VIABILIDADE DE IMPLANTAÇÃO DE CENTRO DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL NA REGIÃO EXTREMO OESTE DE SANTA CATARINA
Considerando a tal importância e demanda regional, sua implantação possibilitara que as atividades educativas tenham maior papel social na comunidade, suprindo e capacitando profissionais com uma visão holística de sustentabilidade e ainda dando apoio para que a temática seja trabalhada com mais ênfase nas escolas da região. Palavras-chave: Centro de educação ambiental. Educação ambiental. Sustentabilidade. Pensamento ambiental. Por outro lado os autores destacam que ainda é escassos estudos relativos aos CEAs e que o termo adota as mais diversas denominações no Brasil, como: Centros Ambientais, Centros de Referência em EA; Centro de Visitantes; Centro de Informações; Centros de Meio Ambiente; Centros de Desenvolvimento Ambiental; Centros de Estudos Ambientais; Núcleos de EA; Núcleos de Meio Ambiente; Pólos de EA.
Os CEAS têm como finalidade imediata reunir, sistematizar informações e experiências em educação ambiental, e disseminá-las ao público regional, seu papel ainda é de apoiar e promover programas e projetos de EA, atendendo assim, principalmente, alunos das escolas públicas e particulares. O presente artigo e um estudo teórico da viabilidade de implantar um CEAs no Extremo Oeste de Santa Catarina, através de levantamento teórico em artigos, projetos, livros e revistas eletrônicas, será discutido, levantado os principais pontos, os impactos do CEAs na sociedade, avaliando a viabilidade e dando subsídio para um futuro projeto técnico de implantação de CEAs na Região. EDUCAÇÃO AMBIENTAL Segundo Chaves, 2014 problemática ambiental tem assumido um relevante papel na sociedade, e vem se tornando um assunto de níveis alarmantes, tendo impactos nocivos à qualidade de vida da população, isso sugere discussões, conscientização, mobilizações para atuar, de forma participativa e comprometida em defesa do ambiente natural e do meio social, da relação do homem com o meio ambiente.
Kruguer (2001), ressalta que “a atual crise ambiental é, portanto, muito mais a crise de uma cultura, de um paradigma, do que uma crise de gerenciamento da natureza”. A Conferência Intergovernamental sobre Educação Ambiental realizada em Tsibilisi (EUA), em 1977, desencadeou inúmeras ações que visavam uma nova consciência ambiental, enquanto o documento gerado na Conferência Internacional sobre Meio Ambiente e Sociedade, Educação e Consciência Pública para a Sustentabilidade, realizada em Tessalônica (Grécia) em 1997, tratou da importância e a necessidade de se articularem ações de EA baseadas nos conceitos de ética e sustentabilidade, identidade cultural e diversidade, mobilização e participação e práticas interdisciplinares (SORRENTINO, 1998). Subsequentemente em 1987 ocorreu o Congresso Internacional sobre Educação e Formação Relativa ao Meio Ambiente na cidade de Moscou, conforme Medina 2003, o encontro resultou em uma estratégia global de ação em matéria de educação e formação ambiental para o decênio de 90, visando dar prioridade à formação de recursos humanos nas áreas formais e não formais da EA e na inclusão da dimensão ambiental nos currículos de todos os níveis de ensino.
Em 1992 a Conferência Rio-92 estabelece uma proposta de ação para os próximos anos, a Agenda 21, documento visando assegurar o acesso universal ao ensino básico, conforme recomendações da Conferência de Educação Ambiental (Tbilisi, 1977) e da Conferência Mundial sobre Ensino para Todos: Satisfação das Necessidades Básicas de Aprendizagem (Jomtien, Tailândia, 1990). Essas expectativas geradas na Rio-92 se reduzem significativamente após a Cúpula do Mundial sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável – Rio +10, realizada em 2002 em Johanesburgo, de fato não se concretizaram os objetivos de aprofundar o debate em torno do desenvolvimento sustentável e praticamente não foram acordados novos passos nem no plano teórico, nem nas medidas práticas, o mesmo se repete no II Conferência Internacional da Educação Ambiental realizada simultaneamente na Rio + 20 que ocorreu no Rio de Janeiro em 2012 (JACOBI, 2003).
A EA no Brasil teve seu inicio na década de 70 e final de década de 80, sendo que em 1973, criou se a Secretaria Especial do Meio Ambiente (SEMA), e em 1995 a Câmara Técnica Temporária de Educação Ambiental no Conselho Nacional de Meio Ambiente (CONAMA), onde sua primeira reunião em junho de 1996, se discutiu o documento intitulado “Subsídios para a formulação de uma Política Nacional de Educação Ambiental”, elaborado pelo MMA/IBAMA e pelo MEC. Para o CONAMA os objetivos dos CEAs são de dispor de informações de carácter socioambiental; reformular o pensamento crítico ambiental dos cidadãos; proporcionar a capacitação técnica e a formação de recursos humanos na área ambiental; promover, projetar e desenvolver atividades as quais dispõem da sensibilidade da natureza e da preservação de recursos ambientais; articular ações comunitárias e regionais; proporcionar a dissimilação da cultura regional ambiental.
Quanto ao espaços físico e estrutural a portaria recomenda que posso proporcionar as mais diversas e difusas atividades de EA e ainda garantir a qualidade de vida ambiental no seu entorno. Já no que se refere a equipe educativa, ela é responsável pela criação, manutenção e implantação do projeto político pedagógico, devendo essa equipe ser multidisciplinar empregando a diversidade técnica com experiências na área da EA. Os CEAs então submetidos as diretrizes da Política Nacional de Educação Ambiental (Lei 9. com o Programa Nacional de Educação Ambiental (ProNEA) e ainda com as Políticas e Programas Estadual e Municipal de EA da sua localização. Tem como característica particular o fato de estar bem disperso pelo interior do país, estando presente em pequenos municípios distantes dos grandes centros urbanos.
CENTROS RURAIS AGROECOLÓGICOS/SÍTIOS ECOLÓGICOS São CEAs presentes em áreas rurais, geralmente em pequenas propriedades agroecológica, estão baseados na função de difundir e de dar formação em base agroecológicas, ou seja a chamada agricultura alternativa e vêm fazendo a interface agricultura com a EA. MUSEUS, ZOOLÓGICOS, JARDINS BOTÂNICOS, PARQUES URBANOS Já esses CEAs tem como suas principais missões a difusão de informações, a sensibilização e reflexão crítica ambiental, são instituições públicas (prefeituras, universidades, empresas, fundações), as quais vão desde parques urbanos, zoológicos, jardins botânicos até museus. Como pioneiro cabendo ressaltar o Parque Zoológico Municipal de Sorocaba “Quinzinho de Barros”, criado em 1968, passou a implementar seu programa de educação ambiental em 1979 (Mergulhão, 1998).
Dento dessa perspectiva os CEAs são iniciativas voltada em grande parte ao público escolar, sobretudo aos alunos nas correspondentes series do Ensino Fundamental, sendo ressaltados em alguns campos temáticos trabalhados por tais iniciativas (ecologia, conservação da natureza e meio ambiente), o que justifica e traz significativa importância de ser acessível ao a grande parte desses alunos, suprindo as necessidades de ferramentas de EA no âmbito regional. A trilha ecológica tem o papel de despertar a sensibilidade e o contato com natureza, já o centro interpretativo abriga exposições de materiais científicos relevantes à biodiversidade regional e possibilita às práticas de gestão ambiental e sustentabilidade posam ser desenvolvidas através de palestras, vídeos, cursos e ventos (SPEGIORIN, 2011). A Região do Oeste de Santa Catarina ainda não dispões de um CEA, a carência de um local apropriada a nível regional para desenvolver atividades voltadas e EA e o desenvolvimento sustentável, aumenta significativamente as dificuldades e sobre por essa concepção educativa, constituindo se de um obstáculo na consolidação do paradigma ambientalista, essencial para que se possa desenvolver uma sociedade que preserve e gerencie melhor seus recursos naturais, garantindo assim uma melhor qualidade de vida socioambiental.
VIABILIDADE DE IMPLANTAÇÃO DO CEA É relevante as justificativas para se implantar um CEA regional, a importância das áreas verdes para a manutenção da qualidade de vida e o equilíbrio socioambiental nas cidades desempenham papel importante, proporcionam inúmeros benefícios, minimizando assim as consequências dos impactos psicológicos causados pela urbanização. Nesse sentido a presença de um CEA com parques, praças e áreas para atividades de contato direto a natureza, locais aonde posso ocorrer o intercâmbio social e cultural dos cidadãos com meio ambiente, poderão vir a suprir a laguna da falta de estrutura especializada para desenvolver e trabalhar a temática ambiental (CÓRDULA, 2010). Como ressalva Cerruti, 2010, para que um cidadão desenvolva uma cultura mais sustentável, agregando o pensamento ambiental na sua rotina de vida é necessário que ela reflita, perceba e entenda o mundo a sua volta de uma perspectiva holística.
ANDRADE, T. H. N; RIBEIRO, M. L. N. php/cts/article/viewFile/137/59 > Acesso em: 22 Fev. BRASIL. Ministério do Meio Ambiente. Resolução CONAMA nº 1/86, de 23 de janeiro de 1986. Dispõe sobre procedimentos relativos a Estudo de Impacto Ambiental. br/ccivil>. Acesso em: 29 Jan. BRASIL: MINISTÉRIO DO MEIO AMBIENTE. Agenda 21 Brasileira: resultado da consulta nacional / Comissão de Políticas de Desenvolvimento Sustentável e da Agenda 21Nacional. ed. Rev. Bra. De Edu. Ambiental, vol. num. Acesso em: 29 Jan. DIAS, E. G. C. S. p. Disponível em: <https://www. google. com. br/url?sa=t&rct=j&q=&esrc=s&source=web&cd=1&ved=0CC4QFjAA&url=http%3A%2F%2Fojs. ibge. gov. br/servidor_arquivos_est/>. Acesso em: 02 Fev. JACOBI, PEDRO. Aperfeiçoamento/Especialização em MBA EM GESTÃO AMBIENTAL - ÊNFASE EM LIC, AUD.
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