T. Moral - Casamento 2ª união frente a Igreja
Tipo de documento:Artigo acadêmico
Área de estudo:Religião
Em alguns trechos Bíblicos é possível reconhecer a indissolubilidade do matrimônio porém, esses trechos levam em conta o ponto de vista teológico? É um casamento que vai fazer bem ao cristão envolvido? Será que Deus uniu mesmo? Comumente, os cristãos não sabem até onde devem ir pela igreja. O medo das consequências de um divórcio ou um segundo casamento assolam a sua grande maioria e fomentam casamentos infelizes onde o próprio sentimento, e às vezes até mesmo a integridade física está banalizada. É necessário saber motivos possíveis que levam a um casal de cristãos católicos a se separarem e engajarem em um segundo casamento. É de extrema importância estar ciente que este artigo tem o papel de não banalizar o matrimônio, e sim exercer uma função pastoral para que todos os cristãos estejam cientes de não se fixar em um legalismo que mais mata do que salva.
Por sua vez, o artigo tem como objetivo desmistificar a ideia de que a segunda união deve ser mal vista aos olhos de Deus e da igreja. — As propriedades essenciais do matrimónio são a unidade e a indissolubilidade, as quais, em razão do sacramento, adquirem particular firmeza no matrimónio cristão. Cân. — Origina o matrimónio o consentimento entre pessoas hábeis por direito, legitimamente manifestado, o qual não pode ser suprido por nenhum poder humano. O consentimento matrimonial é o acto da vontade pelo qual o homem e a mulher, por pacto irrevogável, se entregam e recebem mutuamente, a fim de constituírem o matrimónio. Cân. A promessa de matrimônio, quer unilateral quer bilateral, chamada esponsais, rege‐se pelo direito particular, que tenha sido estabelecido pela Conferência episcopal, tendo em consideração os costumes e as leis civis, se existirem.
Da promessa de matrimônio não se dá acção para pedir a celebração do matrimónio; dá‐se porém para reparação dos danos, se para ela houver lugar. CÓDIGO DE DIREITO CANÔNICO)2 Sendo assim, o matrimônio acima de tudo quer dizer que é necessário seguir os preceitos católicos, e não é uma convenção social onde se casa por vantagens ou qualquer outro motivo além do mais puro sacramento. Se certificando de que ambas as partes seguiram os princípios a fim de ter uma experiência de casamento eclesiástica e que vise sempre buscar melhorar ao invés de descartar. O DIVÓRCIO SEGUIDO DE SEGUNDA UNIÃO Antigamente era difícil anular um casamento devido aos preceitos da igreja Católica e o medo dos cristãos de serem excomungados.
Católicos em busca da anulação do casamento até então também precisavam de aval de dois tribunais da Igreja. A reforma irá restringir esse processo a um tribunal, embora as apelações sejam mantidas. O novo procedimento rápido permitirá que bispos concedam a anulação diretamente se os dois parceiros fizerem a requisição. Pela natureza complicada do processo, casais normalmente pediam ajuda especializada, o que tornava a anulação custosa. Sem a anulação, católicos que se divorciaram e casaram fora da Igreja são considerados adúlteros e não podem, por exemplo, receber comunhão. Saibam os pastores que, por amor à verdade, estão obrigados a discernir bem as situações. Há, na realidade, diferença entre aqueles que sinceramente se esforçaram por salvar o primeiro matrimónio e foram injustamente abandonados e aqueles que por sua grave culpa destruíram um matrimónio canonicamente válido.
Há ainda aqueles que contraíram uma segunda união em vista da educação dos filhos, e, às vezes, estão subjectivamente certos em consciência de que o prece dente matrimónio irreparavelmente destruído nunca tinha sido válido. Juntamente com o Sínodo exorto vivamente os pastores e a inteira comunidade dos fiéis a ajudar os divorciados, promovendo com caridade solícita que eles não se considerem separados da Igreja, podendo, e melhor devendo, enquanto batizados, participar na sua vida. Sejam exortados a ouvir a Palavra de Deus, a frequentar o Sacrifício da Missa, a perseverar na oração, a incrementar as obras de caridade e as iniciativas da comunidade em favor da justiça, a educar os filhos na fé cristã, a cultivar o espírito e as obras de penitência para assim implorar, dia a dia, a graça de Deus.
Familiaris Consortio PT 82)7 Com isso, é possível perceber que o divórcio é bem aceito quando se tem um contato com a igreja que possibilite tal feito de modo que o casal tenha tentado salvar a relação diversas vezes a menos que não tenha sido possível. Ainda de acordo com a Bíblia em Mateus 19:3-9, o único motivo plausível de divórcio e segunda união é o adultério: “Alguns fariseus aproximaram-se dele para pô-lo à prova. E perguntaram-lhe: "É permitido ao homem divorciar-se de sua mulher por qualquer motivo?" Ele respondeu: "Vocês não leram que, no princípio, o Criador 'os fez homem e mulher' e disse: 'Por essa razão, o homem deixará pai e mãe e se unirá à sua mulher, e os dois se tornarão uma só carne'? Assim, eles já não são dois, mas sim uma só carne.
Portanto, o que Deus uniu, ninguém separe". Perguntaram eles: "Então, por que Moisés mandou dar uma certidão de divórcio à mulher e mandá-la embora?" Jesus respondeu: "Moisés permitiu que vocês se divorciarem de suas mulheres por causa da dureza de coração de vocês. Existe a necessidade de anos de estudo, muita oração e conhecimento do matrimônio e suas responsabilidades. Ainda assim, nossas paróquias não dão atendimento o suficiente para manter esses casais unidos ensinando a base dos princípios eclesiásticos e matrimoniais. Os cursos de noivos, em muitas de nossas paróquias no Brasil afora, se reduzem a um dia, ou até a meio dia, quando não são feitos até por correspondência. Os nubentes, naquele momento, podem estar pensando em tudo: na casa, na festa, no curso que estão fazendo, menos na conversão pessoal que terão que empreender, se quiserem assumir, de fato, a vida a dois em modo estável e permanente.
Se no momento decisivo do consentimento, a pessoa não ponderou o que está dizendo, as palavras tornaram-se infecundas e não produzirão como deveria ser um consentimento válido, embora reconhecido pelo direito, enquanto não se prova o contrário. Sendo assim: Cân. Os católicos que ainda não receberam o sacramento da confirmação, recebam‐no antes de serem admitidos ao matrimónio, se o puderem fazer sem grave incómodo. Para que recebam com fruto o sacramento do matrimónio, recomenda‐se vivamente que os noivos se aproximem dos sacramentos da penitência e da santíssima Eucaristia. CÓDIGO DE DIREITO CANÔNICO)10 4. Casamentos de segunda união e o catolicismo É necessário compreender que existem muitos vícios de consentimento que podem invalidar o matrimônio desde o início do mesmo.
O erro acerca da qualidade da pessoa, ainda que dê causa ao contrato, não torna inválido o matrimônio, a não ser que directa e principalmente se pretenda esta qualidade. Cân. — Quem contrai matrimônio enganado por dolo, perpetrado para obter o consentimento, acerca de uma qualidade da outra parte, que, por sua natureza, possa perturbar gravemente o consórcio da vida conjugal, contrai‐o invalida¬mente. Cân. — O erro sobre a unidade, a indissolubilidade ou a dignidade sacramental do matrimônio, contanto que não determine a vontade, não vicia o consentimento matrimonial. Casamentos de segunda união no catolicismo foi abordado como o último tópico a fim de fundamentar a conclusão. É necessário entender que casais de segunda união são marginalizados e muita das vezes não se separam por motivos de vergonha ou medo de serem excomungados.
Contudo, não é certo nós como Igreja continuarmos unindo casais que sofrem violência sexual, física, verbal, que já não se amam mais, que nunca tiveram um matrimônio legítimo e que ainda assim tentaram salvar e não conseguiram. Precisamos entender que a Igreja tem que atrair fiéis e entender seu dia a dia. Como igreja não podemos continuar unindo casais que não querem estar juntos por uma simples convenção que pode ocasionar na infelicidade de duas pessoas, infidelidade e acima de tudo desvio do caminho eclesiástico. Referências Bibliográficas FAMILIARIS CONSORTIO PG 82. Bíblia Clerus Online. Disponível em: < http://www. clerus. org/bibliaclerusonline/pt/gok. pdf > Acesso em: 05/05/2020 VERSÍCULOS SOBRE O DIVÓRCIO. Bíblia. Disponível em: < https://www.
bibliaon. com/divorcio/> Acesso em: 18/05/2020.
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