Rochas Piroclásticas e nuvens ardentes
Tipo de documento:Produção de Conteúdo
Área de estudo:Engenharia mecatrônica
Emiliano Castro de Oliveira Santos 2015 ANDERSON AUGUSTO DEMÉTRIO DANTAS ALVES ANDRÉ LEONARDO DA NÓBREGA CAMILA SANTANA ALBINO DA SILVA CAROLINE DE ANDRADE SANTOS THALES PASSOS ROCHAS PIROCLÁSTICAS E NUVENS ARDENTES Origens e Características Projeto Integrador apresentado ao Centro Universitário Monte Serrat como exigência parcial para a aprovação na disciplina Projeto Integrador I do Curso de Geologia. Orientador: Profº. PhD. Emiliano Castro de Oliveira BANCA EXAMINADORA Nome do examinador: Titulação: Instituição: Nome do examinador: Titulação: Instituição: Local: Centro Universitário Monte Serrat – UNIMONTE Data da aprovação: RESUMO Esse trabalho apresenta as características geológicas e litológicas sobre eventos catastróficos vulcânicos, que resultam em condições de ambientes diversas. Foram retratados os tipos de materiais que são expelidos nesses eventos, como rochas piroclásticas e gases vulcânicos, fatores determinantes na dizimação de povoados e causadores de sérios transtornos ao homem.
VolcanicGases. CatastrophicEvents. SUMÁRIO 1-Introdução. Objetivos. Objetivo Geral. Conclusão. Referências Bibliográficas. LISTA DE FIGURAS Figura01 – Materiais Piroclásticos (cinzas, lapilli e bombas). Figura02 – Classificação de Rochas Piroclásticas e Tefras, baseada no tamanho dos clastos. Figura03–Ignimbrito Vulture (extraido do lado do Vesúvio). Tais rochas são chamadas de rochas piroclasticas (pyro = fogo, klasto = fragmento) e podem mudar todo o ambiente em seu raio de alcance, pois projetam muito calor e muito material a velocidades arrasadoras ao serem lançadas. Grotzinger & Jordan,2013) As explosões vulcânicas são exclusivamente importantes para os processos de reconstrução dos aspectos dinâmicos da evolução da terra. Por conterem gases de efeito estufa, tais explosões e atividades vulcânicas são um tipo de termostato planetário, eles regulam a temperatura na Terra, a medida que o fitoplâncton faz fotossíntese, reduzindo os gases de efeito estufa e produzindo oxigênio.
É correto também afirmar que eles são uma das causas de existir vida no nosso planeta, pois por mais que pareçam assustadores, sem os vulcões o nosso planeta seria uma linda bola de gelo vazia. Leinz & Amaral,1978) Estudos detalhados sobre nosso planeta mostram que a Terra já passou por uma fase que os cientistas apelidaram de “Terra Bola-de-Neve” e que parecia que o nosso planeta ficaria estagnado daquela forma, de certo ele teria tudo para permanecer daquele jeito, porém o nosso planeta degelou com as intensas atividades vulcânicas, com explosões enormes, liberando Dióxido de Carbono e outros gases e assim possibilitando nossa passagem para a vida como conhecemos. de Viktor Leinz e Sérgio Stanislau do Amaral, utilizou-se o capítulo sobre Vulcanismo, pois aborda com riqueza de detalhes os materiais produzidos pelas atividades vulcânicas, com destaque para os materiais piroclásticos e suas características, além de exemplificar em quais erupções vulcânicas esses materiais trouxeram grandes impactos e foram responsáveis pela devastação dos locais a sua volta.
Há uma abordagem bem sucinta no capítulo sobre nuvens ardentes. Exemplos como a erupção Vulcânica de Monte Pélee e o Vesúvio em que grandes quantidades de material piroclástico causaram o extermínio em massa de povoados inteiros foram contemplados nesse capítulo do livro. Já em Para Entender a Terra, 6ª ed. de John Grotzinger e Tom Jordan também é feito o elo entre vulcanismo e principais eventos catastróficos e com uma linguagem simples é discutida a formação das rochas piroclásticas e sua classificação. Para isso foram utilizados os seguintes livros: Geologia Geral, 11ª edição de Viktor Leinz e Sérgio Stanislau do Amaral, Para Entender a Terra, 6ª edição de John Grotzinger e Tom Jordan, Descrição de Rochas Ígneas 2ª edição de Dougal Jerram e Nick Petford, Petrografia Macroscópica de Rochas Ígneas, Sedimentares e Metamórficas 2ª edição de Geraldo Noberto Chaves Sgarbi e Fundamentos de Geologia de James S.
Monroe. Para ilustrar melhor a parte textual, foram utilizadas imagens de eventos recentes como a erupção vulcânica do vulcão Calbuco, no Chile e outras ilustrações aliadas aos conceitos abordados. DESENVOLVIMENTO 2. Rochas Piroclásticas – Definição As rochas piroclásticas são resultado do processo de erupção vulcânica, que analogamente comparado ao rompimento de uma tampa libera fragmento de rochas de vários tamanhos, algo que pode ser do tamanho de um carro em que a energia depositada é capaz de lançar tudo para o alto ou até mesmo fragmentos que chegam a um pó muito fino. Figura 02 - Classificação de Rochas Piroclásticas e Tefras, baseada no tamanho dos clastos (Sgarbi, 2012) 2. Estruturas primárias Nas rochas piroclásticas, as estruturas que resultam dos processos de deposição são muito variadas.
Isso é devido a quantidade de ambientes de deposição, da variedade de fluxos e fragmentos que formam as rochas e os sedimentos constituintes. É necessário ser capaz de diferenciar os depósitos primários daqueles que foram retrabalhados. Tais sedimentos podem ser depositados por queda piroclástica em leitos e fluxos piroclásticos, portanto, uma grande variedade de correntes e mecanismos de seleção pode afetar os depósitos resultantes de tal processo. A tipologia dos depósitos piroclásticos envolve os depósitos de queda, fluxo e surge. Depósito piroclástico de queda é gerado após o material explosivo ser expelido de uma chaminé podendo atingir uma grande distancia da sua fonte de origem dependendo da influência da gravidade da direção do vento e ate mesmo da densidade do material lançado.
Nesse contesto enquadram-se lápilli e cinzas. Jerram & Petford,2014) Depósitos de fluxo piroclástico, conhecido também como nuvens ardentes contêm uma densidade de gases elevados a uma altíssima temperatura e normalmente vai além da troposfera. A composição dos gases é principalmente provida por voláteis magmáticos, voláteis expelidos pela detritação dos piroclastos durante o fluxo, vapores do aquecimento do terreno e água superficiais e gases originados da queima da vegetação. Os gases vulcânicos quando estão abaixo da superfície terrestre, em grande profundidade, são submetidos a elevadas pressões. Essas forças fazem com que esses gases fiquem dissolvidos no magma e fundido nas rochas. Quando o magma sobe para a superfície em que a pressão é mais baixa, os gases fundidos começam a formar bolhas minúsculas.
O aumento dessas bolhas faz com que o magma fique menos denso do que a rocha o que permite que ele continue sua jornada para cima e quanto mais próximo a superfície, maior o aumento de números de bolhas e seu tamanho. Esse processo faz com que o volume de gás exceda o volume de massa fundida criando espumas de magma. H2 0. CO 1. H2S 0. HCl 0. HF -- -- 0. Há também as sulfataras, que são exalações em que a temperatura oscila entre 100 e 200 graus Celsius, são constituídos principalmente de vapor de água, H2S e CO2. As Mofetas são também outra forma conhecida de exalação gasosa, com temperatura aproximada de 40 graus Celsius e são constituídas de CO2 e vapores de água, também são fontes de água ácida.
Os gases vulcânicos tomam uma percepção famosa quando colocamos em pauta eventos catastróficos, como a explosão do vulcão Vesúvio (Itália). Tais eventos ocorrem por uma grande pressão de gases e lava que força o vulcão a esse tipo de explosão, um fenômeno dessa magnitude tem proporção para destruir vegetações, cidades e tudo em seu raio de alcance. Sua nuvem pode chegar a uma velocidade de até 600 km/h e uma temperatura que passa dos 500 graus Celsius, o que literalmente varre toda a vida em seu caminho, essa nuvem deixa um rastro de cinzas e pode até mesmo bloquear a luz solar. br/album/2014/09/27/vulcoes-assustam-e-criam-belas-imagens-pelo-mundo. htm#fotoNavId=pr19d4c1e9e1f7fb9a754ba88bcdc4a8420150430 Figura 06- Vulcão Calbuco expele nuvem de cinzas na região dos lagos, no sul do Chile.
O vulcão jogou na atmosfera mais de 200 milhões de toneladas de cinzas, cobrindo cidades vizinhas, destruindo parte da indústria de salmão e forçando o cancelamento de voos para Buenos Aires. Fonte: http://noticias. uol. Estima-se que cerca de 40 mil pessoas morreram neste evento. Mas antes do fatídico evento ter sucedido o Monte Pélee já dava indícios de que algo pior estava por vir, vapores e muita fumaça emanavam da montanha, mas os moradores ignoravam estes sinais. Movido por interesses políticos, o governador da Martinica tentou impedir que as pessoas abandonassem o povoado. Em 08 de março de 1902, uma erupção vulcânica riscou completamente o povoado do mapa, pessoas foram sufocadas pelas cinzas, queimadas pela lava ou soterradas por escombros. Algumas chegaram a explodir quando o calor fez seus fluidos internos derreterem.
A quantidade de material liberado durante essa explosão foram incríveis 500. km³, o suficiente para cobrir todo o Estado Norte-Americano de Nevada, com uma camada de 2236 de rocha com espessura aproximada de 2 km! A humanidade nunca presenciou qualquer desses eventos espetaculares. Grotzinger & Jordan, 2013). CONCLUSÃO Concluímos com este trabalho que os vulcões são agentes de suma importância em nosso planeta; criando e modificando regiões do nosso globo, sintetizando rochas e minerais de maneira progressiva e complexa que muitas vezes pode ter importância na economia do nosso sistema capitalista. Assim sendo, é correto afirmar que os vulcões são um dos principais moldadores da crosta do nosso planeta e um dos principais motivos para a existência da vida. usgs. gov/hazards/gas/index. php>.
Acesso em 11 de maio de 2015. GROTZINGER, J. Cenage Learning, 2009. p. JERRAM, Dougal; PETFORD, Nick. Descrição de Rochas Ígneas: Vulcânicas 2 – Rochas Piroclásticas. ªed. Geraldo. Petrografia Macroscópica das Rochas Ígneas, Sedimentares e Metamórficas. ª ed. UFMG, 2012. p.
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