Sobrevivência das microempresas nos tempos de crise
Tipo de documento:Redação
Área de estudo:Administração
Após o levantamento dos riscos que a empresa corre e da vulnerabilidade de suas áreas, é preciso identificar os riscos com maior probabilidade de ocorrência e os que têm potencial para causar maiores danos à empresa. Esta informação é bastante útil para conhecer o tamanho e a gravidade do problema que a empresa terá que enfrentar. A imaginação ou projeção de cenários favoráveis ao desencadeamento de uma crise e do cenário da situação de crise propriamente dita são bastante úteis. O profissional de Relações Públicas que for coordenar um plano deste tipo deverá ter análise crítica, bom conhecimento do negócio, ser realista, sem preconceitos e entender muito bem o público para poder prever suas reações. Dependendo da área de atividade da empresa, é pertinente estar visitando periodicamente a página da Internet de organizações, associações ou grupos organizados que constantemente promovem manifestações contra empresas ou simplesmente se interessam por assuntos relacionados aos produtos ou operações da área de atividade da empresa.
Estas visitas devem ser feitas periodicamente e monitoradas, principalmente, em épocas de crise, pois eles divulgam suas mensagens por meio destes sites, sem falar, é claro, das crises de confronto que geralmente são provocadas por estes grupos. O informe publicitário veiculado nos principais jornais, revistas e canais de televisão são bastante utilizados em situações de crise. São espaços publicitários comprados pela empresa nos quais ela transmite sua mensagem sem o filtro dos jornalistas. Esta é uma forma de atingir a grande massa. Seu texto deve ser claro, objetivo e, se possível, curto, visando esclarecer os principais pontos da crise para minimizar os efeitos negativos. A realização de uma pesquisa é fundamental para se conhecer a real percepção que os diferentes públicos têm a empresa no momento e, então, iniciar o planejamento e implantar as ações.
Os esforços da comunicação (Relações Públicas, Propaganda, Assessoria de Imprensa, Marketing etc. devem ser somados para conquistar os objetivos pretendidos pela empresa. Paralelamente deve ser feito todo o registro de como esta crise foi administrada, avaliando as ações tomadas e analisando o que realmente deu resultado, quais ações foram benéficas e quais não foram o que ocorreu conforme o esperado e o que fugiu ao controle da empresa. Com estes dados, o plano de gerenciamento e crises deve ser revisto e atualizado. Os parques de diversão estão inseridos no setor do entretenimento, ou seja, é um local onde os frequentadores buscam alegria, fantasia, descontração e acima de tudo, diversão. A expectativa é muito alta em relação a estes parques e, portanto, a decepção pode gerar transtornos na mesma intensidade.
Vale lembrar, que a presença de crianças e jovens desacompanhados de seus pais, em excursões escolares é bastante alta nestes locais. Antes de existir um Plano de Comunicação de Crises, existe um Plano de Emergência cuja função principal é a segurança dos frequentadores do parque. O objetivo do Plano de Emergência "é prevenir, controlar, atuar e eliminar situações de emergência, determinando papéis, responsabilidades e ações dos envolvidos". Os diretores das Unidades de Negócio já participaram de programas de media training e a empresa realiza anualmente programas de treinamento. O Presidente assume o controle da crise e é o porta-voz na ausência do Diretor do Negócio e do Gerente Geral do Parque. No caso de necessidade de coletiva de imprensa, existe uma sala de imprensa predeterminada nos parques.
Nos Centros Indooré sugerida a utilização de uma sala de reuniões do Shopping. A empresa acompanha tudo o que acontece no mundo sobre a ocorrência de crises em parques de diversão, desde o acontecimento do fato, a condução da crise, o clipping – impresso e eletrônico, os comentários da IAAPA etc. As pessoas nestas situações já possuem uma predisposição negativa em relação à empresa e sentimentos como raiva e ódio se extravasam com declarações bastante agressivas e emocionais, muitas vezes acompanhadas de lágrimas. Estas imagens marcam fortemente a opinião pública. Este plano é atualizado freqüentemente e o parque possui um mapeamento de seus riscos e vulnerabilidades que por razões de confidencialidade não podem ser apresentadas neste trabalho.
De acordo com Ester, este plano já foi utilizado quando houve excesso de público no Playcenter São Paulo, provocando o fechamento dos portões e com um telefonema anônimo de ameaça de bomba num shopping onde se localiza um Centro Indoor. Segundo a empresa, o resultado foi positivo porque as pessoas já estavam preparadas para conduzir a situação e cada integrante da equipe sabia qual era o seu papel. Ou seja, as empresas de lá estão mais suscetíveis a certos tipos de crise que as daqui não estão. Entretanto, com a penetração crescente da internet, a troca de informações é cada vez mais rápida e constante. Cada vez mais o cidadão brasileiro está mais informado e reivindicante. A competição entre as empresas, marcas e produtos é muito grande e a reputação ou imagem destes três itens é um fator de diferencial vantajoso para os que estão em posição de destaque.
As empresas investem tempo, tecnologia, capital, recursos físicos e humanos para construir sua reputação. Cada dia que começa é um dia potencial para uma crise, mas também é um dia potencial para se preparar para ela. Cabe às pessoas se decidirem de que lado querem ficar. É imprescindível que a empresa efetivamente esteja tendo as atitudes que comunica nos momentos de crise, pois não é possível sustentar uma comunicação que não seja baseada na realidade. REFEREÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS BARREIRO, José Henrique. A jóia da alma. p. BIRCH, John. Como sobreviver na crise. Sem crise. Revista Propaganda, São Paulo, n. mar. abr. p. MINCHEFF, R. Crisis preparation and response.
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