PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO DE TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO: UMA ANÁLISE A PARTIR DO MEC
Tipo de documento:Artigo cientifíco
Área de estudo:Administração
INTRODUÇÃO O processo de gestão estratégica exige reflexões e observações do administrador em relação as mudanças ambientais no mercado, na esfera tecnológica, social, política, econômica e ambiental. O planejamento estratégico tem sido ferramenta comumente utilizada no apoio as perspectivas futuras das organizações. O avanço tecnológico e a globalização interferem nas ações das organizações, por isso a Tecnologia de Informação tem exercido importância ímpar, por ser um elemento que consegue fornecer condições para uma gestão sólida na tomada de decisão, por parte dos gestores. Instituições públicas e privadas adotam a ferramenta supracitada para fornecer maior transparência e segurança aos agentes envolvidos (clientes, acionistas, colaboradores, sociedade em geral).
Nesse sentido, Andrade et al (2010), reforça que para as instituições públicas as ferramentas de planejamento são uma necessidade, uma vez que a manutenção financeira dessas instituições é em grande parte proveniente de recursos da sociedade. E por fim, encontram-se as referências bibliográficas utilizadas para construir o estudo. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA 2. PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO DE TECNOLOGIA DE INFORMAÇÃO O mundo globalizado passou a exigir das empresas uma administração cada vez mais diferenciada. A administração estratégica vem ao encontro dessa perspectiva, pois é uma metodologia de gestão que objetiva avaliar as mudanças contínuas do ambiente interno e externo das organizações, para assim pensar em ações eficazes para o alcance dos objetivos. Conforme destaca Nogueira (2014, p. A análise do ambiente interno e externo possibilita a identificação de posições vantajosas da organização em relação ao mercado, e assim pensar maneiras de que as potencialidades da empresa possam ser efetivamente utilizadas de forma estratégica (SERRA et al, 2014; ANDERSEN, 2014).
Serra (2014, p. acrescenta que “a gestão estratégica tem, assim, uma preocupação fundamental: a identificação das estratégias que os executivos podem escolher, e as que escolhem, para atingir um nível de desempenho superior e uma vantagem competitiva”. Para que a empresa consiga obter vantagem competitiva, é de suma importância que desenvolva um Planejamento Estratégico, essa ferramenta possibilitará uma interação da instituição com seu ambiente interno e externo, minimizando os imprevistos, trilhando passos mais sólidos para o alcance dos seus objetivos (PORTER, 2005). A Governança Corporativa1 normatizou o uso de melhoras práticas para as organizações, sobretudo para aquelas que dispõem de capital aberto e precisam ser competitivas. ANÁLISE SWOT COMO INSTRUMENTO DE CONSTRUÇÃO DO PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO DE TECNOLOGIA DE INFORMAÇÃO A Análise SWOT é uma ferramenta simples que possibilita resultados satisfatórios na construção de um planejamento estratégico, por isso a sua utilização vem sendo cada vez mais frequente pelas organizações.
A metodologia que pauta sua análise está na compreensão do ambiente em que a organização está inserida, seja esse interno ou externo. Nesse sentido, Nogueira (2014, p. destaca a importância da metodologia e suas principais diretrizes, como sendo: [. um instrumento muito utilizado nos planejamentos estratégicos das empresas. Nesse sentido, Oliveira (2016), explica que a SWOT retém parâmetros vagos e análises simplistas. Essas limitações, podem ser superadas por meio de propostas por áreas e além disso a utilização de métodos quantitativos. Este estudo apresenta a proposta da análise em questão na área da Tecnologia de Informação, isso permite que a ferramenta tenha resultados mais eficazes. O próximo capítulo, contém elementos metodológicos acerca de como o estudo em questão foi desenvolvido.
METODOGIA O presente artigo, caracteriza-se como estudo de caso, uma vez que pretende apresentar o caso do Ministério da Educação, na construção do Planejamento Estratégico de Tecnologia de Informação. MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO O Ministério da Educação (MEC) é instituído no governo de Getúlio Vargas, em 1930, com a criação do Ministério dos Negócios da Educação e Saúde Pública. Nesse período, o ministério não tinha apenas a Educação como área de atuação, mas também desenvolvia ações relacionadas à saúde, ao esporte e ao meio ambiente. A sigla MEC surgiu em 1953, quando o ministério passou a ter apenas a educação e a cultura como responsabilidades. O objetivo do ministério é promover ensino de qualidade para os brasileiros.
Atualmente, utiliza de diversas técnicas administrativas para tornar mais eficaz e eficiente suas atividades, um exemplo disso, acontece em 2007, quando o MEC lança o Plano de Desenvolvimento da Educação (PDE), composto de ações integradas, reforçando a visão sistêmica da educação (MEC, 2018). a missão da diretoria é “prover serviços de Tecnologia da Informação e Comunicações com soluções inovadoras capazes de viabilizar as políticas públicas educacionais em benefício da sociedade”. Sabe-se que a visão de futuro aponta ações das organizações no objetivo de cumprirem seus objetivos, para atender a missão. A visão da DTI é “Ser reconhecida como indutora estratégica na melhoria da Educação por meio do desenvolvimento de Plataforma tecnológica de Serviços Digitais” (PDTI MEC, 2017, p.
A DTI realiza Planejamentos Estratégicos de Tecnologia de Informação quadrienais, em que analisa como suas ações podem ser direcionadas para atender aos objetivos da diretoria, e do MEC. A próxima seção, apresenta a análise SWOT construída para elaboração do Planejamento Estratégico da diretoria, contendo as forças, fraquezas, oportunidades e ameaças deste setor. Nesse sentido, Porter (2005) defende que para conquista da vantagem competitiva pela organização, é de suma importância que desenvolva um Planejamento Estratégico claro, onde as ações devam ser detalhadas, e os envolvidos precisam ter esclarecimento de suas responsabilidades. Outro fator limitante que foi identificado é a quantidade reduzida de colaboradores, esse elemento compromete a manutenção dos serviços atuais e futuros da organização. O Quadro 3, dispõe das principais forças e fraquezas identificadas, assim como das oportunidades e ameaças da diretoria de tecnologia de informação do Ministério da Educação.
Quadro 3: Análise SWOT da diretoria de tecnologia e informação do MEC FORÇAS FRAQUEZAS AMBIENTAM INTERNO • Iniciativas de boas práticas e colaboradores motivados a aceitação de boas práticas; • Colaboradores capacitados e certificados em referências de Gestão e Governança de TIC; • Existência de compromisso e estima na entrega de bons serviços ao Ministério e à população; • Existência de ferramenta de gerenciamento de serviços implantada; • Reconhecimento da necessidade em se colocar em prática a Governança em TIC; • Existência de Processos de Governança e Gestão em andamento; • Existência de cultura de monitoramento de Planos estratégicos, táticos e operacionais de TIC; • O modelo de contratos para suporte aos serviços é percebido como econômico e eficaz.
• Pouca ponderação nas metodologias internas de Governança e Gestão em TIC; • Orçamentos limitados; • Falta de clareza nas obrigações e atribuições internas referente a alguns processos; • O Comitê Gestor de TIC encontra-se em fase inicial de implantação; • Falta de implementação total da ferramenta de gerenciamento de serviços; • Escassez de formalização nas transferências de responsabilidades entre áreas internas, numa perspectiva processual; • Falta de documentação nos processos; • Falta de formalização nos canais de comunicação; • Pouca integração entre os processos internos; • Quantidade insuficiente de colaboradores para manter os atuais e implementar novos serviços; • Falta de mecanismos internos de publicidade e atualização dos processos. Quadro 4: Objetivos estratégicos da TIC 1 – Prover serviços na forma de plataformas digitais que suportem a Estratégia da Organização; 2 – Disponibilizar dados abertos e transparentes; 3 – Facilitar e universalizar o uso e o acesso aos Serviços Digitais; 4 – Sustentar, apoiar, suportar programas e políticas do MEC através de Serviços de TIC; 5 – Implementar e fortalecer mecanismos de Governança e Gestão em TIC e suas respectivas ferramentas; 6 – Instrumentar a Governança de Dados; 7 – Prover planejamento de capacidade de infraestrutura e serviços de TIC alinhado às demandas do negócio; 8 – Realizar a contratação de bens e serviços de TIC alinhada às necessidades do negócio; 9 – Adotar modelos de serviços que permitam a sinergia, compartilhamento e integração de serviços, notadamente o modelo de nuvem privada.
– Expandir e inovar a prestação de Serviços Digitais. – Ter um corpo de TIC capacitado e engajado. Fonte: PDTI MEC, p. O cumprimento dos objetivos definidos no Quadro 4, visam potencializar as forças e oportunidades observadas pelo órgão. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ANDERSEN, Torben Juul. Gestão Estratégica: uma introdução. São Paulo: Saraiva, 2014. ANDRADE, Nilton de Aquino; AGUILAR, Adélia Martins de; MOARES, Eduardo Martins de; PERIRA, Robison Carlos Miranda; FONSECA, Viviani Rocha. Planejamento Governamental para Municípios: Plano Plurianual, Lei de Diretrizes Orçamentarias e Lei Orçamentaria Anual. html> Acesso em 15 dez. GIL, A. C. Métodos e técnicas de pesquisa social. ed. Disponível em: <https://brasilemsintese. ibge. gov. br/contas-nacionais/pib-valores-correntes. html> Acesso em 30 nov. gov. br/institucional/historia> Acesso em 16 dez.
NOGUEIRA, Cleber Suckow. Planejamento estratégico. São Paulo: Pearson Education do Brasil, 2014. Estratégia Competitiva: Técnicas para Análise de indústrias e da Concorrência. Rio de Janeiro: Campus. RAMPAZZO, L. Metodologia científica. ed.
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