Os conflitos históricos da igreja secular no medievo

Tipo de documento:Artigo acadêmico

Área de estudo:História

Documento 1

PALAVRAS-CHAVE: Igreja. Idade Média. Conflitos. ABSTRACT The investigation aims to identify the contradictions of the Church in the Middle Ages. The authors approached in the investigation consider the Middle Ages period as a historical period, with its contradictory nuances locked inside the church, castles and residences and that saw in the Middle Ages an agile and dynamic period in its political, commercial, social aspects and religious. Em nossa investigação escolhemos autores que consideram o período da Idade Média como uma época histórica, com suas nuances contraditórias travadas no interior da igreja, dos castelos e das residências. No entanto, priorizamos pensadores que vejam no Idade Média uma época ágil e dinâmica em seus aspectos políticos, comerciais, sociais e religiosos. Vamos abordar um cenário que por anos foi considerado o tempo das trevas, é como se como se a Idade Média fosse contada mais de uma vez.

Nossa abordagem da Idade Média vai considerar o período histórico da Idade Média a partir da última geração de pensadores medievalistas. Estes autores consideram a Idade Média como uma fase dinâmica, cheia de detalhes que aconteceram em diversos reinos e países do ocidente. Houve a incorporação de outros materiais até então impensáveis para o uso como fontes pelos medievalistas, como os textos literários e as manifestações artísticas. A riqueza da literatura e da arte medievais passou a ser cultivada por aqueles interessados em desvendar as representações imaginárias e suas relações com a concretude da vida quotidiana. SANTOS, 2010, p. Os chamados medievalistas de terceira geração procuram construir seu objeto de estudo de forma mais ampla que os pensadores das gerações anteriores de autores que estudaram a Idade Média.

São temáticas de investigações originais que não estão estavam disponíveis em acervos específicos, manuscritos ou impressos, como a temática que nos propomos a estudar: as contradições da Igreja no período do Idade Média. MATOS, 2010, [s. p. Os autores da escola de Annales trilharam um foco de trabalho em relação à história da Idade Média evitando o determinismo rigoroso e buscando elucidações plurais entre as diversas instâncias do real. O longo período da Idade Média tem um complicado código plural que regia a vida social, política e religiosa da época. Dessa forma, a terceira geração dos Annales, se abriu ao diálogo com as mais distintas ciências: literatura, sociologia, psicologia, antropologia geografia, em meio a tantas outras, além de dilatando seu olhar sobre as fontes.

Durante a era Patrística um dos principais teóricos da Fé Cristã foi Santo Agostinho que nos deixou importantes reflexões sobre a incorporação da bela filosofia grega aos valores cristãos; O pensamento de Agostinho mostra-se presente na atualidade dos dias de hoje, também, pelo fato reconhecermos como seres autônomos, ou seja, temos a liberdade e autonomia de, decidir acerca de nossa vida em todas as esferas: social, política e religiosa, por isso a falta de coerência entre a natureza amorosa do homem e a própria ação, surge por causa dessa mesma liberdade concedida pelo Criador às suas criaturas. Por isso, levando em consideração a problemática da ética e suas implicações em nosso contexto atual, tomarmos a ética como algo que vise a felicidade plena é um conceito bastante necessário para um mundo marcado pelo individualismo e egoísmo.

OLIVEIRA, 2017. p13) O diálogo realizado entre o cristianismo primitivo e a cultura clássica da antiguidade, pela temática ampla e cheia de nuances, mereceria por si um estudo mais aprofundado. No entanto, esta para pensarmos as contradições da Igreja no período do Idade Média e essencial refletir a incorporação de elementos da cultura greco-romana no bojo do cristianismo. Durante a Idade Média, na Europa Ocidental os cristãos vivenciavam uma concepção comum de mundo: as formas de saber e de verdade estavam expostas no Novo Testamento, nas Escrituras Sagradas e nos ensinamentos dos Padres da Igreja. Tanto a filosofia política quanto as outras áreas da cultura e do conhecimento científico estavam sob o controle e sob a ingerência da teologia oficial e das doutrinas da Igreja Romana.

Porém, a herança da antigüidade clássica não havia sido abandonada ou esquecida Pois se faz presente adaptar para a teologia crista a obra de PI amo, Aristóteles, Sêneca, Cícero, Plotino e outros. Wolkmer, 2001, P. O Idade Média é um período longo da história, não se tem referências concretas e únicas deste período, pois não há consenso dos historiados sobre esta fase. Mesmo que consideremos sendo majoritariamente oriundos do norte europeu, e compartilhando algumas estruturas de funcionamento social, dividiam-se em diversas tribos, como por exemplo, os visigodos, os saxões, os francos, os lombardos etc, com características particulares. LACERDA, p. A penetração dos germânicos nos territórios antes ocupados pelo império romano teve uma releitura na nova literatura medieval procura ver este período não mais como uma invasão e sim como uma migração que deve ser vista caso a caso, até porque há muita diferenciação dos motivos da transferência germânica para os territórios pertencentes ao império Romano, este sim vivia o final de uma época gloriosa.

Este foi mais um olhar retrabalhado na nova história da Idade Média. Outra mudança considerável no modo de se interpretar o período se relaciona com o abandono da antiga ideia de um “protagonismo germânico” na queda do Império Romano do Ocidente. Isso foi possível pelo próprio caráter da Igreja nos seus primeiros tempos. De um lado, ela negava aspectos importantes da civilização romana, como a divindade do imperador, a hierarquia social, o militarismo. De outro, ela era um prolongamento da romanidade, com seu caráter universalista, com o cristianismo transformado em religião do Estado, com o latim que por intermédio da evangelização foi levado a regiões antes inatingidas. Completada essa síntese, a Europa católica entrou em outra fase, a Alta Idade Média (meados do século VIII-fins do X).

FRANCO JUNIOR, 2001,p. O que era novo e trazia alguma respeitabilidade ao novo imperador era justamente a benção da Igreja para a legitimidade do império. A sede da Igreja por riquezas era voraz e a luta pelo sucessor do império romano ainda vingava no coração de muitos príncipes da alta idade média. Foi então que se atingiu, ilusoriamente, uma nova unidade política com Carlos Magno, mas sem interromper as fortes e profundas tendências centrífugas que levariam posteriormente à fragmentação feudal. Contudo, para se alcançar essa efêmera unidade, a dinastia Carolíngia precisou ser legitimada pela Igreja, que pelo seu poder sagrado considerava-se a única e verdadeira herdeira do Império Romano. Em contrapartida, os soberanos Carolíngios entregaram um vasto bloco territorial italiano à Igreja, que desta forma se corporificou e ganhou condições de se tornar uma potência política atuante.

As contradições da ação da igreja e da mensagem de cristo eram muitas e vamos destacar algumas, por questão de espaço seria impossível a bordar a todas em nossa investigação. – Espiritualidade e Contradições do Idade Média. Em Mateus 19:16-30 (ver também Mc 10:17-31; Lc 18:18-30) aparecem o relato do jovem rico, que não conseguiu se desvencilhar de suas posses materiais, e as declarações de Cristo sobre o perigo das riquezas. Depois que o jovem “retirou-se triste”, Cristo afirmou: “Em verdade vos digo que um rico dificilmente entrará no reino dos céus. E ainda vos digo que é mais fácil passar um camelo pelo fundo de uma agulha do que entrar um rico no reino de Deus” (Mt 19:22-24). Assim a própria magnitude das Igrejas em relação aos mandamentos cristãos já é si palco de severas contradições.

Que arquitetura tão majestosa é esta das catedrais? Templos que são verdadeiros palácios? Onde a construção destas maravilhas se relaciona com a mensagem de Cristo. A arquitectura religiosa ocidental, durante o período medieval, desenvolveu-se através da constante alteração e mutação dos próprios sistemas construtivos que possibilitaram a sua materialização e exequibilidade. Esta mutação foi realizada segundo uma articulação espacial e formal progressiva, de acordo com O pensamento ocidental, associada a uma ideia de progresso contínuo. A actividade construtiva coeva foi vasta e intensa, possibilitando a edificação de Catedrais, Mosteiros, Igrejas e Capelas, isto é possibilitando a pequena e grande escala no âmbito da arquitectura religiosa. Contraditoriamente as catedrais e Igrejas opulentas e majestosas nos revelam que a ideia da cidade de Deus na terra foi deturpada e usada como expressão de poder e domínio imperial.

No entanto, a obra e o pensamento do Bispo de Hipona eram justamente o contrário como veremos a seguir. Como muitos cristãos, Agostinho lamentava profundamente as conseqüências da influência do paganismo, em especial no cenário de Roma, e com a condição desvantajosa dos cristãos neste meio, que pouco conseguia competir com o preparo filosófico dos religiosos pagãos da época, particularmente dos platônicos. Tudo indica que foi esta preocupação de defesa do cristianismo, especialmente contra as acusações dos pagãos de que eles eram responsáveis pela queda de Roma, que o motivou a escrever esta obra. Não é para menos que A Cidade de Deus é considerada hoje o maior expoente da cultura cristã e a primeira tentativa de desenvolver uma filosofia da história.

Do mesmo modo a torre sineira, ou campanário, assume carácter de um elemento anunciador e revelador deste espaço sagrado. VISEU. P. Que relação teria para estes homens e mulheres este espaço de fé, este pedaço do paraíso? Sentiram-se salvos no sentido da fé cristã? Teriam dúvidas se este espaço realmente representava ou não a mensagem de Cristo? Esta síntese sobre as contradições da Igreja veio nos séculos posteriores. Não podemos responder neste momento a estas perguntas que nos vem à mente neste ponto da investigação. As Cruzadas trouxeram a manutenção do espírito bélico! A dor e morte. As catedrais seriam uma fuga? Um lugar para orar a Deus diante de tanto infortúnio. Sob a gestão dos arquitetos, chamados de doutores em pedra, as construções proliferaram e integravam os trabalhos dos artesãos de toda espécie, como os escultores, denominados de talhadores de pedra e os vitralistas.

A dinâmica dos seus espaços abrangia também as performances religiosas, as gesticulações ritualísticas, a música e os cantos sagrados, e dispunha o altar como o palco principal do drama cristão. idem p1) Para Ribeiro os canteiros de obras se espalhavam nas cidades de maior importância. E como se o Paraíso narrado pro Santo Agostinho (A Cidade de Deus) estivesse materializado ao alcance humano. Não havia pressa em terminar a obra, grande acontecimento era a busca do belo, do sublime, o importante era a celebração do espaço urbano com a fé e a espiritualidade. CONsiderações finais As contradições da Igreja durante o período do Idade Média como fenômeno social estão relacionadas com seu tempo histórico, com sua herança de períodos anteriores e com o significado do Cristianismo para as pessoas simples e para as classes dominantes da época.

Palco de tantas guerras na antiguidade as catedrais eram a promessa da salvação, sua construção foi fruto de várias gerações. De alguma maneira se invertia a ação de guerra e destruição que fora uma constante nos povos da antiguidade. REFERÊNCIAS Arte, poder e religião nos tempos medievais. Disponível em: https://www. yumpu. com/pt/document/view/12681679/arte-poder-e-religiao-nos-tempos-medievais-a-identidade-de- BARROS, José D’Assunção. Império e papado na Idade Média: reflexões historiográficas sobre duas realidades em conflito. uminho. pt/bitstream/1822/60881/1/10_Dissertacao_FredericoDias. pdf FRANCO JUNIOR, Hilário. A idade média, nascimento do ocidente. ed. Disponível em: https://periodicos. fclar. unesp. br/itinerarios/article/viewFile/2807/2560 LACERDA Camila Valle. Os povos germânicos na alta idade média (séculos v-vii): entre as “invasões” dos livros didáticos se as “migrações” da academia.

Tendências e debates: da Escola dos Annales à história nova. Historiae- Revista de História, Rio Grande, v. n. p. Disponível em: <http://www. uninter. com/handle/1/45>. Alberto Ronald Timm, Sinais dos Tempos, janeiro/fevereiro de 2003, p. Disponível em: https://biblia. com. SANTOS, Dulce Oliveira Amarante dos. Velhas e novas relações entre os medievalistas e suas fontes. aria hist.  vol.  no.

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