TRATAMENTOS COMPLEMENTARES E ALTERNATIVOS UTILIZADOS EM PACIENTES COM DOENÇA DE ALZHEIMER. UMA REVISÃO BIBLIOGRÁFICA

Tipo de documento:Revisão bibliografica

Área de estudo:Medicina

Documento 1

INTRODUÇÃO. METODOLOGIA. REVISÃO DE LITERATURA - RESULTADOS E DISCUSSÃO. Tratamento de pacientes com DA através de Alcalóides. A utilização da Música como tratamento alternativo para pacientes com DA 10 O uso da atividade física como tratamento alternativo. Para essa revisão, foi utilizada uma busca por artigos em língua portuguesa e inglesa em plataformas contendo assuntos direcionados a Saúde, como: Portal BVS (BibliotecaVirtual em Saúde), plataforma LILACS (Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências de Saúde), Scielo (Scientific Electronic Library Online) e Google Acadêmico, esses artigos foram publicados no período de 1999 a 2018. O objetivo desta revisão é de apresentar uma pesquisa mais aprofundada das diferentes formas de tratamentos complementares/alternativo em pacientes com DA, afim de gerar mais conhecimento e maior aporte para uma escolha mais eficaz de tratamento complementar/alternativo em indivíduos com DA.

Conclui-se que o conhecimento da doença ainda é escasso, mas há um grande interesse por parte dos pesquisadores em desenvolver técnicas para a reabilitação desse pacientes, para promover maior qualidade de vida não somente para eles mas para seus cuidadores. Palavras chave: Doença de Alzheimer; Reabilitação; Tratamento alternativo; A família e a doença. ABSTRACT Aging is a natural, and progressive, process in which morphological, biochemical, functional, and psychological changes occur. Tais modificações poderão determinar uma perda da capacidade de adaptação no meio ambiente por parte do indivíduo. A perda de capacidades funcionais traz limitações e dependência. Outro fator que é afetado no processo de envelhecimento é a decadência a nível nutricional, a baixa de nutrientes, como: proteínas, potássio, cálcio, vitaminas e etc.

afeta ao idoso fazendo com que este seja passível de doenças crônicas e debilidades, acrescidas de doenças mentais neurológicas (81). Casos de demências são bastante recorrentes em idosos, mas um dos casos que vem sendo bastante estudado é a doença de Alzheimer (DA). Segundo Machado (2006) além da idade, outros fatores de risco que também podem ser indicativos para a DA é uma história familiar positiva, síndrome de Down, baixo nível econômico e gênero feminino (após 80 anos). Machado (2006) também diz que estudos sugerem uma etiologia multifatorial para a Doença de Alzheimer, onde se destaca os fatores genéticos e am­bientais. A doença também pode afetar de for­ma diferente a cada paciente, o que significa que são diversas for­mas de apresentação clínica e de progressão da do­ença e, provavelmente também, de resposta ao tratamento ou a reabilitação de cada paciente.

Segundo Engelhardt et. al. O cuidador então passará a dedicar-se e a participar de sua vida, buscando estar junto em todos os momentos. Portanto, é importante ressaltar que o cuidador, terá um papel que lhe exigirá tomar decisões e lhe incubirá atividades que passarão a ser de sua inteira responsabilidade, isso porém poderá repercutir de forma negativa na vida do cuidador, (46,77). Assim, somente será possível a tarefa do cuidador na reabilitação do paciente e o bom desenvolvimento do doente, se de fato o cuidador estiver comprometido sentimentalmente, com o individuo (77,8). Infelizmente essa é uma doença que não há retrocessos, ou seja, caminha para um diagnostico sempre negativo. Até o momento, não existe cura para o Alzheimer, mas os avanços científicos têm permitido que o paciente possa desenvolver mais qualidade de vida até na etapa avançada da doença(9).

Mas tais fatores podem ser passíveis de mudanças de acordo com a terapia aplicada, país ou contexto cultural (42). Há quatro classificações das PIC (56): Terapias psíquico-corporais como: meditação, imaginação guiada, relaxamento, hipnose, biofeedback, oração, terapias expressivas, arteterapia e técnicas de respiração (6); Terapias de base biológica que utilizam : botânicos, derivados de animais, vitaminas, minerais, ácidos graxos, aminoácidos, proteínas, prebióticos, probióticos, dietas integrais e alimentos funcionais; Terapias de manipulação corporal: Incluem manipulação osteopática, quiropraxia, massagem e reflexologia; Terapias energéticas: essas envolvem a manipulação do campo energético corporal para promover a saúde e recuperação (14). Contudo, para que se possa obter um bom resultado com tratamentos complementares/alternativos, é preciso um método de estudo sistematizado e bem organizado, tendo assim um objetivo de proporcionar um cuidado individual, que tenha o foco em soluções individuais e também de grupos.

Para a execução de cada prática é necessário basear-se em evidencias de decisões clínicas e de dados coletados do paciente, para que se possa identificar qual a melhor intervenção e a mais eficaz para o tratamento do mesmo (30). Segundo Driever (2002), o objetivo dessas práticas baseadas em evidências, seria que se chegue a um consenso sobre os dados clínicos mais relevantes extraídos dos resultados dos estudos, e das informações que estariam disponíveis na base de dados, o que permitiria a tomada de decisões correta quanto ao tratamento necessário para cada paciente. Os artigos selecionados foram publicados no período de 1999 a 2018, estando nos idiomas português e inglês. As palavras-chave utilizadas foram: Doença de Alzheimer; Reabilitação na Doença de Alzheimer; A família e a doença de Alzheimer; Tratamentos alternativos para a doença de Alzheimer.

A busca dos artigos iniciou-se sendo adotados os seguintes critérios de inclusão: (1) Descrição geral sobre a doença de Alzheimer; (2) diagnostico da doença; (3) Programas de reabilitação ou tratamento alternativo da doença de Alzheimer. Os artigos que não atenderam a esses critérios de inclusão foram excluídos do estudo. Após obter as referências, foram avaliadas a especificidade a relevância e quão atualizados estavam os estudos, baseando-se na sugestão trazida por (Traina e Traina Jr. Dessa forma, muitas das pesquisas desenvolvidas com alcaloides podem ser protegidos e publicados na forma de patentes, levando em consideração as classes de estruturas químicas e suas aplicações terapêuticas em doenças neurodegenerativas. Montecchi, Russo, Liu (2013) afirmam a necessidade de patentear esses produtos naturais, e que possuam informações sobre o número da publicação, número de registro, título da invenção, nome do inventor, classificação internacional de patentes (CIP), resumo e uma descrição detalhada da invenção e reivindicações.

Konrath et al. reafirma essa questão dizendo ainda que é de extrema necessidade consideradas as doenças neurodegenerativas como a Doença de Alzheimer. De-Azevedo et. Como uma opção alternativa, a musicoterapia vem sendo utilizada com frequência, sendo dirigida em muitos casos especificamente para o tratamento de alguns sintomas demenciais, como a agitação e a agressividade (62). É uma hipótese também viável a possibilidade de reativação e expressão das habilidades não-verbais (71). Para um bom desenvolvimento da técnica a musicoterapia deve ser analisada pelo terapeuta e pode ser verbal ou não- verbal ou com o uso de instrumentos rítmicos ou melódios afim de produzir comunicação e interação entre os pacientes. É necessário também definir o tempo de duração de cada sessão e quantos ciclos serão necessários serem realizados.

É de extrema importância a presença de um observador (10). Os Pacientes com DA que apresentam um quadro depressivo têm maior deficiência para executar as atividades da vida diária e maior probabilidade de apresentar agitação, além de promover um aumento do estresse no cuidador (47,48,31,37). Considerar a atividade física regular é então uma alternativa de tratamento não farmacológica para o transtorno depressivo, pois apresenta custo econômico baixo, é acessível e preveni o declínio funcional do idoso. Associado ao tratamento psicofarmacológico da depressão o exercício físico apresenta benefícios importantes, pode auxiliar na recuperação da autoestima e da autoconfiança (33). Há estudos que demonstram a redução dos sintomas de depressão em idosos através do exercício físico, preservando sua cognição (12,53).

Mas muito pouco ainda se sabe quanto ao uso do exercício físico para a diminuição dos sintomas depressivos em pacientes com DA. em uma revisão, diz que o exercício físico não é necessariamente benéfico para todos os pacientes com demência. Para que haja efeitos positivos irá depender da condição cardíaca do paciente. Entendo isso, é necessário que o paciente realize uma avaliação profunda, e verifique principalmente as suas condições cardíacas. Do ponto de vista de Stella et al. a atividade física regular deve ser considerada como um tratamento alternativo e não farmacológico para o transtorno depressivo. O objetivo das ações multidisciplinares é interferir no processo saúde-doença de paciente com DA, integrando o individuo e a família as habilidades recorrentes de cada profissional, promovendo ações voltadas à realidade na qual estão inseridos (3).

Esse tipo de tratamento foi avaliado apenas por uma revisão integrativa da literatura, onde as evidências disponíveis sobre o efeito das ações multidisciplinares na saúde do idoso com DA, reportou resultados positivos (11). Os estudos realizados por (16,60,75,17), mostraram que houve melhora nos sintomas neuropsiquiátricos, na depressão, no nível de estresse, na agitação, na cognição, na autonomia, na carga do cuidador, na atividade de vida diária e na qualidade de vida dos pacientes com DA que aderiram ao tratamento multidisciplinar. Outros dois estudos também avaliaram os sintomas nos cuidadores, reportando a melhora dos níveis de depressão e de ansiedade. Portanto, as intervenções cognitivas não podem deter o avanço da doença, mas podem fazer com que o indivíduo mantenha seu nível de habilidades e de funcionamento por um maior período de tempo.

Existem uma grande variedade na qual a realidade virtual pode ser aplicada na área da saúde, desde avaliações até a reabilitação, em diversas patologias, incluindo as demências. Davis (2016) relata que indivíduos que possuem algum tipo de demência, possuem uma perda da capacidade de orientação, e que esse é um dos sintomas mais perigosos, pois esses indivíduos possuem um alto risco de se perder. Já em estágios iniciais da doença em média 55% das pessoas possuem a capacidade de orientação alteradas. O estudo de Serino (2017) observando esse déficit, usou a RV como uma ferramenta para estimular a capacidade de orientação e memória espacial em indivíduos saudáveis e em indivíduos com DA, e o resultado obtido foi a melhora significativa na memória espacial dos dois grupos, mostrando que essa técnica é um bom a recurso a ser utilizado para esse fim.

Davis (2016) também utilizou um programa em RV chamado Virtual Senior Living, este programa busca estimular a orientação através do espelhamento de atividades da realidade. A necessidade não somente de conhecer mais sobre a doença mas também de saber como proceder com o paciente, já que infelizmente a doença é progressiva, ainda é muito estudado e pesquisado. Sabendo que os meios alternativos e complementares de tratamento, em parceria com o tratamento farmacológico formal podem ser bastante efetivos, tanto na vida do paciente como na vida do cuidador, uma grande gama de estudos trazendo vários tipos de tratamentos alternativos, foram realizados e vem constantemente crescendo em número, desde tratamentos físicos a neurológicos no que abrange a cognição, como o uso de medicação natural ou terapias musicais e até mesmo virtual vem sendo pesquisados.

Poder mostrar alguns desses estudos já realizados e efetivados nesta revisão é de grande importância, pois apresentam uma variedade de opções que podem ser executadas de acordo com um estudo de caso de cada paciente, pois nem todo o tratamento alternativo trará resultados positivos, isso dependerá do nível de desenvolvimento da doença em que esteja o paciente, e também de sua relação com o ambiente em que está vivendo juntamente com seu emocional. O mais importante é saber que a qualidade de vida dessas pessoas podem ser melhorada, e alguns sintomas do qual gera a doença podem ser amenizados através do uso de algumas dessas terapias alternativas. Não obstante vemos que o apoio da família é de extrema importância para que o paciente se sinta acolhido, e que de fato necessita haver um comprometimento por parte da família, principalmente se o cuidador for o membro desta.

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