Resolução de problemas no ensino da matemática

Tipo de documento:Artigo acadêmico

Área de estudo:Matemática

Documento 1

Consulte a 3ª Cláusula, § 4º, do Contrato de Prestação de Serviços). RESUMO - Este artigo versará sobre a importância da resolução de situações-problemas no ensino de matemática. Ainda hoje, desde os primeiros anos escolares, na maior parte do tempo das aulas de matemática, observa-se que os alunos aprendem a fazer contas, com regras e passos predeterminados, apresentados na lousa e nos livros didáticos, aos quais eles têm que seguir sem, no entanto, raciocinar previamente o porquê estão fazendo aquilo, ou até mesmo, sem ter a possibilidade de desenvolver o seu próprio método para resolver os problemas matemáticos. Essa mecanização do processo de ensino-aprendizagem de conceitos matemáticos, provoca a falta de compreensão e de interesse dos alunos pela disciplina.

Em contrapartida, quando se utiliza a resolução de situações-problemas desafiadoras, aplicando exemplos do contexto escolar, auxilia-se o desenvolvimento do raciocínio autônomo dos alunos. Já os objetivos específicos são: demonstrar a necessidade de se utilizar situações-problemas do contexto escolar para despertar o interesse dos alunos; descrever os passos necessários para a resolução de situações-problemas; e, observar os estudos e discussões que tratam da reforma curricular, especialmente, no ensino de matemática. Além disso, a relevância do assunto se dá pelo fato de, ainda hoje, os livros didáticos serem os principais determinantes do currículo e prática escolar, o que enfatiza a urgência de se discutir sobre a flexibilização do ensino tradicional, utilizando-se metodologias diferenciadas no ensino de matemática como, por exemplo, a resolução de situações-problemas.

No mais, cabe salientar que para atingir os objetivos e responder o problema levantado, será utilizado o método do levantamento de dados bibliográficos, onde serão selecionados materiais pertinentes ao tema, com o intuito de fundamentar a pesquisa. DESENVOLVIMENTO Acontece, ainda, nos dias atuais o que Freire (1994, p. denomina “Educação Bancária”, onde “o educador faz depósitos de conteúdos que devem ser arquivados pelos educandos. Ou seja, para ter uma noção do que é matemática, os alunos precisam entender a matemática em termos de seus conceitos e ideias, e para saber fazer matemática, os alunos precisam entender o processo de resolução de problemas. Em relação ao aprendizado e ensino do pensamento matemático, os pesquisadores de educação matemática, que consideraram criticamente a pesquisa sobre resolução de problemas matemáticos (HAMILTON, 2007; KAPUR, 2014) apontam algumas preocupações sérias.

Lesh e Zawojewski (2007) argumentam que, embora os estudos estejam incluindo instruções focadas no processo de resolução de problemas, ainda se sabe muito pouco sobre como fazer isso, porque ainda não está totalmente claro o que a metacognição abrange. Alunos diferentes podem usar o mesmo método por razões diferentes, por exemplo, um aluno pode usar tentativa e erro como o único método conhecido; outro, como o primeiro método que vem à mente; e um terceiro porque a aplicabilidade de um método mais poderoso não é aparente.   Diferentes abordagens são necessárias para ajudar esses alunos a se tornarem melhores solucionadores de problemas. Como resultado, pesquisadores de matemática educacional propuseram melhorias no currículo de matemática. Além disso, descobertas internacionais mostraram que os alunos muitas vezes têm dificuldade em entender as ideias matemáticas (ARSLAN, 2010; LOCKWOOD, 2013), isto é, eles parecem não ter discernimento sobre os conceitos matemáticos fundamentais e ideias como números, espaço e forma.

Portanto, o currículo matemático, também, deve incluir problemas que podem ajudar os alunos a aprender a entender os conceitos e ideias matemáticas fundamentais (LESH & ZAWOJEWSKI, 2007). Na década de 1980, estudiosos de matemática levantaram questões críticas em relação aos métodos de ensino para obter uma melhor compreensão de como a matemática poderia ser melhor ensinada aos alunos, uma vez que as aulas convencionais de matemática consistiam, principalmente, em fazer cálculos e foi proposto por muitos pesquisadores que os alunos deveriam aprender a explicar seu raciocínio, fazer conjecturas e questionar suas próprias afirmações e pensamentos (LAMPERT, 1990).   Geralmente, o sentido matemático faz referência à obtenção de uma compreensão mais profunda dos conceitos e ideias matemáticas.

Dessa forma, nota-se que é fundamental enfatizar não apenas a compreensão do conteúdo, mas também a visualização e a resolução de problemas reais, que se apresentam no contexto dos estudantes, utilizando recursos como, por exemplo, a tecnologia e os jogos didáticos. A contextualização dos conteúdos matemáticos deve ser tratada com atenção pelos professores, que devem levar em consideração as experiências vividas pelos alunos ao abordar os conteúdos, estimulando o diálogo referente aos problemas propostos em sala de aula fazendo com que despertem o interesse pela Matemática. É preciso transformar o ensino de matemática em um processo de contextualização e, também, desconstrução desse mesmo contexto, para que o aluno perceba que a aplicação do significado matemático pode ocorrer em qualquer situação cabível e, assim, gerar um aprendizado sólido, com foco na resolução de problemas, baseado tanto no formal quanto no concreto.

Para George Polya, A resolução de problemas é uma habilitação prática como, digamos, o é a natação. Adquirimos qualquer habilitação por imitação e prática. Portanto, percebe-se que o emprego da resolução de problemas no modelo proposto pelas orientações do documento supramencionado, contribui consideravelmente tanto com o desenvolvimento cognitivo quanto com a autoestima do educando, estimulando-os a executar as atividades. CONCLUSÃO Diante do que foi observado nota-se que o currículo matemático, muitas vezes, ainda prevê relativamente poucos problemas matemáticos de pensamento ou problemas não rotineiros que se concentram em um aprofundamento da compreensão dos conceitos matemáticos e do processo de resolução de problemas, utilizando-se de exemplos do contexto escolar. Os problemas de matemática requerem sentido matemático, na medida em que os alunos precisam aprofundar sua compreensão de conceitos e ideias matemáticas fundamentais, podendo aplicá-los de forma flexível e a aplicação do conhecimento do processo de resolução de problemas no contexto dos sujeitos, para que a aprendizagem seja significativa.

  Além disso, percebe-se a necessidade de adotar abordagens diferenciadas como, por exemplo, o uso de tecnologias educacionais, e focadas no aluno, a fim de que seja possível superar as dificuldades de aprendizagem. Nesse sentido, destaca-se a função do docente enquanto estimulador e mediador das hipóteses levantadas pelos alunos, fazendo com que estes possam desenvolver a capacidade de raciocínio lógico, encontrando os seus próprios métodos para solucionar os problemas. Disponível em: https://www. tandfonline. com/doi/abs/10. X. Acesso em: 29 ago. Base Nacional Comum Curricular. Disponível em: http://basenacionalcomum. mec. gov. br/images/BNCC_EI_EF_110518_versaofinal_site. BURKHARDT, H; BELL, A. Resolução de problemas no Reino Unido.  ZDM: O Jornal Internacional de Educação Matemática, 39 (5-6), 395–403, 2007. Disponível em: https://link. springer.

Acesso em: 29 ago. CORTE, E; VERSCHAFFEL, L. Pensamento e aprendizagem matemáticos. In: RENNINGER, K. A; SIGEL, I. Em diferentes facetas do pensamento matemático. In: STERNBERG, R. J; BEN-ZEEV, T.  (Eds.  A natureza do pensamento matemático (pp.  (Eds.  Tendências e perspectivas na pesquisa de metacognição (pp.  New York, NY: Springer, 2011. Disponível em: https://books. google. Disponível em: https://www. jstor. org/stable/748391?origin=crossref. Acesso em: 04 set. GRAVEMEIJER, K.  Fundamentos para o futuro na educação matemática (pp.  Mahwah, NJ: LEA, 2007. Disponível em: https://ogur. org/full-foundations-for-the-future. pdf. Acesso em: 01 set. KAPUR, M. Falha produtiva na aprendizagem da matemática. Ciência cognitiva, 38(5), 1008–1022, 2014. Disponível em: https://onlinelibrary. Acesso em: 03 set. LESH, R; ZAWOJEWSKI, J. S. Resolução de problemas e modelagem. In: LESTER, F. LESTER, F.

K; KEHLE, P. E. Da resolução de problemas à modelagem: A evolução do pensamento sobre a pesquisa em atividades matemáticas complexas. In: LESH, R. Um modelo de pensamento combinatório dos alunos. Jornal de Comportamento Matemático,32 (2), 251–265, 2013. Disponível em: https://www. sciencedirect. com/science/article/abs/pii/S0732312313000230. Para onde vai a educação. ª ed. São Paulo: Livraria José Olympio/Unesco, 1975. POLYA, G. A arte de resolver problemas.  Princeton, NJ: Princeton University Press, 1954. Disponível em: https://books. google. com. br/books?hl=en&lr=&id=z_hsbu9kyQQC&oi=fnd&pg=PP2&ots=oYrOOklQN5&sig=vPsDe3CiYKbC9tVVaOrSmBxVHBw&redir_esc=y#v=onepage&q&f=false. Disponível em: https://link. springer. com/article/10. Fs11858-010-0240-2. Acesso em: 01 set. Londres: The Falmer Press, 2004. TAYLOR, J. A; MCDONALD, C.

A escrita em grupo como ferramenta para a resolução de problemas não rotineiros na matemática universitária do primeiro ano. Jornal Internacional de Educação Matemática em Ciência e Tecnologia, 38 (5), 639-655, 2007. com/chapter/10. Acesso em: 29 ago. WILKERSON-JERDE, M. H. WILENSKY, U.

789 R$ para obter acesso e baixar trabalho pronto

Apenas no StudyBank

Modelo original

Para download