REABILITAÇÃO EM ACIENTES CARDÍACOS TRANSPLANTADOS FASE
Tipo de documento:TCC
Área de estudo:Engenharia de produção
Estudos atuais afirmam que os programas de reabilitação têm apresentado resultados significativos, proporcionando ao paciente transplantado a recuperação e a autoconfiança, reduzindo a morbidade, a mortalidade e o índice de reinternação. O presente trabalho tem como objetivo apresentar a eficácia e os benefícios da reabilitação em pacientes cardíacos transplantados na fase II, tendo como intuito apresentar a atuação na redução do período pós-hospitalar e seu amplo papel na prevenção de eventos cardiovasculares. Sua metodologia foi baseada na revisão bibliográfica, através da análise de livros, artigos científicos voltados para o tema e publicações dos últimos vinte anos, nas principais bases de dados científicos (Cochrane, Scielo, Medline, PubMed, Lilacs e Bireme). Em vista dos argumentos apresentados notou-se a necessidade de futuras investigações, como forma de auxiliar à reabilitação como imprescindível no processo de restauração das funções físicas e psicossociais em pacientes submetidos a cirurgias cardíacas e para contribuir para os conhecimentos e a eficácia dos profissionais da saúde em âmbito interdisciplinar.
Palavras-chave: Reabilitação; Doenças Cardiovasculares; Fisioterapia; Transplante Cardíaco ABSTRACT After cardiac transplantation, patients have impairments in their functional capacity and limitations in daily life activities due to musculoskeletal modifications and lack of physical conditioning. O transplante cardíaco é necessário para o tratamento que melhora a qualidade de vida dos pacientes com insuficiência cardíaca refratária. As indicações e contraindicações ao transplante do coração estão representadas no quadro 1. Quadro 1 Indicações Contraindicações IC refratária em uso de inotrópicos ou DAV Hipertensão pulmonar (RVP>5 Wood) Classe funcional III ou IV persistente Doenças cerebrovasculares graves VO2 ≤12mL/kg/min (uso de betabloqueador) Doenças vasculares periféricas graves Doenças vasculares periféricas graves Doença pulmonar grave Arritmia ventricular persistente e refratária Incompatibilidade ABO na prova cruzada prospectiva entre doador e receptor VE/VCO2 >35 ou teste de caminhada 6 minutos Doença psiquiátrica grave, dependência química e má adesão à terapêutica Fonte: modificado Bacal F et al.
Em busca de restabelecer o bem estar físico, mental e social, a intervenção cirúrgica tem se tornado cada vez mais frequente, sendo o transplante cardíaco a última opção para pacientes com insuficiência cardíaca (IC) que fazem uso de medicamentos e não apresentam outra possibilidade clínica ou cirúrgica, possuindo em média somente um ano de vida. Esses pacientes apresentam comprometimentos em sua capacidade funcional e limitações nas atividades de vida diária, devido a hipertensão pulmonar e as modificações musculoesqueléticas agravada pela falta de condicionamento físico (RODRIGUES e MEJIA, 2010). A fase II ocorre logo após a alta durante cerca de oito a doze semanas sendo compreendida principalmente por atividades físicas dinâmicas, podendo ser executadas na esteira, exercícios de força em equipamentos próprios e exercícios de equilíbrio, flexibilidade e para a musculatura respiratória.
A fase III, consiste em programas de exercícios físicos mais intensos e a fase IV no âmbito residencial/ou comunitária (QUIRINO, et al 2014). As fases III e IV destinam-se a atender imediatamente pacientes liberados da fase II, sendo caracterizadas como trabalho a longo prazo (duração indeterminada), com realização de atividades para que possam manter e melhorar a aptidão física (CORTEZ et al. NUNES, 2010). Os pacientes cardiopatas submetidos ao transplante cardíaco (opção de tratamento para o estágio final da insuficiência cardíaca congestiva refratária à terapêutica medicamentosa) apresentam melhora da qualidade de vida pós-transplante. Ao paciente e sua família são compartilhadas informações para um melhor esclarecimento quanto a hábitos alimentares, estilo de vida, redução do estresse e técnicas de relaxamento, importante que eles possam também serem acompanhados por psicólogos, nutricionistas, assistentes sociais e enfermeiros (CASTRO et al.
MATERIAIS E MÉTODOS Trata-se de um estudo baseado na revisão bibliográfica, realizado por meio de pesquisas em artigos eletrônicos da base de dados Medline, Scielo, Bireme e Lilacs, foram pesquisados vinte e cinco artigos científicos, em bibliotecas virtuais em saúde, busca de dados no Google Acadêmico, de artigos científicos nacionais e internacionais publicados nos últimos vinte anos, entre 1996 a 2016, com o uso das palavras chave: Reabilitação; Doenças Cardiovasculares; Transplante. Com o objetivo de apresentar os estudos e as diferentes correntes teóricas já desenvolvidas pelos estudiosos relacionados aos resultados da reabilitação em pacientes cardíacos transplantados na fase II, bem como averiguar os métodos e condição física do paciente. Os critérios de inclusão foram todos os artigos que se correlacionavam com a Reabilitação e a fase II de Transplantes Cardíacos.
Os critérios de exclusão foi a retirada de todos os artigos que não contribuíam com o estudo, não correlacionando a Reabilitação em sua fase II. Neste sentido, para que seja iniciado o processo de reabilitação, é necessário que o fisioterapeuta aguarde a liberação médica que levará em consideração a evolução do paciente. O pilar básico do programa de reabilitação é a prescrição médica (CRUZ, 2012). Com a liberação da equipe médica, o programa de Reabilitação Cardiovascular pode ser iniciado ainda em fase de internação, através da realização de exercícios de baixa intensidade, prescrito pelo médico e de responsabilidade do fisioterapeuta. Trata-se da realização de exercícios simples como os metabólicos, respiratórios, ativos e de elasticidade com a finalidade obter o benefício clínico e melhoria da função cardiorrespiratória (MUELA et al.
A realização de exercícios físicos prescritos e orientados por um médico é denominado Programa de Exercício Supervisionado (PES). A prática de exercícios regulares traz a melhoria da qualidade de vida, uma vez que o pós-operatório traz o descondicionamento físico, a fraqueza muscular, a diminuição da capacidade aeróbia, entre outros (SOCIEDADE BRASILEIRA DE CARDIOLOGIA, 2005). A reabilitação cardíaca traz benefícios na qualidade de vida dos pacientes, melhorando a aptidão cardiovascular, autoconfiança e bem-estar contribuindo em aspectos físicos, emocionais e sociais (SOCIEDADE BRASILEIRA DE CARDIOLOGIA, 2005). Neste sentido, é possível observar que os programas de reabilitação cardíaca possuem como principal procedimento a prática de exercícios físicos regulares por trazerem inúmeros benefícios cardiovasculares e metabólicos para os pacientes transplantados, melhorando sua capacidade funcional, juntamente com ações educacionais para que o paciente possa mudar seu modo de vida.
Segundo Muela et al. para pacientes cardíacos transplantados quando na fase II, recomenda-se caminhadas diárias durante uma média de 30 minutos, sempre respeitando a condição de conversar durante as caminhadas de forma confortável, o que garante o modo de intensidade. A pressão arterial e a frequência cardíaca devem ser monitoradas durante o repouso e durante o esforço. Nos últimos anos, as técnicas de reabilitação cardíaca possibilitam ao paciente a alta hospitalar precoce, sem que ele perca sua capacidade funcional. Todavia, apesar dos dados positivos como redução da mortalidade e morbidade em 20 a 30%, o percentual de pacientes devidamente encaminhados para programas de reabilitação ainda é bastante baixo (CARVALHO et al. A pesquisa foi realizada na revista diretriz de reabilitação cardíaca, foi possível comprovar que os efeitos positivos do programa de reabilitação não podem ser ignorados.
Ao serem submetidos a exercícios regulares, os pacientes cardíacos apresentam benefícios favoráveis em sua função respiratória, nas variáveis hemodinâmicas, em seu aspecto psicológico e na qualidade de vida, reduzindo a morbidade. Cardiol. São Paulo, v. n. p. Nov. br/portal/artigos/categorias/42-art-cardiologia/1323-a-atuacao-do-fisioterapeuta-em-programas-de-reabilitacao-cardiaca. html. Acesso em: 18/11/2019. CORTEZ, A. A. Esporte _ Vol. Nº 4 – Jul/Ago, 1999. Lopes et al. Magistra, 20 (2): 140-145. MERZ, CN; Paul-Labrador M; Vongvanich P. Disponível em: http:sociedades. cardiol. br/socerj/revista/2011 04/a 2011 v24 n04 a valiacao. pdf. Acesso em: 02/11/2019. S. P, et al. Síndrome Metabólica em Pacientes Atendidos em Programa de Reabilitação Cardíaca. Revista Brasileira de Cardiologia. v. Analise dos benefícios em pacientes submetidos a transplante cardíaco. Goiânia 2010 15. SOCIEDADE BRASILEIRA DE CARDIOLOGIA.
Diretriz de reabilitação cardíaca. Arq Bras Cardiol, São Paulo, v.
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