Presença alemã na África

Tipo de documento:Artigo acadêmico

Área de estudo:História

Documento 1

À conclusão se abre uma reflexão acerca do que foi mudado com ou sem a colonização, aludindo ao fato de que as mudanças não ocorreram efetivamente, compreendendo um futuro ainda incerto para o continente africano. Palavras -chaves: Presença alemã na África. África Ocidental Alemã. África Oriental Alemã. ABSTRACT This article tries to present the history of German colonization in Africa, at a time when the black continent was in a situation of patrimonial division by the main colonizing powers of the time. No coração do continente, regiões inteiras voltaram à descoberta. Os meios de comunicação refletem apenas sobre o potencial do continente em tempos de acalmar a política global; caso contrário, a África é caracterizada por uma ausência na Europa e na América que sugere uma consciência culpada simplesmente porque está ligada ao constante apelo por ajuda humanitária.

Há pouca consciência pública de que a Alemanha já teve colônias na África. Conforme Figueiredo (2011), as colônias alemãs foram adquiridas pelo Império Alemão desde a década de 1880 e cedidas após a Primeira Guerra Mundial, de acordo com o Tratado de Versalhes de 1919. Em 1914, as colônias alemãs eram o terceiro maior império colonial, depois dos britânicos e franceses. Objetivos específicos • Explorar a história da colonização alemã na África • Entender como se deu o processo de conquista dos Alemães • Refletir sobre os efeitos de toda a estrutura colonial que assolou as regiões conquistadas a partir dos efeitos das guerras e conflitos gerados. METODOLOGIA A investigação realizada para fins de elaboração do presente trabalho teve como base a utilização de artigos científicos relacionados ao tema, bem como sites de internet, livros e trabalhos de conclusão de curso de autores especializados no assunto aqui proposto.

Fontes de pesquisa como Scielo e Google academic foram amplamente exploradas, na medida em que estas ferramentas oferecem amplas possibilidades de encontro com a literatura já divulgada no que se refere à temática oferecida neste trabalho. Para contextualizar o tema de modo adequado e suficiente, desde o ponto de vista dos limites da pesquisa, procedeu-se o método de cruzamento das palavras-chaves associadas à pesquisa e que já foram demonstradas no resumo e abstract respectivamente. Buscou-se a identificação do maior número possível de trabalhos relacionados ao tema proposto; a busca esteve focada no empenho de termos amplos associados à colonização alemã na África, a partir do que o trabalho deseja dispor. CONTEXTO HISTÓRICO Em ordem a bem posicionar a compreensão do tema escolhido para este artigo, faz-se necessário um pequeno recorrido pela história que aqui se deseja abordar, conforme se verá.

Conforme Taylor (2009), Otto von Bismarck3 costumava afirmar que, enquanto fosse chanceler do Segundo Reich, a Alemanha nunca teria uma política colonial. No entanto, em 19 de abril de 1884, em contradição com todas as declarações anteriores, ele prometeu proteção alemã para as costas da Namíbia. Com esta decisão, confirmada por Guilherme I4 em 21 de abril de 1884, e comunicada à Grã-Bretanha pelo embaixador alemão em Londres e pelo cônsul alemão em Cape em 24 de abril do mesmo ano, Bismarck mudou completamente a direção de Política externa do Segundo Reich. De 1884 a 1886, a Alemanha assumiu os protetorados no Togo, Camarões, Namíbia, Tanzânia, Ruanda, Burundi, Nova Guiné, Arquipélago de Bismarck e Ilhas Marshall. TAYLOR, 2009). O desenvolvimento da administração colonial alemã corresponde à gênese do império colonial alemão na África.

A introdução da administração direta levou a uma mudança na política colonial, com o envio de navios de guerra para proteger os interesses alemães, e a responsabilidade recaiu sobre uma nova "Seção de Assuntos Coloniais". A seção recém-criada era mais ou menos capaz de lidar com responsabilidades relacionadas às colônias, mas a organização e a exploração dos protetorados eram muito extensas. KRACHENSKI, 2016). Assim, entende-se que o império alemão começou naquele tempo a dominar outras nações no continente africano, e embora a inicial resistência do imperador, os primeiros passos se deram e a Alemanha fincava então sua bandeira no solo dos homens negros. A ÁFRICA OCIDENTAL Os alemães conquistaram alguns países que se dividiram em dois grupos geográficos, entre esses grupos estavam os países pertencentes à África ocidental, um território que agrupava o poder centralizado da Alemanha na África, de acordo com o que apresentam os autores a seguir.

O domínio alemão sobre esse território foi pontuado por inúmeras rebeliões de seus povos africanos nativos, que culminaram em uma campanha de represálias alemãs de 1904 a 1908, conhecida como genocídio Herero e Namaqua. CORREIA, 2011). Em 1915, durante a Primeira Guerra Mundial, o sudoeste alemão da África foi invadido pelos aliados ocidentais na forma de forças sul-africanas e britânicas. Os colonos alemães foram atraídos para a colônia pelas possibilidades econômicas nas minas de diamante e cobre e, sobretudo, na agricultura. Em 1902, a colônia tinha 200. habitantes, embora apenas 2. fossem alemães, 1. eram africânderes e 452 eram britânicos. OGOT, 2010). No final de 1904, os Nama entraram em lutas coloniais pelo poder sob seus líderes Hendrik Witbooi e Jakob Morenga, este último frequentemente chamado de "Napoleão Negro".

A revolta foi finalmente reprimida durante 1907 e 1908. No total, entre 25. e 100. Os alemães mantiveram vários campos de concentração na colônia durante sua guerra contra os povos Herero e Nama. Além desses campos, os indígenas foram internados em outros lugares. Isso incluía empresas privadas e projetos do governo, navios no exterior, o Etappen Kommando encarregado do fornecimento de prisioneiros a empresas, particulares etc. bem como outros materiais. Campos de concentração implicam falta de saneamento e densidade populacional que implicaria doenças. Começou a existir na década de 1880 e desapareceu após a Primeira Guerra Mundial, quando a área foi concedida ao Reino Unido no Tratado de Versalhes (1919). Tinha uma extensão de 994. km². CORREA, 2015). A história da colônia começa quando Karl Peters, um aventureiro que fundou a Companhia Alemã da África Oriental, assinou tratados com chefes nativos do continente em frente a Zanzibar.

soldados, comandado por Jan Smuts, que havia participado da Guerra dos Bôeres. Uma de suas vitórias mais importantes foi a da Batalha de Tanga, onde ele derrotou as forças britânicas oito vezes mais. Finalmente, ele teve que se render em Moçambique, semanas após o fim da guerra. Foi a única frente em que a Alemanha não sofreu derrota durante a guerra. GAUDI, 2017). A Revolta de Abushiri de 1888 foi derrubada com ajuda britânica no ano seguinte. Em 1890, Londres e Berlim concluíram o Tratado Heligoland-Zanzibar, que devolveu Heligoland à Alemanha e decidiu a fronteira entre a GEA e o Protetorado da África Oriental controlado pela Grã-Bretanha, embora as fronteiras exatas permanecessem sem vigilância até 1910. YOKEL, 2010). Os administradores coloniais alemães dependiam muito dos chefes nativos para manter a ordem e cobrar impostos.

Em 1º de janeiro de 1914, além da polícia local, as guarnições militares dos Schutztruppen (tropas protetoras) em Dar es Salaam, Moshi, Iringa e Mahenge contavam com 110 oficiais alemães (incluindo 42 oficiais médicos), 126 oficiais não comissionados e 2. O Tratado de Versalhes foi assinado em 28 de julho de 1919, embora o tratado não tenha entrado em vigor até 10 de janeiro de 1920. Nessa data, a GEA foi transferida oficialmente para a Grã-Bretanha, Bélgica e Portugal. Também nessa data, "Tanganyika" se tornou o nome do território britânico. COUTO, HACKL, 2007). A ÁFRICA E OS EFEITOS DA COLONIZAÇÃO A partir do recorrido da pesquisa realizada, tendo sido repassado todo o histórico de colonização que a Alemanha realizou no país negro, se nota que a história da África colonial é uma história de compulsões diárias dirigidas do governo colonial, por meio de intermediários, à comunidade nativa, Como Meneses (2010) salienta, onde diz que a maneira mais eficaz de executar a coerção era vestir a autoridade nativa com poderes para fazer cumprir as ordens do governo colonial, e a força era um elemento fundamental na execução desses mandamentos.

A obrigação de construir obras públicas e trabalhar em certas culturas, minas e fazendas dos colonos alemães, não tentou eliminar as comunidades camponesas, pois, graças à autoridade nativa, obteve a quantidade de homens e impostos necessários. Além disso, como Paula e Schveitzer, explica bem, o imperialismo obteve todo o seu lucro explorando essas comunidades e não destruindo-as. O trabalhador que migrou temporariamente, uma vez terminado o trabalho forçado, retornou à sua comunidade. Dessa maneira, o custo de reproduzir a força de trabalho recaiu na comunidade e não no empregador ou no estado colonial. No entanto, as comunidades domésticas começaram a se desintegrar, cujas compulsões eram vítimas determinaram que, para pagar todas as acusações, precisavam alterar o ciclo de deixar a terra, com o consequente esgotamento do solo, agravada pelas demarcações territoriais feitas pelas administrações coloniais.

CLARK, 1997). Após a Segunda Guerra Mundial, surgiram movimentos de libertação em toda a África. As antigas colônias se tornaram independentes. A transferência de realidades ocidentais, como as de um estado com fronteiras territoriais bem definidas, leva a pensar que a emancipação não era assim. A África continua a depender de estruturas e idéias alheias a ela, não devido à incapacidade de gerar seus próprios mecanismos de governança, mas mais uma vez devido à imposição da regra branca. Essas crianças são compradas para trabalho forçado, a antiga instituição sobrevive e permite que o trabalho infantil não qualificado seja explorado. Muitos deles se tornam soldados desde tenra idade, lutando em conflitos que o Ocidente denuncia através de organizações não-governamentais.

GOMES; DOMINGUEZ, 2014). É complexo, pois, saber que no Ocidente existem inúmeras organizações que tentam impedir os pais de vender seus filhos, que o HIV continua a se espalhar sem qualquer tipo de restrição, que as comunidades continuam a se desintegrar e que a fome causa milhares de mortes, porque as políticas econômicas ocidentais perpetuam a situação e lucram com a vida de um continente inteiro. A África sonhava em se libertar das potências coloniais, os movimentos de libertação lutavam pacificamente em alguns casos e através da violência em outros, para decidir e administrar seu futuro. Moçambique: identidades, colonialismo e libertação. fls. Tese (Doutorado em Antropologia Social, Universidade de São Paulo, São Paulo, 2007. CHAGASTELLES, T. M. CORREA, Silvio Marcos de Souza.

A escravidão na África Oriental alemã (1885 – 1914). Revista de Ciências Sociais, Fortaleza, v. n. jul/dez, 2015, p. cienc. saude-Manguinhos, Rio de Janeiro, v. no1 Jan. Mar. COUTO, Joaquim Miguel; HACKL, Gilberto. O colonialismo em África e seus legados: classificação e poder no ordenamento da vida social. Anuário Antropológico, v, 2, n. FISCHER, M. Guilherme II, o último imperador da Alemanha. Porto Alegre: Principia, 2007. Curitiba: Prismas, 2016. MATOS, Dandara Silvia. Os movimentos de independência em África: caso de estudo o movimento anticolonialista. Revista Eletrônica Discente História. com, Cachoeira, v. PAULA, Simoni Mendes de; SCHVEITZER, Ana Carolina. Trabalho feminino nas colônias alemãs da África. Revista de Ciências Sociais, Fortaleza, v. n. jul/dez, 2015, p. Trabalho de conclusão de curso, (Graduação em História).

Universidade Federal de Juiz de Fora. Juiz de fora, 2010. TAYLOR, A. J. katálysis , Florianópolis, v. n. Jul/Dez, 2014. YOKELL, Marshall. The treaty of Helgoland-Zanzibar: the beginning of the end for the Anglo-German friendship?.

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