OS EFEITOS DA PLANTA Hypericum perforatum (HIPÉRICO) NO TRATAMENTO DA DEPRESSÃO
Com base neste cenário, o objetivo deste trabalho foi Verificar, com base na literatura preexistente, quais os benefícios da planta Hypericum perforatum (Hipérico) no tocante ao tratamento da depressão. Para isto foi realizado um estudo de caráter qualitativo, exploratório e com base em um levantamento bibliográfico por meio da busca com os termos Hipério”, “depressão”, “Hypericum perforatum” e “depression” nas bases de dados Scielo, LILACS, PubMed, Science Direct, Cochrane, Portal de Periódicos da CAPES e Google Acadêmico. Neste estudo foram incluídos estudos experimentais, ensaios clínicos, revisões sistemáticas, capítulos de livro sobre o assunto e revisões da literatura publicados a partir de 2009 sendo excluídos estudos anteriores a esta data. Com base na literatura preexistente, verificou-se que o hipérico pode ser empregado para tratamento de depressão leve e moderada apenas em adultos que não façam uso de anticoagulantes orais, estejam em fase pré-cirúrgica ou uso de outros antidepressivos.
A atividade antidepressiva do hipérico é comparada à de antidepressivos convencionais e se deve principalmente à ação das hipericinas. John's wort can be used for the treatment of mild and moderate depression only in adults who do not use oral anticoagulants, are pre-surgical or use other antidepressants. The antihypertensive activity of St. John's wort is compared to that of conventional antidepressants and is mainly due to the action of hypericin. The authors also suggest that the use of this plant to treat depression could reduce costs in the public health system and should be a subject for discussion of government policies. Keywords: Hypericum. Devido à potencialidade de suas ações antibacterianas e antiinflamatórias é empregada para tratamento de problemas dermatológicos, digestivos e psicológicos. BUTTERWECK, 2003). Existem evidências de que o extrato oriundo do hipérico seja tão eficaz quanto a classe de antidepressivos tricíclicos, mas não tem sua eficácia bem definida quando em comparação à classe de inibidores da receptação de serotonina.
GASTER et al. LECRUBIER et al. p. a atividade antidepressiva do Hipérico pode ser “atribuída aos vários compostos bioativos como o derivado de floroglucinol hiperforina, nafthodianthrones, hipericina e pseudo-hipercicina, e vários flavonóides [. No entanto, os principais compostos envolvidos na atividade antidepressiva são a Hiperforina e Hipericina. SADDIQE et al. O extrato para uso em testes frente a quadros de depressão é rotulado como LI 160. Logo, têm-se buscado na fitoterapia opções com mesma eficácia que antidepressivos mas que possuam efeitos colaterais menores. Segundo Rahimi et al. p. “afirma-se que a eficácia do H. perforatum no tratamento do transtorno depressivo maior é comparável aos antidepressivos padrões e pode ser usada como uma alternativa para terapias convencionais”. PRODANOV et al. p. Sua principal vantagem consiste no fato de que “não requer o uso de métodos e técnicas estatísticas.
O ambiente natural é a fonte direta para coleta de dados e o pesquisador é o instrumento-chave”. PRODANOV et al. PRODANOV et al. p. Sua principal vantagem “reside no fato de permitir ao investigador a cobertura de uma gama de fenômenos muito mais ampla do que aquela que poderia pesquisar diretamente”. GIL, 2002, p. Primeiramente foi estabelecida a questão norteadora da pesquisa: “Quais os benefícios da Hypericum perforatum (Hipério) no tratamento da depressão?”. A figura abaixo apresenta suas características físicas. Figura 1 - Flor do Hipérico Fonte: Alves et al. p. Dentre suas múltiplas aplicações, pode ser empregada para tratamento de distúrbios psiquiátricos, mas seu mecanismo de ação ainda não é bem elucidado. LINDE, 2009; NICOLETTI et al. NICOLETTI et al. Além disso, o hipérico interfere na via em que muitas drogas são submetidas às enzimas hepáticas citocromo P450 e, como consequência, os níveis sanguíneos destas drogas poderão ser aumentados em pequeno espaço de tempo causando aumento dos efeitos ou potencializando reações adversas sérias e/ou serem diminuídas no sangue em espaço de tempo maior.
A síndrome serotoninérgica poderá ser causada quando o hipérico for utilizado, concomitantemente, com alguns fármacos das classes: antidepressivos tricíclios, inibidores da recaptação de serotonina, inibidores da monoamino oxidase, inibidores de apetite, antienxaquequosos (agonistas serotoninérgicos e alcalóides do ergot), broncodilatadores e alimentos (que contenham tiramina ou triptofano). NICOLETTI et al. p. BOING et al. p. De forma complementar, os autores salientam que a depressão pode ser resultado de “mudanças hormonais e fisiológicas no organismo que aumentam a chance de se desenvolverem determinadas doenças crônicas” (BOING et al. p. sendo que poderia ser considerada um fator de risco para o surgimento de doenças crônicas concomitantes. HIPÉRICO NO TRATAMENTO DA DEPRESSÃO Conforme aponta Wannmacher (2016, p. com relação à erva de São João, seu “extrato se mostrou superior ao placebo em depressão leve e moderada e similar aos antidepressivos, porém com menos efeitos adversos do que esses”.
Dentre as plantas pesquisadas no estudo de Saki et al. a Hypericum perforatum foi a com melhor atividade antidepressiva e menores efeitos colaterais. Seu mecanismo de ação se baseia em ações dopaminérgicas, inibição da receptação de serotonina, norepinefrina e dopamina, diminuição da degração de compostos neuroquímicos, aumento da sensitividade ao composto 5-HT1 A,B, inibição da liberação de glutamato neuronal e modulação neuroendócrina. Contudo, mesmo sendo uma planta, o hipérico é considerado um medicamento, logo, possui interações com os demais e reações adversas e por isso deve ser prescrito com cautela. Dentre as principais reações adversas estão “desconfortos gastrointestinais; agitação; fadiga; reações alérgicas; fotossensibilidade”. LOMBARDO, 2018, p. Em relação aos demais medicamentos, o hipérico “Pode intensificar efeitos colaterais de inibidores da recaptação de serotonina, [.
reduzir a eficácia de diversos fármacos [. As principais reações em pessoas sensíveis são “irritação gastrintestinal, fadiga, agitação, reações alérgicas desencadeadas pelo aumento da sensibilidade da pele à luz solar ou aos raios ultravioletas”. ANVISA, 2018, p. CONSIDERAÇÕES FINAIS A depressão é um distúrbio emocional grave que acomete em torno de 120 milhões de pessoas no mundo, sendo o Brasil o país que apresenta maiores índices de depressão da América Latina. Este quadro resulta em um desinteresse pela vida, pelo seu estado de saúde e pode gerar pensamentos suicidas. A depressão é um problema de saúde pública mundial e atualmente é tratada com medicamentos antidepressivos como tricíclicos e inibidores da receptação de serotonina, o que gera grandes gastos ao Sistema Único de Saúde (SUS) no Brasil.
et al. Aspectos botânicos, químicos, farmacológicos e terapêuticos do Hypericum perforatum L. Rev. Bras. Pl. Parte 1. Medicamentos Fitoterápicos Elaborados com Ginkgo, Hipérico, Kava e Valeriana. Acta Farm. Bonaerense, v. n. p. CANALE, Alaíse et al. Depressão. Arq Mudi. v. Arch Intern Med. v. n. p. GIL, Antonio Carlos. Psychol. v. p. HAWTON, K. et al. The increasing burden of depression. Neuropsychiatric Disease and Treatment, v. p. LINDE, Klaus. St. Rev Ciên Saúde, v. n. p. NICOLETTI, M. A. PRODANOV, Cleber Cristiano et al. Metodologia do trabalho científico: Métodos e técnicas da pesquisa e do trabalho acadêmico. ª ed. Novo Hamburgo: Feevale, 2013. RAHIMI, Roja et al. p. S34-S42, 2014. SARRIS, Jerome. St. John’s Wort for the Treatment of Psychiatric Disorders.
n. p.
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