é importante conhecer criticamente o mundo que nos cerca, a partir da leitura. Trabalhando desta maneira de uso, o aluno vai percebendo as diferentes estruturas em que podem ser constituídos os textos, que, por exemplo, um panfleto de propaganda não teria o mesmo sentido se fosse escrito como uma bula de remédio. Outra vez buscando a Base Nacional Comum Curricular ( BRASIL, 2017) “O trabalho com leitura tem como finalidade a formação de leitores competentes e, consequentemente, a formação de escritores, pois a possibilidade de produzir textos eficazes tem sua origem na prática de leitura, espaço de construção da intertextualidade e fonte de referências modelizadoras”.

É muito importante que, ao desenvolvermos práticas para a abordagem da leitura, deve-se ter como objetivo promover a existência de leitores, bons escritores e sujeitos que possam defender seus posicionamentos de forma argumentativa, que saibam se expressar. Dessa maneira, as estratégias de ensino não devem ser rasas, descontextualizadas e longe da realidade dos educandos, podendo utilizar leituras que tenham sentido e possibilite aos alunos uma reflexão sobre os problemas, crenças sociais e ideologias existentes. Além disso, vale ressaltar que um leitor competente é alguém que por sua vontade tem a capacidade de escolher textos que supra suas necessidades, aquele que é capaz de desenvolver estratégias eficazes para ler e compreender aquilo que se lê, não atentando somente ao escrito, e que seja capaz de identificar os elementos que são implícitos e realizar inferências, tal como atribuir ao texto sentidos e significados validados.

Para tanto, elenca-se a seguir algumas práticas que podem auxiliar o docente em suas estratégias com leitura em sala de aula, vale destacar que obter resultados satisfatórios da presente abordagem, torna-se necessário extinguir algumas práticas utilizadas na contemporaneidade, pois mediante a exclusão dessas metodologias, a leitura passará a ser realizada de maneira coerente a sua proposta, a sua forma adequada. Significa trabalhar com a diversidade de objetivos e modalidades que caracterizam a leitura, ou seja, os diferentes para quês resolver um problema prático, informar-se, divertir-se, estudar, escrever ou revisar o próprio texto e com as diferentes formas de leitura em função de diferentes objetivos e gêneros: ler buscando as informações relevantes, ou o significado implícito nas entrelinhas, ou dados para a solução de um problema”.

BRASIL 2017) Tomando como meta os objetivos da Base Nacional Comum Curricular, o ensino da leitura deve se dar de forma funcional e cabe ao docente utilizar textos que são do cotidiano do educando, tornando a prática de ler em algo significativo, que os levem a perceber o quão é importante tal prática para a vivência. “Quanto mais diversificado forem os textos trabalhados em sala de aula, mas significância terá o trabalho com a leitura, e, se os alunos não tiverem o hábito da leitura, pode-se utilizar inicialmente livros ilustrados que contém coisas desconhecidas para escutar como o outro lê – e as histórias tradicionais nas quais as crianças, graças ao seu conhecimento, poderão tentar adivinhar o que vai acontecer”. SOLÉ, 1998, p.

Percebe-se que as principais orientações direcionam uma abordagem da leitura entendendo que a referida prática é algo que vai além de uma decodificação de signos ou entendimento para aspectos gramaticais, mas sim, um favorecimento para obtenção de conhecimento e criticidade. Não conhece nem lá nem si, mas fecha os olhos e sorri. Roda, roda, roda, com os bracinhos no ar e não fica tonta nem sai do lugar. Põe no cabelo uma estrela e um véu e diz que caiu do céu. Esta menina tão pequenina quer ser bailarina. Mas depois esquece todas as danças, e também quer dormir como as outras crianças. CABRAL, L. S. Processos psicolinguísticos de leitura e a criança. Letras de hoje, 2014.

CAGLIARI, Luiz Carlos. São Paulo: Scipione, 2009. MARCUSCHI. Luiz Antônio. Da fala para a escrita: Atividades de retextualização. São Paulo: Cortez, 2001. São Paulo: Ática, 2005. SOLÉ, Isabel. Estratégias de Leitura. Porto Alegre: Artmed, 1998. YUNES, Eliana.

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