Morte de Santiago Nasar como documento final

Trecho do artigo:

Angela sabe que ela simplesmente não pode mudar essa compreensão social dos papéis de gênero e fornecer o nome inicial que vem à mente porque entende que está na situação de condenar esse homem à morte e provavelmente tenta salvar o homem que realmente desonrou-a.

O remorso é um tema significativo no romance e está intimamente ligado ao tema da fortuna. De fato, esse tipo de ligação inextricável explica por que Santiago geralmente é morto, embora muitos heróis saibam sobre as intenções dos gêmeos Vicario antes do tempo: "Nunca houve uma perda de vidas mais predita" (Marquez: 50). Angela é responsável e inocente, porque, embora acuse Santiago por engano e o condene à morte, a garota não consegue evitar dar a seus irmãos o homem que a desonrou. Ela é perseguida por sua família, esmagada e maravilhada, de modo que deve fornecer um nome. Bayardo também é culpado porque pode ser ele quem modela a vingança em movimento. Claro, os irmãos Vicario i. e Os assassinos também são culpados. Mas a maioria dos personagens adicionais também compartilha a culpa pela perda de vidas de Santiago. Padre Carmen Amador, o padre local, por exemplo, está muito ocupado se preparando para a visita do bispo, e não faz nada para evitar os duros. Além disso, o prefeito, coronel Lazare Aponte, está preocupado com seu jogo de pèlerine e reage quando é informado sobre os planos dos irmãos Vicario.

O destino também assume uma função importante na morte de Santiago. A implacabilidade do destino é geralmente abordada com ironia simplesmente por Marquez. Antes de tudo, todos os que o centro da cidade, inclusive os mais próximos, conhecem as intenções dos irmãos Vicario de matá-lo, todos, exceto o próprio Santiago, já que ninguém o avisa. Posteriormente, nunca há provas de que Santiago seja responsável por desonrar Angela; além disso, os irmãos realmente não se incomodam com o que aconteceu, e simplesmente aceitam o que a irmã em particular lhes diz por causa da verdade absoluta e verdadeira. Além disso, o narrador nos diz que Angela e Santiago não eram vistas de maneira conjunta em público e a consideravam uma "tola" (Marquez: 251). Além disso, Santiago Nasar e Angela Vicario pertencem a diferentes classes sociais em uma sociedade em que a classe social pode determinar a identidade, portanto, um romance entre os dois parece extremamente improvável. As palavras narrativas dão a impressão de que Angela Vicario rotula Santiago para poder proteger alguém que ela ama seriamente minha esposa e eu. e A pessoa que realmente a deflorou.

Através da técnica fictícia de prenúncio, o narrador tenta convencer seus leitores que o destino de Santiago dita sua morte. Desse ponto de vista, o próprio fato de muitos personagens impedirem a eliminação, mas não tem o dobro de significado. Os habitantes da cidade descobrem o plano dos irmãos de assassinar Santiago, tendem a não ser capazes de detê-los; numa primeira aparição, isso pode sugerir que o destino de Santiago era realmente inflexível. No entanto, em uma análise mais detalhada do texto, devo aceitar que não-e dos tipos de caracteres façam qualquer tipo de esforço para intervir; além disso, todos eles estão ocupados demais com suas vidas individuais para se importarem com os outros. A ironia de Marquez sugere que o papel do destino não será tão bom quanto as pessoas da cidade acreditam que é. Todos são moralmente responsáveis ​​pela morte de Santiago; os habitantes da cidade permanecem não agressivos e apáticos, quer esse indivíduo viva ou morra, ou talvez, ainda pior, apóie o homicídio como um ato de vingança e uma questão de honra. Marquez altera o primeiro relacionamento entre culpa e destino; eventualmente, a voz da história sugere que o difícil poderia ter sido evitado e que talvez o destino definitivamente não seja o único componente responsável. Nesta impressão, as pessoas da cidade optam por considerar que o assassinato foi predito porque culpar o destino é superior a culpar a si mesmas.

Garcia Marquez, Gabriel. Explique sobre uma perda de vida predita. Knopf Publishing Group, 2003.