A IMPORTÂNCIA DA EDUCAÇÃO NUTRICIONAL NA SAÚDE DA FAMÍLIA

As novas diretrizes para o treinamento profis- sional em saúde fornecem treinamento geral e ético, com foco na ligação com os serviços locais de saúde. No entanto, a nutrição ainda não possui regulamentação para sua participação ativa na estratégia de saúde da família. Diante deste fato, a estratégia de saúde da família está diretamente relacionada ao bem-estar da população em muitos aspectos (social, nutricional, psicológico, etc. Portanto, este estudo teve como objetivo apresentar a importância da inclusão do nutricionista na estratégia de saúde da família para todas as ações de saúde. Cabe ressaltar que o nutricionista está plenamente capacitado para atuar na Estratégia de Saúde da Família, na sua ausência é confrontado com o princípio da totalidade das ações de saúde, pois é óbvio que nenhum outro profissional de saúde tem treinamento para o trabalho comunitário de alimentação e nutrição e que sua presença só ajudaria a promover a saúde da população.

Também ajuda a definir uma nova concepção de trabalho, uma nova forma de relacionamento entre os membros da equipe, ao contrário do modelo biomédico tradicional, que permite uma maior diversidade de ações e a busca constante de consenso. Nessa perspectiva, o papel do profissional de saúde é aliado à família no cumprimento de sua missão, para reforçar e dar o suporte necessário ao exercício de suas responsabilidades, nunca para tentar substituí-lo. RONZANI, 2003, pp. O surgimento da ESF reflete a tendência de valorização da família na agenda das políticas sociais brasileiras. A inclusão da família como foco central de atenção à saúde pode ser considerada um dos avanços, assim como a contribuição do ESF para a mudança do modelo biomédico de atenção à saúde.

A ALIMENTAÇÃO E A NUTRIÇÃO A alimentação e nutrição constituem-se em requisitos básicos para a promoção e a proteção da saúde, qualidade de vida e cidadania. A importância da alimentação saudável, completa, variada e agradável ao paladar é indiscutível para o crescimento e desenvolvimento humano e a prevenção e controle de doenças. BOOG, 1999) A nutrição permeia diversos âmbitos da esfera da saúde pública, uma vez que “os riscos nutricionais, de diferentes categorias e magnitudes, permeiam todo o ciclo da vida humana, desde a concepção até a senectude, assumindo diversas configurações epidemiológicas em função do processo saúde/doença de cada população” (BRASIL, 2007 p. A sociedade brasileira vivenciou uma peculiar e rápida transição nutricional: de país que apresentava altas taxas de desnutrição, na década de 1970, passou a ser um país com metade da população adulta com excesso de peso, em 2008.

BRASIL, 2013 p. O Campo representa um conjunto de tarefas e conhecimentos que uma especialidade deve adquirir para garantir a eficácia e efetividade de suas ações. CUNHA, 2011) O acelerado crescimento do excesso de peso em todas as faixas etárias e de renda deixa clara a necessidade de medidas de controle e prevenção do ganho de peso. Se algumas medidas em diversos setores não forem implementadas, estima-se que em vinte anos cerca de 70% dos brasileiros estarão com excesso de peso no Brasil. BRASIL, 2013 p. A situação nutricional que acompanha esse cenário reflete um processo de transição nutricional, com aumento do sobrepeso e obesidade como resultado de mudanças na alimentação, com a crescente oferta de alimentos industrializados, e o acesso a alimentos caloricamente densos e mais baratos.

Uma boa idéia é servir comida com variedades de cores, estimular o paladar, quebrar a monotonia e garantir quantidades suficientes de ferro, vitaminas e minerais, necessários para o desenvolvimento da criança. Você tem que abrir os olhos para o consumo excessivo de carboidratos, como pão e macarrão, após a digestão, eles se transformam em açúcares e torná-lo gordura individual, em alguns casos, esse excesso leva ao desenvolvimento da obesidade, que pode comece mesmo na infância. Os outros bandidos são alimentos industrializados, como refrigerantes, salgadinhos, iogurtes e biscoitos. Eles são ricos em calorias e pobres em nutrientes e também podem conter corantes nocivos (WONG et al. De acordo com Mahan, Escott-Stump e Raymond (2012), crianças saudáveis ​​e bem nutridas são capazes de responder e aprender sobre estímulos ambientais e interagir com seus pais e cuidadores para fortalecer a conexão.

Alguns deles simplesmente estabeleceram uma lista de proibições de alimentos de baixa caloria; outros foram mais longe e criaram programas para incentivar uma alimentação saudável, não apenas normalizando o que deveria ou não ser consumido, mas permitindo uma escolha consciente para uma vida mais saudável. As mudanças propostas para as crianças também podem afetar a família e a comunidade. A escola, além de promover hábitos alimentares saudáveis, ajuda a convencer as crianças de que a alimentação é importante para o seu crescimento e desenvolvimento (SOUSA, 2006). Embora a escola seja considerada o melhor local para manter as atividades de orientação alimentar, essas ações também podem ser aplicadas em outras áreas, como parques, clubes, teatros, praias, parques, bibliotecas.

ginásios, bibliotecas de brinquedos, centros culturais, escritórios e hospitais (MOTTA et al. completude. BRASIL, 2000) Uma equipe multidisciplinar possibilita a organização do trabalho com um nível de complementaridade e, ao mesmo tempo, especificidade, adequada aos diferentes níveis de demanda de atendimento da população. Segundo Pires, a opinião de muitos profissionais sobre uma situação única permite uma melhor compreensão da situação em estudo, garantindo um resultado mais próximo das aspirações da comunidade. Assim, esses profissionais e a população que os acompanha criam elos de corresponsabilidade, o que facilita a identificação e a participação nos problemas de saúde da comunidade. PIRES, 2002, p. Assim, pode-se questionar se a equipe mínima proposta para a ESF conseguirá em médio prazo avançar na integralidade da atenção.

Focalizando particularmente a área da alimentação e nutrição, pode-se pressupor que se encontram ausentes na equipe, hoje formada, condições técnicas e operacionais para inovar na atenção em direção à segurança alimentar. CONSELHO REGIONAL DE NUTRICIONISTAS, 2007) O nutricionista é um profissional de saúde cuja formação visa à atuação no Sistema Único de Saúde (SUS). As diretrizes curriculares nacionais do Conselho Nacional de Educação, do Ministério da Educação, para os alunos de Medicina, Enfermagem e Nutrição foram estabelecidas por meio de um parecer conjunto para os três cursos, que estabeleceu como seu objeto:  Permitir que os currículos propostos possam construir perfil acadêmico e profissional com competências, habilidades, conteúdos, dentro de perspectivas e abordagens contemporâneas de formação pertinentes e compatíveis com abordagens nacionais e internacionais, capazes de atuar com qualidade, eficiência e resolutividade, no Sistema Único de Saúde, considerando o processo da Reforma Sanitária Brasileira.

PÁDUA, 2005, P. CARVALHO, 2005: 72) De acordo Cavalieri8, inserção nutricionista na equipe de ESF é justificado pela sua educação, permitindo-lhe atingir o diagnóstico nutricional da população, a fim de fornecer a orientação necessária e hábitos alimentares adequados da unidade familiar, o ambiente cultural e tendo em conta a disponibilidade de alimentos. Além disso, uma alta prevalência de queixas de sobrepeso e obesidade tem sido observada entre aqueles atendidos pela estratégia de saúde da família. Isso reforça a necessidade de uma discussão permanente sobre a natureza interdisciplinar da ESF e, portanto, sobre a inserção do profissional nutricionista. CARVALHO, 2005, p. O Conselho Federal de Nutricionistas (CFN), entendendo que uma alimentação saudável é essencial para a qualidade de vida das pessoas, tem defendido ao longo dos anos a inserção do nutricionista nas equipes da ESF.

No entanto, as experiências de programas de residência em saúde da família multidisciplinar mostraram que os nutricionistas são capazes de atuar na ESF e sua inclusão qualifica ações de saúde em direção à plenitude. A não inclusão do nutricionista na equipe mínima do ESF impede que a empresa aproveite as atribuições conferidas ao profissional e que contribuam para a promoção da saúde da população. SANTOS, 2005, p. Sobre a importância da presença na ESF da nutricionista, basta lembrar que o estado nutricional da população está em desequilíbrio total, alguns pacientes estão acima do peso e outros ainda morrem de desnutrição. Nenhum conhecimento técnico de alimentos, parece muito difícil - quase impossível - para reverter essa situação, é preciso uma execução eficaz dos nutricionistas para que você possa promover a saúde através da dieta.

S. NASCIMENTO, P. C. B. D. C. LANZILLOTTI, H. S. Educação nutricional como forma de intervenção: avaliação de uma proposta para pré-escolares. Revista de Nutrição da Pucccamp , Campinas, v. Brasília: CONSEA; 2004 BRASIL. Ministério da Saúde. Política Nacional DE Alimentação e Nutrição. Brasília – DF: Ministério da Saúde MS, p. BRASIL. Secretaria de Políticas de Saúde. Departamento de Atenção Básica. Programa Saúde da Família.  Rev. Saude Publica 2000 CARVALHO AMM. G. CAMPOS, G. W. S. Apoio Matricila e Atenção Primária em Saúde. filhos de 2 a 10 anos de idade. Barueri: Manole; 2011. MAHAN, L. K. ESCOTT-STUMP, S. Educação nutricional. São Paulo: IBRASA, 1984. PASSOS, E. et al. Alimentação saudável nas escolas.

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