VIOLÊNCIA CONTRA MULHER DENTRO DO JORNALISMO
Contudo, muitas delas nem sabem que sofrem esse tipo de violência, já que elas são vítimas de uma sociedade que ainda reflete a tradição patriarcal1, na qual as mulheres devem ser submissas aos homens e que determinados comportamentos são naturalizados pelas pessoas como normais. Diante dessa realidade, nem mesmo uma profissão com tanto acesso à informação e à visibilidade foge da opressão da violência contra a mulher, que é o jornalismo. Contudo o assunto ainda é pouco abordado, aparecendo na mídia apenas quando alguns casos ganham muita repercussão, porém o ambiente de trabalho das jornalistas é de uma rotina muito estressante devido às pequenas violências e abusos que elas sofrem diariamente. O fato de serem mulheres e jornalistas engloba fatores de risco, pois ainda encontra uma sociedade “machista”, que ainda impõem dificuldades pelo seu gênero, e quanto a serem jornalistas, a profissão em si quando busca abordar fatos polêmicos como por exemplo o trafico de drogas, muitos envolvidos acabam ameaçando os jornalistas ou ate matando.
O presente trabalho tem por objetivo é abordar os problemas de violências que as mulheres jornalistas vem sofrendo ao desempenhar suas atividade, e a falta de políticas públicas que possam evitar que isso ocorra. Essas matérias mostram que esses casos ocorrem desde abusos como um tapa na bunda da jornalista durante uma transmissão ao vivo até assassinatos envolvendo mulheres jornalistas. Nos casos apresentados é possível notar violência de gênero, assassinato e assédio. Apesar de cada reportagem não ter a mesma estrutura, todas falam de um mesmo assunto que é violência contra as mulheres jornalistas, demonstrando o que elas enfrentam diariamente. – Violência contra mulher no jornalismo Desde 1960, ocorrem grandes impactos de gênero e sobre os direitos de liberdade de expressão, foi quando começaram os movimentos sociais pela busca da igualdade de gênero, pelo respeito da diferença.
Com o avanço das mulheres nas áreas de política e comunicação, elas acabam sofrendo um risco duplo, devido ao seu gênero e por desempenharem a profissão de jornalista, que acaba sendo um risco devido as investigações realizadas, que muitas vezes envolvem poder, casos suspeitos e que necessitam de fatos que desagradam os interesses de algumas pessoas (DOM TOTAL, 2018). Alex Bozarjian, por exemplo, estava em uma transmissão ao vivo quando deram um tapa na bunda dela, o fato aconteceu no meio de uma corrida da qual a jornalista transmitia todas as informações no momento do ato, e ao mesmo tempo brincava com os atletas da corrida. Esse fato aconteceu em dezembro de 2019 na Geórgia, Estados Unidos, o seu agressor foi preso e acusado de assédio, devido ao fato de passar a mão em um local íntimo da jornalista (GLAMOUR, 2019)7.
Posteriormente Alex se pronunciou em sua conta do Twitter sobre o assédio “Para o homem que bateu na minha bunda ao vivo esta manhã: você me violou, me tratou como objeto e me envergonhou. Nenhuma mulher NUNCA deve ter que aturar isso no trabalho ou em qualquer lugar! Faça melhor. ”( RUNNER’S, 2019)8. O crime aconteceu em 28 de abril de 2012, a jornalista tinha apenas 30 anos, trabalhava na Revista Processo, e era especialista nos temas que abordavam o narcotráfico, crime muito forte ne região, apesar de algumas notícias apontarem que o fato não teve ligação com a sua profissão (G1, 2012)12. Uma pesquisa realizada pela ONU, menciona que “em 2017 87 mil mulheres foram vítimas de feminicídio e mais da metade delas (58%), cerca de 50 mil, foram mortas por conhecidos, companheiros, ex-maridos ou familiares”.
O desfecho é de que o lar é o ambiente mais violento para as mulheres (MARTINELLI, 2018)13. A abordagem de casos de violência contra mulheres jornalistas As reportagens apresentadas possibilitam constatar que há na abordagem da violência contra a mulher jornalista informações sobre os riscos que elas correm ao desempenharem suas tarefas e ainda serem mulheres. Porém o que infelizmente percebe-se é que situações como essas são tratadas como se preconceito e o machismo que elas sofrem não estivessem entre os desafios diários das jornalistas, já que essas violências acontecem dentro do próprio ambiente de trabalho. Acredita-se que com este trabalho e que quanto mais for abordado o tema, mais essas mulheres terão conhecimento que não são as únicas e que com isso elas possam vir a denunciar seus agressores.
Desta forma, a pesquisa busca analisar, no próximo capítulo, diferentes abordagens dos casos citados aqui que se enquadrem na tema violência contra a mulher jornalista, identificando-as e indicando sugestões de melhorias. A intenção é colaborar para o desenvolvimento do assunto e que surja meios que previnam ainda mais essa situação no setor. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ASSIS, Carolina de. Pesquisa inédita da gênero e número e da Abraji traz retrato do machismo no jornalismo brasileiro. Disponível em: <https://agenciabrasil. ebc. com. br/direitos-humanos/noticia/2019-12/cobertura-da-midia-sobre-feminicidio-e-inapropriada-mostra> Acesso em: 02 de julho de 2022. BRASIL. Disponível em: <https://www. uol. com. br/universa/noticias/redacao/2020/02/12/patricia-campos-mello-sofreu-assedio-sexual-ela-nao-e-a-unica-jornalista. htm> Acesso em 03 de julho de 2022. com/noticia/1306087/2018/11/jornalista-uma-profissao-de-risco/ Acesso em: 21 de julho de 2022. ESTADO DE MINAS. Aumenta a violência contra as jornalistas na América.
Disponível em: <https://www. em. pdf> Acesso em: 03 de julho de 2022. FOLHA DO LITORAL. Aumenta a violência contra as jornalistas na América. Disponível em: <https://jornalfolhalitoral. com. infoescola. com/sociedade/patriarcalismo/ > Acesso em: 11 de junho de 2022. JORNAL NACIONAL. Uma em cada três mulheres já sofreu violência física ou sexual, diz OMS. Disponível em: < https://g1. Disponível em: https://repositorio. unisc. br/jspui/bitstream/11624/851/1/Andressa%20Porto%20de%20Oliveira. pdf Acesso em: 21 de junho de 2022. RAMOS, Silvia; PAIVA, Anabela. Disponível em: < https://runnersworld. com. br/assedio-em-prova-dos-eua/> Acesso em: 03 de julho de 2022. SAKAMOTO, Leonardo. Ataque a jornalista da folha é episódio grotesco de violência contra a mulher. php?script=sci_arttext&pid=S1414-32832007000100009 Acesso em: 21 de julho de 2022. SOUSA, Cecília de Melo e; ADESSE, Leila (orgs).
Violência Sexual no Brasil: perspectivas e desafios. Secretaria Especial de Políticas para as Mulheres. Brasília, Secretaria Especial de Política para as Mulheres, 2005. com. br/economia/mexico-intensifica-investigacao-para-resolver-assassinato-de-jornalista/> Acesso em: 02 de julho de 2022. VEJA. Mulheres relatam agressões metade não denuncia. Disponível em: https://veja.
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