Utilização do Sistema CRISPR/Cas9 para o tratamento da AIDS
ABREVIATURAS AIDS- Páginas 6,7,11, 15, 17- Síndrome da Imunodeficiência Adquirida. UNAIDS- Página 6- Joint United Nations Program on HIV/AIDS. DST- Página 6- Doença Sexualmente Trasmitida. HIV - Páginas 6,7,9,12, 14, 15, 17 -Vírus da Imunodeficiência Humana CRISPR- Páginas 7, 12, 13, 14, 16, 17 - Repetições Palindrômicas Curtas Agrupadas e Regularmente Interespaçadas. Cas9 - Páginas 7,13,14, 16, 17- Proteína 9 associada ao CRISPR, do inglês “CRISPR associated protein 9”. Tratamento Atual 10 1. Linfócitos T 10 1. Gene CCR5-Delta 32 11 1. O Sistema CRISPR/Cas 9 12 2. Métodos 14 3. Ainda podem ocorrer danos neuropsiquiátricos, com quadros de alucinações, amnésia, ansiedade, confusão mental, convulsões, depressão, irritabilidade, insônia, entre outros sintomas 4. Considerando o que foi exposto, o advento de uma terapia gênica que atue impedindo a multiplicação do vírus HIV de forma permanente, substituiria a necessidade do coquetel medicamentoso, trazendo melhorias significativas na qualidade de vida dos pacientes portadores da doença.
Para melhor entendimento de como essa terapia seria aplicada, se faz necessário um estudo do processo de infecção, reprodução, conhecimento do gene e o sistema CRISPR/Cas 9. Processo de infecção O vírus HIV, agente causador da AIDS, pode ser encontrado no sangue, no esperma, na secreção vaginal e no leite materno, sendo facilmente transmitido inclusive através de objetos contaminados que entrem em contato com o sangue de uma pessoa saudável. A detecção da doença pode demorar um tempo considerável, levando em conta que o vírus pode permanecer de forma latente no organismo iniciando a infecção e causando a AIDS em até 10 anos após o contágio. Alguns vírus ainda possuem um quarto gene em seguida ao env que está envolvido na transformação celular.
De forma resumida, o processo de reprodução do HIV, possui as etapas descritas a seguir 5 : a. Entrada na célula, pela fusão com a membrana citoplasmática, em sítios contendo receptores específicos; b. Remoção do envelope do virion na membrana, enquanto o genoma e as enzimas permanecem no cerne viral; c. Transcrição reversa de um dos dois genomas de RNA em um DNA de fita simples, subsequentemente convertido pela transcriptase reversa em um DNA de fita dupla linear que então penetra o núcleo; d. “Praticamente todas as medicações ARVs tem efeitos colaterais, mas nem todas as pessoas que as utilizam irão apresentar o mesmo efeito adverso ou na mesma proporção” 4 (CARNEIRO,2017, p9). Linfócitos T Figura 2: Diferenciação dos Linfócitos T 11 11 Os linfócitos T são células fundamentais do sistema imunológico humano, eles são formados após a migração de células tronco da medula óssea, que realizaram um processo de mitose, também conhecido como divisão celular.
Nesse mesmo local, eles sofrem um processo de diferenciação celular, no qual a célula se torna especializada, e portanto os linfócitos T maduros são capazes de diferenciar agentes externos de células do próprio organismo. Por fim, eles migram para o sistema linfático, onde passam a agir no sistema imunológico 5. Gene CCR5-Delta32 Desde o início da epidemia de AIDS, foi identificado um pequeno número de pessoas altamente resistentes à infecção pelo vírus, mesmo sendo expostos diversas vezes ao HIV. Timothy Brown, diagnosticado com HIV em 1995, durante a terapia antirretroviral, em 2007, desenvolveu leucemia aguda. Para o transplante de medula óssea, os médicos escolheram um doador que além de ser compatível, também apresentava a mutação no gene CCR5, ou seja, o doador era homozigoto e mutado.
Dessa maneira, Timothy se tornou o primeiro caso de cura funcional da infecção por HIV 7. Com base nessa confirmação, a indústria farmacêutica têm desenvolvido um novo grupo de antirretrovirais, inibidores de CCR5. Além disso estão em curso estudos que usam o gene como alvo para imunoterapia, terapia gênica e vacinas. RESULTADOS ESPERADOS E DISCUSSÕES Com o sucesso da aplicação dessa terapia gênica, agindo até mesmo contra o vírus no modo latente, e aliada ao coquetel medicamentoso para erradicação das células já contaminadas, o esperado seria uma possível cura da doença, como no caso do “Paciente de Berlim” 7. Sobre uma possível rejeição do organismo, as chances são muito pequenas, uma vez que as células-tronco introduzidas serão retiradas do próprio paciente e a alteração realizada não será o suficiente para causar danos.
Logo o organismo será, de certa forma, colonizado por linfócitos que não terão o mecanismo de entrada do HIV, impedindo novas infecções pelo vírus, mesmo este continuando presente no organismo. Isso substituiria o coquetel diário de medicamentos utilizado hoje como tratamento da AIDS no longo prazo, sendo necessário o paciente realizar o tratamento apenas uma vez e tendo sua doença controlada. Além disso, há a possibilidade da criação de uma vacina eficaz contra o vírus HIV, que desde sua entrada no corpo, não seria capaz de penetrar suas células-alvo, passando a circular no sangue onde ficaria vulnerável ao ataque das células do sistema imune. É esperado que nos próximos anos, com o avanço da tecnologia e das pesquisas em Biologia Molecular e em Genética, novos métodos de terapia gênica como o apresentado nesse relatório técnico sejam elaborados, de forma a impactar o cotidiano de milhares de pessoas ao redor do mundo, o que caracteriza o presente relatório no tema apresentado pelo orientador durante o semestre: “Tecnologia no Cotidiano”.
REFERÊNCIAS 1. DA ANSA BRASIL, Há 35 anos, primeiros casos de aids eram relatados nos EUA. Disponível em: http://agenciabrasil. ebc. com/portuguese/noticias/2015/11/151118_combate_hiv_mun do_rm. Acesso em: 19/11/2018. SÍLVIA DE ANDRADE CARNEIRO, Efeitos Adversos da Terapia Antiretroviral. Disponível em: http://www. smp. Acesso em: 23/11/2018. TERRA NOTÍCIAS, Único a vencer HIV, "Paciente de Berlim" quer cura de outros. Disponível em: https://www. terra. com. What is CRISPR/Cas9?. Archives of Disease in Childhood - Education and Practice 2016;101:213-215. Knight C, Xie L, et all. Dynamics of CRISPR-Cas9 genome interrogation in living cells. Science Magazine 2015;DOI:10. gov/gene/CCR5. Acesso em: 25/11/2018 Disponível em:.
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